sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Notícia em Destaque - Orquídea Branca com lotação esgotada
Já estão esgotados os bilhetes para os três últimos espectáculos da ópera 'A Orquídea Branca', em exibição no Teatro Baltazar Dias. O evento musical, uma superprodução do Gabinete Coordenador de Expressão Artística (GCEA), conquistou o público.
Conforme referido anteriormente pelo DIÁRIO, eram necessárias seis casas cheias para cobrir parte do investimento de cem mil euros. O objectivo foi alcançado. "É muito gratificante para quem organiza, para quem produz, sentir que o público gostou e valorizou o projecto", diz Virgílio Caldeira, do GCEA. "É uma grande motivação para a realização de outras experiências", acrescentou. Quanto a novos espectáculos de 'A Orquídea Branca', "poderá haver uma reposição mas mais para a frente", adiantou.
Ao estilo italiano, misturando a alegria com a tragédia, conta com a participação da jovem soprano madeirense Carla Moniz. A ópera relata a passagem da comitiva real de D. Maria Amélia pela Madeira e os seus amores pelo jovem jardineiro, José Maria (cantor lírico Rui Baeta).
In Diário de Notícias da Madeira
Indira Gandhi
Da Infopédia:
Indira Priyadarshini Gandhi, filha de Jawaharlal Nehru, nasceu a 19 de Novembro de 1917, em Allahabad, na Índia. Formou-se na escola de Visva-Bharati e, posteriormente, na Universidade de Cambridge. Em 1929, com 12 anos, Indira fundou o Vanar Sena, organização das crianças no Congresso Indiano. Após a morte da sua mãe, em 1936, Indira estreitou a sua ligação com o pai, tendo em 1938 ingressado como deputada no Congresso. Em 1955, Indira foi eleita para o Comité de Trabalho Nacional e tornou-se presidente do Partido do Congresso entre 1959 e 1960. Durante este período, ela superintendeu o colapso do governo comunista, sob a orientação de Kerala. Em 1964, foi eleita para o parlamento e veio a assumir, mais tarde, o cargo de ministra da Informação e das Comunicações sob presidência do sucessor de Nehru - Lal Bahadur Shastri. Após a morte de Shastri, em 1966, Indira Gandhi foi eleita primeira-ministra pelo Partido do Congresso e conduziu o seu partido a quatro vitórias consecutivas nas eleições gerais, embora sem uma maioria absoluta. Em 1969, reafirmando a orientação socialista do seu partido, Indira conseguiu o apoio do eleitorado popular no golpe de força contra a tendência conservadora do Congresso por ocasião da eleição presidencial de V. V. Giri (candidato de Gandhi). A cisão entre as várias alas do Congresso, originou uma volta radical na política interna que incluiu a nacionalização dos bancos e das companhias seguradoras. Em 1971, tendo como temática para a campanha das eleições nacionais o slogan "Erradicar a pobreza", Indira, dado o extremo subdesenvolvimento da Índia, viu a sua imagem projectada a líder nacional e o esbatimento da oposição conservadora dentro do seu próprio partido. O desejo de reforçar a coesão nacional, consolidando ao mesmo tempo a autoridade internacional indiana, afirmou-se através do apoio vitorioso que Indira deu à insurreição do Bengala Paquistanês em Dezembro de 1971, dando origem ao Estado de Bangladesh. O tratado de amizade assinado em Agosto desse ano com a U. R. S. S. não a impediu de se posicionar como figura dominante da política de não alinhamento dos países do Terceiro Mundo. Internamente, depois dos êxitos nacionais, Indira teve grandes dificuldades em prosseguir a modernização do país. Em 1973, após a descida global nos preços do petróleo e a consequente crise económica, os partidos da oposição geraram uma vaga nacional de contestação contra a inflacção galopante e a corrupção. Em 12 de Junho de 1975, Indira Gandhi foi considerada culpada de práticas fraudulentas nas eleições pelo Supremo Tribunal de Allabahad. No dia 25 do mesmo mês, fundamentando-se na constituição indiana, Indira decretou o estado de emergência. Como consequência, a constituição e os direitos vigentes foram suspensos, os líderes da oposição presos, os meios de comunicação censurados, o poder judicial reduzido e 110 mil activistas políticos detidos. Um programa de reformas económicas e sociais foi estabelecido pela primeira-ministra durante este período. O filho de Indira, Sanjay Gandhi estabeleceu o Congresso da Juventude que instituiu o programa de esterilização forçada, com o objectivo de combater o excesso de demografia no país. O estado de emergência foi levantado em Março de 1977 e as eleições para a Assembleia Nacional foram marcadas. Após a derrota nas eleições de 1977, Indira Gandhi regressou ao poder em 1980 com o seu novo partido: O Congresso I (Indira). Nesse ano, o seu filho Sanjay, o preferido de Indira para a sucessão, morreu num acidente de aviação. Indira Gandhi continuou a combater vigorosamente as múltiplas reinvindicações nacionalistas dos povos da União Indiana, especialmente as dos Sikhs do Penjabe. No último período (1980-1984) o exercício do poder como primeira-ministra foi marcado pela centralização e pela personalização. Em 1980, Indira desmantelou Akali Dal, o partido Sikh e sediou o governo em Penjabe. Esta medida originou uma escalada de violência tal que a 4 de Junho de 1984 Indira ordenou ao exército indiano que erradicasse a resistência militar Sikh, sediada no Templo Dourado. Esta operação designada pelo nome de código "Estrela Azul" resultou na morte de um grande número de pessoas e na alienação permanente da comunidade Sikh. Apesar da operação "Estrela Azul" ter consolidado a popularidade de Indira entre a comunidade Hindu, alguns militares revoltaram-se contra o massacre dos civis Sikhs. O ressentimento da etnia Sikh culminou com o assassinato de Indira Gandhi, a 31 de Outubro de 1984, em Nova Deli, por um elemento Sikh da sua guarda pessoal. Após a morte de Gandhi, sucedeu-lhe de imediato o seu outro filho Rajiv no lugar de primeiro-ministro.
Indira Gandhi. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-30]
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Orquídea Branca - récita de 29 de Outubro
As expectativas eram altas, uma vez que as notícias e críticas que foram surgindo na comunicação social eram bastante positivas.
Afortunadamente tive acesso a um bom lugar no teatro, que permitiu ter uma visão completa de palco e que, supostamente, será um bom local em termos acústicos. Digo supostamente porque foi utilizada amplificação acústica para vozes solistas e orquestra. Este foi, a meu ver o maior "senão" de todo o espectáculo. Os cantores de ópera não usam microfones nos teatros de ópera. Uma das características mais importantes de um cantor é a capacidade de projectar a voz.
Sei que a acústica do Baltazar Dias não é das melhores, de qualquer forma a acústica poderia ter sido melhorada recorrendo a artifícios de palco.
Tudo isto para dizer que a minha opinião sobre os cantores fica imediatamente comprometida por ouvi-los todos com o mesmo volume sonoro.
Mas antes disso, gostaria comentar a ópera em si.
O libreto de João Aguiar é interessante. Uma história de amor entre uma princesa e um jardineiro. A princesa chega ao Funchal para se curar de febre tísica, mas no final sucumbe. Tipicamente uma ópera romântica.
A encenação do Miguel Vieira é, para mim, um dos pontos altos desta produção. Os cenários e figurinos estão muito bem conseguídos. A conjugação do antigo com o novo e do tradicional com o moderno está perfeita.
A composição de Jorge Salgueiro não me satisfez completamente. A utilização excessiva de "staccato" nos recitativos, não é agradável. Esta característica mantém-se ao logo do toda a obra, mesmo nas árias duetos e tercetos, tornando-a pesada e um pouco monótona. No entanto, os coros, o dueto entre Maria Amélia e José Maria e as duas árias de José Maria fogem a esta regra e são as partes que mais apreciei.
Na generalidade a composição parece-me excessivamente ligeira, o que, muitas vezes ao longo do espectáculo, me levou a pensar que estava a assistir a um musical e não a uma ópera.
Finalmente as vozes.
Como já referi, a utilização de amplificação não me permite formar uma opinião comparativa entre potência e projecção vocais.
As vozes de Lúcia Lemos (Imperatriz), Rui Baeta (Zé Maria) e Carlos Guilherme (cónego) são de destacar. De entre os três, preferi Lúcia Lemos (soprano), com uma voz segura e encorpada, mas que infelizmente não tem, nesta obra, uma ária à sua altura. Mesmo assim, destacou-se especialmente no segundo acto.
Rui Baeta (barítono) esteve bem. Entrou um pouco a medo no registo agudo, mas melhorou bastante no segundo acto. De notar que a personagem do José Maria tem as duas mais belas árias de toda a ópera.
Carlos Guilherme /tenor) esteve um pouco contido no primeiro acto, melhorando bastante depois. De qualquer forma, a sua personagem não tem também uma ária onde os dotes vocais do cantor possam ser convenientemente demonstrados.
Carla Moniz (soprano) no papel principal de D. Maria Amélia (princesa) teve uma prestação mediana. Pouco comovente. Uma voz contida e ligeira. Confesso que desconhecia a cantora e que esta apreciação se pode dever à interpretação que fez da personagem.
Dos solistas secundários destaco Diocleciano Pereira (tenor) no papel de Comandante da Fragata Dom Fernando e Inês Madeira (mezzo-soprano) no papel de Rosinha.
Globalmente considero a produção da Orquídea Branca muito aceitável.
Vale a pena ver.
Publicado também no Folhas Pautadas e no Bel canto Opera
Falência - Sterling em terra
Menos uma companhia a operar na Europa, menos voos de e para Portugal: a Sterling Airways anunciou hoje que vai cessar operações, declarando falência. A companhia aérea de baixo custo, com sede na Dinamarca, voava para Funchal e Faro e tinha anunciado Lisboa - Copenhaga para 2009. Todos os voos foram cancelados, deixando muitos passageiros em terra. Os passageiros que já tenham adquirido bilhetes não serão reembolsados pela companhia. O site da companhia já cessou também as suas operações e limita-se a um comunicado. E a que se deve mais esta falência aérea? Deve muito ao colapso da economia islandesa, explica a Bloomberg. A Sterling pertence ao Northern Travel Group, que inclui grupos islandeses de investimentos, adianta a AFP. Hoje, por cá, adianta a Presstur ficaram em terra 200 passageiros no Funchal e 450 em Faro.
In Fugas
Notícia em Destaque - Tenha cuidado com os seus dados bancários na net
Os próprios bancos aconselham a seguir uma série de passos muito simples que podem evitar situações de risco.
Lê-se no IOL Portugal Diário:
PJ alerta para um aumento «exponencial» dos casos de phishing. Se lhe pedirem senhas ou passwords por e-mail ou sms, não dê
O número de burlas bancárias via informática (phishing) registou «uma subida exponencial no último ano», disse ao Diário de Notíciaso subdirector do Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) da PJ, Carlos Cabreira. Preocupada com esta situação, a PJ já lançou um alerta aos cidadãos para evitar que o número de burlados seja superior.Segundo o DN, 2,11 milhões de euros foram desviados pelo método de phishing, sendo que Lisboa, Porto, Leiria e Algarve, são as zonas mais afectadas. Mas as autoridades estão atentas e já conseguiram deter três pessoas.
Na prática, os burlões fazem-se passar por entidades bancárias ou gestores de conta e pedem passwords e números de cartão de crédito por e-mail ou sms. Acreditando que realmente se trata de pessoas idóneas e ligadas ao banco de que são clientes, os utilizadores acabam por dar esses dados, o que permite que, utilizando o sistema de banca online, os burlões consigam «apropriar-se de dinheiro alheio», explicou o subdirector da DCICCEF.
O tipo de vítima desta actividade, segundo a mesma fonte, não tem um perfil típico. «São pessoas que consultam os serviços dos bancos online e que não não têm os cuidados suficientes na utilização», explicou.
Bancos também são vítimas
O DN recorda que este ano, o norte-americano Bank of Lancaster County foi alvo de um novo tipo de phishing. Aproveitando o momento em que o banco foi comprado por outro e, por isso, todos os cartões de crédito e débito foram trocados, os burlões telefonaram e enviaram e-mails aos clientes a dizer que os cartões tinham sido cancelados. Para voltar a activa-los, o clientes teriam de ligar para um número de telefone, supostamente gratuito (que afinal não o era) e dizer a senha. Desta forma, os burlões teriam acesso às contas bancárias.
Em Portugal, as investigações deste tipo de crime podem vir a ser prejudicadas, já que, segundo o DN, em Setembro deste ano, mais de 300 inquéritos de crimes informáticos foram arquivados pela PJ só na comarca de Lisboa. Em causa está a impossibilidade, nas novas leis penais, de as autoridades acederem aos dados de tráfego electrónico.
A lei só permite que os dados de tráfego cibernético sejam requeridos em investigações de crimes com penas superiores a três anos, que não é o caso. A burla informática é punida em Portugal com pena de prisão de até três anos ou pena de multa.
Por isso, alerta a PJ e as instituições bancárias, o melhor é ter cuidado e nunca dar o dados bancários por e-mail ou sms, mesmo que este pareça ter sido enviado pelo seu banco.In IOL Portugal Diário
Ainda o Outono...
Também ontem, um dos leitores do Outras Escritas (Peter) deixou um comentário num dos meus "posts" com um poema de António Fernando Vilar Barbosa, que eu não conhecia, e que passo a transcrever:
O frio chegou.
O Tempo mudou.
Uma nova estação está abrindo.
As árvores vão-se despindo
das suas folhas amarelecidas,
folhas do verde desvanecidas
que, suavemente, vão caindo.
O chão vai-se cobrindo
de pequenas folhas envelhecidas
ora amarelas ora tingidas
de verde, castanho, vermelho se esvaindo.
A vida destas folhas se esvaindo
cobre, protege as sementes encolhidas
no solo húmido, escondidas.
O Ciclo da Vida continua infindo.
Diego Maradona
Da Infopédia:
Futebolista argentino, nasceu em Loma de Zamora, na zona de Buenos Aires, em 1960. Foi considerado o melhor jogador de futebol dos anos 80 pela imprensa mundial. Iniciando a carreira no seu país e desde muito cedo evidenciando um talento excepcional para o futebol, jogou depois em Espanha, entre 1982 e 1984, onde ganhou a Taça do Rei e a Taça da Liga pela equipa do Barcelona. Em 1984 foi transferido por uma elevada quantia para o Nápoles. Ao serviço desta equipa italiana contribuiu para que ela conquistasse pela primeira vez o título de campeã nacional. Tornou-se conhecido mundialmente quando levou a selecção da Argentina a conquistar o Campeonato do Mundo de Futebol do México, em 1986. Os problemas para a sua carreira começaram quando, em 1991, foi descoberto, nos controles médicos efectuados após um jogo do campeonato italiano, que tinha consumido cocaína, o que o levou a um afastamento das competições por quinze meses. Depois de uma passagem pelo Sevilha, regressou à Argentina. O seu país via-o como sendo a esperança da selecção para o Campeonato do Mundo de 1994, realizado nos Estados Unidos. Maradona voltou a desiludir porque lhe foi novamente detectada a ingestão de substâncias proibidas, o que ocasionou uma suspensão pela FIFA. Desde então, Maradona tem ensaiado tentativas de retomar a profissão, e experimentou também a função de treinador, mas com reduzido sucesso. O problema do consumo de droga parece nunca ter sido definitivamente resolvido, havendo notícias de curas de desintoxicação levadas a cabo em clínicas diversas.
Diego Maradona. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-30]
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Outono...
Finalmente o Outono parece ter chegado a estas paragens. O termómetro do meu carro chegou a marcar 15º à hora de almoço. Temperatura de Inverno (Madeirense entenda-se).
Notícia em Destaque - Dados vão revelar por que os portugueses gostam da lei do Tabaco
O director-geral da Saúde anunciou hoje que «muito em breve» serão conhecidos «dados objectivos» que explicarão por que os portugueses «gostam da Lei do Tabaco», a qual «foi bem aceite»
De acordo com Francisco George, esses dados resultarão do dispositivo Infotabaco, que inclui «um conjunto de dados estatísticos e inquéritos» que permitirão «perceber melhor por que os portugueses gostam desta lei».
O director-geral da Saúde falava à Agência Lusa a propósito dos 20 anos da primeira consulta de cessação tabágica, que funciona no Hospital Pulido Valente, em Lisboa.
Em relação à Lei do Tabaco, que entrou em vigor em Portugal no início do ano, Francisco George disse que esta «foi bem aceite, socialmente compreendida e socialmente bem aceite».
«A lei representa uma medida pró-activa do Estado na protecção da saúde dos cidadãos», disse.
Falta agora, adiantou, conhecer os «dados objectivos que vão criar evidência sobre a utilidade da lei, uma vez que a lei veio reduzir e praticamente eliminar a possibilidade dos não fumadores fumarem os cigarros dos outros em recintos fechados de utilização pública».
Esses dados terão uma «acentuada base científica», uma vez que resultam de «estudos conduzidos por especialistas e académicos», acrescentou.
Sobre as consultas de cessação tabágica, Francisco George esclareceu que estas «não são consultas especializadas, uma vez que não há especialistas em cessação tabágica».
«Qualquer médico, apoiado por equipas com enfermeiros e psicólogos, deve conduzir aconselhamento e consultas que visam fazer com que o seu doente, utente, deixe de fumar», defendeu.
A propósito dos 20 anos da primeira consulta de cessação tabágica no Hospital Pulido Valente, Francisco George enalteceu a especialidade desta unidade de saúde na área da pneumologia e das doenças respiratórias.
Trata-se de «um exemplo de grande qualidade que foi seguido por outros hospitais e centros de saúde», adiantou.
In SOL
Franco Corelli
Cantou várias vezes no Teatro São Carlos.
Winona Ryder
No dia 29 de Outubro de 1971, nasce nos Estados Unidos da América, a actriz Winona Ryder.
Da Infopédia:
Actriz norte-americana, baptizada com nome da cidade onde nasceu (Winona, no Minnesota), Winona Laura Horowitz nasceu no dia 29 de Outubro de 1971. Cedo se apaixonou pela Sétima Arte, talvez influenciada por sua mãe que geria um cinema. Aos 13 anos, mudou-se com os pais para São Francisco e começou a frequentar um conservatório de Artes Dramáticas. Estreou-se no cinema com um pequeno papel no melodrama Lucas (1986), contracenando com Charlie Sheen. A sua interpretação não passou despercebida ao realizador Tim Burton que a convidou para participar na comédia Beetlejuice (Os Fantasmas Divertem-se, 1988), que se tornaria um êxito. Winona voltaria a convencer os críticos, desta vez num papel dramático, interpretando a verídica figura de Myra Gale, uma adolescente de 13 anos que se envolveu romanticamente com o cantor Jerry Lee Lewis (interpretado por Dennis Quaid), em Great Balls of Fire! (Rock de Fogo, 1989). A partir daí, a carreira da actriz solidificou-se: contracenou com o seu namorado de então, Johnny Depp, no mítico Edward Scissorhands (Eduardo Mãos-de-Tesoura, 1990) e foi a filha de Cher na comédia Mermaids (A Minha Mãe é Uma Sereia, 1990). Depois de recuperar duma depressão nervosa causada pelo excesso de trabalho, foi uma presença constante em grandes produções: no Bram Stoker's Dracula (Drácula de Bram Stoker, 1992), de Francis Ford Coppola, interpretou uma dama vitoriana que o Conde Drácula (Gary Oldman) acredita ser a reencarnação da sua falecida esposa. Em seguida, alcançou uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz Secundária com The Age of Innocence (A Idade da Inocência, 1993), onde encarnou May Welland, uma mulher da grande sociedade nova-iorquina do século XIX, cujos sonhos de felicidade ao lado do noivo (Daniel Day-Lewis) se estilhaçam quando este a trai com a sua prima (Michelle Pfeiffer). Após ter estado em Portugal para filmar The House of the Spirits (A Casa dos Espíritos, 1994), voltou às nomeações para os Óscares, desta vez como actriz principal no exigente papel de Jo March em Little Women (Mulherzinhas, 1994), uma adaptação do romance de Louisa May Alcott, na qual maravilhou as plateias com o seu retrato duma jovem rebelde que se rege pela fantasia, desafiando as convenções sociais. Perdeu, no entanto, o prémio para Jessica Lange. Participou posteriormente em outros sucessos como The Crucible (As Bruxas de Salém, 1996), Alien: Resurrection (Aliens 4 - A Ressurreição, 1997) e Girl, Interrupted (Vida Interrompida, 1999), o qual também produziu. Em 2001, foi presa, sob a acusação de furto qualificado. A actriz confessou ser cleptomaníaca e foi sujeita a diversos tratamentos. Regressou ao cinema, ao lado de Adam Sandler, em Mr. Deeds (2002).
Winona Ryder. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-28]
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Low-cost Porto Madeira (Transavia)
Conceição Estudante acredita que este é apenas "o início de uma nova época" para o transporte aéreo da Madeira, a primeira de outras companhias que vão procurar o destino, inclusive referiu-se ao caso da 'Transavia' que está quase assegurada como futura companhia low-cost' a ligar o Funchal ao Porto, sem esquecer o projecto 'FlyMi', uma companhia que teria origem em empresários ligados à Região, que "nós desejamos, se for possível, ver operar na Madeira", acrescentou.
In Diário de Notícias da Madeira
Notícia em Destaque - «(O dinheiro) apareceu para salvar o quê? Vidas? Não. Para salvar bancos»
Não partilho também das suas opiniões políticas, mas acho que o seu comentário à crise financeira actual foi brilhante (utópico? Talvez).
Lê-se no IOL Portugal Diário:
O prémio Nobel da Literatura, José Saramago, criticou esta segunda-feira, durante a exibição do filme «Ensaio sobre a cegueira» baseado na sua obra homónima, o actual estado da economia mundial, atribuindo culpas aos principais suspeitos, na sua opinião: «os grandes financeiros, os directores das grandes empresas e os grandes bancos».
Saramago referiu a sua posição face às garantias dadas pelo Governo à banca: «Onde estava esse dinheiro? Que dinheiro é esse? Não estou dizendo que tem origem criminosa, mas estava muito bem guardado. E, tendo todas as dificuldades do mundo para aparecer quando era necessário para ajudar as pessoas em situações de tragédia, apareceu de repente para salvar o quê? Vidas? Não. Para salvar bancos».
Na opinião de José Saramago, «os caprichos ou os crimes ou os delitos dos responsáveis por esta crise, que são os grandes financeiros, que são os directores das grande empresas e dos grandes bancos, vai-se-lhes acudir com o dinheiro de todos».
«Esse dinheiro, que parece que deveria ter outros destinos, agora destina-se a salvar os bancos e o grande argumento é este: sem bancos isto não funciona. Marx nunca teve tanta razão como hoje», retorquiu.
José Saramago teve ainda tempo para afirmar a sua pouca convicção no desenlace da actual crise económica. «As consequências piores ainda não chegaram. Essa ideia de que se pensava pôr o mercado no altar e rezar todos os dias, finalmente nem era auto-regulador nem auto-disciplinador, era simplesmente um instrumento de saque das riquezas», afirmou.
O Nobel português da Literatura fez ainda uma alusão à metáfora ideológica da sua obra «Ensaio sobre a Cegueira» para descrever o estado da população mundial face à crise: «Estamos sempre mais ou menos cegos para o que é fundamental» e «não queremos que nos macem».In IOL Portugal Diário
Face à situação económica qual pensa ser a melhor solução para habitação?
A pergunta que fazia era: Face a situação económica actual qual pensa ser a melhor solução para habitação?
Pois bem, o "arrendamento" ganhou com 67% dos votos contra 33% da opção "compra".
Claro que o inquérito vale o que vale, o número de votos foi de apenas 28. No entanto, a tendência parece ir no sentido do arrendamento.
Este assunto já foi alvo de um "post" no Outras Escritas onde traduzi, através de uma "pequena história", a minha opinião sobre este assunto.
Deixo no ar a questão: Será que as mentalidades estão a mudar? Ou as opiniões favoráveis ao arrendamento resultam da conjuntura económica?
Eu votei no arrendamento.
Julia Roberts
Da Infopédia:
Actriz norte-americana, de nome completo Julie Fiona Roberts, nasceu a 28 de Outubro de 1967, em Smyrna, Georgia. Em criança gostava muito de animais e queria ser veterinária mas mais tarde estudou jornalismo. Foi apenas quando o irmão Eric Roberts teve algum sucesso em Hollywood que ela decidiu tentar a sua sorte como actriz. Estreou-se com uma pequena figuração em Firehouse (1987), a que se seguiram alguns trabalhos televisivos. O seu primeiro papel como protagonista foi em Mystic Pizza (Pizza, Amor e Fantasia, 1988), no papel de Daisy, uma empregada de mesa portuguesa. Apesar de ser um filme de baixo orçamento, conheceu algum sucesso, especialmente entre um público adolescente. Isto catapultou-a para papéis de maior nomeada, especialmente em Steel Magnolias (Flores de Aço, 1989) onde interpretou Shelby, uma jovem com uma doença terminal. Coadjuvando actrizes consagradas como Shirley MacLaine e Sally Field, Roberts cometeu a proeza de ter sido nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária. Em seguida, desempenhou o papel mais emblemático da sua carreira, o da prostituta Vivian que se apaixona por um multimilionário (Richard Gere) em Pretty Woman (Uma Mulher de Sonho, 1990). O filme bateu recordes de bilheteira, conferindo um novo estatuto ao género da comédia romântica que se encontrava em acentuado declínio. Julia Roberts foi nomeada para o Óscar de Melhor Actriz e ganhou o estatuto de «Namoradinha da América». Ao mesmo tempo que mantinha uma mediática relação com Kiefer Sutherland, com quem contracenara em Flatliners (Linha Mortal, 1990), foi convidada por Steven Spielberg para interpretar o papel de Sininho em Hook (1991). As rodagens não correram bem, pois Roberts chegava sempre atrasada e mantinha acesas discussões com o realizador que optou por reduzir bastante o seu papel. Em 1991, separou-se definitivamente de Sutherland e surpreendeu os seus fãs ao casar-se com o músico country Lyle Lovett. Profissionalmente, ia acumulando fracassos comerciais como I Love Trouble (Adoro Sarilhos, 1994), Mary Reilly (1996), Michael Collins (1996) e Conspiracy Theory (Teoria da Conspiração, 1997). Foi quando decidiu enveredar novamente pelos trilhos da comédia romântica que voltou aos êxitos: My Best Friend's Wedding (O Casamento do Meu Melhor Amigo, 1997), Notting Hill (1999), ao lado de Hugh Grant, e Runaway Bride (Noiva em Fuga, 1999), onde voltou a contracenar com Richard Gere, nove anos depois. Em 2000, tornou-se a actriz mais bem paga de Hollywood, ao ter auferido um cachet de 20 milhões de dólares pela sua participação em Erin Brockovich (2000). Aqui desempenhou o papel de uma jovem divorciada, mãe de três filhos, que consegue um emprego de secretária num escritório de um prestigiado advogado (Albert Finney) e que se envolve obsessivamente na defesa de uma pequena cidade exposta ao envenenamento das suas águas. A vivacidade que emprestou à sua personagem valeu-lhe o Óscar para Melhor Actriz. Seguiram-se outros títulos de sucesso como The Mexican (A Mexicana, 2001), onde contracenou com Brad Pitt; a hilariante comédia romântica America's Sweethearts (O Par do Ano, 2001), onde trabalhou com Catherina Zeta-Jones, John Cusack e Billy Crystal; o thriller Ocean's Eleven (Façam as Vossas Apostas, 2001); o drama Mona Lisa Smile (O Sorriso de Mona Lisa, 2003); a sequela Ocean's Twelve (Ocean's 12, 2004), onde emparceirou com Brad Pitt, Catherine Zeta-Jones e George Clooney; e o romance de Mike Nichols, Closer (Perto Demais, 2004), onde contracenou com nomes como Natalie Portman, Jude Law e Clive Owen.
Julia Roberts. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-27]
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
"A ORQUÍDEA BRANCA" - ópera - Estreia hoje
Integrada nas comemorações dos 500 Anos da Cidade do Funchal, a ópera "A Orquídea Branca" tem estreia mundial no Teatro Baltazar Dias no dia de hoje.
As récitas prolongam-se até ao dia 2 de Novembro e do elenco fazem parte vários cantores solistas nacionais, assim como coros e grupos de dança regionais.
A composição esteve a cargo do Maestro Jorge salgueiro e o libreto é do escritor João Aguiar.
Encenação de Miguel Vieira e Cenários e Guarda-Roupa de Dina Pimenta.
Mais informações aqui.
Assistirei à récita do dia 29.
Notícia em Destaque - EasyJet inaugura hoje nova rota Lisboa-Funchal
Lê-se no Diário de Notícias da Madeira:
A rota Lisboa-Funchal da companhia de baixo custo easyJet é hoje inaugurada, uma ligação que o secretário de Estado do Turismo considera que vai dinamizar o turismo interno.
Com a abertura desta rota, a easyJet passará a ligar Lisboa ao Funchal com dois voos diários, a partir de 51,98 euros (ida e volta), tornando-se a primeira transportadora a beneficiar do regime 'Céu Aberto', que em Abril liberalizou as ligações aéreas entre o Continente e a Madeira.
Até ao momento, a easyJet já tem 23.000 reservas.
Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, afirmou que esta nova rota "vai dinamizar o turismo interno", podendo tornar-se "uma resposta muito interessante a um sinal de incerteza internacional que não sabemos quando termina".
De segunda-feira a sábado, as partidas de Lisboa realizam-se às 07:35 e às 16:00, enquanto no sentido inverso os voos partem do Funchal às 09:45 e 18:15.
Aos domingos, as partidas de aeroporto da Portela realizam-se às 08:05 e às 16:25, enquanto as saídas do Funchal se realizam às 10:15 e 18:40.
O voo inaugural, que contará com a presença do secretário de Estado do Turismo, da secretária Regional do Turismo da Madeira, do Presidente do Turismo de Portugal e da directora de marketing da easyJet, partirá de Lisboa hoje às 07:35.
À chegada ao Funchal, haverá uma recepção com oferta de produtos tradicionais, seguida das intervenções dos dois membros do Governo e da directora de marketing da easyJet, Beatriz Fernández.
Actualmente, as ligações entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira são asseguradas pela TAP, em acordo de partilha de voos (code-share) com a SATA.
A easyJet opera no aeroporto do Funchal desde Outubro de 2007, oferecendo voos para o aeroporto madeirense a partir dos aeroportos londrinos de Stansted, Bristol e Gatwick.
In Diário de Notícias da Madeira
O concerto do 89º aniversário do Orfeão Madeirense
Realizado no salão nobre da Câmara Municipal do Funchal, o concerto contou com a actuação do Coro Misto que interpretou temas clássicos e ligeiros, dirigido pelo Maestro e Tenor José Pereira Júnior.
Alguns dos alunos de canto da Academia Orpheus também se apresentaram a solo, acompanhados ao piano pelo Professor José Pereira Júnior.
Ficam umas fotografias e uns vídeos do concerto. Obrigado ao amigo que assistiu, fotografou e filmou...
La Neve Bianca - Tradicional Italiano com arranjos de José Pereira Júnior
Ave Maria - Schubert
Ombra Mai Fu (ópera Xerxes) - Handel
Nina - Pergolesi
Roberto Benigni
Da Infopédia:
Actor, argumentista e realizador italiano nascido a 27 de Outubro de 1952, na Tuscana, Itália. É casado com a actriz, também ela italiana, Nicoletta Braschi, com quem contracenou em Johnny Stecchino (Johnny Palito, 1991). Estreou-se como actor no filme Berlinguer Ti Voglio Bene, em 1976, e teve o seu primeiro papel num filme americano em Down by Law (1986), de Jim Jarmusch. Em 1993, entrou em Son of the Pink Panther (O Filho da Pantera Cor-de-Rosa) -, interpretando o papel de filho ilegítimo do Inspector Jacques Clouseau. Foi realizador e protagonista do filme La Vita è Bella (A Vida é Bela, 1997) que lhe proporcionou o Óscar de Melhor Actor, na sua interpretação de Guido (personagem principal). Também com o mesmo filme ganhou o American Comedy Award para Melhor Actor Cómico e da British Academy Awards recebeu o Prémio de Melhor Actor Principal. Em 1999, desempenhou o papel de Lucius Detritus no filme francês Ásterix et Obélix contre César (Ásterix et Obélix contra César). Três anos depois, produziu, realizou e protagonizou Pinocchio (Pinóquio, 2002) que se saldou num enorme fracasso comercial. Roberto Benigni. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-26]
domingo, 26 de outubro de 2008
Notícia em destaque - Erro de medicação mata 7.000 portugueses por ano
E a culpa? É do sistema?
Se a letra dos médicos não se consegue ler que aprendam a escrever. Se os enfermeiros se enganam no doente, que confirmem duas vezes...
No Jornal de Notícias de hoje:
A administração errada de medicamentos aos doentes hospitalizados é responsável pela morte anual de 7.000 portugueses. Apesar de serem evitáveis, "estes erros existirão sempre e sem culpados" pois "é o sistema que falha", disse à Lusa a presidente da Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares.
Aida Batista é a presidente da Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares (APAH) e reconheceu que o erro de medicação nos hospitais "existe e vai sempre existir".
"Não se trata de um erro humano, mas sim do sistema", esclareceu, lamentando que muitos destes erros sejam escondidos, por receio dos profissionais serem acusados.
É ao próprio sistema que o erro é atribuído, pois "apesar de os profissionais trabalharem com o maior cuidado, pode existir uma falha", disse. De acordo com Aida Batista, o erro pode acontecer pelas mais variadas situações, desde que o médico prescreve o medicamento (por letra ilegível ou por confusão na dose), à farmácia que o distribui (confundindo as embalagens, por exemplo), ou o enfermeiro que o dá ao doente (que pode ser o doente errado).
"Os erros podem acontecer em qualquer destas fases do processo", disse a presidente da APFH, que há anos se preocupa com esta questão. Este erro é responsável por 7.000 mortos em Portugal, segundo dados corroborados pela autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed).
Os casos não são exclusivos em Portugal. Nos Estados Unidos, por exemplo, entre 44 mil a 98 mil doentes hospitalizados morrem anualmente devido ao erro de medicação.
Aida Batista considera que só quando os hospitais estiverem ligados a um sistema centralizado e igual para todas as instituições é que o erro poderá diminuir.
A presidente da APFH lamenta que não haja em Portugal uma cultura de segurança, razão que, na sua opinião, leva a que os programas de segurança se limitem muito à farmácia do hospital.
"Todos os profissionais de saúde estão envolvidos no fornecimento de medicamentos: o médico, porque prescreve, a farmácia, porque dispensa e o enfermeiro, porque administra o fármaco", pormenorizou.
"Todos são humanos e, por isso, todos podem errar, mas neste caso é o sistema que falha", explicou a presidente da APFH.
Outros Blogues (XV) - The Weblicist of Manhattan
O blogue "THE WEBLICIST OF MANHATTAN" dá-nos a conhecer a cidade através de fotografias. Mais do que prédios e monumentos, o autor dá-nos a conhecer pequenos recantos e pormenores que caracterizam o dia-a-dia desta metrópole.
Vale a pena uma visita regular...
Fotografia: http://theweblicist.com/wordpress/
José Cardoso Pires
Da Infopédia:
Escritor português, José Augusto Neves Cardoso Pires nasceu a 2 de Outubro de 1925, no concelho de Vila de Rei, em Castelo Branco, e morreu a 26 de Outubro de 1998, em Lisboa. Filho de um oficial da marinha, ainda criança mudou-se com os pais para Lisboa, cidade que abraçou e amou. Depois de concluir os estudos secundários no liceu Camões, ingressou no curso de Matemáticas Superiores da Faculdade de Ciências de Lisboa. Durante a vida académica, exerceu várias profissões e conviveu com alguns dos intelectuais e artistas que integraram a segunda geração surrealista, como Luís Pacheco, Cesariny ou Vespeira, colaborando simultaneamente com algumas publicações, como a revista Afinidades e O Globo. Em 1945, abandonou os estudos para se alistar na marinha mercante, vindo a exercer, depois de concluir o serviço militar, várias profissões, desde comercial a intérprete, correspondente e redactor, tradutor, director editorial e até copywriter numa agência publicitária. Foi, entre 1969 e 1971, docente de Literatura Portuguesa e Brasileira na Universidade de Londres. Colaborou em várias publicações periódicas, como Vértice, Gazeta Musical e de Todas as Artes (em cuja reestruturação colaborou, na segunda série, com João José Cochofel) ou Diário de Lisboa. Parte do seu trabalho cronístico, publicado no Diário Popular, foi reunido em Os Lugares Comuns. Representou, por diversas vezes, Portugal em eventos culturais e literários internacionais; participou e promoveu actividades de resistência cultural à repressão (constituição do núcleo português da Association Internationale pour la Liberté de la Culture; fundação do suplemento cultural "& Etc", do Jornal do Fundão). José Cardoso Pires estreou-se na ficção, em 1949, com Caminheiros e Outros Contos, a que se seguiriam os contos Histórias de Amor, em 1952 - ambos apreendidos pela censura, estando o segundo na origem da sua primeira detenção -, num momento em que o neo-realismo, nas polémicas contra o presencismo, já se tinha afirmado no panorama da literatura nacional, encetando, com a entrada na década de 50, uma fase de revisão, com inerente polémica interna, dos seus princípios estéticos. A coexistência com outras tendências literárias e um novo contexto histórico nacional e internacional (pós-Segunda Guerra Mundial, guerra fria; isolamento e reforço dos sistemas de repressão, a nível nacional, etc.) condicionam, então, os modos de afirmação do que, em termos de história literária, se poderia designar como uma segunda geração neo-realista, que contraporá à euforia e utopia do escritores de 40 um sentimento generalizado de desencanto e angústia que "pouco se compadece com a crença em futuros utópicos" (cf. MARTINHO, Fernando J. B. - Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50, Lisboa, 1996, p. 314). Não abdicando de uma atitude combativa, que marcou ainda a sua intervenção cívica, José Cardoso Pires apresenta-se na novelística como um dos melhores modelos desse repensar de princípios e técnicas narrativas, abertura de temas e processos, que marcaram uma inflexão na carreira de alguns autores afirmados nos anos 40, no âmbito de uma literatura empenhada. Dando, desde os seus primeiros volumes, a imagem precisa de Portugal como um "lugar de infelicidade e solidão" (cf. Tabucchi, prefácio a O Anjo Ancorado, Lisboa, Dom Quixote, 1990, p. 7), país enclausurado e marcado, a nível político, pelo regime salazarista descrito na sua fase de absurda persistência, e a nível mental pela consciência de que a revolução, sendo inevitável, eclodiria tarde de mais, "nasceria, por assim dizer, exausta" (cf. LOURENÇO, Eduardo - O Canto do Signo, Lisboa, Presença, 1994, p. 293), José Cardoso Pires reequaciona a relação entre literatura e real do romance tradicional através de várias estratégias, uma delas, patenteada em O Anjo Ancorado, correspondendo a uma escrita que, partindo de um efeito de real, se institui como "ilusão de translucidez" (LEPECKI, Maria Lúcia - Ideologia e Imaginário - Ensaio sobre José Cardoso Pires, Lisboa, Moraes, 1977, p. 339), de "imediata apreensibilidade" (id. ibi., p. 30), quer ao nível da transparência da linguagem (coloquial, substantiva, períodos curtos, redução de recursos estilísticos), quer ao nível da construção da narrativa, pela redução do número de personagens e pela descomplexificação da intriga. Tendendo para uma maior visualização, o seu aspecto de fábula, de que O Anjo Ancorado é um paradigma, aponta para uma duplicidade de leituras jogada ambiguamente no cruzamento de pontos de vista internos e, sobretudo, na capacidade de operar uma "clandestinização de um certo nível do contado" (id., ibi., p. 102). Focalizando "uma sociedade de classes em processo de transformação por força da consciência e da capacidade de luta do explorado" (id. ibi., p. 148), em romances como O Delfim ou A Balada da Praia dos Cães, a estratégia de construção da narrativa, absorvendo traços do romance policial, problematiza os modos de acesso à realidade pela apresentação de várias versões sobre uma verdade inatingível na sua totalidade, dado o seu intrínseco carácter plural. Sendo, depois de Eça de Queirós, um dos romancistas portugueses que com mais finura usaram a ironia e o humor enquanto instrumentos eficazes de crítica social e, por conseguinte, de afirmação de determinada postura ideológica, a obra de José Cardoso Pires, ainda pelo seu carácter, a um tempo, rigorosamente documentado e despojado; pela riqueza expressiva patenteada na capacidade de introduzir na escrita, de forma natural, vários registos de língua e até gírias; pela apreensão de certos tipos sociais (sobretudo aqueles que integravam a realidade histórica portuguesa do salazarismo), seres moldados complexamente através do uso do monólogo interior, e nunca transformados em títeres; traços a que acresce, como marcas de modernidade, a intersecção de espaços e tempos, conferem a José Cardoso Pires o estatuto de um dos mais importantes romancistas do século XX. O autor e a sua obra foram galardoados várias vezes, entre os quais se destacam o Prémio Camilo Castelo Branco (O Hóspede de Job, 1964), o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (A Balada da Praia dos Cães, romance que viria, em 1987, a dar origem a um filme realizado por José Fonseca e Costa), o Prémio Especial da Associação de Críticos do Brasil (Alexandra Alpha), os Prémios D. Dinis e da Crítica (De Profundis, Valsa Lenta, obra publicada em 1997, após o autor ter recuperado de um acidente vascular cerebral). Recebeu também o Prémio Internacional União Latina (1991), o Astrolábio de Ouro do Prémio Internacional Último Novecento (1992) e o Prémio Pessoa (1997). Em 1998 sofreu outro acidente vascular cerebral, que viria a ser a causa da sua morte. Em Setembro desse mesmo ano, pouco antes do seu falecimento, tinha-lhe sido atribuído o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores. Foi autor de contos, romances, crónicas e ensaios (como em E Agora José?, 1977) e de peças de teatro (como O render dos Heróis (1960) e O Corpo Delito na Sala de Espelhos, 1980). Bibliografia: Os Caminheiros e Outros Contos, Lisboa, 1949; Histórias de Amor, Lisboa, 1952; O Anjo Ancorado, romance, Lisboa, 1958; O Render dos Heróis, Lisboa, 1960; Cartilha do Marialva, ensaio, Lisboa, 1960; Jogos de Azar, contos, Lisboa, 1963; O Hóspede de Job, romance, Lisboa, 1963; O Delfim, romance, Lisboa, 1968; Dinossauro Excelentíssimo, fábula, Lisboa, 1972; E Agora José?, ensaios, Lisboa, 1977; O Burro-em-Pé, contos, Lisboa, 1979; Corpo-Delito na Sala de Espelhos, Lisboa, 1980; Balada da Praia dos Cães, romance, Lisboa, 1982; Alexandra Alpha, Lisboa, 1987; A República dos Corvos, contos, Lisboa, 1988; A Cavalo no Diabo, crónica, Lisboa, 1994; De Profundis, Valsa Lenta, Lisboa, 1997
José Cardoso Pires. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-26]
sábado, 25 de outubro de 2008
Notícia em destaque - Madeira - Aviões e barcos sujeitos a medidas de desinsectização
Acho que não vai ser nada agradável sermos desinfectados no avião. Só passei por isso uma vez, no Brasil. Não causa qualquer impacto físico, como é lógico, mas psicologicamente dá que pensar.
Lê-se no Diário de Notícias da Madeira de hoje:
A Direcção-geral de Saúde (DGS) já determinou que aviões e barcos sejam submetidos à acções de desinsectização para evitar que o mosquito 'Aedes aegypti', actualmente circunscrito à Madeira, chegue a outras regiões do país. Além disso, e depois das autoridades regionais se terem mostrado preocupadas com a possibilidade de chegar à ilha alguém infectado com o Dengue, a DGS também recomenda que barcos e aviões provenientes de locais onde a doença é endémica, devem ter especial cuidado.
O despacho datado de ontem foi já enviado ao Presidente do Instituto Nacional de Aviação Civil e ao Presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e tem em vista reduzir a probabilidade de importação do 'Aedes'. As medidas entram em vigor já no próximo dia 1 de Novembro.
Ao DIÁRIO, Francisco George, director-geral, explicou que as medidas resultaram de uma análise conjunta entre a DGS e as autoridades de saúde da Região. A decisão foi também apoiada por especialistas, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
"É preciso ter em conta que são medidas de prevenção", sublinha. "Não estamos a controlar nenhum problema, mas sim a prevenir que venham a acontecer problemas". Neste sentido, as recomendações referem-se à "pulverização nos barcos e aviões". Francisco George admitiu também que ainda está a ser estudado qual o produto que será recomendado para as desinsectizações.
No que respeite aos navios, diz ainda o director-geral da Saúde, há que ter em conta que muitas vezes os pneus destinados a reciclagem transportam colecções de água onde também podem existir ovos do mosquitos. "Então o que há a fazer é evitar o transporte de pneus ou de mercadorias que possam ter água e assim evitar que os mosquitos aproveitem as colecções de água para depositar ovos", acrescenta.
Além de tentar reduzir a probabilidade do 'Aedes aegypti' surgir noutras regiões do país, as autoridades também querem "intensificar a luta anti-mosquito na origem". Neste sentido, Francisco George apela para que os residentes em locais onde o mosquito já ocorre colaborem com as autoridades, "na medida em que podem evitar a existência de criadouros de mosquitos".
A DGS acredita que estas medidas "vêm muito a tempo", porque ainda não há casos de Dengue na Região (no continente só casos importados) nem de 'Aedes aegypti' no território continental.
O que diz o despacho da Direcção-geral de Saúde?
Considerando que a intensificação da luta antivectorial na origem não dispensa a adopção de medidas complementares que visem reduzir a probabilidade de importação daqueles vectores para outras regiões do País (...) Determino, nos termos previstos na Base XIX da Lei 48/90 de 24 de Agosto, conjugada com o disposto na al. e) do n.º2 do art. 5º do Decreto-Lei n.º 336/93, de 29 de Setembro que:
Os navios e aeronaves provenientes de regiões endémicas com destino ao território português devem proceder à sistemática verificação das condições higio-sanitárias a fim de serem eliminadas eventuais condições favorecedoras da viabilização de criadouros de mosquitos;
Se proceda à desinsectização de todo o tipo de cargas, especialmente em navios, que possam ser criadouros de mosquitos;
No território português, os navios e aeronaves sejam sujeitos a medidas de desinsectização apropriadas.
In Diário de Notícias da Madeira
Onde nasceu D. Afonso Henriques? Em Guimarães ou Viseu?
900 anos serão comemorados pelas duas cidades
Os oitocentos anos do nascimento de D. Afonso Henriques foram comemorados em 1911, mas os novecentos serão antecipados dois anos, com Guimarães e Viseu a não quererem deixar passar a data em falso.
Apesar de a Câmara de Guimarães manter ainda no seu sítio da Internet 1111 como o ano de nascimento do primeiro rei de Portugal e de a Sociedade Martins Sarmento considerar que, «com certeza e rigor», não se sabe nem quando nem onde nasceu, ambas aceitam que a data mais provável é 1109 e, por isso, estão a ser preparadas comemorações para o próximo ano.
Tese de Almeida Fernandes ganha força
Em Viseu, os apoios cada vez maiores que tem vindo a receber a tese do historiador medievalista Almeida Fernandes deram força para que também a autarquia se tivesse lançado na preparação de comemorações para o próximo ano. Almeida Fernandes escreveu «Viseu, Agosto de 1109 - Nasce D. Afonso Henriques», que teve uma primeira edição em 1993 e uma segunda em Março do ano passado.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, contou que, após a primeira edição da obra recebeu muitas cartas de contestação de Guimarães, tal como se tivesse sido o autor da obra. «Desta vez não. Acho que de uma forma geral as pessoas estão a aceitar esta tese como uma realidade».
«Sempre dissemos que faríamos valer este facto se ele fosse confirmado por académicos, porque a posição política deve vir sempre a jusante das conclusões académicas. E é isto que estamos a verificar». Assim sendo, e sem pretender «uma guerrilha com Guimarães», a autarquia achou que não podia ficar indiferente à data de 2009.
Em Guimarães, os preparativos encontram-se já em fase mais adiantada, com a autarquia a pretender que a efeméride seja assumida a nível nacional, com a participação do Governo. O município entende mesmo que as comemorações devem estar acima de qualquer polémica sobre o local de nascimento.
A mesma opinião tem a Sociedade Martins Sarmento, de Guimarães, que defende «uma dimensão nacional e uma dignidade de Estado» às comemorações, temendo que estas possam ser afectadas por «uma disputa entre cidades». «A grandeza da figura e da obra de D. Afonso Henriques não pode ser reduzida a uma dimensão local».
As dúvidas sobre o nascimento de D. Afonso Henriques
Guimarães aceita que D. Afonso Henriques tenha nascido em 1109, mas considera não haver dados históricos que provem onde, enquanto a Viseu cada vez mais chegam ecos que dão razão à tese do historiador medievalista Almeida Fernandes.
Almeida Fernandes explica na sua obra que esta resulta de uma encomenda feita pela Unidade Vimaranense ¿ Associação para o Desenvolvimento de Guimarães e sua Região, que lhe pediu para «averiguar, se possível, onde nasceu D. Afonso Henriques».
Se a data parece ter acordo, no que refere ao local do nascimento, «as dúvidas dos historiadores afiguram-se inultrapassáveis, à luz dos documentos que se conhecem», mas sublinha a A Sociedade Martins Sarmento que «a hipótese de Guimarães é a mais antiga e a única enraizada numa tradição secular». In IOL Portugal DiárioAo Lado da Música (XV) - Diana Krall
Iniciou os seu estudos musicais de piano aos 4 anos e o jazz começou desde cedo a ser uma referência na sua vida, em parte devido à grande colecção de álbuns a que tinha acesso no ambiente familiar.
Com cerca de 15 anos, Diana Krall actuava regularmente ao piano em bares e restaurantes da sua terra natal.
Aos 17 ganha uma bolsa de estudo para o Berklee College of Music em Boston (EUA) e passado algum tempo muda-se para Los Angeles onde passa a estudar com Jimmy Rowles. Foi nesta altura que Krall se inicia no canto.
Em 1990 passa a viver em Nova Iorque e é nesta altura que começa a gravar com regularidade conquistando públicos dentro e fora do meio do jazz um pouco por todo o mundo.
Em 1993, Krall lançou seu primeiro albúm “Stepping Out” juntamente com John Clayton e Jeff Hamilton. O sucesso obtido com este álbum chamou a atenção Tommy LiPuma, que produziu seu segundo álbum “Only Trust Your Heart” (1995).
Seguem-se álbuns como "All for you - Dedication to Nat King Cole Trio" (nomeado para os Grammy's, "Love Scenes" (em trio com Russel Malone e Christian McBride).
Em 1999 com "When I Look in Your Eyes", Diana Krall ganha o Grammy de Melhor músico de Jazz do ano.
Em 2001 a cantora, cujo sucesso se tinha estendido a praticamente todo o mundo, faz uma digressão mundial (com passagem por Portugal) e grava num dos seus concertos em Paris o seu primeiro álbum ao vivo - "Diana Krall - Live in Paris". É com este álbum que recebe, em 2002, mais um Grammy, desta vez de Melhor Álbum de Jazz Vocal (este album incluiu dois famosos covers: “Just The Way You Are” – Billy Joel e “A Case Of You” – Joni Mitchell)
Mais tarde, casa com o músico Elvis Costello e lança-se na composição, o que resultou no lançamento do álbum “The Girl In The Other Room” (2004).
Em 2006, Krall lançou o álbum “From This Moment On” onde interpreta nomes famosos do jazz, como Irving Berlin, Cole Porter, Richard Rodgers, Lorenz Hart, entre outros, destacando-se também o tema "Insensatez" de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, com letra em inglês de Norman Gimbel.
No final de 2007 Diana Krall lança “The Very Best of Diana Krall”, uma edição de luxo, contém um CD e um DVD e reuni os maiores sucessos.
Criticada negativamente por se ter afastado dos circuitos do jazz tradicional, Diana Krall não pode deixar de ser considerada como um ícone deste meio.
O DVD contém alguns temas que foram lançados como "teledisco", e temas de concertos.
Fazem parte do CD, os seguintes temas:
'S Wonderful - George e Ira Gershwin - álbum The Look of Love
Peel me a Grape - David Frishberg - do álbum Love Scenes
Pick Youself Up - Jerome Kern e Dorothy Fields - do álbum Whem I Look in Your Eyes
Frim Fram Souce - Joe Ricardell e Redd Evans - do álbum All for You
You Go to My Hed - J. Fred Coots e Haven Gillespie - inédito
Let's Fall in Love - Ted Koechler e Harold Arlen - do álbum The Look of Love
East of the Sun (and west of the Moon) - Brooks Bowman - do álbum Live in Paris
I've Got You Under My Skin - Cole Porter - do álbum When I Look in Your Eyes
All or Nothing at all - Lack Lawrence e Arthur Altman - do álbum Love Scenes
Only the Lonely - Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn - inédito
Let's Face the Music and Dance - Irving Berlin - do álbum When I look In Your Eyes
The Heart of Saturday Night - Tom Waits - inédito
Litle Girl Blue - Richard Rodgers e Lorenz Hart - do álbum From This Moment On
Fly Me to The Moon - Bart Howard - do álbum Live In Paris
Do DVD, fazem parte os temas:
Narrow Dayliht - Elvis Costello e Diana Krall - teledisco
Let's Face the Music and Dance - Irving Berlin - teledisco
The Look of Love - Burt Bacharach e Hal David - teledisco
Temptation - Elvis Costello - ao vivo (concerto)
Almost Blue - Elvis Costello - teledisco
Abandoned Masquerade - Elvis Costello e Diana Krall - ao vivo (concerto)
Fly Me to The Moon - Bart Howard - ao vivo (concerto)
What Are You Doing New year's Eve - Frank Loesser - ao vivo (estúdio)
Publicado no Ao Lado da Música em 15/4/2008