O Avião da Air France seguiria a uma velocidade desadequada para as condições meteorológicas estimadas na altura do desaparecimento.
A Airbus deverá emitir, esta quinta-feira, uma nota com recomendações sobre a velocidade a manter em caso de mau tenmpo. A recomendação, aprovada pelo Bureau d'enquêtes et d'analyses (BEA), que investiga o desaparecimento do voo 447 da Air France, destina-se às companhias que viajam com o aparelho bi-reactor A330.
Segundo a edição online do jornal francês "Le Monde", que cita fonte próxima da investigação, o construtor pretende "relembrar que, em caso de condições meteorológicas difíceis, devem manter a potência dos reactores e assumir as medidas correctas para manter o avião nivelado.
Ainda de acordo com o "Le Monde", uma "cadeia de eventos catastróficos conduziu à desintegração em voo" do Airbus A330 da Air France, como "testemunham as mensagens emitidas automaticamente pelo aparelho nos últimos minutos de voo". Tragédia do Airbus durou quatro minutos
Uma perspectiva em linha com a opinião de Robert Francis, antigo vice-presidente do Comité de Transportes e Segurança a Bordo dos EUA. "Os pilotos que voam naquela zona estão muito atentos ao radar e estão muito, mas muito conscientes do estado do tempo", disse.
Em declarações ao programa "360" de Anderson Cooper, na CNN, Robert Francis disse que "os ventos muito fortes não são incomuns" na zona onde desapareceu o avião da Air France, ao lado da ilha de Fernando Noronha. "É muito difícil determinar onde o avião se partiu", acrescentou aquele especialista.
O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje que a presença de óleo no mar onde foram encontrados destroços do Airbus da Air France pode indicar que não houve explosão antes da queda.
"Se temos mancha de óleo é porque o óleo não foi queimado", disse o ministro durante uma conferência de imprensa em Brasília.
Jobim afirmou não haver mais qualquer dúvida sobre o local do acidente, que ocorreu perto do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, próximo à cordilheira meso-atlântica, cuja origem está relacionada com a dinâmica tectónica das placas sul-americana e africana.
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