quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Notícia em Destaque - Peugeot Citroën espera 11.000 saídas voluntárias em 2009

Lê-se na Agência Financeira:

Pleno efeito da saída de 11 mil pessoas é esperada em 2010

A construtora automóvel PSA Peugeot Citroën, que registou prejuízos em 2008, espera a saída de 11.000 pessoas do grupo em 2009, indicaram esta quarta-feira dois dirigentes da empresa.

«Esperamos que mais de 11.000 pessoas deixam o grupo em 2009 no âmbito de saídas voluntárias», declarou a directora financeira do grupo, Isabel Marey-Samper na apresentação dos resultados anuais, avança a Lusa.

O director dos recursos humanos, Jean-Luc Vergne, indicou por seu lado esperar saídas «entre 10 a 12.000 pessoas na Europa», onde se concentra o essencial dos efectivos.

A PSA empregava 207.850 pessoas no mundo no final de 2007, dos quais 113.710 na França.

A construtora francesa anunciou que não fecharia fábricas, nem lançaria um plano de despedimentos na França esta ano, em contrapartida de um empréstimo de 3 mil milhões de euros concedido pelo Estado.

«A França é o nosso primeiro país em termos de efectivos, mas temos muito pessoal noutros países que estamos actualmente a reduzir rapidamente», acrescentou o presidente Christian Streiff.

O pleno efeito da saída de 11.000 pessoas é esperada em 2010, precisou a directora financeira.

A PSA anunciou em Novembro a implementação de um plano de saídas voluntárias de 3.550 pessoas na divisão automóvel na França.

A construtora anunciou esta quarta-feira ter registado em 2008 uma perda líquida de 343 milhões de euros, contra um lucro de 885 milhões em 2007, e Christian Streiff antecipa uma nova ano de pardas em 2009.

Em Portugal, a PSA Peugeot Citroën ocupa 1.400 trabalhadores na sua fábrica de Mangualde, tendo dito no final do ano passado que não renovaria este ano os contratos de 400 trabalhadores.

In Agência Financeira

2 comentários:

  1. Há coisas que me deixam um bocado furiosa.
    Desde há bastante tempo que ouço nas minhas visitas à PSA que é intenção deles dispensar pessoas. Em 2007 abriram propostas de rescisão amigável, oferecendo 2 salários por ano de trabalho.
    Como para todoas as empresas que vão por este esquema para reduzir pessoal não correu nada bem porque acabaram por perder pessoas não dispensáveis e ficar com os que queriam dispensar.
    Na altura não foi falado, o assunto.
    Agora até a loja da esquina que fecha é notícia de consequencia da crise!
    É claro que estes despedimentos todos já estavam nos planos de muitas empresas há muito e os media e a crise deram-lhes argumento e força para o fazer!

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  2. A crise acaba sempre por ser aproveitada como desculpa para muita coisa.

    Isso acaba por criar o efeito bolas de neve, que é o que me parece estar a acontecer.

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