Os tubarões podem dificultar as operações de busca ao avião da Air France que se despenhou em pleno Oceano Atlântico. De acordo com o Instituto Ecológico do Rio de Janeiro, citado pelo «O Globo», o local onde o avião terá caído é rota de tubarões especialistas em naufrágios.
As espécies galha-branca oceânico e tubarão azul são as mais frequentes naquela área e investigam qualquer movimento abrupto, bem como alterações da composição da água, como é o caso de combustíveis. Recorde-se que na quarta-feira a Força Aérea Brasileira localizou uma mancha de óleo de cerca de 20 KM entre outros destroços metálicos.
«O galha-branca oceânico é reconhecido pela literatura científica como o primeiro a chegar em naufrágios ou acidentes marítimos. Ele é especialista em naufrágio e esse perfil foi identificado desde a II Guerra Mundial», explica ao «O Globo» o director do Instituto Ecológico do Rio de Janeiro, Marcelo Szpilman, que é também especialista em peixes marinhos e tubarões.
Tubarões com sensores para naufrágios
O impacto do avião na água é suficiente para atrair tubarões. AF447: impacto na água terá sido em queda livre
«Os tubarões possuem vários sensores e apercebem-se da movimentação das ondas do mar a quilómetros do local do acidente. Além da movimentação, eles percebem qualquer alteração na composição da água, seja por pequenos dejectos humanos ou por combustível», acrescenta o especilista.
Marcelo Szpilman acredita que os tubarões investiguem a área uma vez que existe «muito material orgânico», além das alterações na movimentação e composição da água.
O tubarão-azul vive por hábito em cardumes e pode atingir os quatro metros de comprimento. Já o gralha-branca pode chegar aos dois metros e, embora viva de forma mais isolada, movimenta-se em cardumes aquando da possiblidade de alimentação.
O director do Instituto Ecológico do Rio de Janeiro informou ainda ao «O Globo» que estas duas espécias «não têm o hábito de atacar seres humanos».
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