terça-feira, 20 de julho de 2010
Madrid e os grandes pintores espanhóis
domingo, 6 de junho de 2010
Faz anos hoje - Diego Velásquez

Da Infopédia:
Diego Rodriguez de Silva y Velásquez nasceu em 1599, em Sevilha. Recebeu uma educação esmerada e estudou arte com Francisco Pacheco. Um dos primeiros trabalhos, Adoração dos Reis Magos (1619), revela a influência de Caravaggio na utilização da luz e da sombra como forma de dar volume às figuras mas possuía já uma atmosfera muito pessoal. Pintou um retrato de Filipe IV que lhe valeu ser contratado em 1623 para o serviço do rei. Estabeleceu-se em Madrid, revelando no seu estilo um minucioso estudo da natureza e do real. Aperfeiçoou-se executando inúmeros retratos da corte e quadros históricos. As visitas de Rubens despertaram nele o desejo de conhecer a Itália e conseguiu ser enviado em missão oficial a todas as províncias italianas, comprando obras de arte para a coroa espanhola e tomando conhecimento do trabalho dos melhores artistas. Encontrou-se com Ribera em Nápoles e estudou particularmente os frescos de Michelangelo Buonarroti e de Rafael e a cor e a luz em Tintoretto e Paolo Veronese. Ao voltar de viagem, executou trabalhos religiosos e profanos, assim como retratos equestres do rei e do infante. Sucederam-se as obras-primas A Rendição de Breda (1634), Vénus ao Espelho, Cavalo Branco, os retratos de bobos da corte e as efígies de Esopo e de Menippe. Executou em Roma o retrato do Papa Inocêncio X que irá, séculos mais tarde, tornar-se uma obsessão na obra de Francis Bacon. Depois desta segunda viagem a Itália retratou Filipe IV, a rainha Maria Ana, a infanta Margarida e pintou ainda a célebre obra-prima As Meninas (1656), de que se encontram referências na obra de Goya, dos impressionistas, de Picasso, e de Dalí, entre outros. Veio a morrer em Madrid a 6 de Agosto de 1660. Foi considerado o maior pintor espanhol e um dos precursores da arte moderna.
Diego Velásquez. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-06-06]
sábado, 8 de maio de 2010
Faz anos hoje - Miguel Ângelo Lupi

Da Infopédia:
Miguel Ângelo Lupi. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-05-08]
sábado, 6 de março de 2010
Faz anos hoje - Michelangelo Buonarroti

Da Infopédia:
Escultor, pintor, arquitecto e poeta, Michelangelo Buonarroti, conhecido também por Miguel Ângelo, nasceu em 1475 e iniciou-se na pintura aos 13 anos, como aprendiz de Ghirlandaio, fazendo-se notar pela firmeza e força do seu traço. Trabalhou depois numa oficina de escultura patrocinada por Lourenço de Medicis, vindo a frequentar a sua casa e o círculo intelectual de que se fazia rodear. A sua estadia em Roma, de 1496 a 1501, é essencialmente marcada pela primeira obra-prima, Pietà (1500?), um dos trabalhos mais acabados do artista. Em 1501 regressa a Florença onde, na primavera desse ano, é já acolhido como artista consagrado. Nessa data inicia um dos seus mais famosos trabalhos a estátua de David, que termina em 1504. Outras obras terminadas durante a sua estadia em Florença são a Virgem de Bruges (1506) e A Sagrada Família. O papa Júlio II reclama os serviços do escultor para Roma em 1505, mas é o pintor que durante três anos de trabalho intenso vai decorar os tectos da Capela Sistina. O pintor, mas igualmente o arquitecto, que adopta uma nova estrutura para a organização de toda a obra. A força das figuras vem de uma eficaz utilização das sombras e da cor que emprestam a todo o conjunto uma solene simplicidade eminentemente clássica. Esta obra exprime exemplarmente as tendências neoplatónicas de que se tinha impregnado na corte dos Medicis. O tecto é terminado em 1512 e a reputação de Michelangelo estava confirmada. Era considerado o maior artista desde a época clássica. Voltou depois ao projecto, iniciado anteriormente, do túmulo de Júlio II, que nunca chegou a ser realizado tal como tinha sido concebido. Para esse projecto executou Moisés e os Escravos. O papa Leão X encomendou-lhe o modelo de uma nova fachada para a Igreja de S. Lourenço de Florença, que não foi possível levar até ao fim. De 1536 a 1541, de novo em Roma, executou o fresco O Juízo Final, um trabalho que se distingue dos frescos anteriores pelo tom geral de pessimismo e de angústia que vai caracterizar igualmente os trabalhos da Capela Paulina. Muito provavelmente trabalhava na estátua Pietà Rondanini antes de falecer, com oitenta anos, em 1564. Esta obra, complexa na expressão dos sentimentos, atinge quase a abstracção, do ponto de vista formal. O estilo de Michelangelo influenciou grandemente as gerações posteriores de artistas italianos. A sua celebridade está patente no facto de, ainda em vida, ter sido objecto de duas biografias.
Michelangelo Buonarroti. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-03-06]
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Faz anos hoje - Henri Toulouse-Lautrec

Da Infopédia:
Pintor francês, descendente de uma família aristocrática, Toulouse-Lautrec nasceu em 1864, em Albi. Foi aluno de Léon Bonnat, em Paris. O seu estilo era académico, mas veio mais tarde a integrar o espírito da gravura japonesa e da obra de Edgar Degas. A vida de Montmartre tornou-se o tema principal dos seus quadros. A mestria do desenho permitia-lhe um traço firme e muitas vezes desencantado, fruto da lúcida observação dos seus contemporâneos. Frequentador assíduo do Moulin Rouge, utilizou-o para cenário de muitos quadros e litografias. As personagens que habitavam a noite tornaram-se os seus modelos preferidos: La Goulue e Valentin-le-Désossé, Jane Avril e a cantora Yvette Guilbert. Durante uma viagem a Londres conheceu Oscar Wilde e Aubrey Beardsley. O seu estilo passa a assumir alguns dos aspectos da Arte Nova, nas formas curvilíneas e na composição. Explorou igualmente as artes gráficas, produzindo cartazes e inúmeros desenhos sobre a vida de Montmartre. Enfraquecido por uma vida de excessos, veio a falecer a 9 de Setembro de 1901.
Henri de Toulouse-Lautrec. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-24]
sábado, 29 de agosto de 2009
Faz anos hoje - Aleijadinho

Da Infopédia:
Arquitecto, escultor e entalhador brasileiro, António Francisco Lisboa, "O Aleijadinho", nasceu em 1730, em Vila Rica (actualmente Ouro Preto), Minas Gerais, no Brasil, filho de Manuel Francisco Lisboa, arquitecto português, e de uma escrava africana de nome Izabel. A sua formação artística e profissional deve-se a seu pai, ao contacto com a oficina de um tio entalhador, António Francisco Pombal, e ao escultor e entalhador José Coelho de Noronha. Ficou conhecido como o Aleijadinho devido a uma doença grave que sofreu em 1777, que o deformou fisicamente, tendo passado a andar de joelhos e a trabalhar com os instrumentos de esculpir amarrados aos punhos, ajudado pelos seus escravos. Apesar da sua doença só deixou de trabalhar muitos anos mais tarde, quando a cegueira o afectou nos últimos dois anos de vida. Não só a doença mas também as circunstâncias históricas e sociais, os preconceitos de classe, de raça e de nacionalidade provocaram no seu relacionamento com a sociedade uma instabilidade e irritabilidade recíprocas que se manifestam no seu trabalho. A sua obra, de matriz barroca, elabora uma síntese das referências europeias com a cultura afro-brasileira, revelando um aprofundamento da apropriação regional do "modelo", conferindo-lhe uma identidade própria de grande qualidade em qualquer uma das áreas em que se evidenciou. Algumas das suas principais obras são: Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto (1766-1792); modificação do frontispício da Igreja do Morro Grande (1763); Igreja do Carmo de Sabará e frontispício da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Ouro Preto (1770-1771); Capela dos Terceiros Franciscanos (1774) e frontispício da Igreja de São Francisco de Assis (1795-1800), São João Del-Rei. A sua obra mais conhecida é o Adro dos Profetas de Congonhas do Campo, Minas Gerais, realizada entre 1800 e 1805. Faleceu a 14 de Novembro de 1814, muito pobre. A sua certidão de óbito refere que morreu com 76 anos, o que põe em causa a data de nascimento conhecida. A ser como esta dita, o ano correcto de nascimento seria antes 1738.
Aleijadinho. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-08-29]
domingo, 19 de julho de 2009
Faz anos hoje - Edgar Degas
Da Infopédia:
Pintor francês, nascido em 1834 e falecido em 1917, ligado à geração do Impressionismo, mas que dificilmente pode ser considerado um verdadeiro impressionista. Assimilou a lição das obras dos velhos mestres, nas viagens por Itália, e conservou a admiração por Ingres, no traço e no estilo linear. Degas apreciava tudo o que era fora do comum. Chocava por uma paleta discordante, nos dizeres do público da época, em que era capaz de colocar lado a lado um violeta intenso e um verde ácido. A escolha dos temas era frequentemente pouco convencional. Influenciado pela estética naturalista, retratou a vida parisiense, nos seus vícios, como em O Absinto (1876-77), e costumes. A frequência da vida nocturna de Paris, e principalmente da Ópera, levou-o a multiplicar os ângulos de visão e os enquadramentos insólitos, que mais tarde o cinema e a fotografia iriam banalizar. Em A Bailarina (1876), Degas exprime a beleza fugidia da dança, e neste aspecto pode considerar-se que está a ser "impressionista". Embora a bailarina se encontre completamente à direita, a composição é assimetricamente equilibrada pela mancha escura do que será o chefe do corpo de baile. Tradicionalmente, a arte ocidental respeita a unidade de composição. As formas surgem ligadas a outras formas, criando um movimento ou um conjunto de linhas no espaço. A arte oriental, pelo contrário, baseia essa relação no acentuar de certos grafismos ou cores e levando em linha de conta o espaço "entre", o vazio. Degas não deixou de tomar conhecimento da exposição de gravuras japonesas realizada em Paris em 1860, assimilando o delicado traço das composições. Os objectos deixam de ser olhados como objectos em si, a retratar fielmente, mas são representados pelas qualidades pictóricas que podem emprestar ao conjunto do quadro. Nas numerosas versões de Depois do Banho, é desenvolvido o tema de mulheres fazendo a toilette. O pintor experimenta vários processos técnicos: a aguarela, o pastel, a água-forte, a litografia, o monotipo. Nos últimos anos, devido às dificuldades de visão, trabalhou quase exclusivamente com cera, pastel e barro. A sua paleta ganhou mais força e luminosidade, enquanto as formas se simplificaram.
Edgar Degas. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-19]
terça-feira, 14 de julho de 2009
Faz anos hoje - Gustav Klimt

Da Infopédia:
Artista austríaco, Gustav Klimt nasceu a 14 de Julho de 1862, em Baumgarten, próximo de Viena, e morreu a 6 de Fevereiro de 1918, em Viena, vítima de apoplexia. Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Viena entre 1876 e 1883. Nesse mesmo ano fundou, juntamente com o irmão Ernst Klimt e com Franz Matsche, um atelier de pintura, especializando-se na execução de murais, pinturas para tectos ou para cenários. O seu trabalho inicial consistiu essencialmente em grandes murais para teatros, num estilo naturalista, de entre os quais se destacam o tecto do Burgtheater de Viena (1886-1888) e as pinturas da escadaria do Museu de História de Arte, também em Viena (1890-1892). Neste trabalho, Klimt procurou fazer uma síntese da história da arte, pintando cada personagem num estilo diferente, conforme ao período que encarnava. A partir de 1894 executou grandes pinturas alegóricas para o tecto da Sala Magna da Universidade de Viena, enveredando por uma linguagem mais ornamental e linear, próxima dos ideais estéticos do movimento da Arte Nova. Estes trabalhos, "A Filosofia", "A Medicina" e "O Direito", foram tão fortemente criticados pelas correntes mais tradicionalistas, que se abandonou a intenção de os colocar nos locais previstos. Confrontado com esta hostil reacção crítica do público, Klimt retirou-se da vida pública. Em 1897, Klimt foi um dos membros fundadores do grupo da Secessão de Viena(um movimento de reacção contra o conservadorismo académico burguês), tornando-se seu presidente até 1905, ano em que abandonou o movimento para formar o Grupo Klimt. Nesta altura colaborava no periódico Ver Sacrum, para o qual realizou um conjunto de ilustrações de carácter alegórico. A partir de 1898, o seu trabalho tornou-se mais original e inovador, ganhando um carácter simultaneamente mais simbólico e decorativo. Em 1902 executa, para a sede da Secessão, um edifício projectado por Olbrich, o Friso de Beethoven, uma grande pintura mural, cuja influência sobre as gerações mais jovens foi considerável. Este friso foi, tal como a 9.ª Sinfonia de Beethoven, realizado em três fases, dividindo-se em "Aspiração à Felicidade", "As Forças Inimigas" e "Hino à Alegria". Os seus trabalhos mais famosos, datados do último período artístico do pintor, foram O retrato de Fritza Riedler (1906) e os murais e mosaicos realizados para o Palácio Stoclet (1905-1909) em Bruxelas, uma grande casa desenhada pelo arquitecto austríaco Joseph Hoffmann, também ele membro da Secessão Vienense. Nas suas pinturas, Klimt revelou a tendência para eliminar o efeito de profundidade e de volume, transformando as figuras num conjunto de superfícies decorativas, com carácter abstracto, de onde se destacavam os pormenores figurativos das mãos e dos rostos. Neste período, Klimt colabora com muitos dos artistas dos Wiener Werstätten (ateliers vienenses), fundados em 1902 por Hoffmann, realizando aí inúmeros trabalhos de artes aplicadas. Apesar de ser contestado no seu país natal até 1917 (ano em que foi eleito membro de honra da Academia de Viena), em 1910 a sua obra foi alvo de uma recepção entusiástica na Bienal de Veneza. Pintou essencialmente a mulher feminina e fatal, enfatizando a sexualidade, nomeadamente através da representação das senhoras da sociedade de Viena. Os seus quadros compõem-se de mosaicos, cores quentes, motivos florais e animalescos e, claro, de mulheres sensuais de corpos desnudados. As suas obras pictóricas mais conhecidas são O Beijo, uma pintura a óleo sobre tela datada de 1907-1908, onde o artista pinta um par romântico ornado por uma composição de mosaicos e elementos vegetalistas; e o Abraço, um projecto para a decoração da casa Stoclet, concebido entre 1905 e 1909. A pintura de Klimt, um dos mais importantes pintores vienenses de inícios do século, teve significativas repercussões na obra de alguns artistas do movimento expressionista, tais como o alemão Egon Schiele e o austríaco Oskar Kokoschka.
Gustav Klimt. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-14]
domingo, 7 de junho de 2009
Paul Gauguin

Da Infopédia:
Pintor francês pós-impressionista, nasceu a 7 de Junho de 1848, em Paris, e morreu em 1903, nas Ilhas Marquesas. Depois de ter sido marinheiro e empregado bancário, decidiu enveredar pela pintura, ao conhecer Camille Pissarro e o trabalho dos impressionistas. Em constante revolta contra os artifícios e os convencionalismos da época, encetou um retorno às origens em Taiti. A Bretanha constitui contudo o primeiro passo no seu percurso artístico. Libertando-se do Impressionismo, em O Cristo Amarelo (1889) utiliza cores lisas delimitadas por contornos, processo que se assemelha à arte do vitral medieval, e que vai aperfeiçoar naquilo a que se chamou o "cloisonnisme". Em Manao Tupapau (1892), já no Taiti, as prioridades do espaço pictural prevalecem sobre a realidade, as proporções das figuras são deformadas, a perspectiva alterada, as cores são intensas e profundas, mas nunca agressivas. Em A Lua e a Terra (1893) expressa os seus sentimentos sobre a cultura maori. Com O Cavalo Branco (1898) o seu estilo conserva-se essencialmente o mesmo, mas torna-se mais poderoso. A sua obra-prima é a alegoria Donde Vimos? Que Somos? Para Onde Vamos? (1897) uma espécie de testamento mágico-religioso executado antes de uma tentativa de suicídio. A sua arte influenciou directamente os nabis, o Fauvismo, o Simbolismo e mesmo o Expressionismo de Edvard Munch.
Paul Gauguin. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-06-07]
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Henri Rousseau

Da Infopédia:
Pintor francês, nascido em 1844 e falecido em 1910, que é considerado o expoente da arte naïf . Conhecido por Le Douanier (o que significa: o empregado da alfândega), Rousseau pintava apenas nas horas vagas, pois nunca se dedicou profissionalmente à sua vocação artística. As suas pinturas retratam sobretudo cenas dos subúrbios e paisagens fortemente coloridas.
Henri Rousseau. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-21]
domingo, 3 de maio de 2009
Outrso Blogues (XX) - Urban Sketchers

Neste blogue, um vasto conjunto de pintores/desenhadores (Sketchers) apresentam os seus trabalhos do dia a dia.
Embora os desenhos sejam dos mais variados tipos, o ambiente casual urbano é uma constante no blogue.
Garanto-vos que se encontram verdadeiras obras primas.
Estou a escrever este "post" e a lembrar-me de uma situação que ocorreu comigo numa viagem de comboio. Reparei numa rapariga que me olhava e que desenhava num caderno. Tive oportunidade de dar uma vista de olhos no resultado e reparei que me tinha desenhado sem cara. Não disse nada, mas gostei de ter sido o modelo...
terça-feira, 28 de abril de 2009
José Malhoa

Da Infopédia:
Pintor português, nascido em 1855, nas Caldas da Rainha, José Malhoa frequentou a Academia de Belas Artes, sendo discípulo de Lupi e Anunciação. Assumiu integralmente a pintura em 1881, após o sucesso do quadro Seara Invadida. Imprimiu uma certa crueza à tradição romântica de que fora herdeiro, pintando o quotidiano do homem do campo, impregnado de sentimentalismo cristão e de um pitoresco paganismo, ou ainda o meio popular dos fadistas. Os Bêbados (1907) e O Fado (1910) figuram entre as suas obras mais conhecidas. Por último, representou o Outono (1918) com uma sensibilidade já impressionista. O prestígio atingido ainda em vida valeu a José Malhoa numerosas consagrações e homenagens, assim como muitos discípulos e seguidores. Veio a falecer em Figueiró dos Vinhos em 1933.
José Malhoa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-28]
terça-feira, 7 de abril de 2009
Almada-Negreiros

Da Infopédia:
Artista e escritor polifacetado, José de Almada-Negreiros nasceu a 7 de Abril de 1893, em S. Tomé e Príncipe, e morreu a 15 de Junho de 1970, em Lisboa. "Pela sua obra plástica, que o classifica entre os primeiros valores da pintura moderna; pela sua obra literária, que vibra de uma igual e poderosa originalidade; pela sua acção pessoal através de artigos e conferências - Almada-Negreiros, pintor, desenhador, vitralista, poeta, romancista, ensaísta, crítico de arte, conferencista, dramaturgo, foi, pode dizer-se que desde 1910, uma das mais notáveis figuras da cultura portuguesa e uma das que mais decisivamente contribuíram para a criação, prestígio e triunfo de uma mentalidade moderna entre nós". Assim apresenta Jorge de Sena, no primeiro volume das Líricas Portuguesas, o homem que, com Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, mais marcou plástica e literariamente a evolução da cultura contemporânea portuguesa Órfão desde tenra idade, viajou para Lisboa com sete anos para casa de uma tia materna. Frequentou os estudos primários e liceais em Lisboa, no Colégio Jesuítico de Campolide, Liceu de Coimbra e Escola Nacional de Lisboa. Entre 1919 e 1920, seguiu estudos de pintura em Paris, aí trabalhando como bailarino de cabaré e empregado numa fábrica de velas, redigindo na capital francesa muitos dos textos e grafismos que viriam a ser célebres, como o "auto-retrato". Viveu entre 1927 e 1932 em Espanha, onde realizou várias encomendas para particulares e públicos. Embora já tivesse colaborado com textos e grafismos em algumas publicações, como Portugal Artístico ou Ilustração Portuguesa, e tivesse participado com êxito no 1.º Salão do Grupo dos Humoristas Portugueses, é a sua colaboração no número 1 de Orpheu, em 1915, onde publica o texto ainda incompletamente revelador Frizos (A Cena do Ódio, destinada a Orpheu 3, só viria a ser publicada em Contemporânea), que lhe dará a base de lançamento para uma postura iconoclasta (o Manifesto Anti-Dantas, apresentado no mesmo ano, é modelar neste ataque generalizado a uma intelectualidade convencional, burguesa e passadista), tornando-se um dos principais representantes da vertente vanguardista do movimento modernista. Em 1917, participa no projecto Portugal Futurista, publicando nesse órgão do "Comité Futurista de Lisboa", que co-fundara, no mesmo ano, com Santa-Rita, o Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX, texto que já tinha sido objecto de performance pública, e os os textos simultaneístas Mima Fatáxa e Saltimbancos. Desenvolve paralelamente uma intensa actividade artística, tendo colaborado, com grafismos e com criação literária, em várias publicações, como Diário de Lisboa, Athena, Presença, Revista Portuguesa, Cadernos de Poesia, Panorama, Atlântico, Seara Nova e tendo fundado outras, como os "Cadernos de Almada-Negreiros", SW, onde, em 1935, no primeiro número, tenta equacionar, com o máximo de clareza, as relações entre civilização e cultura, entre arte e política, entre indivíduo e colectividade, aí vindo também a publicar um dos seus vários textos dramáticos, SOS, que, com Deseja-se Mulher, deveria integrar o projecto, originalmente escrito em castelhano, Tragédia da Unidade. Uma análise da obra de Almada-Negreiros não pode deixar de considerar a complementaridade que nela assumem as várias formas de expressão artística, nem de verificar que, independentemente do suporte escolhido (argumento e coreografia de bailados, exposições, happening, produções publicitárias, cinema, jornais manuscritos, telas, frescos, mosaicos, vitrais, painéis de azulejos, palestras radiofónicas, cenários e figurinos, cartões de tapeçaria, etc.), toda a realização artística de Almada se distingue por certos traços comuns, não necessariamente antitéticos, como a graciosidade e a irreverência, a ingenuidade e a inteligência, o populismo e o esteticismo, a abstracção e o concreto. Na tentativa de encontrar a arte poética subjacente à sua actividade exclusivamente literária, Celina Silva considera que a "performance constitui o universal maior de toda a produção" de Almada-Negreiros: "evidenciando-se no literário através da adopção de uma concepção do verbal que é encarada enquanto acção", essa performance verbal que "tanto é típica da postura vanguardista quanto se revela reinstauração do verbal nos seus primórdios [...] implica um exercício da palavra-acção radicada numa postura geradora de uma ficção do eu", ao mesmo tempo que "A espontaneidade e o cunho comunicativo radicam numa ambição totalizante, eivada de optimismo e euforia, que, pela abrangência de que se reveste, aponta para um projecto de alargada recepção, embora projectado por uma elite" (cf. SILVA, Celina - A Busca de Uma Poética da Ingenuidade ou a (Re)Invenção da Utopia (Reflexão Sistematizante acerca da Produção Literária de José de Almada-Negreiros, Porto, Faculdade de Letras, 1992, pp. XIII, XIV). A "poética da ingenuidade" explanada por Celina Silva, anulando qualquer descontinuidade entre a forma linguística do poema, do drama, do texto de intervenção, e a expressão do ensaio, da teoria poética ou filosófica, encontraria numa "sofistificação da simplicidade" (cf. Sena, Jorge de in Obras Completas de Almada Negreiros, vol. I, Lisboa, INCM, 1985, p. 17) o equilíbrio entre poesia e conhecimento, num autor para quem "A Poesia "conhece" e não "sabe" (Prefácio ao Livro de Qualquer Poeta).
Almada-Negreiros. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-07]
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Rafael Sanzio (Raffaello)

Da Wikipédia:
Rafael, em italiano Raffaello Sanzio, (Urbino, 6 de abril de 1483 — Roma, 6 de abril de 1520) foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade de suas obras. Também é conhecido por Raffaello Sanzio, Raffaello Santi, Raffaello de Urbino ou Rafael Sanzio de Urbino.
Biografia
A sua biografia foi notável. Rafael era filho de Giovanni Santi, poeta (escreveu uma Crônica famosa em rima) e também pintor para a corte de Mântua. Quando o nascimento de Rafael, ele dirigia um famoso estúdio em Urbino. Giovanni ensinou seu filho a pintar e o introduziu à corte humanista de Urbino, que, ao final do século XV, havia se tornado um dos mais ativos centros culturais da Itália, sob a regência de Federico da Montefeltro, falecido sete meses antes do nascimento de Rafael. Lá, Rafael pode conhecer os trabalhos de Paolo Uccello, Luca Signorelli, e Melozzo de Forlì. Precoce, aos dezessete anos (em 1500) Rafael já era considerado um mestre.
De acordo com Giorgio Vasari, Rafael foi levado pelo pai aos onze anos para ser aprendiz de Pietro Perugino, em Perúgia, mas esta informação é discutida por algumas autoridades no assunto. É de consenso geral que Rafael estava na Úmbria a partir de 1492, ano de falecimento de seu pai.
Trabalhos
O primeiro trabalho registrado de Rafael foi um altar para a Igreja de San Nicola da Tolentino na cidade de Castello, entre Perúgia e Urbino. A peça foi encomendada em 1500 e terminada um ano depois.
Foi muito danificada por um terremoto em 1789, restando atualmente somente alguns fragmentos na Pinacoteca Tosio Martenigo, na Brescia.
Outra peça importante de seus primeiros anos foi o altar de Oddi para a capela de mesmo nome na igreja de São Francisco de Perúsia. Rafael, provavelmente como membro da oficina de Pietro Perugino, trabalhou também nos afrescos do Collegio del Cambio
O Casamento da Virgem, de 1504, foi sua principal obra desse período, ainda influenciado pelo estilo de Perugino. Logo depois Rafael concluiu três pequenos quadros: Visão de um Cavaleiro, As Três Graças e São Miguel. Neles já se expunha o seu estilo amadurecido e o frescor que lhe acompanharia a vida toda.
Ainda em 1504, Rafael se mudou para Siena com o pintor Pinturicchio, a quem ele tinha fornecido desenhos para os afrescos da Libreria Picolomini. De lá foi para Florença atraído pelos trabalhos que estavam sendo realizados, no Palazzo della Signoria, por Leonardo da Vinci e Michelangelo. Viveu na cidade nos quatro anos seguintes, viajando a outras cidades ocasionalmente. Em 1507 uma nobre de Perugia lhe encomendou uma notável Deposição de Cristo, hoje exposta na Galleria Borghese, em Roma.
Em Florença, Rafael tornou-se amigo de vários pintores locais, destacando-se Fra Bartolomeo, um proponente do Idealismo Renascentista. A influência de Fra Bartolomeo o levou a abandonar o estilo suave e gracioso de Perugino e abraçar a grandiosidade e formas mais poderosas. Entretanto, a maior influência sobre a obra de Rafael durante seu período florentino veio de Leonardo da Vinci e suas composições, figuras e gestuais, bem como suas técnicas inovadoras como o chiaroscuro e o sfumato.
Na segunda metade de 1508, o Papa Júlio II, encorajado por Donato Bramante, amigo de Rafael e arquiteto do Vaticano, contratou os serviços do pintor. Aos 25 anos, Rafael ainda estava forjando seu estilo. Contudo logo conquistou a fama e os favores do papa. Ele começou a ser chamado de o Príncipe dos Pintores. Nos 12 anos seguintes, Rafael nunca deixou Roma que passou a ser sua segunda nação. Trabalhou principalmente para Júlio II e seu sucessor, Leão X (filho de Lorenzo de Medici). Ao final do ano de 1508, ele começou a decoração dos apartamentos de Júlio no Vaticano, os quais, na visão do papa, eram destinados a glorificar a o poder da Igreja Romana através da justificação do Humanismo e do Neoplatonismo. Uma série de obras-primas, como a Disputa (ou Discussão do Santíssimo Sacramento) e a Escola de Atenas, pintados na Stanza della Segnatura, o tornou o artista mais procurado da cidade.
Rafael continuou o trabalho nos quartos até 1513, sob o governo de Leão X, mas deixou as últimas seções quase que inteiramente sob cuidado de seus pupilos. Nesse meio tempo, ele realizou outras tarefas como decorações sacras e seculares para vários prédios, retratos, altares, desenhos para tapeçarias, design para pratos e até trabalhos cenográficos.
Alguns de seus trabalhos mais famosos desse período nasceram da amizade com que mantinha com um rico banqueiro de Siena, Agostino Chigi, que lhe encomendou o belíssimo afresco de Galatéia para sua Villa Farnesina e as Sibilas na igreja de Santa Maria della Pace, junto com o projeto e a decoração da Capela de Chigi na igreja de Santa Maria del Popolo, em 1513.
Raffaello Sanzio, conhecido em português como Rafael, nasceu em Urbino, então capital do ducado do mesmo nome, na Itália, em 6 de abril de 1483. Seu pai, Giovanni Santi, era pintor de poucos méritos mas homem culto e bem relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro. Transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício. O duque, personificação do ideal renascentista do príncipe culto, encorajara todas as formas artísticas e transformara Urbino em centro cultural, a que foram atraídos homens como Donato Bramante, Piero della Francesca e Leone Battista Alberti.
Após a morte do pai, em 1494, Rafael foi para Perugia, onde aprendeu com Pietro Perugino a técnica do afresco ou pintura mural. Em sua primeira obra de realce, "O casamento da Virgem" (1504), a influência de Perugino evidencia-se na perspectiva e na relação proporcional entre as figuras, de um doce lirismo, e a arquitetura. A disposição das figuras é, no entanto, mais informal e animada que a do mestre.
Florença
No outono de 1504, Rafael foi a Florença, atraído pelos trabalhos que estavam sendo realizados, no Palazzo della Signoria, por Leonardo da Vinci e Michelangelo. Sob a influência sobretudo da obra de Da Vinci, absorveu a estética renascentista e executou diversas madonas, entre as quais a "Madona Esterházy" e "A bela jardineira". Fez uso das grandes inovações introduzidas na pintura no Renascimento, e de Da Vinci a partir de 1480: o claro-escuro, contraste de luz e sombra que empregou com moderação, e o esfumado, sombreado levemente esbatido, ao invés de traços, para delinear as formas. A influência de Michelangelo, patente na "Pietà" e na "Madona do baldaquino", consistiu sobretudo na exploração das possibilidades expressivas da anatomia humana.
Roma
Por sugestão de Bramante, seu amigo e arquiteto do Vaticano, Rafael foi chamado a Roma pelo Papa Júlio II em 1508. Nos 12 anos em que permaneceu nessa cidade incumbiu-se de numerosos projetos de envergadura, nos quais deu mostras de uma imaginação variada e fértil. Dos afrescos do Vaticano, os mais importantes são a "Disputa" (ou "Discussão do Santíssimo Sacramento") e a "Escola de Atenas", ambos pintados na Stanza della Segnatura. O primeiro, que mostra uma visão celestial de Deus, seus profetas e apóstolos a encimar um conjunto de representantes da igreja, equipara a vitória do catolicismo à afirmação da verdade. Já a "Escola de Atenas" é uma alegoria complexa do conhecimento filosófico profano. Mostra um grupo de filósofos de várias épocas históricas ao redor de Aristóteles e Platão, ilustrando a continuidade histórica do pensamento platônico.Após a morte de Júlio II, em 1513, a decoração dos aposentos pontifícios prosseguiu sob o novo papa, Leão X, até 1517. Apesar da grandiosidade do empreendimento, cujas últimas partes foram deixadas principalmente por conta de seus discípulos, Rafael, que então se tornara o pintor da moda, assumiu ao mesmo tempo numerosas outras tarefas: criou retratos, altares, cartões para tapeçarias, cenários teatrais e projetos arquitetônicos de construções profanas e igrejas como a de Sant'Eligio degli Orefici. Tamanho era seu prestígio que, segundo o biógrafo Giorgio Vasari, Leão X chegou a pensar em fazê-lo cardeal.
Em 1514, com a morte de Bramante, Rafael foi nomeado para suceder-lhe como arquiteto do Vaticano e assumiu as obras em curso na basílica de São Pedro, onde substituiu a planta em cruz grega, ou radial, por outra mais simples, em cruz latina, ou longitudinal. Sucedeu também a Bramante na decoração das loggias (galerias) do Vaticano, aí realizando composições de lírica simplicidade que pareciam contrabalançar a aterradora grandeza da capela Sistina pintada por Michelangelo.
Pesquisador
Competente pesquisador interessado na antiguidade clássica, Rafael foi designado, em 1515, para supervisionar a preservação de preciosas inscrições latinas em mármore. Dois anos depois,foi nomeado encarregado geral de todas as antiguidades romanas, para o que executou um mapa arqueológico da cidade. Sua última obra, a "Transfiguração", encomendada em 1517, desvia-se da serenidade típica de seu estilo para prefigurar coordenadas do novo mundo turbulento -- o da expressão barroca.
Em conseqüência da profundidade filosófica de muitos de seus trabalhos, a reputação de humanista e pensador neoplatônico de Rafael implantou-se em Roma. Entre seus amigos havia respeitados homens, como Castiglione e Pietro Aretino, além de muitos artistas. Em 1519 ele projetou os cenários para a comédia I suppositi, de Ludovico Ariosto. Coberto de honrarias, Rafael morreu em Roma em 6 de abril de 1520...
Arquitectura
O primeiro trabalho arquitetônico conquistado por Rafael foi a posição de arquiteto da nova Basílica de São Pedro, cuja construção começou em 1506. A posição havia sido vagada pela morte de Bramante em 1514. Rafael mudou a planta de um desenho de inspiração grega para um design longitudinal. Contudo este projeto foi modificado novamente após sua morte. Dois anos depois ele projetou as linhas da importante Villa Madama em Roma. Em 1515 ele foi nomeado uma espécie de supervisor paras as pesquisas arqueológicas romanas, desenhando um mapa arqueológico da cidade.
Política
O prestígio de Rafael até mesmo deu a sua obra um papel na criação e fortalecimento de alianças políticas, como no caso de trabalhos hoje em dia expostos no Louvre, que foram enviados a corte francesa, e o retrato de Lorenzo de Medici para o partido florentino.
Rafael nunca se casou, ainda que algumas fontes afirmem que em 1514 ela estava noivo de Maria Bibbiena, sobrinha de um cardeal, mas o noivado terminou devido a morte prematura da jovem. Diz a lenda que seu grande amor foi "Fornarina" (padeirinha), mas sua existência jamais foi confirmada. Segundo Vasari, a morte prematura de Rafael foi causada por excesso de amor.
Últimos anos A morte precoce de Rafael, no dia em que completava 37 anos, reforçou a aura mística que rodeava sua figura. Admirado pela aristocracia e pela corte papal, que o viam como o "príncipe dos pintores", foi encarregado pelo Papa Júlio II de decorar com afrescos as salas do Vaticano hoje conhecidas como as stanze de Jesus Cristo.
Em seus últimos anos (1518-1520) a intervenção do estúdio em seus trabalhos tornou-se mais significativa, como pode se ver em obras como Spasimo da Sicília, para uma igreja de Palermo, e a Visitação, hoje abrigada pelo Museu do Prado em Madrid. Também a decoração do Quarto de Constantino no Vaticano foi executada inteiramente por seus pupilos, baseado em desenhos do mestre. Seus últimos trabalhos autorais foram um retrato duplo do Louvre, o pequeno mas monumental A Visão de Ezequiel e a Transfiguração.
Rafael morreu em Roma no seu aniversário de 37 anos, (alegadamente apenas a algumas semanas depois de Leão X apontá-lo como cardeal), acometido por uma febre após um encontro à meia-noite, e foi profundamente lamentado por todos aqueles que reconheciam sua grandeza. Seu corpo repousou por um certo tempo em uma das salas na qual ele havia demonstrado sua genialidade e foi honrado com um funeral público. A Transfiguração precedeu seu corpo durante a procissão fúnebre.
A incansável mão da morte (nas palavras de seu biógrafo) pôs um limite em suas conquistas e privou o mundo de um benefício maior de seus talentos, na idade em que a maioria dos outros homens começa a ser útil.
Rafael foi enterrado no Panteão, o mais honorável mausoléu na Itália. Em sua tumba foi colocada uma frase de Pietro Bembo em latim que diz: "Aqui jaz Rafael, que fez temer à Natureza por si fosse derrotada, em sua vida, e, uma vez morto, que morresse consigo".
domingo, 22 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Mauel Cargaleiro

Da Infopédia:
Pintor e ceramista português, Manuel Cargaleiro é oriundo da Beira Baixa, onde nasceu em 1927. Inscreveu-se na Faculdade de Ciências de Lisboa e chegou a trabalhar num banco, mas frequentava as aulas livres da Academia de Belas-Artes e o atelier de olaria de José Trindade. Em 1949 participou no I Salão de Cerâmica do SNI, vindo a receber o Prémio Nacional de Cerâmica em 1954, quando foi convidado para leccionar na Escola António Arroio. Como bolseiro do Governo italiano, estuda cerâmica em Faenza, Roma e Florença. Estagia mais tarde na Fábrica de Faiança de Gien, em França, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian. Parte para Paris, vindo a expor igualmente em Tóquio, Turim, Milão, Rio de Janeiro, Lourenço Marques, Luanda, etc. Na sua pintura pode distinguir-se um sentido ornamental e decorativo, a opção pela bidimensionalidade e a negação da profundidade, de tal maneira que o trabalho da tela se confunde com o dos azulejos, na repetição dos quadriláteros, nos azuis, na necessidade de um enquadramento. Nos seus azulejos, impera a espontaneidade da pincelada. Assume-os como obra de arte, datada e assinada. A obra de Cargaleiro representa a extroversão, a luminosidade, o optimismo e a sensualidade do carácter mediterrânico.
Manuel Cargaleiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-03-16]
sexta-feira, 6 de março de 2009
Maria Helena Vieira da Silva

Da Infopédia:
Natural de Lisboa, onde nasceu em 1908, Maria Helena Vieira da Silva instala-se definitivamente em Paris em 1928. Aí descobre a cor, em Matisse e Bonnard, e uma toalha aos quadrados, que retém de um pormenor de um quadro deste último, haveria de entrar em ressonância com a sua própria pintura. Inspira-se ainda em Paul Klee e frequenta, com o marido, Arpad Szenes, as aulas de Roger Bissière, pintor pós-cubista. O início da maturidade da sua obra pode datar-se a partir do quadro Pont transbordeur (1931). Nesta época são já patentes os elementos que hão-de definir a sua pesquisa estética: uma concepção do espaço anti-renascentista, ao não assumir o volume ou a perspectiva como um fim em si, e uma concepção da pintura como "escrita", repetindo elementos, quadriláteros ou círculos, percorrendo as tramas das famosas Bibliotecas e Florestas. O mundo exterior surge neste universo através da cor e da luz, e frequentemente a memória da luz e dos azulejos lisboetas habitará as suas telas. Durante a Segunda Guerra Mundial partiu para o Brasil e nos quadros da época instala-se a angústia de um espaço povoado de criaturas fugazes e encurraladas. Guerra ou O Desastre (1942) é sem dúvida o quadro mais representativo destes tempos conturbados. Ao voltar para Paris, Vieira da Silva vê a sua reputação aumentar. O prémio da Bienal de São Paulo (1962) vem coroar um trabalho seguido atentamente pelo meio cultural português. Seguem-se as exposições, as retrospectivas, as consagrações. A sua pintura esteve patente, designadamente, na Europália, em Bruxelas, em 1992. Esse foi, precisamente, o ano da sua morte.
Vieira da Silva. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-03-03]
domingo, 1 de março de 2009
Sandro Botticelli

Da Infopédia:
Pintor do Renascimento italiano, Alessandro di Mariano Filipepi nasceu em 1445, em Florença, e aí morreu em 1510. Muito provavelmente, foi discípulo do pintor Fra Filippo Lippi. Em 1470 possuía já um atelier e tinha recebido a encomenda da alegoria da Coragem. Quanto ao aperfeiçoamento do seu estilo, exprimindo-se na preocupação pelo sentido da forma e do traço mais do que pelo volume, sofreu posteriormente a influência de Pollaiuolo e de Verrocchio. Protegido pela família Medicis, para quem executou vários trabalhos, ficou impregnado pelo ambiente artístico e mental que se vivia na corte de Lourenço "o Magnífico" - A Alegoria da Primavera (cerca de 1478) e O Nascimento de Vénus (1486), sem dúvida os seus quadros mais famosos, pretendem recriar certas concepções da Antiguidade clássica à luz da filosofia cristã. Pintou igualmente retratos dos Medicis e quadros de temas religiosos, que incluem a representação de várias "Madonnas". Entre 1481 e 1482 executou três frescos da Capela Sistina no Vaticano. Nos últimos anos o seu estilo tornou-se mais obscuro. Depois de os Medicis terem sido expulsos de Florença, Botticelli teria sofrido uma crise de ordem espiritual, como resultado dos discursos do dominicano Savonarola. Embora esta influência não esteja comprovada, o certo é que os últimos trabalhos reflectem uma certa melancolia e uma extrema devoção: A Natividade Mística (cerca de 1500), sobretudo, comunica uma atmosfera intensamente religiosa.
Sandro Botticelli. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-03-01]