No dia 9 de Fevereiro de 1885, nascia na Áustria o compositor Alan Berg.
Da Infopédia:
Compositor austríaco nascido a 9 de Fevereiro de 1885 em Viena. Pertencente a uma família da alta burguesia de origem judaica, Berg demonstrou desde muito pequeno um grande talento e predisposição para a música e para a poesia. Sem formação musical, escreve Lieder, peça que ao ser mostrada pelo seu irmão a Arnold Schonberg lhe valeu a honra de passar a ser aluno deste grande compositor. Entre 1904 e 1910 é aluno de Schonberg e colega de Anton Webern. Os três viriam a formar a Escola de Viena, de grande importância no desenvolvimento da música moderna, no campo da tonalidade e da dodecafonia. Entre 1907 e 1909 escreve as suas primeiras composições (Sonata op. 1, Quatro Lieder, Quarteto op. 3), já verdadeiras obras-primas. Em 1911 casa-se com Helen Nahowski, que viria a desempenhar um papel muito importante na vida do compositor. Entre 1915 e 1918 cumpre o serviço militar, mas num posto administrativo, dada o seu frágil estado de saúde. Quando volta termina Peças para Orquestra op. 6. Em 1914 assiste a uma representação de Wozzeck de Georg Büchner, e fica tão impressionado que decide musicar a obra. Durante dois anos incute dramatismo ao texto e compõe a música, que termina em 1919. Nesse mesmo ano, ocupa-se da Sociedade de Execuções Musicais Privadas, fundada por Schonberg, e começa a partitura de orquestra de Wozzeck, a qual termina em 1921. Envia a obra a diversos teatros alemães e austríacos, mas esta é recusada por todos. Em 1923, por indicação do maestro Hermann Scherchen, realiza uma versão orquestral de três fragmentos da obra, que o próprio Scherchen dirige em Frankfurt, no dia 11 de Junho de 1924. Entre o público encontrava-se o maestro Erich Kleiber, que, entusiasmado, decide estrear a ópera em Berlim, no dia 14 de Dezembro de 1925, depois de inúmeros ensaios que garantem um espectáculo de enorme qualidade. A estreia gerou uma onde de entusiasmo mas também de polémica, mas o facto é que, à data da morte de Berg, a obra já havia sido interpretada 166 vezes em 29 cidades diferentes, tornando-se na máxima produção operística do século XX e uma das maiores da história da música. Entre 1923 e 1925 compõe Concerto de Câmara para Violino, Piano e 13 Instrumentos de Vento, ocupando-se logo de seguida da obra Suite Lírica, que demorou dois anos a escrever. Nestas obras começa a utilizar o sistema dodecafónico introduzido por Schonberg. Entretanto, decide fundir duas obras de Franz Wedekind, O Espírito da Terra e A Caixa de Pandora, sob o título de Lulu. Esta obra ocupou-o até à sua morte, ficando incompleta, sem orquestração no terceiro acto. Um abcesso, provocado pela picadela de um mosquito, complica-se, levando Berg a suspender toda a sua actividade a partir de Setembro de 1935. Recolhe-se no campo, só saindo para a estreia da ópera Lulu. O cansaço provocado por esta saída dá origem a uma recaída que se revelou fatal. Foi-lhe diagnosticada leucemia, vindo a falecer na noite de Natal do ano de 1935. A sua música, proibida pelo III Reich, teve que "esperar" dez anos pelo reconhecimento universal.
Alban Berg. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-02-09]
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