segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A minha mãe é melhor que a vossa! Ah pois é!

Então não é que neste Natal fui surpreendido como uma criança? 

A responsável foi a mãe fantástica que tenho.

Obrigado Mãezita! És mesmo a melhor mãe do mundo...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal / Merry Christmas

A todos os amigos do Outras Escritas desejo um Feliz Natal, cheio de alegria e saúde....

I wish to all Outras Escritas friends a Merry Merry Christmas, full of joy...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Últimas notícias do tenor Paulo Ferreira

O tenor Paulo Ferreira, cuja carreira internacional é seguida atentamente aqui no Outras Escritas, continua a deslumbrar o público alemão.

A notícia que se segue foi publicada a 21 de Dezembro Frankenpost e é assinada por Christine Wild.



"Brilho sem limites! Temperamento e melancólia: Paulo Ferreira e John Groos "sequestraram" o público no Teather Hof com canções de Portugal e Espanha! "

"Meine Gesange komm aus der fantasie" é o título do programa pequeno, mas muito bom e de facto Paulo Ferreira consegue levar os espectadores numa viagem fantástica através de paisagens verdejantes e viagens marítimas de Portugal! 

Ele canta de amor e a saudade, sobretudo nas primeiras quatro canções (Trovas) de Francisco de Lacerda. Anteriormente fez uma breve e impressionante introdução ao piano, explicando o teor do programa do recital e elucidando o publico de como é a forma da típica musica Portuguesa: O Fado.

Continuando, o Recital foi perfeitamente apresentado com um brilhante e elegante vibrato de que o tenor é detentor!

O Português é cantado em maravilhosa melancolia, onde o cantor coloca os seus dotes vocais como deitados num tapete macio de arpejos de guitarra, maravilhosamente imitados por John Groos, com uma paixão avassaladora ao piano.

Da sua pátria, o tenor Português transporta o publico desta sua viagem musical primeiro para o Brasil, onde as canções são mais balançadas: Charmant, Ferreira e Groos em três canções brasileiras mais uma vez nos elevam; entre outras uma de Carlos Jobim, considerado o fundador da Bossa Nova, que são como uma mistura de música e filme com elementos jazzísticos.

Enquanto John Groos nos lisonjeia com as suas harmonias, a doce voz de Paulo Ferreira é solta, quase ao estilo da Operetta, que imediatamente conquistou o público completamente para si!

Mesmo após o intervalo, os dois senhores não estavam cansados - pelo contrário: Em espanhol e argentino músicas de Manuel de Falla, Ginastera e Alberto Xavier Montsalvatge, os dois músicos mostraram-nos o seu temperamento.

Paulo Ferreira tem a força de um toureiro, que nos mostra mais uma vez por entre gestos grandes das suas mãos e usa o pathos das composições, assombrando o público com a flexibilidade de sua bela voz. 

Limites vocais, parece não ter: ele canta sem esforço em qualquer situação e nunca perde a elegância cintilante que faz seu canto tão especial!

Seguido por quatro encores (!), que por vezes se acompanha de forma impressionante ao piano e noutros com John Groos, com a canção da famosa "Granada", de Augustin Lara ele nos coroa! Poderosa, canta Paulo Ferreira a cidade espanhola, transmitindo o perfume da coloratura da sua garganta – Assim sendo é impossível você não ter um Natal mais cintilante!


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Postcrossing 2011 (O meu postal)

Recebi hoje o tão ansiado postal de Natal do Postcrossing 2011, uma excelente ideia de troca de postais da responsabilidade do Quadripolaridades.

O postal foi enviado pela Ana, autora do Muito (M)Eu, um blogue generalista de uma jovem do Norte do país, para o qual chamo desde já a vossa atenção.

Pelo texto que a Ana incluiu no postal, consigo perceber que leu bastante do que escrevo aqui no Outras Escritas:

Para o Alberto, cujo blogue denuncia a paixão pela ópera, o prazer em viajar, o gosto pela leitura, as raízes alentejanas, o interesse pela história e pelas histórias e tanto, tanto mais...
Desejo-lhe um Natal muito feliz e um 2012 cheio de saúde, amor e paz!
Um beijinho

PS: Espero que um dia o "meu" porto lhe possa oferecer mais do que a mágoa que lhe guarda por razões tristes. Que lhe dê memórias felizes.



Muito obrigado pelas suas palavras Ana! Que tenha um Natal muito feliz e que volte muitas vezes a passear pelo Outras Escritas. Quanto ao Porto, começo finalmente a vê-lo com outros olhos!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Linda di Chamounix - Gran Teatre del Liceu

Mais uma grande produção do Gran Teatre del Liceu a que, infelizmente, não posso assistir.

Another great production from Gran Teatre del Liceu. Unfortunately I can't be there for any of the performances.

(Dueto com / Duet with Diana Damrau e Juan Diego Flórez)

Polar Postcrossing 2011

O postal que enviei já chegou ao destinatário.

Está tudo "aqui".

Não se vendem bilhetes para o São Carlos?

Telefonema de familiar no dia de ontem, a perguntar se o Gato das Botas ou a Madame Butterfly seriam indicadas para uma incursão no mundo da ópera de um casal amigo.

Respondi imediatamente que, nem uma, nem outra!

Como "tem que ser no São Carlos", lá fui dar uma vista de olhos na temporada actual. Confirmei que O Gato das Botas de Xavier Montsalvatge está em cena no Teatro Camões, mas sendo uma ópera essencialmente para um público infantil/jovem, não seria nada indicada. Para além disso não conheço a obra, e não gosto de recomendar algo que não conheço.

A Madame Butterfly estará em cena em Março, mas é Puccini, e eu tenho sérios problemas com a maioria das obras deste compositor.

No entanto, em Janeiro, estará em cena a ópera Così fan tutte de Mozart, esta sim, uma excelente escolha para uma primeira abordagem a este mundo.

Telefonei, todo contente, com a minha recomendação, que foi imediatamente aceite. No entanto reparei mais tarde que a venda de bilhetes para todos os espectáculos do S. Carlos em 2012 está "temporariamente suspensa".

O que se passa? Algo me escapou...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mariella Devia e a rainha esquecida de Donizetti / Mariella Devia and the forgotten Donizetti's queen

Anna Bolena, Roberto Devereux e Maria Stuarda são conhecidas como as "três rainhas Tudor" de Donizetti. Há porém uma outra ópera do compositor inspirada na rainha Isabel I de Inglaterra, que não é posta em cena com frequência. Chama-se Elisabetta al Castello di Kenilworth e foi estreada em 1929. Deixo-vos uma captação áudio com uma récita ocorrida em 1989 em que o soprano Mareilla Devia  encarna magistralmente o papel de Elisabetta.


Anna Bolena, Roberto Devereux and Maria Stuarda are known as the "three Tudor queens" by Donizetti. But there is another opera from the composer inspired by Queen Elizabeth I of England, which is not often presents on opera theaters. The name is Elisabetta al Castello di Kenilworth and was premiered in 1929. I leave you with an audio capture of performance that took place in 1989 with the soprano Mareilla Devia in the role of Elisabetta.






Elisabetta - Mariella Devia
Amelia Robsart - Denia Mazzola(-Gavazzeni)
Leicester - Jozef Kundlák
Warney - Barry Anderson
Lambourne - Carlo Striuli
Fanny - Clara Foti

Conductor - Jan Latham-Koenig
Orchestra - RAI Milano
Chorus - RAI Milano

domingo, 27 de novembro de 2011

Sondra Radvanovsky estreia-se como Norma / Sondra Radvanovsky debuts as Norma

O soprano Sondra Radvanovsky vai estrear-se em Norma de Bellini em Oviedo no próximo dia 8 de Dezembro. Embora tenha algumas dúvidas sobre se a voz da cantora é indicada para o papel mais difícil do belcanto, tenho curiosidade em saber qual será o resultado final. Como Adalgisa a grande Dolora Zajick.

Mais informações aqui.


Soprano Sondra Radvanovsky will debut in Bellini's Norma in Oviedo on the 8 of December. While I have some doubts about whether the singer's voice is suited to most difficult role of belcanto, I am curious to know what the final result will be. As Adalgisa the great Dolora Zajick.

More information here.


Pollione: Aquiles Machado
Oroveso: Carlo Colombara
Norma: Sondra Radvanovsky
Adalgisa: Dolora Zajick
Clotilde: Maribel Ortega
Flavio: Jon Plazaola

Dirección musical: Roberto Tolomelli
Espacio escénico: Susana Gómez
Dirección del coro: Patxi Aizpiri

Orquesta Sinfónica del Principado de Asturias
Coro de la Ópera de Oviedo
Teatro Campoamor de Oviedo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mariella Devia no Roberto Devereux / Mariella Devia in Roberto Devereux

Pelos comentários que tenho lido, Mariella Devia fez uma excelente interpretação de Elisabetta na ópera Roberto Devereux em Marselha no passado dia 22.

Aqui fica uma fotografia dos agradecimentos que gentilmente me foi cedida por Yvette Hirst.



For what I 've read, Mariella  made an excellent interpretation of Elisabetta in the opera Roberto Devereux in Marseille in November 22.

Here is a photo by Yvette Hirst of one of the curtain calls.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mariella Devia estreia-se hoje na ópera Roberto Devereux / Mariella Devia debuts today in Roberto Devereux



O soprano Mariella Devia, terá afirmado em tempos que não interpretaria o papel de Elisabetta na ópera Roberto Devereux de Gaetano Donizetti (não tenho confirmação oficial). Para os apreciadores de bel canto era uma pena que tal não acontecesse, uma vez que a cantora tem vindo a interpretar de forma superlativa as duas óperas de Donizetti que em conjunto com esta formam a trilogia das Rainhas Tudor (Maria Stuarda e Anna Bolena).


Beverly Sills, soprano americano que fez sucesso com esta trilogia na segunda metade do século passado, afirmou que Roberto Devereux lhe encurtou a carreira em dez anos, aludindo ao grau de dificuldade da interpretação de Elisabetta.

Actualmente, Edita Gruberova tem interpretado este repertório com enorme e merecido sucesso. Tive o privilégio de assistir as suas interpretações de Roberto Devereux (Munique 2005) e Anna Bolena (Barcelona 2011) e considero-as pontos altos da sua longa carreira.

Mariella Devia encarnará hoje pela primeira vez o papel de Isabel I (Elisabetta I) em Marselha. A cantora 63 anos avança desta forma para mais um desafio na sua carreira, o que demonstra que é detentora de uma técnica extraordinária, para além de todas as suas outras qualidade vocais de que tenho falado inúmeras vezes aqui no Outras Escritas.

Infelizmente não posso estar hoje em Marselha.

Mais informações aqui.



The italian soprano Mariella Devia debuts today in Elisabetta's role in the opera Roberto Devereux by Donizetti in Marseille (France).

More information here

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Joyce DiDonato (La donna del lago)

Nos bastidores do Scala, a cantora Joyce DiDonato com a sua câmara de filmar... na última récita da ópera La donna del lago de Rossini.

Joyce DiDonato in la Scala's backstage, wither her camera... during the last performance of La Donna del lago by Rossini.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

WEB Rádio - Antena 2 Ópera

Amanhã pelas 16 horas no foyer do Teatro Nacional de São Carlos será apresentada uma WEB Rádio (rádio difundida através da Internet) inteiramente dedicada à ópera. Trata-se da WEB Rádio - Antena 2 Ópera que pode ser escutada "aqui".

Para além da apresentação da nova rádio, a soprano Ana Paula Russo dará um pequeno recital acompanhada a piano por Nuno Lopes.

Agradeço ao André Cunha Leal (Antena 2) o convite no Facebook. Infelizmente tal não me é possível pela condicionante de viver numa ilha. No entanto, desejo as maiores felicidades a este projecto.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rockwell Blake em Anna Bolena / Rockwell Blake in Anna Bolena

Dois dos tenores que interpretaram o papel de Percy nas récitas da ópera Anna Bolena a que assisti este ano, tiveram um desempenho quase sofrível. Falo de Josep Brós em Barcelona e de Stephen Costello no MET.  Gregory Kunde em Barcelona, pelo contrário, fez um excelente Percy.

Descobri recentemente que o tenor Rockwell Blake também interpretou Percy durante a sua carreira. Deixo-vos dois vídeos com duas interpretações do cantor da ária do segundo acto. Reparem que não há qualquer evidencia de esforço, as respirações estão todas nos locais apropriados e, em ambos os casos, o tenor ainda nos contempla com uns magníficos rés sobre-agudos no final. Sei que a Blake faltava alguma beleza tímbrica,  mas de qualquer forma acho extraordinária a sua prestação.



Two of the tenors who played the role of Percy in Anna Bolena performances that I attended this year, performed most poorly. I speak of Josep Bros in Barcelona and Stephen Costello in the MET. Gregory Kunde in Barcelona, by contrast, did an excellent Percy.

I discovered recently that the tenor Rockwell Blake also played Percy in his career. I leave you two videos with two performances of the singer in the second act aria. Notice that there is no evidence of effort, the berating is correct, and in both cases, the tenor ends it with a superb high D. I know that Blake lacks some beauty in his voice, but anyway I think are extraordinary performances.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Joan Sutherland (85 anos / 85th birthday)

Dame Joan Sutherland, se fosse viva, faria hoje 85 anos. Aqui fica a referência da uma das melhores vozes de sempre.

Deixo-vos com alguns episódios de Who's afraid of opera de 1972/73.

If Dame Joan Sutherland was alive, today was her's 85th birthday. Here are some clips from the show Who's afraid of opera (1972/73).

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Dê-me um Santinho"

Hoje é dia de Todos os Santos. No entanto, para muitas pessoas hoje é dia de ir a cemitério, sendo que o dia de finados é 2 de Novembro, e, para a grande maioria hoje é o dia das Bruxas, ou halloween, costume que importámos recentemente dos países anglo-saxónicos ao qual não acho a menor graça. Passámos a ter o dia de Todos os Santos celebrado como se fosse um Carnaval macabro onde adultos se mascaram durante a noite de véspera e crianças durante o próprio dia e, supostamente, assustam tudo quando é gente. Como diria o meu pai, "mais uma americanice".

Havia no Alentejo quando eu era pequeno, uma tradição mais saudável e menos comercial e que se enquadrava bem mais no espírito deste dia.

A pequenada juntava-se e ia em bando bater à porta das pessoas a "pedir santos". Ao abrir-se a porta todos gritávamos, "Dê-me um santinho", ao que o dono ou dona da casa muitas vezes respondia, "Vão à igreja que há lá muitos". Claro que depois nos punha nas bolsas de pão (uns sacos de pano) que todos transportávamos, os mais variados tipos de alimentos: maçãs, marmelos, romãs, nozes, ovos, etc. Havia também quem nos desse umas moedinhas.
No final do dia, já com as bolsas bem aviadas, a festa terminava com um pequeno banquete. A comida era a que estava nas bolsas e os refrescos compravam-se com as moedinhas.

Era um dia bem passado!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Anna Bolena do MET (últimas notícias) / MET's Anna Bolena latest news

Angela Meade como Anna Bolena (MET)
Angela Meade as Anna Bolena (MET)
Pelas mensagens de um amigo de Nova Iorque e pelo que tenho lido na Internet, Angela Meade está a ter sucesso no papel de Anna Bolena no MET. Isto era previsível uma vez que a cantora me parece uma intérprete muito promissora no repertório de belcanto.

Já Netrebko, depois das suas extraordinárias interpretações de Bolena, teve que cancelar o recital de estreia no Carnegie Hall (26 de Outubro). Foi aconselhada pelo seu médico a descansar vocalmente durante, pelo menos 10 dias. Isto comprova que, embora com um desempenho extraordinário, a cantora está fora do seu repertório. Espero que recupere rapidamente e que não haja danos no seu aparelho vocal.


From the messages from a friend in New York and from what I read on the Internet, Angela Meade is having a remarkable success in the role of Anna Bolena in the MET. This was predictable because the singer seems to be a promising performer in  the Belcanto repertoire.

Netrebko, after his excellent interpretations of Bolena, had to cancel his recital debut at Carnegie Hall (October 26). She was advised by his doctor to rest vocally for at least 10 days. This proves that, although with extraordinary performances in this role, the singer is out of her repertoire. I hope she recovers quickly and with no damage on her voice.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Joan Sutherland

Por muitas voltas que dê, volto sempre a Joan Sutherland. Diva Assoluttissima!



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

La Donna del Lago estreia no Scala / Premier of La Donna del Lago at La Scala


Estreia hoje a nova produção da ópera La Donna del Lago de Rossini no Teatro alla Scala (Milão). A produção conjunta com a ópera de Paris e Covent Garden, conta com um elenco de luxo:


Giacomo V
Juan Diego Flórez
Douglas D’Angus
Simon Orfila
Bálint Szabo (29 ottobre)
Rodrigo di Dhu
John Osborn
Michael Spyres (29 ottobre)
Elena
Joyce DiDonato
Malcolm Groeme
Daniela Barcellona
Albina
José Maria Lo Monaco
Serano
Jaeheui Kwon
Bertram
Jihan Shin

Maestro
Roberto Abbado

Poderá ser ouvida em directo na Radio tre às 19.00 (Hora de Lisboa).



Today is the premier of a new production of La Donna del Lago by Rossini in Teatro alla Scala (Milan). This production (together with Paris Opera and Covent Garden) has the following cast:

Giacomo V
Juan Diego Flórez
Douglas D’Angus
Simon Orfila
Bálint Szabo (29 ottobre)
Rodrigo di Dhu
John Osborn
Michael Spyres (29 ottobre)
Elena
Joyce DiDonato
Malcolm Groeme
Daniela Barcellona
Albina
José Maria Lo Monaco
Serano
Jaeheui Kwon
Bertram
Jihan Shin

Maestro
Roberto Abbado

It can be listened live in Radio tre at 8 pm (CET).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Anna Bolena MET HD Live (video)

Deixo-vos com a récita completa da ópera Anna Bolena do MET (15 de Outubro de 2011).

Here is the complete Anna Bolena from the MET (October 15, 2011).





Anna Bolena : Anna Netrebko
Giovanna Seymour : Ekaterina Gubanova
Enrico VIII : Ildar Abdrazakov
Lord Riccardo Percy : Stephen Costello
Smeton : Tamara Mumford
Hervey : Eduardo Valdes
Lord Rochefort ( Anna's brother ) : Keith Miller

Orchestra : MET
Chorus : MET
Conductor : Marco Armiliato

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Anna Bolena MET HD Live (vídeos)

Alguns vídeos com excertos da transmissão do MET HD Live da ópera Anna Bolena.

Some videos from Anna Bolena, MET HD Live.



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Anna Bolena (Gaetano Donizetti) - MET HD Live

No passado dia 15 de Outubro assisti na Gulbenkian a uma récita da ópera Anna Bolena de Gaetano Donizetti (libretto de Felice Romani) transmitida em HD vídeo directamente no MET de Nova Iorque.

Este foi o meu primeiro contacto com o MET HD Live e confesso que na generalidade fiquei satisfeito, embora considere que a experiência está longe da que se vivencia num teatro de ópera. Em primeiro lugar a ópera em "filme" possibilita um visionamento mais próximo e "íntimo" com os cantores, facto que considero positivo, mas que reconheço poder ser uma desvantagem para quem assiste ao espectáculo no teatro. Os movimentos no palco de um grande teatro como é o MET devem levar em consideração que há espectadores bastante afastados e devem ser, por isso, bastante largos e abrangentes, facto que não se aplica de forma alguma aos movimentos usados para filme.
No que respeita ao som, sou mais crítico. Considero que o volume dos altifalantes esteve injustificavelmente alto, prejudicando a audição e introduzindo distorções que prejudicaram a audição (para mim, foi nítida a distorção do registo agudo do tenor). Num teatro de ópera, sem microfones, os cantores não são ouvidos com tal intensidade sonora, por muito pequeno que seja o teatro, pelo que penso que uma diminuição no volume, aproximaria mais esta experiência ao que se passa na realidade e não introduziria as distorções referidas. Há, no entanto, uma vantagem: as "malfadadas" tosses são praticamente inaudíveis.

Quanto à récita em si, contou com um elenco de luxo, ou não estivéssemos a falar do MET:

Maestro: Marco Armiliato 
Anna Bolena: Angela Meade 
Giovanna Seymour: Ekaterina Gubanova 
Smeaton: Tamara Mumford 
Lord Riccardo Percy: Stephen Costello 
Enrico VIII: Ildar Abdrazakov

e a com a seguinte produção:

Encenador: David McVicar 
Cenários: Robert Jones 
Figurinos Jenny Tiramani 
Luzes Paule Constable 
Coreografia: Andrew George

A encenação de David McVicar está excelente. Embora eu aprecie algumas encenações com transposição temporal (tão comuns na Europa), considero que as encenações de época, como esta de McVicar, são bastante mais eficientes, conseguindo-nos aproximar bastante mais daquilo que o compositor e o libretista idealizaram. O que não desculpo aos encenadores é o facto de muitas vezes "inventarem" posições para os cantores que são tudo menos apropriadas à sua projecção vocal. Nada disto se passou neste caso. Os cenários, figurinos e movimentação dos cantores estiveram perfeitos.

Quanto ao elenco, gostaria em primeiro lugar de destacar a condução de Armiliato. O maestro apresenta-se regulamente no MET e é um especialista em bel canto. Demonstrou isso nesta récita, que conduziu com maestria e em perfeita sintonia com os cantores.

O coro do MET esteve excelente, sem qualquer descoordenação e com uma união de vozes que faz dele um dos melhores (ou o melhor) coros de ópera da actualidade.

Antes de falar dos principais solistas gostaria de referir que a minha apreciação está limitada pelo facto de nunca ter ouvido nenhum deles ao vivo e, por isso, desconhecer as suas características vocais em termos de projecção e volume.

Anna Bolena é um dos papéis mais difíceis do repertório de bel canto. A ópera é longa e o soprano está em palco grande parte do tempo. Culmina com uma das cenas mais longas e de maior dificuldade técnica que conheço.
Quando há uns anos ouvi dizer que Anna Netrebko interpretaria Anna Bolena fiquei deveras surpreendido, porque nunca pensei que a cantora alguma vez o tentasse fazer. Como sabem, tenho algumas reservas quanto a Netrebko e não a acho uma "belcantista" porque lhe faltam técnica (a nível da respiração), leveza e agilidade vocais (para além de não ter o Mi bemól sobre-agudo, que, não sendo necessário é sempre uma cereja no cimo do bolo).
Apesar destas reservas da minha parte, considero que Netrebko interpretou uma extraordinária Anna Bolena. A voz está mais escura, o que se adapta bem á linha vocal do papel e para além disso, o timbre está seguro e constante. Do ponto de vista cénico a cantora é uma actriz exímia, talvez a melhor da actualidade.
Dentro de um nível de interpretação de qualidade superlativa ao longo de toda a récita, gostaria de salientar que, na minha opinião, houve "duas Netrebkos". Uma Netrebko mais comedida e a poupar-se vocalmente no primeiro acto e uma Netrebko absolutamente fantástica no segundo acto. Prova disto, é o facto de a cabaletta do primeiro acto ter sido encurtada para metade e de no ensamble que finaliza este acto a cantora deixar de cantar no final para depois interpolar um ré sobre-agudo, por sinal, de muitíssimo boa qualidade. Devo referir que tudo isto acontece de forma quase imperceptível e sem prejudicar a obra do ponto de vista vocal ou cénico.
No segundo acto, Netrebko protagonizou os melhores momentos de toda récita. O dueto com Giovanna Seymour (Gubanova) foi extraordinário, agora já com Netrebko sem quaisquer economias de esforço e perfeita cénica e vocalmente. No entanto, o que foi para mim o momento mais emocionante da noite, foi a interpretação da ária Al dolce guidame, que faz parte da grande cena final. Aqui Netrebko "mostrou-me" que é efectivamente uma excelente cantora e que tem o seu instrumento vocal totalmente dominado, com um legatto e uns pianissimi praticamente perfeitos. Para além de tudo isto a cantora no final da ária  faz a interpolação de um dó sobre-agudo em piano que me fez "colar à cadeira". A cabaletta final, Coppia iniqua, embora muito bem interpretada, não teve e mesma qualidade, principalmente ao nível das passagens de coloratura mais exigente.

O papel de Giovanna Seymour foi interpretado pelo mezzo-soprano Ekaterina Gubanova. A cantora esteve muito bem durante toda a récita. Possui uma voz de belo timbre e com corpo. Os agudos, embora afinados, pareceram-me um pouco nervosos, mas nada que pusesse em causa a qualidade da interpretação. No dueto com Netrebko, Gubanova correspondeu do ponto de vista vocal, embora Netrebko seja imbatível do ponto de vista cénico. Na ária do segundo acto, a cantora demonstrou uma vez mais que é detentora de uma bela voz, mas, com pena minha, a cabaletta não teve repetição.

Ildar Abdrazakov, baixo, interpretou Enrico VII. O cantor é detentor de uma bela voz, com bastante corpo nos registos grave e agudo. Notei-lhe ao princípio uma certa dificuldade nas passagens mais rápidas no registo grave, que rapidamente desapareceu (penso que se terá devido ao facto de voz se encontrar ainda "fria"). Como actor Abdrazakov foi efectivamente um rei, com uma portentosa presença em palco. Este é um cantor que pretendo acompanhar com atenção.

O ponto fraco da récita foi o tenor Stephen Costello. A voz tem um vibrato rápido no registo agudo que a torna desagradável ao ouvido. Para além disso o papel de Percy tem uma tessitura demasiado aguda para o cantor e tal denotou-se na forma como se foi poupando encurtando ligeiramente o final das frases. Como actor foi bastante convincente. 
Devo fazer aqui uma ressalva para o facto de esta minha consideração poder estar errada, uma vez que foi a voz de Costello a que me pareceu mais distorcida pelo volume exagerado dos altifalantes da sala.

O mezzo-soprano Tamara Mumford interpretou muito bem a personagem Smeanton. A sua voz tem corpo no registo grave e é bastante maleável, fazendo lembrar um contralto. A cantora vestiu muito bem este papel masculino.


Globalmente considero que esta Anna Bolena foi de qualidade superlativa, com um conjunto de cantores do que há de melhor na actualidade.
Tinha planeado assistir a uma récita no MET no próximo mês de Fevereiro, mas tal não me vai ser possível. Tenho consciência que perderei um espectáculo extraordinário, mas espero ter ainda oportunidade de ouvir Netrebko a interpretar Anna Bolena.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Há dias...


Há dias em que me apetecia que me acontecesse algo de bom... sem que tivesse que lutar desalmadamente para o obter.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Prendas


Que bom receber prendas fora de tempo...

Ontem chegaram estas no correio.



Obrigado amigo Duarte.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Trailer da Tosca de Hof com o Paulo Ferreira /Hof's Tosca trailer with tenor Paulo Ferreira.

Giuseppe Verdi e Joan Sutherland / Giuseppe Verdi and Joan Sutherland

Faz hoje 183 anos que nasceu Giuseppe Verdi, e passa um ano da morte de Joan Sutherland. Deixo-vos, como homenagem, dois vídeos com uma Traviata de Sutherland (Tóquio 1975).

Guiseppe Verdi was born 183 years ago and Joan Sutherland passed away one year ago. To remember both, here are two videos with a complete Traviata with Joan Sutherland (Tokyo 1975).




Violetta................Joan Sutherland
Alfredo.................John Alexander
Germont.................Robert Merrill
Flora...................Jean Kraft
Gastone.................Douglas Ahlstedt
Baron Douphol...........Arthur Thompson
Marquis D'Obigny........Gene Boucher
Dr. Grenvil.............Edmond Karlsrud
Annina..................Constance Webber
Giuseppe................Lou Marcella
Gardener................Peter Sliker
Dance...................Patricia Heyes
Dance...................Ivan Allen
Dance...................Jeremy Ives

Conductor...............Richard Bonynge

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mais uma vez, o nosso tenor Paulo Ferreira / Again the portuguese tenor Paulo Ferreira

Mais uma vez o tenor Paulo Ferreira deslumbra o publico alemão com a sua interpretação de Cavaradossi. Aqui fica uma crítica à sua actuação em Bayreuth (no original em alemão e com tradução para inglês).



© Nordbayerischer Kurier
Über Scarpia brennt die Luft
„Tosca“ in der Bayreuther Stadthalle: Begierden im Terrorstaat
BAYREUTH
Von Frank Piontek
Diese „Tosca“ ist exzellent besetzt; auch wenn der phänomenal aussingende Portugiese Paolo Ferreira als Cavaradossi nicht sonderlich beweglich ist. Im dritten Akt aber „passt“ es plötzlich: Als der Mann, der weiß, dass er gleich sterben wird, wie in Schockstarre erstarrt, nachdem die traumatisierte Tosca ein irres, theatralisches, verlogenes Rot aufgelegt hat. Stimmlich ist Ferreira über jeden Zweifel erhaben. Mit Domingo und seinen Kollegen aus Spanien und Portugal hat er den verhauchten, leicht rauchigen Stimmansatz und das heldenhaft lyrische Timbre gemein.



This "Tosca" is excellently casted; even if the phenomenally full-voice-singing Portuguese Paulo Ferreira is not particularly agile *. But in the 3rd Act suddenly this fits perfectly: When the man who knows that he will die in a moment freezes like in a state of shock, after traumatized Tosca has put on a crazy, theatrical, false red. Vocally Ferreira stands above any doubt. With Domingo and his colleagues from Spain and Portugal he has in common an aspirated, slightly fumy placing of the voice and the heroically lyrical timbre.

* "beweglich" in this sense means "to move a lot" (physically).

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ensaio geral de I Capuleti e i Montecchi (Bellini) - Paris 2008 / Dress rehearsal of I Capuleti e i Montecchi (Bellini) - Paris 2008

Netrebko e DiDonato simplemente fantásticas neste ensaio geral da ópera I Capuleti e i Montecchi de Bellini, em Paris no ano de 2008.

Embora considere que Netrebko já na altura tivesse uma voz um pouco escura para Giulietta (hoje em dia é ainda mais escura), a sua interpretação é de excelente qualidade, principalmente na ária do segundo acto.

Joyce DiDonato, que eu nunca tinha ouvido como Romeo, surpreendeu-me no registo grave, que aparece aqui bem suportado e volumoso.

Uma delícia...



Netrebko and DiDonato simply fantastic in this dress rehearsal of I Capuleti e i Montecchi by Bellini, in Paris in 2008.

Netrebko's voice is too dark for Giulietta (today is even darker), but the interpretation is excellent, specially in the second act aria.

Joyce DiDonato who I've never heard on Romeo's role, was a pleasant surprise, specially in the lower voice, wich is very well supported and with volume.




Conductor Evelino Pidò
Orchestra - L'Opéra National de Paris
Chorus - L'Opéra National de Paris
Giulietta - Anna Netrebko
Romeo - Joyce DiDonato
Tebaldo - Matthew Polenzani
Capellio - Giovanni Battista Parodi
Lorenzo - Mikhail Petrenko

domingo, 2 de outubro de 2011

Paulo Ferreira em Bayreuth / Paulo Ferreira in Bayreuth


O tenor Paulo Ferreira continua a fazer sucesso na Alemanha. Estreou hoje o "seu" Cavaradossi em Bayreuth com grande sucesso. Mais uma vez, muitos parabéns ao Paulo.


Paulo Ferreira, the portuguese tenor, debuted today in Bayreuth (Germany). Paulo continues making success in the role of Cavaradossi (Tosca). Congratulations Paulo.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TGIF

Prevejo um fim-de-semana sem ligar a televisão nem o computador...

Sansão e Dalila de Camille Saint-Saëns no Coliseu do Porto

Para que vive no Norte (ou não, visto que é fácil lá chegar), aqui fica uma sugestão para hoje ou para amanhã às 21.00:

Sansão e Dalila de Camille Saint-Saëns


Ópera em três actos
Música de Camille Saint-Saëns
Libreto em francês de Ferdinand Lemaire, baseado nos capítulos 13-16 do Livro dos Juízes da Bíblia.

Personagens e Intérpretes:
Sansão - Carlos Guilherme
Dalila - Giovanna Lanza
Sumo-Sacerdote de Dagom - Federico Longhi de Giusti
Abimeleque - Bruno Pereira
Ancião Hebreu - Pablo Atahualpa
Mensageiro Filisteu - Victor de la Rosa
1º Filisteu - Miguel Sagrero
2º Filisteu - José Arturo Chavez

Coreografia/Bailarina - Francesca Zaccaria

Encenação - Giulio Ciabatti

Direcção Musical - José Ferreira Lobo

Coro da Companhia de Ópera do Porto
Orquestra do Norte.

Tabela de Preços:
Cadeiras de Orquestra - 40,00
1ª Plateia - 35,00
2ª Plateia - 30,00
Tribuna - 35,00
Camarotes 1ª - 25,00
Frisas - 20,00
Balcão Popular - 20,00
Galeria - 15,00
Geral - 10,00

Descontos:
Associados AACP - 20%
Maiores de 65 anos e estudantes - 10%
Famílias (+ de 4 pessoas) - 10%

Bilhetes à venda em:
Coliseu do Porto, FNAC, Worten, Agência Abreu, El Corte Inglês,www.ticketline.pt


Obrigado ao Soprano Carmen Matos pelo alerta no Facebook



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Entrevista com Renée Fleming / An interview with René Fleming

Nesta entrevista, o soprano americano Renée Fleming, fala um pouco da sua carreira a propósito da Lucrezia Borgia de Donizetti que interpretará em São Francisco.
Concordo totalmente com a cantora quando refere que hoje em dia se dá demasiada importância aos aspectos teatrais e aparência dos cantores em detrimento das suas qualidades vocais. É pena...


In this interview, American Soprano Renée Fleming, speaks about her career on this interview in San Francisco where she will sing Lucrezia Borgia by Donizetti.
The singer mentions, and I agree, that nowadays in opera's world the theatrical aspects and singers looks are getting more important then the voice it self. It's a pity...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Anna Netrebko em Anna Bolena (Donizetti) no MET / MET's opening night with Anna Netrebko in Anna Bolena (Donizetti)

Ainda sem quaisquer comentários da minha parte, uma vez que irei assistir a esta Anna Bolena no LIVE HD da Gulbenkian, aqui fica a interpretação do final da ópera com Anna Netrebko na noite de abertura da temporada do MET (26 de Setembro).

Without any comments yet, because I will be in Gulbenkian (Lisbon) for the performance of Anna Bolena in LIVE HD, here is a video with the final aria with Anna Netrebko, in the opening night of MET's opera season (September 26th).

Morreu David Croft, co-criador da série "Allô, Allô"

David Croft, co-criador da série "Allô, Allô" de que tanto gosto, morreu ontem aos 89 anos em Portugal (onde vivia).

Do Público:

David Croft, argumentista e produtor responsável por alguns dos maiores sucessos televisivos britânicos como "Alô, Alô", morreu esta terça-feira na sua casa, em Portugal. O argumentista tinha 89 anos

Do seu currículo fazem parte algumas das sitcoms mais mediáticas da BBC e que ainda hoje fazem parte da programação televisiva. "Dad's Army", "It Ain't Half Hot Mum", "Hi-de-Hi" e "Are You Being Served?" são alguns exemplos. Em Portugal a mais icónica será a série "Alô, Alô", que escreveu com Jeremy Lloyd e que chegou a ser transmitida na televisão portuguesa, retratando o quotidiano num café de uma pequena vila francesa, em plena II Guerra Mundial.

"A família da lenda da comédia David Croft está triste em anunciar que o Davi morrey pacificamente enquanto dormia", pode-se ler no site oficial do argumentista britânico que nos últimos anos mudou a residência para Portugal.

"Ele foi um grande homem, a sua falta vai ser sentida por todos os que tiveram a sorte de o conhecer e amar", continua o comunicado da família.

Com Jimmy Perry fez uma das parcerias mais famosas da BBC que culminou no enorme sucesso de "Dad's Army", no ar entre 1968 e 1977, "indiscutivelmente a mais bem-sucedida sitcom britânica de sempre", escreve o "The Guardian". A série foi várias vezes nomeada para os prémios BAFTA.

Em 2003, David Croft foi homenageado nos prémios de comédia britânicos, British Comedy Awards, onde recebeu o prémio carreira.


Obrigado ao Jorge Abreu pela chamada de atenção para a notícia.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dom Sebastião rei de Portugal (Gaetano Donizetti) / Dom Sébastien roi de Portugal (Gaetano Donizetti)

Ária de Camões "O Lisbonna" da última ópera composta por Gaetano Donizetti - Dom Sébastien roi de Portugal (1843) - interpretada por Leo Nucci (versão italiana traduzida do original em francês).

Camoes aria "O Lisbonna" from the last Gaetano Donizetti's opera - Dom Sébastien roi de Portugal (1843) - with Leo Nucci (italian version translated from the original version in french).


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cavaradossi do Paul Ferreira / Paulo Ferreira's Cvaradossi

Estes são alguns dos termos que a crítica alemã usa para descrever o Cavaradossi do Paulo Ferreira em Hof:

Português com voz esplendorosa/gloriosa;
Voz que mostra emoções (dor);
Voz que toca no coração;
Cantor à italiana.

Muitos parabéns Paulo! Estamos orgulhosos de si.




These are some of the terms that german critics use to describe Paulo Ferreira's Cavaradossi in Hof:

Portuguese with a splendid / glorious voice;
Voice that shows emotions (pain);
Voice that touches the heart;
Italian style singer.

Congratulations Paul! We're proud.

De volta ao trabalho / Back to work


domingo, 25 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

(Update) Paulo Ferreira estreia-se hoje em Hof / Paulo Ferreira debuts today in Hof



Acabei de saber que a estreia do Paulo Ferreira em Hof foi um sucesso. Parabéns ao tenor. Bravo!!!

Paulo Ferreira's debut in Hof was a success. Congratulations to the tenor. Bravo!!

Paulo Ferreira estreia-se hoje em Hof / Paulo Ferreira debuts today in Hof


Paulo Ferreira, estreia-se hoje na ópera Tosca de Pucini em Hof (Alemanha). O Outras Escritas deseja os maiores sucessos e aguarda notícias do tenor.


Paulo Ferreira, a portuguese tenor, debuts today in Puciini's Tosca in Hof's (Germany). Best wishes from Outras Escritas to the tenor. "Break a leg Paulo"!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

À conversa com o soprano Rita Moldão

Já falei no Outras Escritas da Rita Moldão, jovem soprano português que estuda em Madrid com a Elisabete Matos. Durante Agosto "falei" com a Rita no Facebook e fiquei a saber um pouco mais sobre a sua experiência fora de Portugal. Pedi-lhe que me fizesse um pequeno texto para publicar aqui no blogue, mas a Rita sentiu-se um pouco inibida. De qualquer forma, a pequena "conversa" que tivemos foi bastante interessante e merece ser aqui referida.

Segundo a cantora, a sua voz começa agora a ficar mais definida, a "soar como deve soar", sem "apitos" e com apoios e máscara correctos. É um soprano ligeiro de coloratura e é neste repertório que vai apostar.
Confessei à Rita que este é dos tipos de voz que mais aprecio e que geralmente a voz cresce um pouco com a idade, tornando-se mais lírica e menos ligeira. Falei-lhe do meu gosto pela voz da Sutherland (um caso à parte de soprano dramático de coloratura). A Rita gosta da Sills e da Devia (que ainda não ouviu ao vivo) e, curiosamente, achou a voz de Gruberova muito "pequenina".  Ficou desiludida quando a ouviu em Barcelona (neste aspecto discordo da Rita).

Elisabete Matos é, segundo a Rita, uma professora extraordinária, que a "obriga" a viajar para ter aulas. Esteve em Salzburgo durante o festival, mas não teve oportunidade de assistir a nenhum espectáculo por causa da falta de bilhetes. Esteve também em Las Palmas, e estará em Lisboa brevemente quando a Elisabete Matos vier cantar o D. Carlo.

Quanto a projectos para espectáculos, a Rita diz que tem algumas coisas em vista, mas que ainda não sabe se se concretizarão.

Ficamos então à espera de ver os projectos da Rita concretizados e de porder vê-la e ouvi-la brevemente.

Aproveito para lhe dedicar os próximo vídeo com captações áudio da ária final da ópera Anna Bolena com a Berverly Sills em 3 anos consecutivos (1973, 1974 e 1975), chamando os leitores à atenção para a evolução da voz no registo grave.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Samuel Ramey & Dmitri Hvorostovsky

Dueto para baixo e barítono da ópera I Puritani de Bellini, extraordinariamente interpretado por Samuel Ramey e Dmitri Hovorostovky na gala Tucker de 1999.

Bellini I Puritani duet for bass and baritone with Samuel Ramey and Dmitri Hovorostovky two extraordinary singers (Gala Tucker 1999).

domingo, 18 de setembro de 2011

Così fan tutte (Mozart) - Centro de Artes e do Espectáculo de Portalegre (16/09/2011)


No passado dia 16 de Setembro, assisti à récita única da ópera Così fan tute de Mozart no Centro de Artes e do Espectáculo de Portalegre. Foi uma agradável surpresa verificar que o espectáculo coincidia com as minhas férias, permitindo-me assim, assistir pela segunda vez a uma récita de ópera em terras alentejanas (a primeira vez foi o Trovador de Estremoz onde tive oportunidade de ouvir a grande Fiorenza Cossotto nos ensaios).

Antes de falar da récita de Portalegre, devo salientar que a sala de espectáculos do Centro de Artes e do Espectáculo foi para mim uma surpresa agradável. A sala tem uma plateia de dimensão razoável e dois balcões. O revestimento é de madeira escura e é possível adaptar um fosso de orquestra que, embora um pouco fundo (não me foi possível ver a maestrina do locar onde me encontrava), a torna ideal para um espectáculo deste tipo.

Quanto ao Così fan tutte, o elenco foi o seguinte:

Fiordiligi - Carmen Matos (soprano)
Dorabella - Margarida Marreiros (soprano)
Despina - Joana Gil (soprano)
Ferrando - Marco Alves dos Santos (tenor)
Guglielmo - João Merino (barítono)
Don Alfonso - Alexis Heath (baixo)

Direcção Musical - Vera Batista
Ensable Contemporaneus
Encenação - Helena Estanislau

A acção, que segundo o libretto de Lorenzo da Ponte decorre em Nápoles no final do sec. XVIII, foi transposta por Helena Estanislau para o tempo actual, num cenário único e minimalista que se manteve durante toda a récita. Estamos evidentemente a falar de uma produção de baixo orçamento, que não permite grandes efeitos cénicos, no entanto, o libretto não foi nada desvirtuado por isso. Uma mesa, duas cadeiras, um banco comprido a meio do palco e umas palmeiras em vaso, criaram um bom ambiente. As legendas foram projectadas no interior do palco na parte de cima de uma uma tela azul.

O Ensamble Contemporaneus (orquestra de pequena dimensão) esteve bem durante toda a récita, a direcção de Vera Batista teve o dinamismo que esta ópera requer e a coordenação com os cantores foi sempre bastante boa.

Antes de comentar as vozes, gostaria de referir que todos os cantores são muito jovens e com carreiras relativamente curtas, logo todos os comentários são feitos tendo em consideração que há ainda um processo evolutivo a fazer do ponto de vista vocal e cénico.

Carmen Matos (Fiordiligi) - O jovem soprano tem uma voz ligeira de timbre agradável e com maleabilidade. Denoto-lhe, no entanto, um vibrato excessivo no registo agudo. Nada que tenha comprometido a sua prestação no papel de Fiordiligi que é, sem sombra de dúvida, o mais difícil de Così fan tutte. Esteve bem na ária do primeiro acto, apenas lhe notei alguma dificuldade no registo mais grave (Mozart escreveu notas muito graves nesta ária). A ária é muito bela, mas a encenação não ajudou a cantora uma vez que todos os outros cantores se encontravam em cena a executar movimentos cómicos que distraíram o público. Na segunda ária, Carmen Matos esteve melhor. Desta vez, sozinha e palco, a cantora interpretou a dificílima ária Per pietá com convicção, sem qualquer esforço e sem grandes dificuldades no registo grave. Este foi, sem dúvida um dos pontos altos da noite.

Magarida Marreiros (Dorabella) - Outro jovem soprano, de voz mais lírica (lírico-ligeiro), interpretou Dorabella que Mozart escreveu para mezzo-soprano. Embora tenha gostado da interpretação, achei o timbre da Margarida Marreiro um pouco duro e o terminar das frases, nalgumas situações, algo descuidado. O papel de Dorabella não tem grandes árias como o de Fiordiligi, onde a cantora pudesse mostrar todo o seu potencial, de qualquer forma, achei-a particularmente bem em dueto e nos ensambles, com a sua voz sempre audível e afinada. 

Joana Gil (Despina) - O papel de Despenia foi interpretado pelo soprano Joana Gil. A sua voz é muito bem timbrada e uniforme. As notas agudas são vibrantes e limpas e o registo grave é bastante bem suportado. Do ponto do vista cénico a cantora esteve excelente e as alterações vocais que introduziu ao interpretar o médico e o notário foram extraordinárias. Confesso que gostaria de ter oportunidade de ouvir a Joana num papel maior.

Marco Alves dos Santos (Ferrando) - Outro cantor de belo timbre e com qualidades vocais muito boas para a interpretação dos papeis para tenor de Mozart. A voz é leve e clara, e varia muito bem entre o piano e forte. Os agudos são fáceis e brilhantes e potentes. O cantor esteve muito bem a solo e em dueto, no entanto, gostaria de tê-lo ouvido melhor nos ensambles.

João Merino (Guglielmo) - O papel de Guglielmo for interpretado magnificamente pelo barítono João Merino. O cantor tem um excelente timbre, mantendo a cor e a qualidade da voz em todos os registos. Esteve particularmente bem na ária do segundo acto, que interpretou na plateia junto com o público, para além disso, a sua voz foi sempre audível nos ensambles. Para além das excelentes qualidades vocais, João Merino esteve também muito bem do ponto de vista cénico.

Alexis Heath (Don Alfonso) - Don Alfonso foi interpretado pelo venezuelano Alexis Heath. Gostei-lhe do timbre, mas achei a voz pouco potente e com alguma dificuldade no registo agudo. Não consegui perceber se o cantor é mesmo um barítono (como vem identificado no folheto explicativo) ou um baixo-barítono. Vi no seu currículum que já interpretou também o papel de Guglielmo nesta ópera, cuja tessitura é mais aguda que a do papel de Don Alfonso.

(Marco Alves dos Santos, Margarida Marreiros, Carmen Matos, Vera Batista, João Merino, Joana Gil, Alexis Heath)


Globalmente considero que este Così fa tutte teve uma qualidade muito boa e foi, sem dúvida, um prazer assistir a esta récita no "meu " Alentejo.
Como os meus leitores sabem, gosto de acompanhar o trabalho dos jovens cantores portugueses que tantas dificuldades têm em fazer carreira no nosso país. Pelo que pude ver nesta récita, há mais uma série de cantores a que vale a pena estar atento. Voltarei a falar deles aqui sempre que se justificar.

Uma última palavra para o público de Portalegre, que se portou muito bem e parece ter apreciado o espectáculo (ainda houve umas tosses, mas nada que tivesse incomodado). Gostei particularmente do facto de estarem presentes crianças cujo comportamento foi irrepreensível.

Espero voltar à ópera em Portalegre.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Enock


(In english below)

15 de Setembro é um dia especial para mim e para a minha família. Neste dia costumo receber muitos presentes e felicitações de familiares e amigos, alguns dos quais nem conheço pessoalmente (o Facebook tem destas vantagens).

Este ano resolvi tornar este dia especial para alguém que está longe, bem longe, que ainda não me conhece, mas que precisa muito da minha ajuda. O Enock é um menino africano, que vive na Zâmbia e cujos rendimentos da família se encontram abaixo do limiar de pobreza. Com a minha ajuda, e através da Children International, o Enock vai passar a ter cuidados médicos, apoio na educação e melhorias na sua alimentação, condições de habitabilidade e vestuário.

O Enock, justa-se assim à Esnart, uma menina também da Zâmbia que já faz parte da nossa família desde o princípio do ano.



September the 15th is a special day for me and my family. On this day I usually receive lots of gifts and messages from my relatives and friends, some of which I don't even know personally (one of the Facebook's advantages).

This year I decided to make this day, a special day for someone who is far far away and needs my help. Enock is a young african boy, who lives in Zambia and whose family monthly income is below poverty threshold. With my help, through Children International, Enock will have medical care, educational support, durable clothing and shoes and improved living conditions.

Enock follows Esnart who belongs to my family since the beginning of the year.