quinta-feira, 22 de novembro de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Janelas de Todo o Mundo

domingo, 8 de janeiro de 2012
Fazes-me sempre muita falta...
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A fotografia foi tirada há precisamente três anos aqui no Funchal, no último jantar de aniversário.
Funchal, 11 de Outubro de 2010
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Enock e os seus presentes de Natal / Enock's Christmas presents
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Não se vendem bilhetes para o São Carlos?
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Enock

domingo, 1 de maio de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
A pequena Esnart
sábado, 20 de novembro de 2010
A minha prima Anabela

No dia do funeral do meu Tio Zé Maria, gostava de deixar aqui no Outras Escritas, uma homenagem à minha prima Anabela, sua filha, pela sua força e coragem.
É bonito ver uma filha homenagear o pai com palavras tão sentidas e sábias.
Beijinhos Prima...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Novamente o luto...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Fazes-me falta...
+Dez+2008.jpg)
terça-feira, 4 de maio de 2010
Terça, Flashback VI (A menina Laura)
A menina Laura nasceu num dia de Maio de 1942 numa pequena vila do interior alentejano. Filha do mestre Quim Sapateiro e da menina Maria do Quim, sim, porque por essas bandas as mulheres são todas meninas, a pequena Laura teve uma infância cheia de atenções e mimos dos seus pais. Nada de muitos luxos. O mestre Quim não era nem nunca foi rico, pelo menos do ponto de vista financeiro.
A menina cresce, vai à escola mas completa apenas a quarta classe segundo o que era habitual naquela altura, pelo menos no seio das famílias mais pobres. Não foi, no entanto, o facto de não ter continuado os estudos que fez dela uma pessoa menos inteligente ou menos pronta para enfrentar a vida que tinha pela frente.
Já uma mulherzinha, Laura aprende a bordar com a menina Amália que por sua vez tinha aprendido com uma senhora da Madeira. Aprendeu depressa e bem a arte do bordado mas, curiosamente, não foi nesta altura da sua vida que mais uso dela fez.
Mais uns anos passam e a menina Laura começa a interessar-se por um rapaz meio traquinas que andava já há uns tempos a fazer-lhe olhos bonitos. Havia, no entanto, um problema. A menina era filha do mestre Quim sapateiro e o rapaz filho do senhor Alberto Grilo, um dos homens mais ricos da terra.
O amor, felizmente, venceu e a menina Laura casou com o menino Zé Joaquim num dia de Abril de 68.
Logo após o casamento, começam os problemas financeiros do Sr. Alberto Grilo que é obrigado a encerrar vários dos seus negócios e a despedir muitos dos seus funcionários. Os membros da família têm que arregaçar mangas para salvar o que resta. A menina Laura e as outras mulheres da família Grilo ficam com o trabalho ingrato de cuidar do aviário. Limpar e alimentar os frangos eram as suas tarefas diárias. Quem na altura pensou que Laura casara por dinheiro, imediatamente verificou que tal não poderia estar mais longe da realidade. O afinco com que ajudou a família Grilo era a maior prova de amor que Laura poderia dar ao seu marido.
É nesta época de luta e dificuldades, que Laura tem o seu primeiro filho ao qual é dado o nome do seu sogro, Alberto, segundo a tradição da família Grilo que, chama "Alberto" a todos os primeiros filhos dos casais.
Quatro anos mais tarde nasce uma menina a quem e dado o nome de Alexandra. Nesta altura os problemas financeiros da família Grilo estão já mais controlados e Laura não necessita trabalhar.
Laura e Zé Joaquim levam muito a sério a educação dos seus dois filhos. Laura, mais presente no dia-a-dia, é uma mãe amiga e carinhosa, mas sabe impor respeito e quando os meninos se portam mal, levam com um sapato no rabo. A relação que tem com os dois é, no entanto, franca e aberta e baseada na confiança mútua. Uma forma de educar diferente do que era habitual na altura e que ainda hoje se reflecte no relacionamento com tem com os filhos.
Desenganem-se, os que pensam que Laura nesta altura da sua vida apenas cuidava da casa, do marido e dos filhos. A menina-mulher tinha, entretanto aprendido alguns conceitos básicos de enfermagem e quase todos os dias ao fim da tarde saia de casa para dar injecções ou fazer curativos em pessoas doentes. Durante o dia, os doentes que se podiam deslocar passavam em sua casa para receber este tipo de cuidados. Laura raramente cobrava dinheiro a estas pessoas. A uns porque eram pobres e a outros porque eram amigos. No entanto, a recompensa vinha sempre mais tarde e em géneros. Ovos, galinhas, patos, borregos, legumes e tantas outras coisas que valiam bem mais que o dinheiro que cobrasse.
É com muita alegria que Laura recebe uma proposta de trabalho para auxiliar de Médico, numa fábrica de lacticínios. Trabalha apenas umas horas durante a manhã, mas o dinheiro que ganha sempre ajuda nas despesas da casa. Este foi talvez um dos períodos mais felizes e intensos da sua vida. Conheceu muita gente e fez muitos amigos. Laura tem uma aptidão inata para lidar com as pessoas e teria sido uma excelente enfermeira se tal oportunidade lhe tivesse sido dada.
Os filhos crescem, são bons alunos e não dão preocupações. Laura, embora tenha muito orgulho neles, nunca os recompensa nos finais de ano escolar. Porquê? Porque os filhos devem estudar para se realizarem pessoalmente e não para serem recompensados materialmente por isso.
É com alguma tristeza que vê Alberto partir para longe afim de iniciar os seus estudos universitários. No entanto, Laura é forte e quando o filho sente saudades de casa, faz tudo para não se comover e para lhe dar força para continuar. Uns anos mais tarde parte Alexandra com a mesma finalidade. A casa fica mais vazia, mas Laura não se deixa ir abaixo. Precisa de ocupar o seu tempo, nunca foi mulher de estar parada em casa a tratar do marido, com quem mantém um óptimo relacionamento.
É por esta altura que vê surgir a oportunidade de colocar em prática os seus conhecimentos na área do bordado. A convite de uma entidade pública local, passa a ser monitora de um curso de bordados. Mais uma vez as capacidades de Laura são postas à prova. Desta vez tem que ensinar e ser "professor" não é tarefa para qualquer um.
O primeiro curso corre muito bem, ou não fosse Laura uma excelente comunicadora. Surgem convites para o segundo, o terceiro, o quarto... tantos que já se perdeu a conta. Ainda hoje mantém esta actividade, passados que estão mais de quinze anos.
Como qualquer história de vida, também a história de Laura conta com alguns momentos menos bons:a morte repentina do sogro, o cuidar da sogra acamada durante os últimos meses de vida, a doença do marido que o levou à portas da morte e a morte do pai, são só alguns exemplos.
Laura, enfrentou todas estas situações com tristeza mas determinação. Ela comanda, decide, fala e resolve.
Em 2007 toda a família fica em pânico quando após uma cirurgia sem importância Laura fica às portas da morte. Nova cirurgia e as coisas ficam resolvidas. Laura é forte e não se deixa vencer assim às boas.
Hoje em dia, esta Mulher, continua a viver na pequena vila alentejana onde nasceu. Mantém um casamento de mais de quarenta anos com o seu Zé Joaquim e cuida mãe e da cunhada Isabel que é como se fosse sua irmã. Laura revelou-se uma verdadeira Matriarca e é o pilar da família.
Pediram-me para olhar para uma caixa com lápis de cor e escrever uma história sobre "a cor dos meus dias". Lembrei-me imediatamente da menina Laura. Ela é, sem dúvida, a cor dos meus dias. Meus, e de muita gente...
A menina Laura é também a minha mãe e a minha melhor amiga.
domingo, 2 de maio de 2010
Dia da Mãe

Um beijinho para a minha com quem não posso estar hoje e para todas as outras mães.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Morreu a Ti Bia

A Ti Bia era minha tia avô, irmã do meu avô materno. Era uma da minhas tias preferidas quando eu era criança. Morava na minha rua, um pouco mais ao fundo e gostava de ter a janela sempre aberta. Quando eu passava chamava "Ti Biaaaaaa" e ela aparecia, sempre alegre e bem-disposta.
O que eu gostava acima de tudo era da sopa de feijão com massa. No Alentejo de tudo se faz sopa e as de feijão sempre foram as minhas preferidas. De feijão com massa não havia como a sopa da Ti Bia.
Depois de oito anos acamada, a Ti Bia partiu hoje. Viveu muito e já era hora de partir. Mesmo assim, fiquei triste com a notícia e saudoso dos meus tempos de menino.
Adeus Ti Bia, a gente vê-se por aí...
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Faz anos hoje - Pai
Farias hoje 75 anos.
Que saudades tenho de quando me chamavas: meu querido filho.
Parabéns...
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Jantar de Natal dos Primos
A ideia partiu da minha irmã que utilizou o facebook para fazer os convites (afinal o facebook sempre serve para alguma coisa, será desta que vou criar um perfil?).
Fomos cinco a jantar, ou seja, um grupo muito reduzido. O jantar, no entanto, foi muito agradável. Fomos ao Meco e comemos obviamente mariscos.
Soube muito bem esta pausa na minha depressão natalícia. Hoje estou mais animando e com um pouco mais de vontade para encarar esta época.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Um prenúncio de morte
Está tudo bem, não é preciso médico, os enjoos passam ao deitar.
Depois a cor, um amarelo de icterícia, mas está tudo bem... vai passar.
A ida ao médico, a decisão de consulta no hospital e o diagnóstico seguido de internamento.
Nada de especial, uma cirurgia e ficará tudo bem.
São precisos exames, mas há feriados e tudo se atrasa e o tempo passa e o internamento contínua.
A operação demora muito? Demora pouco? Cinco horas no mínimo.
Passam cinco, passam seis, passam sete e passam oito. Demorou nove, mas correu bem. É preciso ventilador devido ao tempo de anestesia.
Ar condicionado, provoca pneumonia.
O pânico instala-se.
Quando sairá do S.O.? A pneumonia teima em regredir.
Está melhor, não precisa de ventilador, mas de uma máscara com oxigénio. Por uns dias pelo menos.
Está difícil fazer regredir a pneumonia. Surgem uma bactéria e um vírus. Antibióticos, ventilador.
Hoje está melhor, amanhã está pior...
Melhor, pior, pior, hoje melhor, mas depois pior, pior.
Cura a bactéria e cura o vírus, mas está débil precisa de ventilador.
Com ventilador, sem ventilador...
Melhor, pior, pior, melhor.
Surge uma pequena mancha no pulmão. O que será?
É um tumor.
Pânico!
Pode ser benigno e até é pequeno.
Fazer análises e biopsia.
Esperamos, esperamos...
As análises são negativas, mas a biopsia demora...
Esperamos, esperamos...
Um telefonema, o resultado. Deu positivo.
Desmoronamos..
Não há hipóteses de quimioterapia, está fraco.
Tenta-se retirar do ventilador e diminuir os sedativos, mas não se consegue.
Está cansado, sem forças...
Nós também, sem forças e sem esperança.
Esperamos, esperamos, esperamos.
O quê? Um telefonema final.
Um milagre, quem sabe...
E, um dia, o telefonema surge... O FIM.
A tristeza instala-se, o pânico surge e a dor quase mata.
O ritual da morte apodera-se de nós.
É preciso reconhecer. Vejo e toco e é tão frio...
Depois carregar, e por fim a terra.
O barulho ensurdecedor da terra a cair sobre o caixão...
domingo, 18 de outubro de 2009
Agradecimento
O Outras Escritas parou, tinha que parar. Era humanamente impossível para mim escrever aqui fosse o que fosse. Todo o meu tempo foi dedicado a confortar a família e a tratar de burocracias e formalismos. Fiz coisas que pensei nunca ter que fazer ou não ter coragem para tal.
Agradeço especialmente à Reflexos por esta mensagem no Desvios.
Agora, estou a juntar os cacos e pronto para continuar. O Outras Escritas está de volta.