Lê-se na Agência Financeira:
Economia deve contrair-se até meados de 2009. Deverá crescer no final da 2ª metade de 2010
O secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos), Angel Gurria, considerou esta quarta-feira que o «pior está para vir» para a economia da Zona Euro, e que se espera uma «desaceleração mais forte» do crescimento.
«O pior está para vir», declarou Gurria no decorrer de uma conferência de imprensa para apresentar o relatório sobre a zona euro, avançou a Lusa.
«O mercado imobiliário continua a retrair-se«, especificou, acrescentando que a inflação «caiu fortemente» após os picos do Verão passado.
O responsável declarou ainda que a deterioração dos défices orçamentais na Zona euro «serão muitíssimo mais importantes» nos meses que se seguirão do que são actualmente.
Recorde-se que, a OCDE prevê uma contracção da economia da Zona Euro na segunda metade do ano e antecipa que só em meados de 2010 os países da moeda única consigam crescer acima do seu potencial.
De acordo com um relatório económico da Zona Euro divulgado pela OCDE esta quarta-feira, o cenário mais provável para a actividade económica da Zona Euro é de «novas contracções no quarto trimestre de 2008 e na primeira metade de 2009».
A queda da procura externa, a instabilidade nos mercados financeiros e a contracção dos mercados imobiliários dos Estados-membros vão melhorar ao longo do tempo, devendo a recuperação da economia ser gradual, refere a organização internacional.
A descida da inflação ao longo de 2009, uma melhoria dos mercados financeiros e os efeitos dos pacotes de estímulo adoptados pelos governos deverão ajudar a impulsionar uma «eventual expansão», continua a OCDE.
Crescimento só em 2010
No final da segunda metade de 2010, está previsto que a economia comece a crescer mais rapidamente do que o seu potencial (nível em que a economia estaria a usar todos os seus recursos disponíveis), referem os mesmos analistas, que repetem as previsões de crescimento apresentadas a 25 de Novembro de 2008.
A Zona Euro deve ter crescido 1,0 por cento em 2008 e contrair-se em 0,6 por cento em 2009, devendo registar em 2010 um crescimento de 1,2 por cento.
A OCDE admite que a dimensão e a duração da recessão podem ser limitadas se as medidas de alívio fiscal discutidas pela Comissão Europeia forem implementadas pelos países.
No entanto, o organismo deixa um aviso: essas medidas de ajuda devem ter atempadas, bem dirigidas e temporárias, sempre tendo por cenário de fundo um objectivo de sustentabilidade de médio prazo das finanças públicas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comente o Outras Escritas