No dia 16 de Outubro de 1929 nasce no Rio de Janeiro Arlette Pinheiro Esteves da Silva, que viria a adoptar o nome artístico de Fernanda Montenegro.
Da Infopédia:
Conceituada actriz brasileira, Arlette Pinheiro Esteves da Silva nasceu a 16 de Outubro de 1929, no Rio de Janeiro. Versada em línguas, aos 20 anos já dava aulas de Português a estrangeiros e fazia traduções de textos literários, adaptando-as para o formato de radionovelas. Esta ocupação levou-a a tentar o teatro, onde se estrearia em 1950 com a peça Alegres Canções nas Montanhas, tendo adoptado o seu nome artístico. Aqui se enamorou do seu colega de elenco Fernando Torres e com ele casaria em 1953. Gradualmente, tornou-se um dos grandes nomes do teatro carioca e paulista, contracenando com "monstros" como Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Natália Thimberg e Cacilda Becker. Em 1962, deu os primeiros passos na televisão, participando em dramas exibidos em directo e marcando presença constante em telenovelas e séries. Chegou ao cinema pela mão de Leon Hirszman em A Falecida (1965), uma adaptação cinematográfica do livro de Nélson Rodrigues. A sua popularidade e as claras tendências políticas de esquerda que assumia publicamente tornaram-na persona non grata entre o regime ditatorial brasileiro. Em 1979, ela e o seu marido foram alvos de um atentado levado a cabo por uma força paramilitar afecta ao governo. Apesar de terem saído ilesos, tiveram que cancelar digressões teatrais. Em 1980, um filme por si protagonizado, Eles Não Usam Black-Tie, venceu o Leão de Ouro do Festival de Veneza. Teatralmente, a década de 80 assistiu à sua consagração nacional, tendo vencido, em 1982, o prémio Molière para Melhor Actriz com a peça As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant. Com as telenovelas, chegou aos recantos mais obscuros do Brasil e granjeou enorme popularidade em Portugal com Baila Comigo (1981), Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986) e O Dono do Mundo (1991), todas elas realizadas pela Rede Globo. Depois de um interregno de três anos em que procurou dedicar-se à sua carreira teatral e ao seu marido debilitado por um acidente vascular, regressou em força com a telenovela Zazá (1997), imortalizando a cómica figura de uma milionária filantropa que se crê filha ilegítima de Santos Dumont. No ano seguinte, tornou-se, surpreendentemente na primeira brasileira a ser nomeada para o Óscar de Melhor Actriz pelo drama Central do Brasil (1998), em que desempenhava a figura comovente de Dora, uma funcionária pública de uma pequena cidade do interior que ajuda a população analfabeta, escrevendo cartas para os seus familiares das grandes metrópoles. Apesar de tentadoras propostas para seguir uma carreira internacional, não saiu do Brasil: voltou ao cinema para a adaptação da obra de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida (2000), e protagonizou as telenovelas As Filhas da Mãe (2001) e Esperança (2002). A sua filha Fernanda Torres seguiu também as suas pisadas, sendo um dos valores seguros do teatro e televisão brasileiros.
Fernanda Montenegro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-10-16]
Gosto muito da Fernanda Montenegro. Gostei da sua prestação no filme "Amor em tempos de cólera". Aliás foi das poucas coisas que gostei neste filme de 2007, baseado no livro do escritor Gabriel García Márquez.
ResponderEliminarA Fernanda Montenegro é das minhas actrizes de eleição.
ResponderEliminarNão tive ainda a oportunidade de a ver no teatro, mas é uma experiência que ainda espero vir a ter.
Quanto ao filme "Amor em tempo de cólera", por razões "operacionais" não tive oportunidade de ver no cinema. Mas acredito que a Montenegro salva qualquer produção.