domingo, 31 de maio de 2009

Outros Blogues (XXII) - O Livro de Areia

O Livro de Areia é o blogue do Mário. Querem nome mais bonito para um blogue?

O Mário é um amigo do Outras Escritas que partilha comigo o gosto pela ópera. No seu blogue, o Mário fala de cultura, nas suas mais diversas formas. A música e os livros estão sempre presentes.

Visito assiduamente o Livro de Areia. Vale mesmo a pena...

Uma ida à Feira do Livro do Funchal

Visitei ontem pela tarde a feira do livro do Funchal. Não procurava nenhum livro em especial, mas acabei por deixar a feira com três livros no saco.


Cão velho entre flores - Baptista-Bastos

Mil novecentos e oitenta e quatro - George Orwell


As velas ardem até ao fim - Sándor Márai

Susan Boyle - Segundo lugar no Britains Got Talent 2009

Clint Eastwood

No dia 31 de Maio de 1930 nascia Clint Eastwood.

Da Infopédia:

Actor e realizador de cinema norte-americano, Clint Eastwood nasceu a 31 de Maio de 1930, em São Francisco, na Califórnia, no seio duma família humilde. Trabalhou como gasolineiro e vendedor antes de tomar a decisão de partir para Hollywood para enveredar por uma carreira artística. Os seus atributos físicos abriram-lhe as portas para um percurso em filmes de série B como Revenge of the Creature (1955) e Francis In the Navy ( Francis na Marinha, 1956). Após ter atingido algum reconhecimento interno com a série televisiva Rawhide (1959) e farto de esperar por oportunidades de monta no grande ecrã, decidiu aceitar um convite de Sergio Leone, tendo viajado para Espanha e Itália para protagonizar três filmes que constituíram os expoentes máximos do género western-spaghetti: Per un Pugno Di Dollari (Por Um Punhado de Dólares, 1964), Per Qualche Dollaro in Più (Por Mais Alguns Dólares, 1965) e Il Buono, Il Brutto, il Cattivo (O Bom, o Mau e o Vilão, 1966). A sua personagem de "Homem Sem Nome" apaixonou plateias a nível mundial, fazendo de Eastwood um nome a ter em conta em Hollywood, especialmente no campo dos filmes de acção. Foi o realizador Donald Siegel quem explorou todo o seu talento ao criar-lhe outra personagem que ficaria indelevelmente ligada à carreira de Eastwood: o polícia pouco ortodoxo Harry Callahan em Dirty Harry (A Fúria da Razão, 1971). O sucesso da personagem foi tal que Eastwood se viu na contingência de voltar a encarná-la em mais quatro sequelas: Magnum Force (Harry, Detective em Acção, 1973), The Enforcer (Harry, o Implacável, 1976), Sudden Impact (Impacto Súbito, 1983) e The Dead Pool (Na Lista do Assassino, 1988). Paralelamente, e influenciado por Leone e Siegel, tentou uma carreira de realizador iniciada com Play Misty For Me (Destino nas Trevas, 1971). Mas nesta nova faceta, Eastwood foi acumulando fracassos sucessivos, o que levou a que, em meados dos anos 80, a sua cotação em Hollywood estivesse bastante baixa. Com o sucesso crítico de Bird (Fim do Sonho, 1988), uma biografia do músico Charlie Parker, ganhou algum fôlego para enveredar por projectos mais ambiciosos. Um deles permitiu-lhe obter o reconhecimento da comunidade cinéfila: Unforgiven (Imperdoável, 1992) marcou a ressurreição do género western, que tinha entrado em decadência nas décadas de 70 e de 80 do século XX, e venceu 4 Óscares da Academia, entre os quais Melhor Filme e Realizador. Apesar de sexagenário, ainda protagonizou filmes de acção como In the Line of Fire (Na Linha de Fogo, 1993) e Absolute Power (Poder Absoluto, 1997), e o melodrama romântico The Bridges of Madison County (As Pontes de Madison County, 1995), ao lado de Meryl Streep. Já realizador conceituado, continuou a dirigir títulos como Midnight in the Garden of Good and Evil (Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal, 1997), True Crime (Um Crime Real, 1999), Blood Work (Dívida de Sangue, 2002) e Mystic River (2003), um policial que constituiu um dos maiores êxitos de bilheteira do ano e que arrecadou os Óscares para Melhor Actor Principal e Melhor Actor Secundário para Sean Penn e Tim Robbins para além da nomeação para o Óscar de Melhor Realizador para Eastwood. Em 2004, dirigiu o elenco de Million Dollar Baby (que, para além do próprio, integra nomes como Hilary Swank e Morgan Freeman), um filme candidato a sete Óscares - entre os quais os de melhores Actor e Actriz principais, Actor Secundário e de Realização - e merecedor de vários prémios da crítica de cinema. Na grande Noite dos Óscares, no final de Fevereiro de 2005, Million Dollar Baby obteve quatro galardões, destinados ao Melhor Filme, à Melhor Realização, à Melhor Actriz Principal (Hilary Swank) e ao Melhor Actor Secundário (Morgan Freeman). Flags of Our Fathers (As Bandeiras dos Nossos Pais) e Letters from Iwo Jima (Cartas de Iwo Jima) são dois dramas de guerra realizados por Eastwood em 2006, tendo o último recebido o Óscar para os Melhores Efeitos Sonoros. Trata-se de histórias diferentes, segundo perspectivas também diferentes, a norte-americana e a japonesa, focadas, no entanto, sobre o mesmo acontecimento que envolveu as duas nações - a batalha de Iwo Jima ocorrida no contexto da guerra do Pacífico.

Clint Eastwood. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-31]

sábado, 30 de maio de 2009

Wenceslau de Moraes

No dia 30 de Maio de 1854, nascia em Lisboa, Wenceslau de Moraes.

Da Infopédia:

Oficial da marinha de guerra português, Wenceslau José de Sousa Moraes nasceu a 30 de Maio de 1854, em Lisboa, e faleceu a 1 de Julho de 1929, no Japão. Em 1873 terminou o curso preparatório da Marinha na Escola Naval em Lisboa. Realizou numerosas viagens; permaneceu dez anos em Moçambique e cinco anos na China; exerceu as funções de imediato do capitão do porto de Macau, território onde foi também professor de Matemática e teve a oportunidade de conhecer Camilo Pessanha; foi oficial da Armada e cônsul de Portugal no Japão, país cuja cultura absorveu. Dedicando-se às Letras, e tendo convivido com Camilo Pessanha, a sua obra constitui um modelo da sedução pela cultura oriental na literatura finissecular. Autor que tem tido ampla divulgação no Japão, merecendo um reconhecimento que, entre outras iniciativas, é atestado pela fundação de um Museu Wenceslau de Moraes e pela edificação de dois monumentos em sua homenagem em duas das cidades onde permaneceu, Tokushima e Kobe. Fascinado pela vida e cultura nipónicas, a sua obra, integrando em grande parte o género de literatura de viagens, apresenta a estética de um escritor que vê no solo nipónico ("nimbo de uma aurora, na sua plena apotheose de paiz privilegiado.") um reverso idealizado da civilização ocidental, passando para uma prosa refinada e impressiva a descoberta apaixonada da vida oriental. Destacam-se as obras Dai-Nippon (1897), Relance da História do Japão (1924) e Relance da Alma Japonesa (1926). Em Portugal, Wenceslau de Moraes foi alvo de uma homenagem, tendo-se comemorado os 150 anos do seu nascimento em 2004 e publicado o volume Permanência e Errâncias no Japão - uma compilação de postais ilustrados que fazem parte da correspondência mantida por Wenceslau de Moraes com a sua irmã Francisca.
Bibliografia: Traços do Extremo Oriente - Sião, China e Japão, Lisboa, 1895; Dai-Nippon, Lisboa, 1897; Cartas do Japão, Porto, 1904-1905; Serões no Japão, Lisboa, 1905; O Culto do Chá, Kobe, 1905; Paisagens da China e do Japão, Lisboa, 1906; A Vida Japonesa: terceira série de cartas do Japão (1905-1906), Porto, 1907; O Bon-Odori em Tokushima, Lisboa, 1916; Fernão Mendes Pinto no Japão, Porto, 1920; O-Yoné e Ko-Haru, Porto, 1923; Relance da História do Japão, Porto, 1923; Relance da Alma Japonesa, Lisboa, 1926; Traços do Extremo Oriente - Sião, China e Japão, Lisboa, 1895; Dai-Nippon, Lisboa, 1897; Cartas do Japão, Porto, 1904-1905; Serões no Japão, Lisboa, 1905; O Culto do Chá, Kobe, 1905; Paisagens da China e do Japão, Lisboa, 1906; A Vida Japonesa: terceira série de cartas do Japão (1905-1906), Porto, 1907; O Bon-Odori em Tokushima, Lisboa, 1916; Fernão Mendes Pinto no Japão, Porto, 1920; O-Yoné e Ko-Haru, Porto, 1923; Relance da História do Japão, Porto, 1923; Relance da Alma Japonesa, Lisboa, 1926; Cartas Íntimas, Lisboa, 1944; Cartas Dirigidas de Tokusshima entre 1914 e 1827 ao seu grande amigo Polucarpo de Azevedo, Lisboa, 1961; Notícias do Exílio Nipónico, Macau, 1994

Wenceslau de Moraes. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-30]

sexta-feira, 29 de maio de 2009

História a qu4tro mãos: Lisboa 1995 (III)

Revelações surpreendentes sobre o passado de Bernardo


A menina Laura


A menina Laura nasceu num dia de Maio de 1942 numa pequena vila do interior alentejano. Filha do mestre Quim Sapateiro e da menina Maria do Quim, sim, porque por essas bandas as mulheres são todas meninas, a pequena Laura teve uma infância cheia de atenções e mimos dos seus pais. Nada de muitos luxos. O mestre Quim não era nem nunca foi rico, pelo menos do ponto de vista financeiro.

A menina cresce, vai à escola mas completa apenas a quarta classe segundo o que era habitual naquela altura, pelo menos no seio das famílias mais pobres. Não foi, no entanto, o facto de não ter continuado os estudos que fez dela uma pessoa menos inteligente ou menos pronta para enfrentar a vida que tinha pela frente.

Já uma mulherzinha, Laura aprende a bordar com a menina Amália que por sua vez tinha aprendido com uma senhora da Madeira. Aprendeu depressa e bem a arte do bordado mas, curiosamente, não foi nesta altura da sua vida que mais uso dela fez.

Mais uns anos passam e a menina Laura começa a interessar-se por um rapaz meio traquinas que andava já há uns tempos a fazer-lhe olhos bonitos. Havia, no entanto, um problema. A menina era filha do mestre Quim sapateiro e o rapaz filho do senhor Alberto Grilo, um dos homens mais ricos da terra.

O amor, felizmente, venceu e a menina Laura casou com o menino Zé Joaquim num dia de Abril de 68.

Logo após o casamento, começam os problemas financeiros do Sr. Alberto Grilo que é obrigado a encerrar vários dos seus negócios e a despedir muitos dos seus funcionários. Os membros da família têm que arregaçar mangas para salvar o que resta. A menina Laura e as outras mulheres da família Grilo ficam com o trabalho ingrato de cuidar do aviário. Limpar e alimentar os frangos eram as suas tarefas diárias. Quem na altura pensou que Laura casara por dinheiro, imediatamente verificou que tal não poderia estar mais longe da realidade. O afinco com que ajudou a família Grilo era a maior prova de amor que Laura poderia dar ao seu marido.

É nesta época de luta e dificuldades, que Laura tem o seu primeiro filho ao qual é dado o nome do seu sogro, Alberto, segundo a tradição da família Grilo que, chama "Alberto" a todos os primeiros filhos dos casais.

Quatro anos mais tarde nasce uma menina a quem e dado o nome de Alexandra. Nesta altura os problemas financeiros da família Grilo estão já mais controlados e Laura não necessita trabalhar.

Laura e Zé Joaquim levam muito a sério a educação dos seus dois filhos. Laura, mais presente no dia-a-dia, é uma mãe amiga e carinhosa, mas sabe impor respeito e quando os meninos se portam mal, levam com um sapato no rabo. A relação que tem com os dois é, no entanto, franca e aberta e baseada na confiança mútua. Uma forma de educar diferente do que era habitual na altura e que ainda hoje se reflecte no relacionamento com tem com os filhos.

Desenganem-se, os que pensam que Laura nesta altura da sua vida apenas cuidava da casa, do marido e dos filhos. A menina-mulher tinha, entretanto aprendido alguns conceitos básicos de enfermagem e quase todos os dias ao fim da tarde saia de casa para dar injecções ou fazer curativos em pessoas doentes. Durante o dia, os doentes que se podiam deslocar passavam em sua casa para receber este tipo de cuidados. Laura raramente cobrava dinheiro a estas pessoas. A uns porque eram pobres e a outros porque eram amigos. No entanto, a recompensa vinha sempre mais tarde e em géneros. Ovos, galinhas, patos, borregos, legumes e tantas outras coisas que valiam bem mais que o dinheiro que cobrasse.

É com muita alegria que Laura recebe uma proposta de trabalho para auxiliar de Médico, numa fábrica de lacticínios. Trabalha apenas umas horas durante a manhã, mas o dinheiro que ganha sempre ajuda nas despesas da casa. Este foi talvez um dos períodos mais felizes e intensos da sua vida. Conheceu muita gente e fez muitos amigos. Laura tem uma aptidão inata para lidar com as pessoas e teria sido uma excelente enfermeira se tal oportunidade lhe tivesse sido dada.

Os filhos crescem, são bons alunos e não dão preocupações. Laura, embora tenha muito orgulho neles, nunca os recompensa nos finais de ano escolar. Porquê? Porque os filhos devem estudar para se realizarem pessoalmente e não para serem recompensados materialmente por isso.

É com alguma tristeza que vê Alberto partir para longe afim de iniciar os seus estudos universitários. No entanto, Laura é forte e quando o filho sente saudades de casa, faz tudo para não se comover e para lhe dar força para continuar. Uns anos mais tarde parte Alexandra com a mesma finalidade. A casa fica mais vazia, mas Laura não se deixa ir abaixo. Precisa de ocupar o seu tempo, nunca foi mulher de estar parada em casa a tratar do marido, com quem mantém um óptimo relacionamento.

É por esta altura que vê surgir a oportunidade de colocar em prática os seus conhecimentos na área do bordado. A convite de uma entidade pública local, passa a ser monitora de um curso de bordados. Mais uma vez as capacidades de Laura são postas à prova. Desta vez tem que ensinar e ser "professor" não é tarefa para qualquer um.

O primeiro curso corre muito bem, ou não fosse Laura uma excelente comunicadora. Surgem convites para o segundo, o terceiro, o quarto... tantos que já se perdeu a conta. Ainda hoje mantém esta actividade, passados que estão mais de quinze anos.

Como qualquer história de vida, também a história de Laura conta com alguns momentos menos bons:a morte repentina do sogro, o cuidar da sogra acamada durante os últimos meses de vida, a doença do marido que o levou à portas da morte e a morte do pai, são só alguns exemplos.

Laura, enfrentou todas estas situações com tristeza mas determinação. Ela comanda, decide, fala e resolve.

Em 2007 toda a família fica em pânico quando após uma cirurgia sem importância Laura fica às portas da morte. Nova cirurgia e as coisas ficam resolvidas. Laura é forte e não se deixa vencer assim às boas.

Hoje em dia, esta Mulher, continua a viver na pequena vila alentejana onde nasceu. Mantém um casamento de mais de quarenta anos com o seu Zé Joaquim e cuida mãe e da cunhada Isabel que é como se fosse sua irmã. Laura revelou-se uma verdadeira Matriarca e é o pilar da família.

Pediram-me para olhar para uma caixa com lápis de cor e escrever uma história sobre "a cor dos meus dias". Lembrei-me imediatamente da menina Laura. Ela é, sem dúvida, a cor dos meus dias. Meus, e de muita gente...

A menina Laura é também a minha mãe e a minha melhor amiga.



Texto de minha autoria, escrito para a Fábrica de Histórias

Notícia em Destaque - Dash Q200 da SATA já estão nos Açores

No Diário de Notícias da Madeira:

Já se encontram nos Açores os dois aviões Bombardier Dash Q200 que passarão a ser utilizados pela SATA Air Açores nas linhas inter-ilhas da Madeira a partir do próximo ano.

As duas aeronaves chegaram do Canadá, onde se localiza a fábrica da Bombardier e respectivas linhas de montagem, onde foram sujeitas a uma revisão técnica total, tendo sido montados novos interiores e nova decoração e onde foram pintadas com a nova imagem do grupo aéreo açoriano. A SATA está a passar por uma operação de 'rebranding', que mantém as cores azuis do Atlântico (um valor assumido e valorizado pelo grupo), mas que foi modernizada e adequada à filosofia e objectivos do grupo aéreo. 'The Atlantic and you' (O Atlântico e Você) é a mensagem que a partir dos próximos dias estará no ar e em terra em todos os momentos, buscando uma identificação plena com os novos paradigmas de serviço que estão a ser implementados e com uma expansão direccionada para o oceano que rodeia as ilhas. Desde há dois anos que o grupo aéreo açoriano apontou a sua estratégia de desenvolvimento, e de crescimento, para os arquipélagos da Macaronésia e para o Atlântico Norte, onde hoje tem um número assinalável de linhas regulares (desde 1 de Maio voa de Lisboa e dos Açores para o Canadá em serviço regular) e outras ligações, nomeadamente 'charters' para destinos turísticos.

Os aviões que entram agora ao serviço da SATA (os dois Dash Q200) têm 11 anos de actividade. Estiveram antes na companhia norte-americana Horizon, e vão substituir os ATP que têm uma média de idade de 17 anos e que irão a partir de Novembro deste ano ser devolvidos à empresa de 'leasing', pois terminam os respectivos contratos de aluguer. Os Q200 estão no Aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos hangares da companhia, onde aguardam os procedimentos legais que conduzirão à sua admissão no Registo Nacional de Aeronaves e, consequentemente, a sua certificação pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para poderem entrar ao serviço, o que deverá verificar-se nas próximas semanas. Além do Porto Santo, servirão as ilhas do grupo central e as mais pequenas do arquipélago dos Açores, nomeadamente, Flores e Corvo, para onde voa uma aeronave de 18 lugares.

António Menezes, presidente da SATA confirmou ao DIÁRIO que o ATP que actualmente está baseado na Madeira, a fazer as linhas do Porto Santo e de Las Palmas, em Grã Canária, irá ser substituído no final do ano pelo Dash Q200, uma aeronave mais moderna e com mais eficiência para as ligações inter-ilhas. Embora tenha menos capacidade que o ATP (serão 37 lugares em vez dos 65 actuais), o aparelho do fabricante canadiano proporcionará uma gestão mais racional da linha e em termos operacionais permitirá mais ligações durante o dia, uma das reivindicações da população do Porto Santo.

A queda do tráfego na rota inter-ilhas da Madeira tem provocado também uma oferta excessiva de lugares, baixando os coeficientes de ocupação por voo, pelo que a entrada do Dash Q200 irá permitir uma subida dos índices médios e uma gestão mais adequada entre a procura e as oferta do transporte aéreo entre as duas ilhas do arquipélago, de acordo com as obrigações de serviço público, acordadas entre o Estado Português e a SATA, válidas por três anos, entre 13 de Agosto de 2007 e 12 de Agosto de 2010.

Os restantes quatro aparelhos Dash Q400 com capacidade para 80 passageiros chegarão aos Açores em Janeiro e Fevereiro de 2010. Entrarão ao serviço no primeiro trimestre do ano e serão utilizados nas linhas da Madeira para os Açores, Canárias e, eventualmente, para Faro e ilhas de Cabo Verde. Duas hipóteses que estão em estudo. Estes são aviões novos de fábrica, que substituirão a frota dos ATP nas ligações inter-ilhas nos Açores. Com mais capacidade de transporte de passageiros e de carga.

SATA recebe A320 novo

Hoje em Toulouse, no Sul da França, a SATA receberá o seu quarto avião A320. A cerimónia terá lugar nas instalações da Airbus, com a presença de responsáveis pelo fabricante europeu e do presidente da SATA e outros responsáveis da empresa. O primeiro voo do A320 CS-TKO, que para já irá apoiar a operação da SATA Internacional à partida do Aeroporto da Madeira, será esta tarde, entre Toulouse e Lisboa. Virá com as novas cores da companhia e transportará os administradores e os cerca de 40 jornalistas portugueses que hoje, no Centro Internacional de Entregas da Airbus, assistirão à entrega oficial da aeronave.


In Diário de Notícias da Madeira
Foto: www.dnoticias.pt

Ian Flemning

No dia 29 de Maio de 1908 nascia Ian Fleming.

Da Infopédia:

Romancista inglês, nascido em 1908 e falecido em 1964, que se tornou internacionalmente conhecido após ter escrito obras de ficção e suspense onde a personagem principal é James Bond, o agente secreto inglês 007, um dos mais populares heróis do século XX. Casino Royale (1953) foi o primeiro dos doze romances que escreveu acerca de James Bond. As aventuras mais conhecidas são From Russia with Love (1957), Dr. No (1958), Goldfinger (1959) e Thunderball (1961), histórias que foram adaptadas para o grande ecrã.

Ian Fleming. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-29]

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Obrigado...

Obrigado ao blogue Alice in Fucking World (monólogos) pelo "link" para o Outras Escritas.

Notícia em Destaque - CD recupera obra esquecida de tenor madeirense

Não conhecia este tenor português. Às vezes damos mais importância ao que vem de fora do que ao que é nosso.

Felizmente há gravações, que serão agora lançadas em CD.

Já agora, e embora deteste regionalismos exacerbados, gostaria de referir que o maior, ou pelo menos, o mais conhecido, de todos os tenores portugueses foi Tomás Alcaide que era, obviamente, Alentejano de Estremoz.

No Diário de Notícias da Madeira:
Canções como 'Canto do Rouxinol' ou 'Guitarrada', na voz do cantor lírico madeirense Lomelino Silva (1892-1967), que ficou conhecido como 'O Caruso Português', integram um novo CD que recupera a obra esquecida do tenor e que será apresentado no sábado à noite, na 35ª Feira do Livro do Funchal.
Na origem deste projecto, iniciado em 2002, esteve o investigador madeirense Duarte Mendonça: "Estava na Universidade de Massachusetts [EUA], a fazer pesquisas para a minha tese de mestrado sobre os madeirenses em New Bedford e, quando pesquisava a antiga imprensa portuguesa dessa cidade, encontro referências a Lomelino Silva, o 'Caruso Português' de origem madeirense, que havia actuado nessa cidade por duas vezes em 1927 e 1928. E numa das notícias vi que o tenor cantou 'Mãesinha' [não é lapso, é mesmo com 's' e não 'z'], um tema que levou as pessoas às lágrimas", começou por dizer.

Primeiro madeirense a gravar

A partir daí, Duarte Mendonça procurou conhecer se "a música seria assim tão emotiva". E, como a necessidade aguça o engenho, o investigador tentou 'descobrir' gravações do tenor. "Soube que tinha gravado discos para a His Master's Voice [editora discográfica] em Inglaterra no ano de 1926, tendo sido o primeiro madeirense a gravar discos". E passou a explicar: "Tentei encontrar alguns discos. Mas, curiosamente, em 2004 consegui comprar três discos de 78 rotações de Lomelino Silva num 'site' da Internet. E, mais tarde, num outro 'site', encontrei um outro disco gravado para a Victor Talking Machine Co., cujo logotipo está no CD".
Seja como for, só ouviu os trabalhos passados quase dois anos, graças aos bons ofícios de um músico e também investigador madeirense. "Numa conversa informal com o Vítor Sardinha, falei-lhe do tenor e disse que não tinha o aparelho para ouvir as gravações. E ele lembrou-se do Luís Nunes, técnico de som da RDP-M, onde existia um aparelho para ler discos de 78 rotações. E quando o ouvi, fiquei impressionado".

Disposto a 'descobrir' mais discos do tenor , o investigador madeirense via, porém, os seus esforços baldados, porque tratam-se de peças raras. Mas, um dia, a situação inverteu-se: "Numa troca de 'e-mails' com David Anderson [um coleccionador escocês de discos de 78 rotações], vim a saber que era amigo do José Moças [responsável da Tradisom]. E foi a partir do coleccionador na Escócia que o José Moças entrou em contacto comigo". "Tinha a ideia de fazer um CD sobre Lomelino Silva, porque percebi que devia ser uma estrela na medida em que, nos Estados Unidos, a imprensa dedicava-lhe grandes parangonas referenciando-o como um homem fantástico com uma voz lindíssima", fez saber José Moças. E acrescentou: "Quando andava à volta deste tema, 'descobri' o Duarte Mendonça que, curiosamente, também andava em cima da obra do tenor . E, como se costuma dizer, 'juntou-se a fome com a vontade de comer' porque começámos a trabalhar juntos, na possibilidade de editar, o que consideramos ser, um disco importante não só a nível regional mas também a nível nacional". Saiba mais, hoje, nas emissões da TSF-M (100 FM).

Notas sobre o artista, por Duarte Mendonça


"Para muitos, o nome de Lomelino Silva nada diz. Poucos sabem quem foi e a importância que teve no panorama cultural regional, nacional e internacional. (...) Filho de Guilherme Augusto da Silva e de Helena Lomelino da Silva, Nuno Estêvão Lomelino da Silva nasceu na Rua das Maravilhas, na freguesia de São Pedro, a 26 de Dezembro de 1892, e ali viveu a sua infância e juventude. Um dia foi descoberto numa actuação no Teatro Municipal e algum tempo depois, por recomendação de alguns 'connoisseurs' musicais locais, que descobriram nele excelentes dotes vocais, foi enviado para Itália com o intuito de estudar canto lírico com dois grandes mestres do bel canto de então: Giovanni Laura e Ercole Pizzi. A sua estreia como tenor naquele país transalpino decorreu em Janeiro de 1921, e marcaria o início de uma carreira ímpar que ficaria marcada por várias digressões internacionais, onde actuaria nos melhores teatros líricos de vários países e onde o sucesso o aguardava". Leia na íntegra em www.portuguesetimes.com/Ed_1857/Cronicas/diacron%2010.htm.
In Diário de Notícias da Madeira

Ermione (Rossini) - Dueto para dois tenores (II)

aqui mencionei esta ópera e o interessante dueto para dois tenores que dela faz parte.

Encontrei recentemente no YouTube, mais dois vídeos com o dueto.

Para poderem comparar, aqui fica mais uma vez o vídeo de Pesaro (1987) e os dois vídeos que encontre recentemente.

Considero Rockwell Blake o melhor tenor Rossiniano dos últimos tempos e, por isso, considero a sua prestação superior à de Bruce Ford que até terá um timbre mais agradável.

Rockwell Blake "arrasa" na récita de Roma em 1991 (2º vídeo).




Blake e Morino (Pesaro 1987)


Blake e Canonici (Roma 1991)


Ford e Paul Austin Kelly (1995 Glyndebourne Festival)

Dietrich Fischer-Dieskau

No dia 28 de Maio de 1925 nascia Dietrich Fischer-Dieskau.

Da Wikipédia:

Dietrich Fischer-Dieskau (28 de maio de 1925 -) é um barítono alemão e maestro de música clássica, um dos mais famosos cantor lieder de sua geração. É admirado por suas interpretações, as qualidades tonais e de cor na sua voz, o seu excepcional senso rítmico e impecável dicção.

Como cantor


Como maestro

  • Hector Berlioz, Harold in Italy
  • Brahms, Symphony No. 4, com a Czech Philharmonic Orchestra
  • Mahler, Das Lied von der Erde
  • Richard Strauss, Arias de Salomé, Ariadne auf Naxos, Die Liebe der Danae, e Capriccio, com Bamberg Symphony Orchestra
Livros
  • The Fischer-Dieskau Book of Lieder: The Original Texts of over 750 Songs, translated by Richard Stokes and George Bird. Random House, 1977. (ISBN 0-394-49435-0)
  • Reverberations: The Memoirs of Dietrich Fischer-Dieskau, translated by Ruth Hein. Fromm International, 1989. (ISBN 0-88064-137-1)
  • Robert Schumann Words and Music: The Vocal Compositions, translated by Reinhard G. Pauly. Hal Leonard, 1992. (ISBN 0-931340-06-3)
  • Schubert's Songs: A Biographical Study. Alfred A. Knopf, 1977. (ISBN 0-394-48048-1)
  • Wagner and Nietzsche, translated by Joachim Neugroschel. Continuum International, 1976.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

História a qu4tro mãos: Lisboa 1995 (II)

Cada vez mais entusiasmados, cada vez mais dependentes...

Notícia em Destaque - Avião cai no aeroporto da Madeira - Co-piloto morre com 80 % do corpo queimado

Do Diário de Notícias da Madeira:

Fonte hospitalar confirmou que o piloto de 49 anos já recebeu alta ontem de manhã

O co-piloto que se encontrava internado na Unidade de Queimados do Hospital de São João no Porto desde a manhã de segunda-feira não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer ontem ao início da tarde.

Fonte ligada àquele serviço confirmou o óbito e aproveitou para esclarecer ao DIÁRIO que, ao contrário do que foi avançado no domingo pela direcção clínica durante a conferência de imprensa no Hospital Central do Funchal (HCF), o co-piloto (que é piloto de profissão mas na altura não comandava a aeronave) tinha 24 anos e não 39 como o próprio director clínico do hospital afirmou.

Pedro Manuel Filipe era natural do Algarve e na segunda-feira de manhã deu entrada nas urgências do Hospital São João com queimaduras em 80 por cento do corpo e escoriações muito graves como adiantou a mesma fonte ao nosso jornal.

Os familiares de Pedro Manuel já se encontravam à espera do co-piloto e foi nessa altura, em conversa com a direcção clínica do Hospital do Porto, que rectificaram as informações erradas que nos últimos dias estavam a ser divulgadas pelo HCF.

Piloto já recebeu alta

Ontem de manhã, o homem que pilotava a aeronave recebeu alta hospitalar. Desde que esteve internado, Bruno Alves de 49 anos foi submetido a diversos exames, confirmou fonte hospitalar.

No domingo à tarde, Bruno Alves pilotava a aeronave onde seguia também Pedro Manuel Filipe de 24 anos.

Alguns minutos antes das 19 horas o 'Zlin' acabou por se despenhar no Aeroporto Internacional da Madeira. O piloto conseguiu sair pelos próprios meios. A mesma sorte não teve Pedro Filipe que teve de ser desencarcerado por uma equipa dos Bombeiros Municipais de Santo Cruz.

In Diário de Notícias da Madeira

Manuel Teixeira Gomes

No dia 27 de Maio de 1860 nascia Manuel Teixeira Gomes.

Da Infopédia:

Cronista, dramaturgo, crítico de arte, ficcionista e político português, nasceu a 27 de Maio de 1860, em Portimão, e morreu a 18 de Outubro de 1941, em Bougie, na Argélia. Depois de ter frequentado o Seminário de Coimbra, onde foi companheiro de José Relvas, matriculou-se na Faculdade de Medicina, não chegando, porém, a concluir o curso. Depois de uma vivência de boémia, entre Coimbra, Lisboa e Porto, durante a qual conviveu com algumas das figuras mais conhecidas da literatura do último quartel de Novecentos, como Sampaio Bruno, Teófilo Braga, Fialho de Almeida, António Patrício, Malheiro Dias e António Nobre, adquirindo uma cultura artística e literária rica e diversificada, regressou a Portimão para se dedicar ao comércio de exportação de frutos secos na empresa que o pai detinha, sendo, então, obrigado a efectuar múltiplas viagens ao estrangeiro, sobretudo pelo Norte de França, Países Baixos e Mediterrâneo. A partir de 1895, estabeleceu novos contactos literários e ficou a conhecer, entre outros, Marcelino Mesquita e Gomes Leal. Entretanto, entusiasmado pelos seus amigos, publicou a sua primeira obra O Inventário de Junho, em 1899. Obrigado a permancer em Portimão durante mais tempo, devido à avançada idade do pai, dedicou-se, por esta altura, à escrita, tendo publicado Cartas sem Moral Nenhuma e Agosto Azul, ambos os escritos em 1904, Sabrina Freire, em 1905, Desenhos e Anedotas de João de Deus, em 1907, e Gente Singular, em 1909. Com a eclosão da revolução republicana, aceitou o cargo de ministro em Londres, encetando um papel interveniente na vida política externa portuguesa - temporariamente suspenso durante a ditadura de Sidónio Pais -, tendo sido responsável pela intervenção de Portugal na Primeira Guerra Mundial, e representou Portugal na Conferência de Versalhes e na Sociedade das Nações. Num período particularmente conturbado da vida política e social portuguesa, foi eleito, em 1923, presidente da República, resignando em 1925. Com a instauração da ditadura militar de 1926, encetou um novo período de peregrinação pelo estrangeiro, assumido agora como exílio voluntário. Retomou então a escrita, revendo e reeditando as suas primeiras obras e dando à estampa um novo ciclo de volumes de narrativa, memórias e impressões de viagem. Um dos pontos de abordagem da sua obra utilizados com mais recorrência é o de repertoriar continuidades e diferenças entre as obras do início do século com aquelas publicadas depois de quinze anos de silêncio. Como fio condutor entre ambos os momentos encontra-se o recurso frequente a processos evocativos, já que no hiato entre a narração e o acontecimento evocado, joga-se o estranhamento necessário a um desvendar progressivo da acção ou situações insólitas, estratégia que confere à sua escrita características próximas do fantástico. Novelística que se compraz na subversão de lugares-comuns, que se assume como desafio ao sublime e ao romanesco, integrando, por consequência, o grotesco e a ironia como estratégias que permitem o distanciamento e repelir qualquer sentimentalismo, e a expressão inédita de um erotismo plenamente assumido, enquanto adesão incondicional e deslumbrada "à arte e à mulher" (cf. RODRIGUES, Urbano Tavares - Prefácio a Novelas Eróticas, 3.ª edição, Venda Nova, Bertrand, s/d, p. 8). Ao mesmo tempo radicalmente anti-romântica, pela forma como os impulsos idealistas das personagens são continuamente aviltados pelo confronto com a materialidade ou com o ridículo, e anti-naturalista e anticientifista, pela forma caricatural como questiona uma realidade cuja compreensão escapa ao racionalismo, a prosa de Manuel Teixeira Gomes recupera um esteticismo classicista, patente em descrições onde a frase longa, bem cadenciada, sem recusar, para maior propriedade da expressão, o uso de arcaísmos e neologismos, adquire, na evocação imaginária e sensual de lugares, mulheres, amigos que conhecera, uma beleza raras vezes atingida na literatura portuguesa. Morreu em Outubro de 1941, num quarto de hotel da Argélia, país onde viveu os seus últimos dez anos. No entanto, nove anos mais tarde, os seus restos mortais seriam trasladados para Portimão, a pedido da família. Bibliografia: Inventário de Junho, Lisboa, 1899; Cartas sem Moral Nenhuma, Lisboa, 1903; Agosto Azul, Lisboa, 1904; Sabina Freire, Lisboa, 1905; Anedotas de João de Deus, isboa, 1907; Gente Singular, Lisboa, 1909; Cartas a Columbano, Lisboa, 1932; Novelas Eróticas, Lisboa, 1934; Regressos, Lisboa, 1935; Miscelânea, Lisboa, 1937; Maria Adelaide, Lisboa, 1938; Carnaval Literário (2.ª parte de Miscelânea), Lisboa, 1939; Londres Maravilhosa, Lisboa, 1942; Correspondência I e II, Lisboa, 1960

Manuel Teixeira Gomes. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-27]

terça-feira, 26 de maio de 2009

Obrigado..

Obrigado ao blogue Loco Citato pelo "link" para o Outras Escritas.

Última hora - Madeira: piloto que se despenhou morreu

Do IOL Portugal Diário:

O ferido grave do acidente da aeronave que se despenhou domingo no aeroporto da Madeira morreu esta terça-feira, no Hospital de S. João, no Porto, disse à Lusa fonte hospitalar.

O homem encontrava-se em estado «muito reservado», com queimaduras em 70 por cento do corpo, explicou a mesma fonte, afirmando que o óbito ocorreu por volta das 14:00.

O co-piloto da TAP, que se encontrava ao comando da aeronave na altura do acidente, foi, na segunda-feira, transferido para o Hospital de S. João, no Porto, vindo do Hospital Central do Funchal.

O outro sinistrado do acidente de domingo tem 49 anos e é mecânico de aeronaves, sofreu queimaduras ligeiras, mas, de acordo com o director clínico do Hospital Central do Funchal, «em princípio, não corre risco de vida».

Em comunicado, a direcção regional dos Aeroportos da Madeira precisou que o acidente ocorreu às 18:56 de domingo, durante a aterragem da aeronave.

O aparelho envolvido neste acidente era um avião privado de acrobacias, modelo Zlin 142.

Última hora - Morreu o piloto da aeronave da Madeira

Há, aparentemente um erro na notícia do Expresso. Quem morreu foi o co-piloto da TAP (Pedro Filipe) que se encontrava hospitalizado no hospital de S. João no Porto e não o dono da aeronave (Bruno Alves) que se encontra hospitalizado no Funchal.

Do Expresso:

O homem que se despistou domingo no aeroporto da Madeira morreu hoje no Hospital de S. João, no Porto.

O ferido grave do acidente da aeronave que se despenhou domingo no aeroporto da Madeira morreu hoje, no Hospital de S. João, no Porto, disse à Lusa fonte hospitalar.

O homem encontrava-se em estado "muito reservado", com queimaduras em 70 por cento do corpo, explicou a mesma fonte, afirmando que o óbito ocorreu por volta das 14:00 de hoje.

O co-piloto da TAP, que se encontrava ao comando da aeronave na altura do acidente, foi ontem transferido para o Hospital de S. João, no Porto, vindo do Hospital Central do Funchal.

O homem era, também, proprietário da aeronave que se despenhou.

O outro sinistrado do acidente de domingo tem 49 anos e é mecânico de aeronaves, sofreu queimaduras ligeiras, mas, de acordo com o director clínico do Hospital Central do Funchal, Miguel Ferreira, "em princípio, não corre risco de vida".

Em comunicado, a direcção regional dos Aeroportos da Madeira precisou que o acidente ocorreu às 18h56 de domingo, durante a aterragem da aeronave.

"Após intervenção do serviço de socorro do Aeroporto da Madeira, os dois feridos foram evacuados para o Hospital Central do Funchal", numa operação que contou com o apoio da Equipa Medica de Intervenção Rápida, acrescentou a mesma fonte.

O aparelho envolvido neste acidente era um avião privado de acrobacias, modelo Zlin 142.

Eleições

Começou há dois dias mais um período de campanha eleitoral. Desta vez para as primeiras eleições do ano, as Europeias.

Estas são a eleições que menos "entusiasmam" o povo e nas quais os níveis de abstenção costumam bater recordes.

A avaliar pela campanha eleitoral, justifica-se que a vontade de votar seja mesmo pouca ou nenhuma. Os senhores candidatos aos "luxos" de Bruxelas e Estrasburgo falam de tudo menos da União e Parlamento Europeus. Os do PS dizem bem de Sócrates e mal da direita e da esquerda reaccionárias, os do PSD dizem mal de Sócrates e do governo, Bloco de Esquerda e CDU dizem mal de tudo e todos (Europa incluída) e Paulo Portas do PP faz o périplo habitual pelas feiras, onde beija quem lhe aparece à frente.

Nada de novo, portanto... haja paciência!

Lá estarei no dia 7 de Junho para cumprir o meu dever cívico.

Dia dos Vizinhos


Hoje é dia Europeu dos Vizinhos.

Objecto de desejo

Asus Eee PC 1008HA Seashell

Notícia em Destaque - Avião cai no aeroporto da Madeira (actualização)

Do Diário de Notícias da Madeira:

Comissão de inquérito investiga acidente
Os investigadores estiveram ontem no aeroporto a fotografar e a recolher indícios



J. Nóbrega

O 'Zlin', de fabrico checo é um modelo muito usado para festivais de acrobacias aéreas. António Rodrigues, piloto do Aero Clube, garante que, na Madeira, não há piloto tão experiente neste tipo de aviões como Bruno Alves.
Data: 26-05-2009

O avião que domingo se despenhou no Aeroporto da Madeira tinha um plano de voo local aprovado pela Navegação Aérea (NAV). A entidade que controla o espaço aéreo da responsabilidade de Portugal autorizou o voo na baía do Funchal até aos 3000 mil pés e permitiu a manobra baixa sobre a pista. "Nada do que se passou no Aeroporto foi à revelia da NAV". A informação, avançada pelo gabinete de comunicação da NAV, refere que, ao entrar na pista, o piloto do 'Zlin' pediu para fazer uma manobra baixa, o que foi autorizado, tal como tinha sido todo o voo. E é tudo. As explicações da NAV sobre o que se passou domingo ficam-se por aqui. O gabinete de comunicação remete os esclarecimentos para o relatório que sairá do inquérito ao acidente. Os investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Com Aeronaves (GPIAA) chegaram no primeiro voo da manhã à Madeira. Em Lisboa, Fernando Ferreira dos Reis, o director do GPIAA, também foi parco em explicações. "Neste momento, os nossos investigadores estão no terreno a recolher provas, a efectuar todas as diligências exigidas num acidente aviação".

Os procedimentos do organismo que investiga os acidentes de aviação em território português estão disponíveis na Internet. Os peritos recolhem os indícios, depois fazem a análise e, por fim, elaboram um relatório. "Esse relatório final é público e disponibilizado na Internet". As causas e as circunstâncias do acidente serão conhecidas e públicas, só não se sabe quando. O director do GPIAA não deu prazos, nem datas para a conclusão do inquérito e para a publicação do relatório.

A movimentação dos peritos foi visível ontem no Aeroporto da Madeira. Os procedimentos obrigam à fotografias do local do acidente, à recolha de vestígios e identificação de provas nos destroços. A estes investigadores compete obter as primeiras declarações das pessoas envolvidas e de testemunhas, que devem ficar "à disposição para posterior audição". Neste momento, pouco mais se sabe sobre as causas e as circunstâncias em que ocorreu o acidente no Aeroporto da Madeira. Foi criada uma comissão de inquérito, as investigações começaram logo de manhã e ninguém dá avança teorias sobre o que se terá passado. "Qualquer declaração, qualquer opinião sobre o que passou poderia pressionar ou condicionar o trabalho dos inquiridores". E, tal com a NAV, o INAC e o GPIAA, o director da ANAM, Duarte Ferreira, prefere não comentar, nem especular sobre o que passou. "Vamos esperar pelo relatório da comissão de inquérito". Testemunhas no local na altura do acidente referiram ao DIÁRIO que o avião estava a fazer acrobacias sobre a pista do Aeroporto quando se despenhou. Primeiro, fez manobras simples, depois entrou em voo inverso a baixa altitude e fez um 'loping', mas não conseguiu recuperar e despenhou-se numa área de segurança da pista. O embate em terra provocou um incêndio. O piloto conseguiu sair o seu pé; o outro ocupante ficou preso, foi desencarcerado pelos bombeiros.

Piloto no hospital em situação estável
Bruno Alves era o único madeirense titular de um avião acrobático do tipo 'Zlin 142'

O piloto da aeronave que se despenhou anteontem na pista do Aeroporto da Madeira continua sob vigilância hospitalar. Bruno Alves está no Serviço de Observação da urgência do Hospital Central do Funchal mas, segundo os médicos que o acompanham, apresenta uma situação "estável". No entanto, Bruno Alves está a fazer exames na sequência de eventual traumatismo torácico com consequente entrada de ar na pleura.

Quer o director clínico, quer o chefe de equipa da urgência asseguraram ontem que, "à partida, o doente está fora de perigo". Já o co-piloto, vive uma situação bem mais reservada (vide destaque nesta página).

Uma vez na urgência, o acesso ao piloto foi interdito ao DIÁRIO, com base nas regras internas. No entanto, sabe-se que Bruno Alves foi visitado por familiares, mas não tem dado resposta aos contactos para o telemóvel.

O piloto trabalha no serviço de manutenção da TAP, como mecânico, e é um adepto fervoroso da acrobacia aérea. Por isso, aos domingos, voava regularmente com pilotos e outros amigos junto à pista do Aeroporto e era-lhe conhecida a larga experiência nestas lides. As suas acrobacias eram muito apreciadas pelos aficcionados da aeronáutica que, ao domingo, costumavam observar os rasgos do piloto. Aliás, era o único madeirense titular de um avião acrobático do tipo 'Zlin 142', que estava a pagar a expensas próprias.

Em entrevista concedida ao DIÁRIO há cerca de dois anos, Bruno Alves lamentava o facto de a acrobacia aérea ter vindo "a estar morta no nosso país durante 80 anos", muito por conta do Salazarismo. Comentários feitos pelo piloto nas vésperas da realização da prova 'Red Bull Air Race', que decorreria dias depois no Porto. "Salazar, quando subiu ao poder, castrou a acrobacia. Ela só ressurgiu nos anos 60 pela mão dos militares, como os 'Asas de Portugal'", denunciou Bruno Alves.

Em termos de participações oficiais, a última entrada aconteceu no Festival Aéreo de Porto Santo, organizado pelo Aeroclube da Madeira, admitindo na altura: "Faltam-me ainda algumas certificações para poder trabalhar." O avião ligeiro foi adquirido pelo próprio na República Checa e teve por objectivo concretizar um velho sonho de um homem deslumbrado com as acrobacias aéreas. Embora, ao DIÁRIO, tenha reconhecido, na citada entrevista, que para os portugueses, os aviões ainda são um assunto tabu. Falta cultura aeronáutica ao cidadão comum".

Rosário Martins

Queimaduras e escoriações "muito graves"

É com prognóstico reservado que permanece o co-piloto Pedro Filipe, de 39 anos, que se encontrava na aeronave que se despistou no domingo ao final da tarde. O doente foi evacuado de madrugada do Hospital Central do Funchal para a Unidade de Queimados do Hospital São João, no Porto, tendo dado entrada ontem, por volta das 8h15. A assessora de imprensa, em declarações ao DIÁRIO, explicou que o doente apresenta "queimaduras e escoriações muito graves".

Num balanço feito ao final da tarde de ontem, por volta das 19 horas, Romana Fresco explicou que ainda era muito difícil precisar quais as áreas mais afectadas com as queimaduras. "A avaliação está reservada", concluiu. O relatório clínico do co-piloto será revisto ainda esta manhã.

F. G.

1958

Queda do hidroavião 'Martin-Mariner', da companhia 'Artrop', num voo entre Lisboa e Funchal. O hidroavião 'Brio Santo' desapareceu no mar e com ele os 36 passageiros.

1973

Um avião espanhol, da companhia 'Spartax', despenhou-se no Porto Novo quando estava prestes a aterrar, tendo morrido os três tripulantes. O objectivo era apoiar um avião da companhia com uma avaria.

1977

Foi, até hoje, o grande acidente na Região. Um Boeing da TAP despenhou-se após a aterragem, tendo caído no calhau, na parte sobranceira ao aeroporto. Morreram 136 passageiros.

1977

Um mês após o grande desastre da TAP, um 'Caravelle', de uma companhia suíça, despenhou-se na baía do Porto Novo, tendo morrido mais de três dezenas de passageiros.

1991

A tragédia viria a acontecer, desta feita com aeronaves ligeiras. A Região regista a queda do 'Piper Seneca', oriundo de Ponta Delgada, tendo morrido os dois ocupantes.

1991

Passados dois dias da ocorrência com o 'Piper Seneca', queda do 'Cessna NA 316', nas serras do Campanário, após ter embatido numa linha de alta tensão. Resultado: seis mortos.

2003

Um bimotor cai na Ponta de São Lourenço, a 11 de Setembro, e faz 10 vítimas. Tratava-se de um avião particular, com passageiros orundos de Málaga, que sofreu uma explosão num dos motores.

Miles Davis

No dia 26 de Maio de 1926 nascia Miles Davis.

Da Infopédia:

Compositor e trompetista norte-americano, Miles Dewey Davis nasceu a 26 de Maio de 1926, em Alton, Illinois, e faleceu a 28 de Setembro de 1991. Foi um dos músicos de jazz mais inovadores: em 1949, integrou o movimento cool jazz, com Gil Evans, e nos últimos anos da sua vida experimentou a combinação rap-jazz. Entre estes dois pólos extremos, liderou dois famosos quintetos, desenvolveu a jazz fusion, e foi pioneiro, nos anos 70, do som precursor do hip-hop dos anos 90. Na adolescência, fez parte de vários grupos de rhythm & blues. Em meados dos anos 40, em Nova Iorque, decidiu dedicar-se à música em detrimento dos estudos, tendo tocado com os líderes do movimento bebop, o trompetista Dizzy Gillespie e os saxofonistas Charlie Parker e Coleman Hawkins. Em 1953, formou o seu primeiro grupo com John Coltrane, Red Garland, Paul Chambers e Philly Joe Jones. Dez anos mais tarde o seu segundo quinteto seria composto por Herbie Hancock, Wayne Shorter, Ron Carter e Tony Williams. Fazem parte da suas gravações a solo mais relevantes Birth Of The Cool (1949), Round About Midnight (1955),Miles Ahead (1957), Porgy And Bess (uma adaptação da obra-prima de Gershwin para trompete,1958), Kind Of Blue (ao lado de John Coltrane, 1959), Milestones (1958), Sketches Of Spain (1959) e Miles Smiles (1966). Os anos 60 e 70, e artistas como Sly Stone ou Jimi Hendrix, marcaram a evolução de Miles Davis para a improvisação do free jazz (e do rock, visível em trabalhos como In A Silent Way, de 1969). A inovação estendeu-se até à jazz fusion, em trabalhos como Bitches Brew (1970), On The Corner (1972) e Dark Magus (1974). Bitches Brew foi mesmo o álbum de jazz mais vendido de sempre. Em 1981 editou The Man With The Horn, em que interpretou temas pop e colaborou com artistas como John Lee Hooker e Sting, entre outros. No seu último álbum, Doo-bop (1991), Miles Davis entrou nos domínios do hip-hop. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, Miles Davis utilizou o trompete num estilo melódico e introspectivo, tornando o seu som único e pessoal. Examinar a carreira de Miles é olhar para o jazz feito desde os anos 40 até ao início da década de 90, uma vez que ele esteve na linha da frente das inovações relevantes desse estilo musical, incutindo novos desenvolvimentos estéticos. Deixou um legado impressionante, fazendo-se rodear de nomes que posteriormente se tornaram célebres e criaram novos ramos na árvore crescente do jazz, partindo da grande inspiração e alento que Miles Davis sempre foi para os apreciadores do jazz moderno. Há mesmo quem diga que desde a morte do virtuoso músico, o jazz não foi capaz de crescer mais . Miles Davis foi laureado com oito prémios grammy ao longo da sua vasta carreira.

Miles Davis. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-26]