O Airbus A330 da Air France que desapareceu com 228 pessoas a bordo sobre o Atlântico enviou 24 mensagens antes de deixar de dar sinal, revelou a investigação francesa ao desastre, que minimiza ainda o papel do mau tempo na tragédia.
Segundo os investigadores franceses, as tempestades registadas naquela madrugada na região equatorial do Altântico não eram excepcionais, apesar de confirmarem a presença de relâmpagos e de zonas de turbulência.
«Nada sugere que tenha havido um núcleo de tempestades especialmente forte», disse o meteorologista Alain Ratier.
Numa conferência de imprensa em Paris, o responsável pelo inquérito, Paul-Lois Arslanian, confirmou ainda que o piloto automático estava desligado no momento da queda, restando ainda explicar se esta tinha sido uma opção da tripulação ou se o mecanismo também foi vítima da vaga de avarias que afectou os últimos minutos da viagem.
Arslanian declarou também que o avião desaparecido registou um problema comum a vários A330: uma dificuldade no cálculo da velocidade de voo do aparelho.
«Temos visto um certo número deste tipo de problemas nos A330», afirmou, sublinhando contudo que este modelo é seguro e que a falha não explica por si só o acidente.
No Atlântico, a marinha brasileira continua a procurar destroços do aparelho, num cenário de dificuldades sem precedentes. A investigação francesa admite que os sistemas que emitem um sinal de localização das caixas negras podem ter sido arrancados na queda, dando pistas erradas aos brasileiros.
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