Já falei de Darwin aqui no Outras Escritas, no dia em que se assinalaram 150 anos da publicação da Teoria da Evolução.
Hoje assinalo os tão falados duzentos anos do seu nascimento, numa altura em que surgem algumas teoria que colocam em causa a Teoria da Evolução.
Da Infopédia:
Naturalista e biólogo inglês, Charles Robert Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809, em Shrewsbury, e morreu a 19 de Abril de 1882, em Dawn, Kent. Neto de Erasmus Darwin, um médico e poeta conhecido, e filho de um médico, perdeu a mãe com apenas oito anos e, desde então, a sua educação ficou a cargo das irmãs mais velhas. Ingressou na Universidade de Edimburgo em 1825 para estudar Medicina mas, não se sentindo identificado com o curso, mudou para a Universidade de Cambridge com o intuito de se tornar pastor da Igreja. Apesar das suas intenções, Darwin conheceu os professores John Henslow, de biologia, e Adam Sedgwickint, de geologia, que lhe despertaram o interesse pelo estudo da História Natural, área a que se veio a dedicar no percurso da sua vida. Findos os estudos universitários, em 1831, participou como naturalista na viagem do navio inglês Beagle. Esta viagem a várias partes do globo proporcionou-lhe o estudo e desenvolvimento aprofundado dos seus conhecimentos, assim como novos dados de investigação sobre a evolução da Terra, desde as variações geológicas à descoberta de fósseis que se assemelhavam a animais que ainda habitavam na mesma região. De regresso a Inglaterra, em 1836, Darwin deu início ao estudo científico baseado nas suas experiências e descobertas e lançou uma publicação científica com o nome Journal of Researches , em 1839. Ainda nesse ano, casou com Emma Wedgwood, com quem viria a ter 10 filhos, e mudou-se para Down House, em Kent. Mais tarde, em 1859, publicou a célebre obra em que expôs a sua teoria, The Origin of Species by Means of Natural Selection (A Origem das Espécies pela Selecção Natural). Apesar de reconhecer que os seus conhecimentos sobre hereditariedade eram limitados, representou em forma de árvore a relação entre os animais e plantas da actualidade com outros já extintos, seus ancestrais. The Origin of Species by Means of Natural Selection foi alvo de várias críticas por parte de outros cientistas que alegavam falta de provas e explicações para fundamentar as teorias apresentadas. Em 1871 Darwin aplicou a sua teoria ao estudo da origem do homem, dando importância ao factor sexual na selecção natural, na obra The Descent of Man and Selection in Relation to Sex (A Ascendência do Homem e a Selecção em Relação com o Sexo ). Cerca de 1880, realizou, juntamente com o seu filho Francis, uma série de experiências através das quais, utilizando sementes de gramíneas, sobretudo de aveia, tentou descobrir as razões que levavam a que algumas plantas se inclinassem para a luz. Após várias horas de observações, concluiu que as plantas produzem substâncias - fito-hormonas - que influenciam o seu comportamento assim como o seu crescimento. Os resultados destas experiências foram relatados mais tarde no livro The Power of Movement in Plants (1881). Nas duas últimas décadas da sua vida, Darwin escreveu, aliás, vários livros sobre botânica, nos quais descreveu pormenorizadamente todas as observações e experiências que realizou com plantas. O trabalho de investigação sobre a importância das hormonas no crescimento das plantas continuaria a ser desenvolvido, mais tarde, por Peter Boysen-Jensen (1913), Arpad Paal (1918) e Frits Went (1926). A doutrina proposta por Darwin, segundo a qual a luta pela vida e a selecção natural são mecanismos da evolução dos seres vivos, é conhecida por darwinismo. As suas teorias foram postas em causa, principalmente por membros da Igreja, até inícios do século XX. Foi membro da Royal Society e membro honorário de várias academias de ciências. Os restos mortais de Charles Darwin encontram-se na Abadia de Westminster.
Charles Darwin. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-02-12]
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