quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ainda os cafés do Chiado

Depois de ler um comentário do "Menino" ao meu "post" de ontem sobre a Brasileira do Chiado, lembrei-me de umas férias que fiz em 1992 nas companhia da minha irmã, da minha amiga Reflexos e do próprio "Menino".

Éramos todos muito novos e aquelas eram das primeiras férias que fazíamos sem a companhia de pessoas mais velhas. Os planos foram todos traçados com a devida antecedência e com algum pormenor. O objectivo era chegar a Vila Nova de Milfontes, de mochila às costas e usando transporte públicos, uma vez que o dinheiro não abundava e, por isso, era fundamental conter despesas.

Depois de analisar as várias alternativas, concluímos que a melhor forma de fazer a viagem a partir da terra dos meus pais no Alentejo, seria tomar um autocarro para Lisboa, e depois um outro para Milfontes. O facto de estarmos umas horas em Lisboa, pareceu-nos desde logo muito atractivo uma vez que, naquela altura, nenhum de nós visitava a cidade com regularidade.

Chegámos ao fim da manhã e, depois de deixarmos as pesadas mochilas no depósito de bagagens da estação de camionagem, rumámos à baixa. Passeio para aqui, passeio para ali... e sei que acabámos por nos sentar na esplanada do Benard do Chiado para tomar café. Pedimos um café para cada um e ficámos ali um belo bocado à conversa, planeando ansiosamente os dias de férias que tínhamos pela frente. Correu tudo muito bem até pedirmos a conta. Os cafés foram caríssimos (720$00) e rapidamente concluímos que, para quem queria fazer umas férias com pouco dinheiro, não estávamos a começar nada bem.

Depois de pagarmos, acabámos por nos rir da situação, afinal não tínhamos começado bem, mas ao menos tínhamos começado em grande...

As férias que se seguiram foram daquelas que nunca se esquecem. Até fizemos um diário que a Reflexos publicou no Desvios.

PS: Desculpem a fotografia ser da Brasileira.

2 comentários:

  1. Já encontrei as fotos dessas férias e.. das de Bragança... ai os nossos penteados... e as roupas... medonhos!

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  2. O diário da Reflexos, quando menciona as batatas fritas, fez-me lembrar que quem foi comprar as batatas ao bar do parque fui eu e quando regressei á fantabulástica tenda iglo (de quatro pessoas e onde afinal só cabiam duas e as malas) feliz da vida com o saco de papel cheio de batatas fritas muito quentes e que eu transportava apertando a boca do saco para não me queimar e eis que o fundo do saco de papel faz PUM e houve batatas espalhadas por todo o lado e nós acabámos por nem as provar... e que bem que cheiravam... ou talvez fosse da fome.
    Tenho saudades dessas férias planeadas macarrónicamente e que saíam sempre tão bem e em tão boa companhia, tenho muitas saudades...
    Se bem que essas férias davam para um livro, mas isso são outras "estórias".
    Um Abraço
    Menino

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