Mostrar mensagens com a etiqueta compositores. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta compositores. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

No 215º aniversário de Gaetano Donizetti / On 215th Donizetti's birthday

Donizetti, um dos meus compositores favoritos, faria hoje 215 anos (Bergamo, 29 de Novembro de 1797).

Deixo-vos com algumas interpretações das mais emblemáticas óperas do compositor.


On the 215th birthday of one of my favorite composers, Gaetano Donizetti (Bergamo, November 29, 1797), here are some of the best interpretations of his most famous operas.


Joan Sutherland - Lucia di Lammermoor (1962)



Edita Gruberova - Roberto Devereux (1990)



Mariella Devia - Maria Stuarda (2008)



Beverly Sill - Anna Bolena (1972)



Joan Sutherland - Lucrezia Borgia (1972)

domingo, 9 de setembro de 2012

Voce che Tenera (Mariella Devia, Rossini Opera Festival 2012)

Assisti no passado dia 20 de Agosto, no âmbito do Rossini Opera Festival 2012, a um concerto do soprano Mariella Devia intitulado "Voce che Tenera". O concerto ocorreu no Teatro Rossini e o soprano foi acompanhado pela Orquestra Sinfónica Gioachino Rossini dirigida pelo maestro Antonino Fogliani.

Como os meus leitores sabem, considero Mariella Devia uma das melhores cantoras do repertório de bel canto da actualidade. Neste concerto a cantora provou isso mesmo, ao interpretar de forma magistral árias de óperas de Rossini, Bellini e Donizetti.

Este foi o programa do concerto:

Gioachino Rossini

Semiramide - Sinfonia
Adelaide di Borgogna - Cavatina de Adelaide "Occhi miei piangeste assai"
Tancredi - Scena e Cavatina di Amenaide "Di mia vita infelice... No, che il morir non è..."


Vincenzo Bellini

Norma - Sinfonia
I Capuleti e i Montecchi - Recitativo e Romanza di Giulietta "Eccomi in lieta vesta... Oh! quante volte, oh quante!"
Norma - Cavatina di Norma "Casta Diva"


Gaetano Donizetti

Maria Stuarda - Sinfonia
Anna Bolena - Scena e Aria Finale "Piangete voi?... Al dolce guidami... Coppia iniqua"


Tudo menos fácil, é o mínimo que se pode dizer neste programa. De Rossini, a cantora interpretou duas cavatinas que, obrigam a um legatto e controlo respiratório tremendos. Poderia ter interpretado uma ou duas cabalettas, mas para Mariella Devia não há que evitar dificuldades!

Mas foi com Bellini e Donizetti que a cantora demonstrou todas as sua capacidades vocais e interpretativas. "Oh! Quante volte, oh quante" e "Casta Diva" foram interpretadas de forma sublime, com um legatto perfeito, uns pianíssimos sublimes e uns agudos belíssimos. Penso que em 2012 a cantora se estreará no papel de Norma e, a avaliar pela sua interpretação de Casta Diva, este será mais um dos papeis de sucesso da sua longa carreira.

Para terminar o programa, Mariella Devia, apresenta a cena final da ópera Anna Bolena de Donizetti. Quem conhece esta ópera, sabe que esta cena é muito longa e de estrema dificuldade interpretativa. Inicia-se com um recitativo, "Piangete voi", durante o qual a voz fica várias vezes exposta sem qualquer acompanhamento orquestral e cuja intensidade vai de uma serenidade quase absoluta a uma agitação tremenda. Segue-se uma dificílima cavatina, com frases muito longas, sem qualquer possibilidade de respirações intermédias, sob risco de se perder completamente a linha melódica. Por fim, a cabaletta "Coppia iniqua" que exige uma agilidade e um controlo respiratório tremendos.
A cantora interpretou esta cena, como se nada fosse difícil. O legatto foi perfeito, as respirações quase imperceptíveis e nos locais certos (às vezes parece-me que tem 3 pulmões) e as passagens de coloratura sem qualquer falha. Para terminar o público é brindado no final da cabaletta com um mi bemol sobreagudo em fortíssimo que deixou a sala aos gritos!

Como extras, Devia interpretou de Pucini, Quando me'n vo" de "La Bohéme" e repetiu a cavatina "Pangete voi".

Inesquecível este concerto. Ficará certamente na minha memória como um dos melhores concertos a que já assisti.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ewa Podles - Mahler

O contralto Ewa Podles interpreta "Urlicht" de Gustav Mahler, deixando-me sem palavras...

domingo, 2 de setembro de 2012

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cabalettas (II)

Continuo hoje com o tema das "Cabalettas", desta vez com as de Donizetti.

Desfrutem!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cabalettas (I)

O termo "Cabaletta" é usado na ópera para identificar a segunda parte de uma ária, caracterizada por ter mais ritmo e extremar emoções ou sentimentos.

A "Cabaletta" foi muito explorada pelos compositores do Bel canto italiano (Rossini, Donizetti e Bellini), mas aparece também em variadas óperas de Verdi.

Geralmente a "Cabaletta" é repetida sendo que na repetição é costume os cantores introduzirem variações que evidenciam as suas capacidades vocais.

Deixo-vos alguns vídeos com "Cabalettas" de óperas de Rossini, interpretadas por várias cantoras (mais tarde virão as de Donizetti e Bellini).


terça-feira, 6 de março de 2012

ROF 2012 (Rossini Opera Festival) - Desabafo

Um sonho por concretizar: uma ida ao Festival Rossini em Pésaro (Itália), onde em três ou quatro dias do mês de Agosto se consegue assistir a várias récitas de óperas pouco apresentadas, deste que é um dos meus compositores favoritos (e ainda se pode ir à praia).

Recebo o programa para este ano. "Flórez, Ewa Podles, Daniela Barcelona? Uau!, pensei.

Abro sítio da easyJet: Funchal - Lisboa - Roma - Lisboa - Funchal, preço em conta!

Entusiasmo-me...

Abro agora o sítio da Trenitalia: Roma - Pesaro - Roma, um pouco caro, quando comparado com o preço dos voos... mas...

O entusiasmo continua...

Vejamos agora hotéis no Booking: quatro noites em Pésaro, mais uma noite em Roma... hum, um pouco caro, mas...

O entusiasmo relativiza-se.

Preços das récitas: mais ou menos em conta...


Somatório das partes: "O quê? Deves estar doido! Até parece que vais ter subsídio de férias".


Fechei todas as janelas do browser e voltei a "enterrar-me" no trabalho!

(Atenção, este "post" deverá ser considerado um desabafo da minha parte e não uma provocação ou  um lamento. No meio de tanto desemprego e tanta precariedade, ainda me considero razoavelmente remediado).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Giuseppe Verdi e Joan Sutherland / Giuseppe Verdi and Joan Sutherland

Faz hoje 183 anos que nasceu Giuseppe Verdi, e passa um ano da morte de Joan Sutherland. Deixo-vos, como homenagem, dois vídeos com uma Traviata de Sutherland (Tóquio 1975).

Guiseppe Verdi was born 183 years ago and Joan Sutherland passed away one year ago. To remember both, here are two videos with a complete Traviata with Joan Sutherland (Tokyo 1975).




Violetta................Joan Sutherland
Alfredo.................John Alexander
Germont.................Robert Merrill
Flora...................Jean Kraft
Gastone.................Douglas Ahlstedt
Baron Douphol...........Arthur Thompson
Marquis D'Obigny........Gene Boucher
Dr. Grenvil.............Edmond Karlsrud
Annina..................Constance Webber
Giuseppe................Lou Marcella
Gardener................Peter Sliker
Dance...................Patricia Heyes
Dance...................Ivan Allen
Dance...................Jeremy Ives

Conductor...............Richard Bonynge

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mariella Devia interpreta Marcos Portugal

Mariella Devia interpreta a ária Son regina son guerriera da ópera La Morte di Semiramide do compositor português Marcos Portugal (a quem os italianos chamam Portugallo).

A ária foi incluída num recital da cantora que ocorreu em Pesaro em 1996.


sábado, 27 de novembro de 2010

Vivaldi - Ercole sul Termodonte

Já sabia há algum tempo que a EMI Classics ia lançar um CD com árias de Vivaldi interpretadas por vários cantores.

A própria editora disponibilizou no YouTube o vídeo que se segue, e que confirma o que eu já previa. Desculpem a linguagem, mas não consigo deixar de dizer: Que raio está a fazer o Villazón neste álbum?

O cantor parece teimar em interpretar reportório que não é nem nunca será o seu. Curiosamente os comentários ao vídeo são-lhe bastante elogiosos.

De qualquer forma, DiDonato está muito bem, como sempre, e Genaux está excelente. Não vou, no entanto, colocar este trabalho na minha lista de compras.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Stabat Mater de Rossini (Antonio Pappano)


Antonio Pappano dirige a Academia di Santa Cecilia nesta nova gravação do Stabat Mater de Rossini com, o que o maestro intitula, uma "Equipa de Sonho", referindo-se a Anna Netrebko, Joyce DiDonato, Lawrence Brownlee e Ildebrando D'Arcangelo.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vincenzo Bellini

Vincenzo Bellini nasceu em Catânia (Itália) no dia 3 de Novembro de 1801. Já falei bastante do compositor aqui no Outras Escritas, pelo que hoje, deixo-me de palavras e apresento-vos duas das mais bela melodias alguma vez compostas (na minha opinião claro).

As árias, ambas para soprano, evidenciam a linha melódica de Bellini, bela e simples mas de extrema dificuldade interpretativa.

A primeira ária é a Casta Diva da ópera Norma, interpretada por Joan Sutherland em 1960 (muito nova, portanto) e a segunda uma ária menos conhecida da ópera Il Pirata, Col sorriso dinnocenza, inpterpretada por Montserrat Caballé em 1966.



sábado, 30 de outubro de 2010

Ópera "O Salto" esteia hoje no Funchal

Estreia hoje no Teatro Baltazar Dias no Funchal, a ópera "O Salto" composta por Jorge Salgueiro e com libretto de Miguel Esteves Cardoso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

coloraturafan

O coloraturafan era, porventura, o utilizador do YouTube com o maior número de vídeos de ópera carregados. Como grande amante desta arte, o utilizador não se limitava a disponibilizar os vídeos, incluindo neles, a maioria das vezes informação relevante sobre as obras, os compositores e os interpretes.

No Outras Escritas existem inúmeros posts com vídeos do coloraturafan, que hoje deixaram de estar disponíveis. O YouTube resolveu fechar definitivamente a conta do utilizador por violação de copyrights.

Não pondo em questão os direitos, sou obrigado a reconhecer que esta é uma perda enorme para os amantes de ópera que, como eu, não têm possibilidades de ver muitos espectáculos ao vivo. Gostaria de ver o que aconteceria ao YouTube se fossem retirados todos os vídeos que violam copyrights.

Penso que o mundo da ópera fica assim mais pobre!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Atenas


Hoje lembrei-me de Atenas... uma cidade fascinante, com um casario branco a perder de vista.







Fotografia de minha autoria, captada na acrópole.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Casta Diva

Falei há dias da ópera Norma de Vincenzo Bellini, como sendo uma das de mais difícil interpretação para o soprano.

Mencionei que, na minha opinião, apenas três sopranos conseguiram interpretar magistralmente o papel de Norma: Maria Callas, Joan Sutherland e Montserrat Caballé.

Fiz uma pesquisa no YouTube e encontrei várias interpretações de cada um dos sopranos. Constatei que, mesmo a Callas, a Sutherland e a Caballé tem algumas interpretações da cavatina "Casta Diva" que deixam um pouco a desejar, o que comprova o grau de dificuldade extremo.

Seleccionei as interpretações que considero melhores.

Aqui ficam.






sexta-feira, 2 de julho de 2010

Faz anos hoje - Christoph Willibald Gluck

Christoph Willibald Gluck nasceu no dia 2 de Julho de 1714.

Da Infopédia:

Compositor clássico alemão, que nasceu em 1714, em Erasbach, na Baviera, Alemanha, e morreu em 1787, em Viena, Áustria. Ficou conhecido pelas óperas que compôs, nomeadamente Orfeo ed Eurydice (1762), Alceste (1767), Paride ed Elena (1770), Iphigénie en Aulide (1774), a versão francesa de Orfeo (1774) e Iphigéne en Tauride (1779). Gluck iniciou os seus estudos musicais num colégio jesuíta de Komotau, onde aprendeu canto, piano, órgão e violino. Em 1731 partiu para Praga, onde tocou em várias igrejas, ingressou na universidade e continuou a estudar música. Em 1735 viajou para Viena, onde conheceu um nobre que o levou para Milão. Aí estudou composição com o organista e compositor Giovanni Battista Sammartini, aprendendo o novo estilo italiano da música instrumental. Em 1741, no Teatro Ducal, em Milão, Gluck obteve um enorme sucesso com a sua primeira ópera Artaserse. Até 1745, no mesmo teatro, sucederam-se várias óperas anuais: Demofoonte (1742), ArsaceSofonisba (1744) e Ippolito (1745). Na mesma altura, Gluck compôs Cleonice (Demetrio)La Finta Schiava a Pasticcio (1744), para Veneza; Il Tigrane (1743), para Crema; e Poro (1744), para Turim. Com estes primeiros trabalhos, Gluck tornou-se num importante compositor dramático. Em 1745, viajou para Londres a convite do Lord Middlesex e, um ano depois, a sua ópera La Caduta de' Giganti foi representada. Nesse ano, subiu ao palco Artamene, a segunda ópera escrita em Londres. Nenhuma das duas composições teve sucesso. Nesse ano Gluck e Haendel deram um concerto juntos no Teatro de Haymarket, com trabalhos de Gluck e um concerto para órgão de Haendel. Depois de Londres, Gluck visitou Paris e tomou contacto com a ópera de Rameau, cujo dramatismo o levou a alterar a sua concepção de teatro musical. De regresso a Viena, aprofundou a estética musical e estudou a língua e a literatura de vários países, o que o levou a conviver com a sociedade culta. Nesse círculo conheceu o Duque de Lafões, D. João de Bragança, a quem dedicou a ópera Paride ed Elena. Algum tempo depois, viajou para Praga, onde compôs Ezio (1750) e Issipile (1751-53). Em 1755, a ópera-serenata La Danza foi representada no Castelo Imperial de Viena e, no mesmo ano, compôs L'Innocenza Giustificata. A partir de 1758, Gluck tornou-se mais independente e compôs La Fausse Esclave, L'Île de Merlin (1758), La Cythère Assiégée (1759), L'Ivrogne Corrigé (1760) e Le Cadi Dupé (1761). Alguns anos depois compôs peças para bailados dramáticos, como Semiramide e Iphigénie (1765) e Achille (1770). Em 1772, foi representada a ópera Iphigénie en Aulide, na Ópera de Paris. Dois anos depois, a sua ópera Orfeo alcançou um enorme sucesso. Gluck passou os últimos oito anos da sua vida em Viena, compondo Klopstocks Oden und Lieder e Echo et Narcisse. Nessa altura, com a colaboração do poeta J.B. von Alxinger, compôs a versão alemã de Iphigénie en Tauride. Em 1781 sofreu uma apoplexia, que o paralisou parcialmente. Em 1787 morreu e, dois dias depois, foi sepultado no cemitério principal de Viena Ainda hoje, Gluck é visto como um dos maiores reformistas da ópera, quebrando algumas regras de composição da sua época e introduzindo novos elementos. Foi por isso considerado um iconoclasta, talvez injustamente, e não teve, em vida, o reconhecimento que merecia pelo seu trabalho. Contudo, gradualmente, as suas concepções foram sendo assimiladas. Autores como Piccinini, primeiro, e Cherubini, depois, inspiraram-se nas fórmulas de Gluck para compor. A maior vitória de Gluck foi conseguida pela longevidade da sua música, pela influência e pelo legado que deixou, traduzido na perfeição pela sua obra mais emblemática, Orfeo ed Euridice.

Christoph Willibald Gluck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-07-02]

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Curiosidade (resposta)

Ontem coloquei aqui no Outras Escritas, um vídeo com a interpretação da ária Cessa di più resistere da ópera O Barbeiro de Sevilha de Rossini, perguntando o que havia de invulgar no vídeo.

Embora não houvesse repostas, aqui fica o esclarecimento. A ária em questão foi escrita por Rossini para o tenor(Lindoro). No entanto para uma versão da ópera apresentada em Pádua, o compositor adaptou a ária para ser interpretada pelo mezzo-soprano (Rosina).

Aqui ficam duas interpretações. A primeira pelo mezzo-soprano Concetta D'Alessandro e a segunda pelo tenor Rockwell Blake.