Ontem, enquanto fazia tempo para tomar o pequeno almoço no Goden Gate, passei na Bertrand para dar uma vista de olhos nos livros. Gosto muito de "perder tempo" nas livrarias.
Deparei-me com uma série de livros em saldos, com preços entre os 3,5 e os 10 euros. Evidentemente que os de 3,5 euros "não interessam nem ao menino Jesus", mas consigui comprar "O Canto da Missão" do Le Carré e o "D'este viver aqui neste papel descrito" do Lobo Antunes, pos 10 € cada um.
Não está mau! Vale a pensa uma passegem pela Bertrand.
Caro Alberto,
ResponderEliminarhá tempos pensava exactamente no preço dos livros.
Actualmente, um livro tem atrás de si toda uma máquina publicitária que elabora capas atraentes, papel que quase brilha, e outros adereços por aí fora. É certo que a imagem vende, mas também é certo que um livro é um livro.
No último ano de curso, a obra de leitura para a cadeira de inglês era "1984" de George Orwell. Adquiri o meu exemplar numa livraria em Lisboa e reparei que a publicação era um pouco tosca, sem grandes grafismos e de um papel pouco cuidado, mas deliciei-me à mesma com leitura. O mesmo se passou em relação aos "Novos contos da Montanha" de Miguel Torga: tosco e feio, mas até apetecia passar os dedos por aquele papel rude.
Acredito que se não se investir tanto na imagem mas sim na qualidade da escrita, o livro não deixará de vender.
Olá Henrique
ResponderEliminarGostei bastante deste seu comentário. Concordo consigo que a qualidade do papel, da impressão e da ilustração dos livros os encarece em demasia. Além de não ser nada bom para o ambiente.
Eu gosto muito de ler livros "toscos" com papel com grânulos e num tom amarelado. Aliás, se o papel é muito branco reflecte muito a luz e torna a leitura mais incomodativa.
Mas, nos dias que correm, vive-se da imagem e da publicidade. Embora eu aprecie a ilustração, preferia que os livros fossem mais "toscos" e menos caros.