sexta-feira, 19 de junho de 2009

Notícia em Destaque - Praga de mosquitos pode piorar

No Diário de Notícias da Madeira:

Por enquanto a actividade dos mosquitos ainda não se tem feito sentir em grande escala, mas, António Sales Caldeira, da empresa 'Extermínio', admite que, este ano, a possibilidade da praga dos 'Aedes aegypti' ser pior do que nos anos anteriores é real, até porque não têm existido acções de prevenção e controlo organizadas.

Sem fazer previsões do que será a situação do 'Aedes aegypti' nos meses de Verão e Outono, Maurício Melim, presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE) afirma que as autoridades competentes estão atentas ao problema e sublinha que já estão a ser equacionados projectos de intervenção que irão para o terreno muito em breve, previsivelmente dentro de um mês e em especial nas zonas mais problemáticas.

"Estamos atentos e a monitorizar os mosquitos", diz. Prova disso foi a reunião que teve lugar na última quarta-feira entre membros do IASAÚDE, do Museu Municipal, da Câmara Municipal do Funchal e da Secretaria Regional do Ambiente, mais um momento para debater e definir qual a melhor estratégia a seguir nos meses mais críticos que se aproximam.

E se por um lado a possibilidade real de expansão do 'Aedes aegypti' para os concelhos a Oeste e a Este do Funchal é tema para reflexão, por outro lado, o facto de, devido à instabilidade climatérica, já em meados de Junho haver apenas registos de uma "baixa actividade dos mosquitos", faz com que ainda não se tenham levantando muitos problemas devido aos 'Aedes'. "Mas isto não significa que, em breve, a situação não se altere" diz Maurício Melim. Por isso, explica que, se por um lado as autoridades mantêm-se atentas, espera que, por outro, a população tenha aprendido com os erros dos anos anteriores. "Estamos convencidos que as pessoas, este ano, vão tomar mais atitudes de acordo com aquilo que nós [IASAÚDE] temos vindo a defender", no que respeite as medidas de protecção individual e ambiental contra os mosquitos.

As autoridades esperam assim ter maior colaboração da população, que acreditam estar mais consciente "dos riscos a que a situação pode efectivamente conduzir". Se a população tomar medidas de protecção contra o aparecimento e propagação dos mosquitos, ajudarão as autoridades competentes a prevenir e a controlar a 'praga'.

Redes nas janelas e lixívia na água

As chuvas dos últimos dias e o forte calor que começou são factores que, juntos, podem potenciar a eclosão dos ovos deixados pelos mosquitos.

Por essa razão, à população, especialmente aos residentes no concelho do Funchal, um dos apelos feitos é que não deixem a água da chuva ficar 'parada' em pequenos reservatórios. E no caso de já existirem esses 'reservatórios', Sales Caldeira recomenda que se juntem a essas águas algumas gotas de lixívia, algo que muitas vezes é o suficiente para inutilizar os ovos e as larvas de insectos.

Acima de tudo, o responsável pela 'Extermínio' diz mesmo que as pessoas devem colocar redes de protecção em todas as janelas das habitações, principalmente no caso das pessoas que vivem nas zonas mais afectadas pelos mosquitos. "É o melhor que têm a fazer", acrescenta.

Embora implique um investimento inicial superior à simples desinfestação química, Sales Caldeira explica que actualmente existem empresas que na Região oferecem soluções de colocação de redes "relativamente simples e até económicas". É um "sistema que compensa porque protege", diz.

Medidas de protecção

Usar redes mosquiteiras.

Eliminar as fontes de água estagnada que favorecem a proliferação de mosquitos.

Colocar no lixo latas, garrafas, potes e outros objectos sem uso que possam acumular água. Não deixá-los em quintais, nem jogar em terrenos baldios. Qualquer outro objecto, (cascas de ovo, embalagens plásticas ou descartáveis), por menor que seja e que possa acumular água, deve ser colocado em saco plástico e este, fechado e colocado no lixo.

Os bebedouros dos animais devem ser lavados e mudada a água uma vez por semana. Como opção poder-se-á manter a água tratada com cloro (utilizando lixívia, uma colher de chá por um litro de água).

As calhas/caleiras devem ser mantidas limpas e desentupidas, removendo-se folhas e materiais que possam impedir o escoamento da água.

Lagos e cascatas decorativas devem ser mantidos limpos. A criação de peixes é aconselhada, pois estes podem comer as larvas.

Manter bem fechados, poços, cisternas e outros depósitos de água para consumo, impedindo a entrada de mosquitos. Vedar, com tela fina aqueles que não têm tampa própria.

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