terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Wolfgang Amadeus Mozart

No dia 27 de Janeiro de 1756 nascia em Salzburgo Wolfgang Amadeus Mozart.

Na altura em que fazia a rubrica "Ao Lado da Música" no programa Lado a Lado da RTP Madeira, falei de Mozart assim:

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu a 27 de Janeiro de 1756 na cidade de Salzburgo, na Áustria. O último dos 7 filhos de Leopold Mozart e Anna Maria Pertl Mozart, foi baptizado um dia depois, na Catedral de São Ruperto, com o nome de Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart. Mozart passou a vida a mudar a forma como se chamava e a forma como era chamado pelos outros.

Fez, mais tarde,modificações ao seu nome, em especial o nome do meio, "Theophilus". Só em raras ocasiões usou a versão latina deste nome, "Amadeus", que hoje se tornou a mais vulgar. Preferia a versão francesa Amadé ou Amadè. Usou também as formas italiana "Amadeo" e alemã "Gottlieb".

Mozart foi uma criança prodígio. Filho de uma família musical burguesa, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos. O seu pai Leopold Mozart foi também compositor, embora de menor relevo. Algumas das primeiras obras que Mozart escreveu enquanto criança foram duetos e pequenas composições para dois pianos, destinadas a serem interpretadas conjuntamente com sua irmã, Maria Anna Mozart, conhecida por Nannerl.

Em 1763 o seu pai levou-o, conjuntamente com a sua irmã Nannerl, numa viagem pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastien Bach, que exerceria grande influência em suas primeiras obras.

Entre 1770 e 1773 visitou a Itália por três vezes. Lá, compôs, com apenas 14 anos, a ópera Mitridate Re di Ponto que obteve um êxito apreciável. A eleição, em 1772, do conde Hieronymus Colloredo como arcebispo de Salzburgo mudaria esta situação. A Sociedade da Corte vienense implicava com a origem burguesa e os modos de Mozart, e Colloredo não admitia que um mero empregado, que era o estatuto dos músicos, nessa época, passasse tanto tempo em viagens ao estrangeiro. O resto dessa década foi passado em Salzburgo, onde cumpriu os seus deveres de "Konzertmeister" (mestre de concerto), compondo missas, sonatas de igreja, serenatas, divertimentos e outras obras. Mas o ambiente de Salzburgo, cada vez mais sem perspectivas, levava a uma constante insatisfação de Mozart com a sua situação.

Em 1781, Colloredo ordena a Mozart que se junte a ele e à sua comitiva em Viena. Insatisfeito por ser colocado entre os criados, pediu a demissão. A partir daí passa a viver da renda de concertos, da publicação das suas obras e de aulas particulares, sendo pioneiro nessa tentativa autónoma de comercialização da sua obra. Inicialmente tem sucesso, e o período entre 1781 e 1786 é um dos mais prolíficos da sua carreira, com óperas (Idomineo e O Rapto do Serralho), as sonatas para piano, música de câmara e, principalmente, com uma deslumbrante sequência de concertos para piano. Em 1782 casa, contra a vontade do pai, com Constanze Weber, cantora lírica por quem Mozart se apaixonara poucos anos antes.

Em 1786, compõe a primeira ópera em que contou com a colaboração de Lorenzo da Ponte: As Bodas de Fígaro. A ópera fracassa em Viena, mas faz um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebe uma encomenda de uma nova ópera. Esta seria Don Giovanni, considerada por muitos a sua obra-prima. Mais uma vez, a obra não foi bem recebida em Viena. Mozart ainda escreveria Così Fan Tutte, com libreto de Da Ponte, em 1789, esta seria a sua última colaboração com este librettista.

A partir de 1786 a sua popularidade começou a diminuir junto do público vienense, o que agravaria a sua condição financeira. Isso não o impediu de continuar a compor obras-primas, como Quintetos de cordas e Sinfonias, mas nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas financeiros, à precariedade da sua saúde e da sua esposa Constanze.

Em 1791 compõe suas duas últimas óperas (A Flauta Mágica e A Clemência de Tito), o seu último concerto para piano e o concerto para clarinete em lá maior. Na primavera desse ano, recebe a encomenda de um Requiem. Contudo, trabalhando noutros projetos e com a saúde cada vez mais enfraquecida, morre a 5 de Dezembro, deixando a obra inacabada (há uma lenda que diz que o Requiem estaria sendo composto para tocar em sua própria missa de sétimo dia). Será completado por Franz Süssmayr, seu discípulo. Mozart é enterrado numa vala comum, em Viena.

In Ao Lado da Música

2 comentários:

  1. O Génio, o Grande.

    Há tempos encontrei isto no Youtube: um desenho animado sobre Mozart da série La Linea (que adorava ver em pequeno).

    http://www.youtube.com/watch?v=k8gvO4_T4mE&feature=PlayList&p=BEA678CFD656B85D&index=6

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  2. Para mim, Amadeus Mozart é um dos melhores compositores.
    Nem tenho palavras para decrever o quanto gosto de Mozart.

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