Notícia em Destaque - TAP considera taxa aeroportuária "limitadora"

Lê-se no Diário de Notícias da Madeira:

Fernando Pinto reconhece que a linha da Madeira é importante e merece "carinho"

As taxas cobradas no aeroporto da Madeira, das mais altas dos aeroportos em que a TAP opera, são "limitadoras" da operação e impedem uma maior redução de preços. Esta foi uma das justificações que o presidente da transportadora aérea nacional apresentou, durante a longa audição parlamentar de ontem. As taxas dos aeroportos, assegura, são um factor de "atractividade" dos mercados.

Ao longo de quase três horas, Fernando Pinto abordou todas as vertentes da operação da companhia aérea na Região. Um mercado que, reconhece, é importante para a TAP e merece um "carinho especial".

Confrontado com diversas críticas dos partidos, prometeu maior "sensibilidade" para algumas situações, entre elas o caso dos preços pagos pelos estudantes e pelos doentes, mas garantiu que a transportadora nacional segue as regras do mercado. Uma situação que resulta da liberalização da linha, uma medida com a qual concorda. "A TAP sempre defendeu a liberalização do mercado, porque faz com que as empresas melhorem", justifica.

As taxas de combustível, que aumentaram ao longo de 2008, mas que entretanto já sofreram uma redução significativa, foram outro dos temas principais da audição. Confrontado com as acusações de que a TAP discrimina a Madeira, em relação aos Açores, Fernando Pinto rejeitou a crítica. Sobre uma eventual liberalização da linha aérea açoriana considera que ainda não haverá "mercado" para isso, ao contrário do que acontece na Madeira.

Durante a audição parlamentar, anunciou novos programas de preços, para a Madeira.

Jaime Filipe Ramos, em representação do PSD-M, que pediu a audição parlamentar, destaca a abertura da TAP para alterar algumas situações mais graves, mas critica o facto de uma empresa pública tratar a Região como um qualquer destino, seguindo apenas as regras do mercado.

Antes, Carlos Pereira (PS) acusara os social-democratas de terem promovido uma "contradição parlamentar", uma vez que pretenderam discutir questões relacionadas com a liberalização, a que a TAP é alheia.

In Diário de Notícias da Madeira