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sábado, 26 de junho de 2010

Sábado, última hora XII (Matemática: segunda chamada «chumbada»)


A notícia que comentamos hoje na rubrica Sábado, última hora, foi publicada no IOL Diário sob o título "Matemática: segunda chamada «chumbada»" e tem o seguinte texto:

A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considera que o exame da disciplina do 3.º Ciclo, realizado esta sexta-feira, tem um grau de dificuldade inferior ao da primeira chamada e que uma nota positiva nesta prova não garante preparação para ingressar no secundário, escreve a Lusa.

«Com o fraco grau de exigência que tem, uma classificação positiva nesta prova não garante o mínimo de preparação matemática necessária para ingressar no Ensino Secundário», escreve a SPM no parecer ao exame nacional da segunda chamada.

A SPM diz mesmo que, ao contrário do enunciado da primeira chamada, de dia 18, esta prova representa «um passo atrás no sentido de se vir a alcançar um nível adequado nos exames de matemática» do 3.º Ciclo.

«Vale a pena lembrar que este exame é também o realizado pelos alunos retidos no 8.º ano, com vista à conclusão do Ensino Básico e eventual passagem direta para o 10.º ano», destaca o Gabinete do Ensino Básico e Secundário da SPM.

A prova «não tem os aspectos positivos» referidos no parecer da SPM na primeira chamada e «continua a sofrer de muitas lacunas», lê-se no documento.

A SPM reconhece como aspetos positivos nesta prova as questões de geometria, que se «adequam melhor aos objectivos» deste ciclo de estudos, mas refere que há áreas estruturantes que «não são verdadeiramente avaliadas», como os sistemas de equações e os números reais.

A área de probabilidades, acrescenta, é avaliada «a um nível bastante inferior» ao da primeira chamada.

«Esta prova avalia muito pouco o domínio dos procedimentos e a capacidade de aplicação dos algoritmos. Tal como na primeira chamada, cerca de 30 por cento da cotação do exame corresponde a questões de resposta imediata, o que nos parece excessivo», afirmam.

Para a prova de hoje estavam inscritos 615 alunos e compareceram 396, segundo dados do Ministério da Educação.


Confesso que nunca compreendi o problema nacional da matemática. Desde há uns bons anos que as matérias cobertas pela disciplina de matemática são consideradas difíceis, para a maioria, impossíveis para alguns e apaixonantes para meia dúzia.

No que me diz respeito, a matemática, nunca me assustou e foi sempre das disciplinas de que mais gostei. Reconheço que não será das disciplinas mais fáceis, mas daí a fazer dela um problema nacional, vai muito.

Um dos primeiros erros que surgem neste contexto é o de incutir nas crianças em idade escolar a falsa ideia de que a matemática é difícil. Isto acontece porque muitas vezes os próprios pais nunca foram bons alunos e acabaram por ter grandes dificuldades para realização da disciplina.

Seguem-se os professores que muitas vezes fomentam também a ideia de dificuldade, não conseguindo incutir nos alunos o interesse e o à vontade necessários para que encarem a matemática de ânimo leve e com espírito crítico.

Um outro erro, a meu ver dos mais graves, prende-se com a ideia generalizada de que para um aluno conseguir realizar uma cadeira de matemática terá que ter um bom explicador. Se se generaliza o uso de explicadores então é porque está algo de errado na forma de ensinar.

Segundo a notícia, a forma que parece estar a ser utilizada pelos governantes para resolução do problema é a de utilizar um facilitismo inapropriado para elaboração de exames. Ora este é o maior erro de todos...

E você Reflexos? O que acha desta notícia?

sábado, 5 de junho de 2010

Sábado, última hora XI (Actor islandês vence câmara da capital)



A notícia que hoje comento, conjuntamente com a Reflexos, foi por ela escolhida e consta da edição de hoje do Diário de Notícias on-line.

O título é "Actor islandês vence câmara da capital" e o texto é o seguinte:

Apesar de sempre terem existido, os partidos e os candidatos bizarros correm o risco de ver as suas hipóteses crescer à medida que diminui a credibilidade dos políticos sérios. Foi o que aconteceu na Islândia, ilha vulcânica do Atlântico Norte, após o choque da bancarrota.


Winston Churchil dizia que uma piada é uma coisa muito séria. E aquilo que recentemente aconteceu na capital islandesa encaixa perfeitamente nessa ideia: o mais famoso humorista do país ganhou as eleições autárquicas de há uma semana em Reiquejavique, com um partido que prometia coisas tão absurdas como plantar palmeiras na gelada frente ribeirinha da cidade e adquirir um urso-polar para o seu jardim zoológico. Mas o que começou precisamente por ser encarado como uma piada parece ser agora um caso sério.

Jon Gnarr, d'O Melhor Partido, tem grandes condições para ser presidente da câmara da cidade, depois de a formação política que criou há seis meses ter tido 34,7%, elegendo seis vereadores em 15, ficando a dois da maioria absoluta. Einar Orn Benediktsson, músico que já trabalhou com a banda Sugarcubes e a cantora Björk, é um dos vereadores.

O partido, diz o actor, que é também criativo de publicidade, foi criado para denunciar as responsabilidade das elites políticas e financeiras da Islândia na grave crise em que mergulhou a ilha vulcânica do Atlântico Norte. O seu resultado deixou boquiaberta parte da classe política e dos analistas islandeses. Atrás de si deixou, com 33,6%, cinco vereadores, ficou o Partido da Independência, que liderou o país 18 anos. Os sociais-democratas e os Verdes, que actualmente governam em coligação a nível nacional, elegeram apenas quatro vereadores e o dos progressistas não foi reeleito.

Gnarr, de 43 anos, disse ao Financial Times que está a negociar com os sociais-democratas a hipótese de uma coligação municipal em que ele seja o presidente da câmara. E garantiu que está preparado para o cargo. "Adoro esta cidade e quero mesmo fazer bom trabalho. Vou manter o meu humor e tentar usá-lo como uma vantagem."

O actor diz que a chegada ao poder da sua formação constitui uma nova opção para a política. "Temos que trabalhar a infra-estrutura do partido para que as pessoas tenham uma forma de compreender o que é O Melhor Partido e quais são os benefícios do que nós chamamos anarco-surrealismo", declarou, citado desta vez pelo Wall Street Journal.

Não sendo caso único no que toca a partidos e candidaturas eleitorais bizarras, esta formação chegou mais longe do que era previsto e até a primeira-ministra da Islândia, Johanna Sigurdadottir, admitiu que isto pode ditar o fim do tradicional sistema de quatro partidos naquele país. "Nunca vi nada assim", declarou por sua vez o conhecido analista e professor da Universidade de Reiquejavique Olafur Hardarsson.


Ora aqui está um notícia com piada e, como diria Churchil, "uma piada é uma coisa muito séria". Correndo o risco de não conseguirem governar a Câmara da capital da Islândia, os membros d' O Melhor Partido, estão mesmo dispostos a fazê-lo (pelo menos a tentar). O facto do futuro presidente da Câmara ser um actor, não é, a meu ver, obstáculo algum a que faça um bom trabalho.

Já repararam os meus leitores que grande parte dos políticos portugueses não passam de maus actores? A começar no governante máximo e a acabar nos tristes actores do Bloco de Esquerda ou do Partido Comunista.

Ao menos em Reiquejavique ganhou a Câmara um actor de qualidade e se é um humorista, tanto melhor. Afinal, fazer humor é um desafio que nem todos ganham.

E você Reflexos? O que pensa disto tudo?

sábado, 29 de maio de 2010

Sábado, última hora X

Que dizer, que comentar?
Que o Ronaldo chegou à Covilhã, que a selecção está a treinar, ou que ainda não saíram de Portugal e já há uma quantidade deles lesionados. Ou seja, vamos para lá com um monte de pernetas...
Sim, a maioria das notícias são à volta disto, depois de uma pausa para falar sobre os Globos de Ouro e dos vestidos das meninas.
Ah, depois no intervalo disto iam falando da crise. Sabem o que é? Pois não é importante para o país... afinal temos a selecção a caminho da África do Sul... na falta do campeonato de futebol...

E para a semana esperamos que os media sejam mais originais para que possamos trazer uma notícia a comentário...

sábado, 22 de maio de 2010

Sábado, última hora IX (Mil anos de prisão para cada etarra pelo atentado no aeroporto de Madrid em 2006)


Escolhi esta semana uma notícia publicada no site da SIC, por contraposição a uma outra que foi comentada neste rubrica e que reflectia um erro grave na justiça norte americana.

Com o título "Mil anos de prisão para cada etarra pelo atentado no aeroporto de Madrid em 2006", a notícia tem o seguinte texto:

Três elementos da ETA foram esta manhã condenados a 1040 anos de prisão cada pelo atentado de 30 de Dezembro de 2006 no aeroporto de Madrid, que matou dois equatorianos e pôs em causa o processo de paz.

Na prática, cada um vai cumprir 40 anos de prisão efectiva, pena máxima em Espanha pelos crimes de terrorismo.

A Audiência adicional considerou os três elementos da organização separatista basca responsáveis pelos crimes de "assassínio terrorista", "tentativa de assassínio terrorista" e "participação em atentado terrorista", que, além dos dois mortos, fez 40 feridos.


Este tribunal encarregue dos dossiês de terrorismo, condenou ainda Mattin Sarasola, Igor Portu e Mikel San Sebastian a indemnizar os familiares das duas vítimas mortais: 700 mil euros a uma família e 500 mil a outra.


Depois deste atentado, cometido em plenas tréguas, o governo socialista de Zapatero pôs fim ao diálogo iniciado seis meses antes para pôr um fim pacífico ao conflitos com os separatistas bascos.



Dois mortos e mais de 40 feridos


A 30 de Dezembro de 2006, a ETA colocou uma furgoneta armadilhada no parque de estacionamento do Terminal 4 do aeroporto de Madrid Barajas.

Carlos Alonso Palate e Diego Armando Estacio morreram soterrados pelos escombros de um dos módulos do parque de estacionamento do terminal, onde se tinham deslocado para recolher familiares e amigos que chegavam do Equador.


Considerada uma organização terrorista pela União Europeia (UE), a ETA é dada como responsável pela morte de 829 pessoas em mais de 40 anos de luta armada pela independência do País Basco.

O último atentado da ETA remonta a Agosto de 2009 e foi perpetrado nas ilhas Baleares.

É bom ler estas notícias em que a a lei é aplicada implacavelmente para punir actos hediondos. Embora condenados a mais de mil anos de prisão, efectivamente a pena reduz-se a quarenta. Mesmo assim, é mais que a pena máxima em Portugal.

Mais uma vez, desculpem-me o texto telegráfico, mas encontro-me de viagem.


E você Reflexos, o que achas desta notícia?

sábado, 15 de maio de 2010

Sábado, última hora VIII (Concorrentes abrem guerra à Apple nos equipamentos e nos tribunais)

A notícia deste Sábado, escolhida pela Reflexos, foi publicada no Económico do dia 14 de Maio sob o título "Concorrentes abrem guerra à Apple nos equipamentos e nos tribunais" e com o seguinte texto:

A HTC processou a dona do iPhone e a Google vai lançar rival ao iPad.

Seja em que área for a Apple de Steve Jobs parece estar sempre a somar inimigos, desde os processos em tribunais a produtos concorrentes aos lançados pela tecnológica da maçã. A HTC avançou ontem com um processo em tribunal contra a dona do iPhone, em resposta a uma acção judicial interposta, em Março, pela Apple contra a fabricante do Taiwan.

A HTC alega, neste processo, que a Apple viola cinco das suas patentes e pede a suspensão nos Estados Unidos da venda do iPad, iPhone e iPad - os sucessos da tecnológica. Desta forma a HTC, que fabrica o telemóvel da Google, responde à tecnológica de Steve Jobs, que, em Março, acusou a fabricante do Taiwan de violar 20 das suas patentes em telemóveis com sistema operativo Google Android, em particular o Nexus One, considerado a resposta da Google ao iPhone.

Os processos e contra-processos já são uma realidade bem conhecida da Apple: a Cisco chegou a avançar com uma queixa contra a empresa, pela utilização indevida do nome iPhone. Contudo, a guerra contra a empresa de Steve Jobs também se joga ao nível dos equipamentos e sistemas operativos. Desde o lançamento do iPad (e já quando existiam rumores) que as tecnológicas se têm desdobrado em esforços para lançar os seus próprios ‘tablet'. O último anúncio veio da Google, que confirmou estar a desenvolver um ‘tablet' concorrente ao iPad.

Os rumores foram confirmados por Lowell McAdam , presidente-executivo da operadora Verizon Wireless, com quem a Google está a negociar o desenvolvimento do equipamento. O novo ‘tablet' rodará o Android, mas desconhecem-se outros pormenores, como o fabricante ou a data de lançamento.

A Google, que sempre esteve mais vocacionada no ‘software', com o sistema operativo Android, tem apostado no desenvolvimento de equipamento que já inclua o seu sistema operativo para evitar o progressivo crescimento da Apple.

O lançamento do Nexus One, telemóvel de marca própria, foi um sinal de que a Google não quer ficar de fora de um mercado que está a crescer. Em 2009, o Android conquistou uma quota de mercado de 4,1%, segundo dados da consultora IDC, um crescimento exponencial face a 2008. Já o sistema operativo da Apple, o Mac OS X, atingiu uma quota de 14,5%.


Não me é fácil comentar esta notícia, porque uso um computador da Apple, tenho um telemóvel HTC que vou trocar por um A1 com o sistema operativo Androide (Google), uso gmail e googledocs e para completar oiço música num iPod.

Seria bem mais fácil se fosse referida a Microsoft, da qual eu poderia dizer mal à vontade.

A Apple ganha sempre pontos a nível de design e robustez do sistema operativo. O meu Mac nunca "crashou" e aqueles ecrãs azuis tão característicos da Microsoft são coisas que já não vejo há muito tempo.

Tenho uma simpatia especial pela Google, principalidade ao nível das aplicações web gratuitas que disponibilizam. O Gmail que uso a nível profissional e pessoal é um bom exemplo disso. O GoogleDocs e o Google Reader são outros.

A HTC é excelente no mercado dos PDA.

Quanto a estas guerrilhas de que fala a notícia, penso que até são de salutar se forem entendidas como concorrência. Para monopólios já nos basta o que nos foi imposto pela Microsoft durante tanto tempo e que parece estar finalmente a quebrar-se. Que seja tudo para bem do consumidores finais que somos todos nós...

E você Reflexos? É pela Apple ou pela Google?

sábado, 8 de maio de 2010

Sábado, última hora VII (Juíza vai as lágrimas ao libertar inocente que esteve 29 anos preso)


A notícia que hoje comentamos na rubrica Sábado, última hora, foi publicada no IOL Diário no dia 6 de Maio com o título "Juíza vai as lágrimas ao libertar inocente que esteve 29 anos preso".
O texto é o seguinte:

Um homem passou 29 anos na cadeia e afinal estava inocente. O norte-americano Raymond Towler foi condenado por raptar e violar duas crianças, uma menina de 12 anos e um rapaz de 13. As análises de ADN vieram agora comprovar a inocência e Towler foi libertado esta quarta-feira, segundo informa a BBC.

Raymond Towler, de 52 anos, tinha sido condenado à prisão perpétua em 1981, quando tinha 24 anos e que trabalhava como. Numa audiência rápida, a juíza Eileen A. Gallagher, do tribunal do condado de Cuyahoga, lembrou os detalhes das acusações apresentadas: Towler teria atraído as crianças para a reserva de Rocky River, antes de violentá-las.

No entanto, graças à intervenção da organização não-governamental Ohio Innocence Project, que numa colaboração com o jornal americano Columbus Dispatch investiga centenas de condenações consideradas suspeitas, baseando-se em exames de ADN, ficou comprovado que o homem não é o violador das vítimas.

A notícia revela mais um de muitos casos de injustiça da justiça. É incompreensível que uma pessoa perca 29 anos da sua vida por um erro de julgamento.

Não há muito tempo fui testemunha num julgamento em que estava em causa a decisão de um júri de um concurso público. Confesso que fiquei surpreendido pela atitude do juiz, que rebatia praticamente todas as minhas afirmações. Depois, advogados de defesa e acusação tentaram contorcer factos e contornar a lei de uma forma que eu não pensava possível. Por muitas séries que se vejam na FOX ou no AXN, acho que nunca estamos preparados para este tipo de situações que, a meu ver, são totalmente contra o senso de um comum mortal.

Quanto a esta notícia em si, devo fazer notar que foi uma organização não governamental que interveio para repor a verdade e não qualquer organismo publico. Para além disso, o verdadeiro criminoso deve estar à solta e a rir-se.

Como vai o Estado recompensar esta pessoa injustamente condenada? As lágrimas de uma Juíza não são de forma alguma suficientes.

Errar todos erramos, mas erros destes...

E você Reflexos? O que acha desta notícia?

sábado, 1 de maio de 2010

Sábado, última hora VI (Subsídio de férias pago em certificados de aforro. Concorda?)


A notícia que hoje comentamos foi publicada no IOL Diário no dia 30 de Abril. O texto é o seguinte:

O PSD está disponível para discutir com o Governo a possibilidade de se pagar o 13º mês dos funcionários públicos em títulos de dívida pública. Ou seja, em vez de receberem subsídio de férias em dinheiro, os funcionários receberiam certificados de aforro.

A ideia não é nova e até já foi usada nos anos 80 por imposição do Fundo Monetário Internacional. Mário Soares era então primeiro-ministro e tinha Ernâni Lopes ao seu lado na pasta das Finanças.

Quase 30 anos depois, a ideia de pagar o subsídio de férias com certificados de aforro volta a estar em cima da mesa. Alguns economistas, como Silva Lopes, já a defenderam e o líder do PSD não põe a hipótese de lado.

Mas para o Governo, pagar o décimo terceiro mês com títulos da dívida pública não é solução. Se o executivo viesse a adoptar esta medida o dinheiro era retirado dos salários mas teria que ser gasto na mesma para comprar os certificados de aforro.

A medida não ia ajudar por isso a reduzir o défice, e poderia funcionar apenas como uma forma de financiamento, já que os funcionários públicos se tornariam credores do Estado.


Aparentemente o poder político com o apoio do maior partido da oposição estão mais uma vez a tentar encenar uma estratégia que pretende mais uma vez iludir a população com um pretenso objectivo de diminuir o défice.

Neste momento difícil, o défice tornou-se "pau para toda a obra" e serve de justificação para as tomadas de posição mais disparatadas dos nossos governantes.

De uma vez por todas é necessário que se tomem medidas que estimulem a economia, apoiem o sector privado, nomeadamente as pequenas e médias empresas, e criem postos de trabalho.

Desculpem o post telegráfico, mas estou num pequeno e merecido descanso no Porto Santo...


E você Reflexos, concorda com esta medida?

sábado, 24 de abril de 2010

Sábado, última hora V ("O Twitter tem sido uma armadilha fatal para os jornalistas", diz especialista)


A notícia que hoje comento na rubrica Sábado, última hora, foi publicado no Sapo (Alice Barcellos) no passado dia 21 de Abril.

Referindo-se aos recentes acontecimentos relacionados com a erupção vulcânica, o Sapo refere o seguinte:

O maior vulcão da Islândia, o Hekla, entrou em erupção nesta segunda-feira à tarde. A notícia é falsa. Surgiu ontem no Twitter e, em pouco tempo, já estava espalhada em toda a Web. Ao princípio da noite, o facto já tinha sido desmentido pelo Instituto de Meteorologia da Islândia.

Um erro da televisão pública do país que está na ordem do dia por ter fechado o espaço aéreo europeu com as cinzas do vulcão Eyjafjallajokull foi o que bastou para que a notícia de uma segunda erupção, a do Hekla, tenha sido divulgada no site de microblogging Twitter pelo utilizador @breakingnews.

De acordo com o Huffington Post, foram feitos mais de 600 retweets da mensagem original, que acabou por chegar aos meios de comunicação, como o site norte-americano da MSNBC ou o italiano Ansa. Uma hora depois o mesmo utilizador, gerido pelo site MSNBC, desmentiu o acontecimento.

“Um pau de dois bicos”

“O Twitter tem sido uma armadilha fatal para os jornalistas”, diz ao SAPO Helder Bastos, professor de ciberjornalismo da Universidade do Porto. O especialista considera que o Twitter “é uma espécie de pau de dois bicos”. “É um fabuloso instrumento de breaking news mas pode ter um efeito boomerang para os jornalistas”, repara.

“A ferramenta nunca pode ser usada como fonte segura mas sim para dar dicas ao jornalista”, nota Helder Bastos, relembrando que já aconteceram casos semelhantes despoletados pelo Twitter, “como mortes de jogadores de futebol e actrizes”.

Antes mesmo do Twitter, os media online já enfrentavam o problemas de divulgação de falsas notícias por causa da necessidade de “serem os primeiros a divulgarem os acontecimentos sem antes confirmarem os factos e cruzarem as fontes”, sentencia o autor da tese de doutoramento “Ciberjornalistas em Portugal: Práticas, Papéis e Ética”.

O vulcão na Web

Em todo o mundo mais de seis milhões de passageiros foram afectados pela nuvem de cinzas do vulcão Eyjafjallajokull que entrou em erupção a 14 de Abril e há cinco dias está a provocar um cenário de caos principalmente no espaço aéreo europeu.

Nos meios de comunicação online encontram-se aplicações multimédia que explicam os pormenores da erupção, como esta infografia do Guardian, ou mostram imagens do acontecimento, como este vídeo da BBC ou esta galeria de fotos da SIC. O Libération fez ainda uma reportagem sobre a dificuldade de pronunciar o nome do vulcão.


Devo confessar que não sou adepto do Twitter. Sei que é se revela muito útil em algumas situações, mas, como este caso o confirma, o Twitter pode revelar-se perverso e induzir em erro.

Esta situação não se restringe apenas a este caso ou a esta situação. Muita da informação que circula na Internet é de veracidade duvidosa e pode induzir em erro a maioria dos cibernautas.

O que sinto é o cidadão comum deixa de se sentir responsabilizado quando utiliza a Internet, usando-a como se esta fosse um meio virtual paralelo e anárquico onde não há lei nem regra. A fácil dissimulação de identidades ajuda a criar esta ideia errada.

A Internet é um meio poderoso de comunicação, no entanto o seu lado perverso pode ter consequências imprevisíveis a nível global.

E você Reflexos? O que acha do Twitter?

sábado, 17 de abril de 2010

Sábado, última hora IV (Lisboa escapa por pouco ao fim da tabela nos transportes)


A notícia que hoje comento na rubrica Sábado, última hora foi publicada no site do Público no dia 16 de Abril (Luís Filipe Sebastião).

Sob o título "Lisboa escapa por pouco ao fim da tabela nos transportes", a notícia refere seguinte:

Munique pode continuar a orgulhar-se das suas cervejarias, pois quem abusar desta bebida tem ao seu dispor o melhor sistema de transportes públicos europeu. A conclusão é de um recente estudo do EuroTest, organismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que distinguiu a cidade alemã entre 23 grandes centros urbanos. Lisboa ficou em 18.º lugar, à frente de Madrid e Londres.


"Nada mau, mas pode melhorar", foi o veredicto do estudo realizado pelo EuroTest ao transporte público em diversas cidades europeias. Este organismo, de que faz parte o Automóvel Clube de Portugal (ACP), testou entre Outubro e Dezembro de 2009 os tempos de viagem, as ligações, a informação e os bilhetes e tarifas dos comboios, metropolitano, autocarros e eléctricos. A cidade de Munique alcançou o primeiro lugar, com uma apreciação de "muito bom", seguida de outras 11 com a classificação de "bom", nove ficaram-se pelo "aceitável" - entre as quais Lisboa -, uma teve o carimbo de "mau" e, em último, Zagreb com um "muito mau".

"Ficava admirada se Lisboa tivesse ficado muito bem cotada", comentou, com base na sua experiência pessoal, Patrícia Pereira, do ACP, explicando que o EuroTest trabalhou directamente os operadores (CP, Metropolitano de Lisboa e Carris) para recolher elementos para o estudo. Para Fernando Nunes da Silva, vereador da Mobilidade na Câmara de Lisboa, estudos destes "são sempre úteis, mas importa perceber os critérios em que se basearam". O autarca reconhece que é preciso maior intervenção municipal para melhorar a mobilidade urbana, mas salienta o investimento dos operadores para atrair mais utentes.

Lisboa é apontada como uma das cidades que não possuem um site comum com os diferentes operadores - o Transporlis (transporlis.sapo.pt), por exemplo, é desconhecido até dos portugueses. Ainda assim, a capital lisboeta ficou à frente de Madrid (19) e de Londres (20), cujo site informativo, com indicações em 16 idiomas, deve servir de modelo.

Munique, por sua vez, convenceu o EuroTest pelas ligações rápidas e informação detalhada nas estações e veículos, apesar das tarifas menos favoráveis. Já a capital croata peca pelas deficientes ligações na cidade, apenas servida a partir do aeroporto por autocarros, e as viagens de eléctrico à velocidade média de 13 quilómetros por hora.

"Transportes eficientes com boas interligações são essenciais para persuadir as pessoas a deixarem os carros em casa", salientou Wil Botman, director do gabinete europeu da FIA.


Tal como comentou Patrícia Pereira do ACP, também a mim esta notícia não surpreende em nada.

Como já por várias vezes referi aqui no Outras Escritas, sou um adepto do transporte público, mas com parâmetros de qualidade e comodidade mínimos.

Mas, falemos primeiro em mentalidades. A mentalidade portuguesa no que a este assunto diz respeito, continua a ser das mais "tacanhas" da Europa (não somos, no entanto os únicos). Somos um país pobre, sempre na cauda, mas o número de viaturas particulares é elevado. Até ficamos à frente no que respeita a congestionamentos de tráfego (o IC 19 é a estrada mais congestionada da Europa). Não gostamos, por norma, de utilizar o transporte público e preferimos, estupidamente, ficar horas dentro do automóvel em filas intermináveis.
Isto faz com que as nossas cidades se encontrem cheias de trânsito e que o sistema de transportes públicos não funcione nas melhores condições. Costumo referir que o transporte publico entrou em Portugal num ciclo vicioso do qual não consegue sair. A oferta não tem qualidade ou eficiência, logo muita gente opta pela viatura própria, por outro lado esta opção faz com que o número do utentes do transporte público seja baixo, o que não dá espaço de manobra às empresas transportadoras para melhorar a qualidade e a eficiência.

A notícia do Público fala apenas da cidade de Lisboa, uma vez que foi a única que entrou no estudo, no entanto, penso que os resultados se podem aplicar a todo o país.

Em Lisboa é a falta de integração entre as diversas empresas de transporte público é, em alguns aspectos, escandalosa. Há bilhetes para os autocarros, bilhetes diferentes para o Metro e para os combois. Recentemente fiquei espantado quando verifiquei que um bilhete recarregável de metro é exactamente igual ao do comboio, apenas varia a forma do quatro cantos (arredondados para o metro e rectos para o comboio).
Tenho verificado no entanto que em Lisboa tem havido melhorias significativas ao nível da integração, com a entrada em funcionamento de várias estações multi-modais, que permitem de uma forma cómoda e rápida, fazer a interligação entre os vários meios de transporte.
Refiro também que conheço muitas cidades europeias e que considero o Metro de Lisboa um dos mais bem conseguidos a nível estético!

No Funchal, cidade onde vivo, o único meio de transporte público disponível é o autocarro. Para elucidar um pouco a qualidade de serviço da companhia de autocarros do Funchal, Horários do Funchal, deixo aqui o conteúdo de um correio electrónico que enviei como reclamação no dia 28 de Fevereiro e para o qual não recebi nenhuma resposta:

Exmos senhores

Em primeiro lugar gostaria de vos dar os parabéns pela forma como a vossa empresa respondeu em termos de serviço aquando da recente tragédia que se abateu sobre a cidade. A forma rápida como foram reintroduzindo o serviço, logo após o dia 20 foi notável.
Infelizmente, o conteúdo deste e-mail tem a ver com uma reclamação aos vossos serviços.
Devo dizer que não uso o transporte público no dia a dia. Não porque faça questão de utilizar viatura própria, mas devido ao facto das vossas carreiras terem praticamente todas um percurso radial e assim sendo, o percurso que faço de carro em cerca de 5 minutos seria significativamente aumentado, uma vez que teria que tomar dois autocarros.
No passado dia 27 de Fevereiro (Sábado) optei pela utilização do autocarro para fazer o percurso desde a minha residência até ao centro da cidade (provisoriamente na Rotunda do Infante).
Cheguei à paragem pelas 10.15, após verificar no horário da carreia 9 que partia um autocarro de Courelas as 10.00. Acontece que esse autocarro já tinha passado e por consulta aos horários disponíveis na paragem, a minha opção seria tomar o 16 A que saía de Papagaio Verde às 10.35 ou o 9 de Courelas as 10.55.
Conclusão: por consulta dos vossos horários não consigo prever qual é o tempo de espera, uma vez que não faço a mínima ideia de quanto tempo demora a chegar à paragem em questão um autocarro que sai de Courelas ou de Papagaio Verde.
Esperei 20 minutos e desisti. Fui para o centro da cidade em viatura própria.
Pelo que consigo analisar da informação disponível nos horários expostos nas paragens, não há qualquer articulação entre os horários das carreiras que passam neste percurso. Chega a haver períodos de quase uma hora em que não há qualquer autocarro e seguidamente passam dois autocarros separados de 10 minutos.
A informação que considero importante é o tempo de espera e não a hora a que o autocarro da carreira X sai do lugar Y pelo que seria bem mais útil que nas paragens estivessem os tempos máximos de espera nos vários períodos diários à semelhança do que acontece em grande parte das cidades Europeias.
Antes de terminar, gostaria ainda de assinalar que a forma como a maioria dos vossos motoristas conduz não é nada confortável a meu ver, devido a uma velocidade excessiva e variações bruscas de direcção.

Melhores cumprimentos
Alberto Velez Grilo


E você Reflexos? Usa o transporte público?

sábado, 10 de abril de 2010

Sábado, última hora III (Herman José - De regresso à RTP1)


A notícia que hoje comento na rubrica Sábado, última hora, foi escolhida pela Reflexos e tem como tema o regresso de Herman José ao canal público de televisão.

Diz o Sapo on-line no dia 7 de Abril (Texto: Joana Côrte-Real / Fotos: Bruno Raposo/SapoTV):

O humorista volta ao canal público 10 anos depois, com um "talk show" feito à sua medida.

"É com grande orgulho e alegria que regresso à RTP1. Sinto-me como um emigrante que regressa à sua pátria", confessou Herman José, no dia em que José Fragoso, director de Programas do canal público, deu a boa-nova aos jornalistas.

"Herman 2010" arranca sábado, dia 17 de Abril, num horário que encerra o "prime-time" da RTP1, pelas 23 horas. Em cada programa, com duração de 50 minutos, Herman recebe três convidados (um deles musical), numa nova promessa de momentos únicos e divertidos.

"Não venho armado em diva", assegurou o apresentador, que volta a trabalhar com as Produções Fictícias, empresa que ajudou a fundar em 1991. "O meu estado de espírito é de pura felicidade e acho que também tenho o direito de me sentir feliz de vez em quando, coisa que não acontece há alguns anos", disse Herman José.

Como nos formatos anteriores, em que Herman brilhava, este "talk show" inicia-se com um monólogo do apresentador, em torno da actualidade noticiosa do país. Além deste momento de "stand up" há ainda lugar, semanalmente, para rubricas de humor e um sketch-vídeo, que pode recuperar "bonecos" protagonizados em tempos por Maria Rueff, Ana Bola, Joaquim Monchique ou Maria Vieira, todos eles companheiros de antigas aventuras.

Ao longo de 13 emissões, o mais antigo "entertainer" português conversará com várias personalidades, das mais diversas áreas da sociedade. Revisitará o modelo dos"talk shows" americanos e estará acompanhado em estúdio pelo maestro Pedro Duarte e por um quarteto de jazz.



Estou satisfeito e de espírito aberto com este regresso de Herman José à televisão pública.

A minha opinião acerca do que se diz ser um dos melhores comediantes portugueses de sempre, nunca foi constante. Quando comecei a ver o Herman na televisão não lhe achava qualquer graça. O seu humor parecia-me muito "apalhaçado" e quase sempre e roçar a ordinarice, e eu sempre achei e continuo a achar que não é preciso ser-se nem palhaço nem ordinário para fazer bom humor.

A minha opinião alterou-se quando o humorista passou a fazer talk shows. Achei curiosa a sua capacidade de manter uma conversa interessante e informada com os convidados e os apontamentos de humor que surgiam ao longo dos programas melhoraram significativamente. Lembro-me que via compulsivamente o programa Parabéns mais tarde o Herman SIC (que começou a degradar-se a partir de uma certa altura). Os apontamentos humorísticos com a Maria Ruef passaram a ser o prato forte, não esquecendo outros actores como Ana Bola, Victor de Sousa, Maria Vieira, etc.

Com o fim do Herman SIC deixei de acompanhar a carreira de Herman José. Sei que teve mais uns programas de humor da sua responsabilidade mas nenhum deles me agradou, de tal forma foi a decepção que hoje em dia nem me lembro do nome de nenhum desses programas.

A concorrência dos novos humoristas começou a ser feroz e o Herman deixou de ser o "rei do humor português". Penso que terá lidado mal com essa situação, afinal nunca demonstrou ser uma pessoa humilde. Retirou-se e fez muito bem.

De qualquer forma gosto de ver o Herman de regresso à RTP e aos Talk Shows, ainda por cima regressa, segundo afirma, num estado de felicidade e sem querer armar-se em diva.

Lá estarei em frente ao televisor no próximo dia 17...

E você Reflexos? O que acha deste regresso?

sábado, 3 de abril de 2010

Sábado, última hora II (Vítimas de abusos nos EUA querem sentar Papa no banco dos réus)


A notícia que comento hoje foi publicada no site do jornal Público no dia 1 de Abril.
Com o título Vítimas de abusos nos EUA querem sentar Papa no banco dos réus, a o Público diz o seguinte:

O Vaticano está a preparar a defesa do Papa nos Estados Unidos, num caso em que três cidadãos do estado de Kentucky querem levá-lo ao banco dos réus.

A acusação é de negligência e encobrimento de abusos sexuais por padres, quando o actual chefe da Igreja Católica era cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. É o primeiro caso em que vítimas procuram sentar directamente o Vaticano no banco dos réus, segundo o diário espanhol El País.
Os advogados do Vaticano defenderão, segundo documentos consultados pela Associated Press, que Bento XVI tem imunidade devido à sua condição de chefe de Estado, um argumento anteriormente aceite pela Justiça num caso no Texas, em 2005.

O defensor dos queixosos, William McMurray, citado pelo El País, considera que o argumento não é válido. “No caso do Texas, o Papa foi acusado directamente dos abusos. Este caso é diferente: é acusada uma pessoa, Joseph Ratzinger, de ter encoberto abusos e de ter protegido abusadores quando era cardeal e responsável pela supervisão dos bispos”.O advogado pretende que a acção se converta numa queixa colectiva de todas as vítimas de abuso sexual por sacerdotes nos EUA.

Entre os elementos de acusação, o advogado inclui o documento conhecido como Crimen Sollicitationis, emitido pela Congregação em 1962, no qual se assegura que os abusos pederastas estão protegidos pelo “segredo do Santo Ofício”. Os advogados do Papa defenderão que, na linguagem do Vaticano, este texto não recomenda expressamente aos bispos que não avisem as autoridades dos abusos sexuais.

O Vaticano argumentará também que os membros da Conferência Episcopal dos EUA não são assalariados da Cúria Romana e que, por isso, este não pode ser considerado como o responsável último pelas suas decisões.

Para Filippo di Giacomo, padre e especialista em direito canónico, a tentativa de incriminar directamente o Vaticano “é uma idiotice”.
“A Igreja não é uma multinacional do tabaco. Não se pode acusar o Santo Padre dos delitos de alguns padres. Nós não somos seus empregados e ele não pode ser responsável por casos particulares. Cada bispo controla as suas dioceses”, disse, citado também pelo diário espanhol.

A notícia em si já dá "pano para mangas" e o meu comentário não vai especificamente para este caso, mas para o caso do comportamento da igreja e do Papa como seu representante máximo, perante os casos de pedofilia que actualmente têm vindo a público.
Tentarei de qualquer forma não ferir as susceptibilidades dos católicos mais fervorosos e que defendem a honra e a santidade de um Papa até à últimas consequências.

A Igreja Católica Apostólica Romana, é das instituições com mais poder no mundo inteiro, se não a mais poderosa. É rica, tem muitas pessoas a trabalhar para si, muitas delas oferecendo o seu trabalho como voluntárias, e, mais importante que tudo, molda o pensamento dos seus seguidores com "verdades" universalmente aceites e para as quais muitas vezes não tem qualquer explicação. São os Dogmas que se aceitam e não se questionam.

Este moldar de pensamentos é uma arma poderosa que, se utilizada correctamente poderia conduzir a uma sociedade mais justa e minorar muitos dos problemas sociais actuais. Mas, a Igreja, tem agido em conformidade? Não, não tem.
Com os seus Papas conservadores, João Paulo II e agora Bento XVI, a Igreja continua a ignorar problemas sociais tão graves como a sida, a igualdade entre mulheres e homens, o casamento dos sacerdotes, a pedofilia e a homossexualidade.

Perguntar-se-ão alguns leitores, ao que me refiro quando afirmo que em a Igreja não aceita a igualdade entre homens e mulheres. A reposta é simples, o facto de não ser possível às mulheres a prática do sacerdócio é discriminação pura e dura. A este respeito lembro-me sempre de uma discussão que tive com um antigo colega, extremamente católico e seguidor das leis da Igreja. Quando o questionei sobre o facto das mulheres não serem aceites no sacerdócio ele respondeu-me que tal como os Papas descendem (não sei se é este o termo correcto) de S. Pedro, os padres descendem dos apóstolos, que eram todos homens. Achei a explicação de uma aberração atroz e respondi somente com uma pergunta:como seria possível a uma mulher há dois mil anos atrás seguir um profeta? O pai ou o marido, nunca permitiriam.
A Igreja é assim, um mundo machista, dominado por homens...

Mas voltemos à pedofilia, que é o assunto deste comentário. Finalmente a Igreja começou a falar de pedofilia no seu seio, o que é um sinal positivo. O problema é que, quando a Igreja reconhece que erra, a única acção que toma é pedir desculpa. Pediu desculpa pelos crimes que cometeu durante a Santa Inquisição, no apoio que deu ao regime Nazi e agora nos casos de pedofilia. Estes pedidos de desculpa pressupõem arrependimento, mas em si não contribuem nada para a resolução dos problemas. As desculpas não servem para absolutamente nada se não se tomarem medidas para enfrentar e solucionar os problemas.

Algumas perguntas precisam urgentemente ser respondidas. Uma delas é sobre a razão que leva a que existam tantos casos de pedofilia nas instituições religiosas. Atenção que com isto não quero afirmar que seja neste tipo de instituições que o número de casos é mais elevado. Aparentemente no o maior número de casos de violações de menores acontece no seio familiar.

O celibato dos sacerdotes e a vulnerabilidade das crianças nestas instituições, não serão factores a considerar? E as vocações? Não serão elas simplesmente fugas para esconder outros problemas?

É precisa uma reposta rápida e eficaz por parte de Bento XVI, é preciso punir civilmente os implicados, Papa incluído se se apurar o seu envolvimento.

De uma vez por todas é preciso que a Igreja não se alheie mais da realidade e assuma todas as suas responsabilidades. Não seria isto que Jesus Cristo faria?

E você Reflexos, qual a sua opinião sobre este tema?

sábado, 27 de março de 2010

Sábado, última hora I (Rádio não está em perigo e é um dos media mais completos)


Lê-se num pequena notícia publicada a 25 de Março no site da RTP:

A Rádio é um dos media mais completos, que está longe de estar em perigo e que pode ganhar maior visibilidade com a Internet, defenderam vários especialistas num congresso internacional de Rádio que decorre hoje em Lisboa.

Elísio de Oliveira, que participou na sessão de abertura do congresso em representação do presidente da Entidade Reguladora da Comunicação foi um dos advogou a tese de que a rádio é insubstituível.
O congresso, organizado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas é subordinado ao tema "Pós Rádio: R@dio como media social?" abordou em varias mesas redondas a rádio, a musica e a internet.

É com esta notícia que inauguramos esta segunda rubrica da Visões a qu4tro mãos, que o Outras Escritas cruza com o Desvios e onde todos os Sábados ao final do dia comentamos separadamente a mesma notícia.

Começamos bem, com uma notícia sobre o "estado de saúde" de um dos meios de comunicação social que mais aprecio. A rádio...


Rádio é dedicação, alegria, informação:


É um excelente meio publicitário:


Estes pequenos apontamentos do filme "A menina da rádio" realizado por Arthur Duarte em 1944, revelam (mesmo em tom de brincadeira) que a rádio tem tido sempre um papel importantíssimo como meio de comunicação social. As rádios regionais ou locais retratadas no filme, são um óptimo exemplo de proximidade, que tantas vezes faz falta noutros meios de comunicação como a televisão por exemplo.

A rádio faz parte do meu imaginário. Desde sempre que me lembro de a ter como uma companhia e foi através da rádio que comecei a ouvir, aprender e gostar, de uma das formas de arte que mais me fascinam, a ópera. Sou, como é óbvio, ouvinte regular da antena 2.

Um facto curioso é que, com a quantidade de automobilistas que correm diariamente de casa para o emprego e do emprego para casa, a rádio continua hoje em dia a ter audiências elevadas. Não há carro que não tenha auto-rádio.

Com a Internet, as rádios passaram a disponibilizar as suas emissões on-line o que veio permitir aumentar ainda mais as suas audiências, uma vez que podem ser ouvidas em qualquer parte do mundo.

É por esta razão que considero a notícia de que as rádios "estão de saúde" e a de que Internet vem contribuir ainda mais para a sua divulgação, uma excelente forma de começarmos esta rubrica.

E você Reflexos? O que acha desta notícia?