Mostrar mensagens com a etiqueta desabafos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta desabafos. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Coffee, Cafes & Coffee Brands


(in english below)

Durante um excelente fim-de-semana, passado com os meus amigos Cristina Reis e Luís Melo, visitámos com alguma atenção dois cafés de referência na cidade do Funchal, o Golden Gate Grand Cafe e o The Ritz Cafe.

Entre um café, uma torrada e um chá, surge a ideia de criarmos uma página de Facebook dedicada à paixão comum que temos pelo café e pelos cafés. Pusemos mãos à obra e lançámos ontem a página Coffee, Cafes & Coffee Brands, que está já a ter algum sucesso entre amigos e conhecidos "Facebookianos".

Os leitores do Outras Escritas estão desde já convidados a seguir-nos. Basta "clicar aqui" e fazer "gosto".


During last weekend, spent with my dear friends Cristina Reis e Luís Melo, we visited, in Funchal (Portugal) two very nice cafes: the Golden Gate Grand Cafe and The Ritz Cafe.

Between a coffee, a toast and a tea, we came across with the ideia of create together a Facebook page dedicated to our common passion for coffee and cafes. So, yesterday we created the page Coffee, Cafes & Coffee Brands.

I'd like to invite all my readers to visit and follow our page. For that, just click here and press "like".

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pimentos Padrão


Gosto muito de pimentos padrão porque, como diz o ditado: pimentos padrão, uns picam e outros não.

Como na Madeira tudo tem que ser diferente, proponho que o ditado seja adaptado para: pimentos padrão, uns não picam e os outros... também não.

É que ainda não encontrei pimento algum que pique!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Morte...


Tenho ido ao cemitério vezes de mais para aquilo que considero razoável. Hoje fui enterrar um amigo do coro que morreu precocemente.

A morte faz parte da vida, mas é uma grande CHATICE!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Dê-me um santinho"


Acabei de saber que no Ervedal, pequena vila norte alentejana onde vivi durante a minha infância e juventude, a pequenada anda pelas ruas a "pedir santinhos". Lembrei-me de um texto que escrevi precisamente há um ano aqui no Outras Escritas e que passo a transcrever.


Hoje é dia de Todos os Santos. No entanto, para muitas pessoas hoje é dia de ir ao cemitério, sendo que o dia de finados é 2 de Novembro, e, para 2 grande maioria hoje ou ontem, ou sei lá quando, é o dia das Bruxas, ou Halloween, costume que importámos recentemente dos países anglo-saxónicos, ao qual não acho a menor graça. Passámos a ter o dia de Todos os Santos celebrado como se fosse um Carnaval macabro onde adultos se mascaram durante a noite de véspera e crianças durante o próprio dia assustando, supostamente, tudo quanto é gente. Como diria o meu pai, "mais uma americanice".

Havia no Alentejo quando eu era pequeno, uma tradição mais saudável e menos comercial e que se enquadrava bem mais no espírito deste dia.

A pequenada juntava-se e ia em bando bater à porta das pessoas a "pedir santos". Ao abrir-se a porta todos gritávamos, "Dê-me um santinho", ao que o dono ou dona da casa muitas vezes respondia, "Vão à igreja que há lá muitos". Claro que depois nos punha nas bolsas de pão que todos transportávamos, os mais variados tipos de alimentos: maçãs, marmelos, romãs, nozes, ovos, etc. Havia também quem nos desse umas moedinhas.
No final do dia, já com as bolsas bem aviadas, a festa terminava com um pequeno banquete. A comida era a que estava nas bolsas e os refrescos compravam-se com as moedinhas.

Era um dia bem passado!


Fico contente por saber que esta tradição não se perdeu.

Um feliz dia de Todos os Santos (ou Pão por Deus) para todos....

sábado, 27 de outubro de 2012

"Mayday, Desastres aéreos" (actualização)

Depois do meu comentário na página do Facebook do National Geographic channel Portugal sobre a publicidade que faziam ao programa "Mayday, Desastres aéreos", fiquei contente ao ver a "postagem" de ontem.

Foi utilizada esta imagem:


com o seguinte texto: "Parece difícil de imaginar uma colisão de dois aviões em pleno voo. Perceba o que levou dois aviões a colidir e as regras de segurança impostas depois deste trágico acidente.

‘Mayday, Desastres Aéreos’, de segunda a sexta às 23h.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Mayday, Desastres aéreos"

Vejo diariamente um episódio da série "Mayday, Desastres aéreos" no National Geographic Channel português. Faço-o porque gosto muito de aviação e porque o programa está muito bem feito.

Não posso, no entanto, deixar de criticar a forma como é publicitado em Portugal. 

Em primeiro lugar o nome escolhido não me parece nada apropriado. No original em inglês (National Geographic channel) a série tem o nome de "Air crash investigation", que em tradução à letra significa "Investigação sobre acidentes, ou desastres, aéreos", ou seja, o nome adoptado em Portugal coloca ênfase no acidente e não na investigação que é feita subsequentemente e que conduz na, maioria dos casos, a melhorias significativas na segurança do transporte aéreo.

Para além do nome, as imagens associadas ao programa, não estão também de acordo com o espírito do mesmo. Há umas semanas deparei-me com anúncios nas paragens de autocarros em Lisboa com a seguinte imagem:


Ora, qualquer pessoa pode concluir que uma aeronave nestas condições (explosão de motor e quebra de asa à descolagem) está envolvida num acidente catastrófico com consequências gravíssimas e um número de vítimas elevado, o que nem sempre acontece no programa. Por outro lado a aeronave aqui representada é, aparentemente, um Boeing 777 que, ao que eu saiba, nunca esteve envolvida em nenhum acidente semelhante.

Para complicar ainda mais as coisas, na página do Facebook é hoje publicada a seguinte imagem: 

com o texto: "Qual é o vosso maior medo quando andam de avião? Descubram-no em "Mayday, Desastres aéreos". Assim sendo, o que os espectadores vão descobrir ou aprender com o programa é o seu maior medo quando andam num avião! Mas isto é totalmente contrário à mensagem que é transmitida em cada um dos episódios.

Decidi reclamar no Facebook e, após vários comentários concordantes com a minha opinião, a National Geographic Portugal respondeu o seguinte: "Obrigado pela opinião, Alberto. Teremos isso em conta nas próximas publicações que faremos aqui.

Vou ficar à espera...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ainda há boas notícias (The Ritz)

Hoje "fingi" que era Sábado e saí pela manhã em direcção ao Golden Gate Café, para a tomar a minha bica acompanhada de uma torrada.

Pelo caminho verifique que o café "The Ritz" voltou a abrir portas!

O que até há bem pouco tempo era um stand de automóveis, voltou a ser o café Ritz. O café, em plena Avenida Arriaga, foi inaugurado em 1920 e esteve aberto até finais dos anos 60 do século passado.

O interessados na história do café podem consultar "este documento".

A Avenida Arriaga passa, desta forma, a ter três cafés (no sentido mais tradicional do termo): O Golden Gate, o "The Ritz" e o Café do Teatro.





quarta-feira, 19 de setembro de 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Novo brinquedo (I)

O presente. Fora da caixa e de baterias carregadas
A experimentar a coisa! Mas com medo de a largar
Nada como um amigo que nos ajude, lendo as instruções
Em voo, depois de várias quedas e tentativas falhadas!


Obrigado mana!
Fotografias de Sílvia Lanhas Massacote.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Reflexões...

Andámos a viver acima das nossas possibilidades durante muitos anos. Todos devíamos saber que tal não poderia dar bom resultado, logo a culpa da situação actual é de todos e não só dos políticos.

Dizer mal é fácil! Apontar caminhos é mais complicado.

Receber é fácil, e pedir também. Dar, nem por isso! Logo não podemos estar sempre à espera que nos salvem.

É preciso ter cuidado com os que dizem que querem uma mudança! Repararem que esses são os primeiros a querer que as coisas se mantenham como estão (ou estavam).

O dinheiro não nasce nas árvores, como por vezes nos fazem crer. Se assim fosse, bastava plantar uma floresta e problema estava resolvido.


Atenção, com estas reflexões quero apenas chamar a atenção para alguns pontos que são muitas vezes esquecidos nas críticas que se fazem às medidas de austeridade, não pretendo colocar-me a favor ou contra elas.

domingo, 2 de setembro de 2012

Ciro in Babilonia (Rossini Opera Festival 2012)



A ópera Ciro in Babilonia marcou a minha estreia no Rossini Opera Festival. Assiti à quarta récita desta ópera, no dia 19 de Agosto.

O elenco foi o seguinte:

Baldassare - Michael Spyres
Ciro - Ewa Podles
Amira - Jessica Pratt
Argene - Carmen Romeu
Zambri - Mirco Palazzi
Arbace - Robert McPherson
Daniello - Raffaele Costantini

Encenação - Will Crutchfiled

Orquestra e coro do Teatro Comunale di Bolonha dirigidos pelo Maestro Davide Livermore.

O libretto de Francesco Aventi relata a história de Baldassare, rei da Babilónia, que se encontra cercado na sua cidade pelas tropas de Ciro, rei da Pérsia (sinopse). Baldassare rapta e apaixona-se pela mulher de Ciro e este faz tudo para salvá-la.

A encenação de Will Crutchfield, transporta-nos para uma sala de cinema mudo dos anos 30 do século XX. Para os mais cépticos, esta transposição poderá parecer à partida estranha, uma vez que a ópera retrata cenas bíblicas, nos entanto, devo dizer que foi bastante eficaz e agradável.
Durante a abertura o público, constituído por elementos do coro, entra na sala de cinema e toma o seu lugar. A ópera é assim apresentada como se fosse um filme a preto e branco, com os cantores como personagens principais e os cenários projectados em telas no fundo de palco. Por vezes é usada uma tela transparente na frente de palco onde são projectados uns efeitos que fazem parecer que se está mesmo a ver um filme de cinema mudo.
Curiosamente, os figurinos das personagens masculinas respeitam, aparentemente, os trajes de época, mas os das personagens femininas são muitos inspirados nos anos 20/30 do século passado.


Quanto às vozes:

Carmen Romeu, Mirco Palazzi e Raffaele Costantini estiveram bem nos seus papeis secundários e não desvirtuaram o trabalho dos cantores principais, tendo constituído um bom elenco de suporte.

Robert McPherson, tenor, interpretou Arbace, personagem secundária, mas com uma ária tipicamente rossiniana no primeiro acto. A voz é ligeira, mas ouve-se bem (o Teatro Rossini não é muito grande, penso que será um pouco mais pequeno que o S. Carlos), o timbre não é dos mais agradáveis, mas tem um bom legatto e domina bem as passagens de coloratura. No registo agudo, denota-se um certo stresse e, para compensar uma certa diminuição de volume, o cantor parece entrar em esforço, o que se traduz em alguma estridência.

Michael Spyres, tenor interpretou Baldassare, rei da Babilónia. O cantor de timbre muito agradável esteve em excelente forma, e "portou-se" como um verdadeiro tenor rossiniano, com uma excelente agilidade e um registo agudo cheiro e nada stressado (penso que terá atingido por várias vezes o ré sobreagudo). No segundo acto interpreta o que parece ser uma "ária de loucura", de forma extraordinária, mesmo que passe grande parte do tempo em cima de uma passadeira rolante. Uma característica interessante da voz do cantor é que tem um registo grave bastante bem suportado. Isto é importante porque Rossini usou e abusou do registo grave (e do agudo também).

Jessica Pratt, soprano, interpretou Amira, mulher de Ciro. A cantora tem uma voz cheia e potente (quase lírica), de timbre agradável e com um bom legatto. Denotei no entanto um uso excessivo do pianíssimo nas passagens mais agudas, principalmente no primeiro acto. Isto pode ser apenas uma questão de gosto e não uma dificuldade técnica, uma vez que nas cabalettas os agudos eram alcançados em forte sem dificuldade. A coloratura não foi também perfeita no primeiro acto, tendo melhorado no segundo. No geral achei o desempenho de Pratt muito bom, as críticas que faço são apenas de pormenor. 

Ewa Podles, contralto,  interpretou Ciro, personagem central da ópera. Já falei várias vezes aqui no blogue da voz de Podles uma vez que é das minhas cantoras favoritas. Já tinha ouvido a cantora em Barcelona a interpretar Orsini na ópera Lucrezia Borgia de Donizetti e desta vez fiquei ainda mais satisfeito com a sua prestação. Tudo em Podles é perfeito. A voz é escura (escuríssima), maleável, e potente e cheia em todos os registos (a cantora tem 3 oitavas de voz).
Na récita, a cantora foi uma verdadeira rainha vocal, embora tenha interpretado o papel de "rei"! Ciro tem duas grandes (longas) árias, uma no primeiro acto e outra no segundo, quase no fim da ópera. Podles interpretou de forma perfeita estas árias (vocal e cenicamente), fazendo delas o ponto alto da récita. No segundo acto os aplausos foram tantos e tão prolongados que a cantora teve que "sair da personagem" para agradecer.
Para além da voz, Podles é também uma boa actriz, o que abona ainda mais a seu favor.


Depois da récita tive oportunidade de cumprimentar Michael Spyres, Jessica Pratt e, claro, Ewa Podles. Apesar de cansados, todos foram bastante simpáticos e distribuíram autógrafos. Com Podles tirei também a fotografia que está destacada na barra lateral do blogue, porque afinal como alguém dizia, "a Podles é um fenómeno da Natureza!".




terça-feira, 7 de agosto de 2012

Este blogue está parado?

Ultimamente parece que sim! Só agora reparei que o último post que aqui deixei tem data de 22 de Julho.

Devo confessar que, ultimamente, a leitura me dá mais prazer que a escrita e por isso... vou lendo! À cabeceira tenho "O Intruso" do William Faulkner e "Mozart, O supremo Mago" de Christian Jacq. No tablet, para experimentar os eBooks, vou relendo "O Amor de Perdição" do nosso Camilo.

Volto com notícias do Festival Rossini de Pesaro!

terça-feira, 6 de março de 2012

ROF 2012 (Rossini Opera Festival) - Desabafo

Um sonho por concretizar: uma ida ao Festival Rossini em Pésaro (Itália), onde em três ou quatro dias do mês de Agosto se consegue assistir a várias récitas de óperas pouco apresentadas, deste que é um dos meus compositores favoritos (e ainda se pode ir à praia).

Recebo o programa para este ano. "Flórez, Ewa Podles, Daniela Barcelona? Uau!, pensei.

Abro sítio da easyJet: Funchal - Lisboa - Roma - Lisboa - Funchal, preço em conta!

Entusiasmo-me...

Abro agora o sítio da Trenitalia: Roma - Pesaro - Roma, um pouco caro, quando comparado com o preço dos voos... mas...

O entusiasmo continua...

Vejamos agora hotéis no Booking: quatro noites em Pésaro, mais uma noite em Roma... hum, um pouco caro, mas...

O entusiasmo relativiza-se.

Preços das récitas: mais ou menos em conta...


Somatório das partes: "O quê? Deves estar doido! Até parece que vais ter subsídio de férias".


Fechei todas as janelas do browser e voltei a "enterrar-me" no trabalho!

(Atenção, este "post" deverá ser considerado um desabafo da minha parte e não uma provocação ou  um lamento. No meio de tanto desemprego e tanta precariedade, ainda me considero razoavelmente remediado).

domingo, 22 de janeiro de 2012

Geocaching

Nova actividade de lazer para os tempos livres do fim-de-semana. Chama-se Geocaching e consiste em encontrar contentores (caches) das mais variadas dimensões, que estão espalhados por toda parte, visto haver uma comunidade mundial de "Geocachers". Tudo isto com ajuda de GPS.

Estou bastante entusiasmado! Já encontrei, entre outras, uma "micro-cache" mesmo no centro do Funchal.

Mais informações em www.geocaching.com.




domingo, 8 de janeiro de 2012

Fazes-me sempre muita falta...



Escrevi o texto abaixo já há algum tempo aqui no Outras Escritas aquando da passagem de um ano da morte do meu pai. Como hoje é um dia especialmente triste, uma vez que era o dia do seu aniversário, acho que devo uma vez mais partilhá-lo convosco.

A fotografia foi tirada há precisamente três anos aqui no Funchal, no último jantar de aniversário.




Funchal, 11 de Outubro de 2010

Meu querido Pai

Faz hoje um ano que te foste embora, sem teres tido oportunidade de uma despedida. Partiste, assim de mansinho e aos poucos, depois de uma luta inglória que durou tempo demais e que não conseguiste vencer.
Desde essa altura que não me é permitido falar contigo, ouvir-te, ver-te ou sentir a tua presença.

Vivemos separados a maior parte das nossas vidas porque eu saí cedo de casa para poder estudar e nunca mais voltei, a não ser em tempos de férias, ou a meio de viagens de trabalho. A minha ausência implicava que não falássemos muitas vezes, mas era bom poder ouvir-te ao telefone pelo menos uma vez por semana e quando eu chegava ao Alentejo para uma visita, era muito bom ouvir-te dizer: "Então como está o meu querido filho?"
Ai, como tenho saudades de ouvir-te chamar-me "meu querido filho"!

Com a idade, foste ficando mais ternurento, meigo e sossegado, e isso foi bom para o nosso relacionamento. Parece que te sentia mais próximo de mim e que estávamos mais à vontade um com o outro. Notei isto, quando passaste a não suportar as nossas despedidas. Ias-te embora e ficavas sozinho enquanto eu partia.

Há um ano inverteram-se os papéis, partiste tu e deixaste-me a mim a a todos os que gostam de ti, mais sozinhos e mais tristes. Sei que não tens culpa e que provavelmente terias ficado, se isso dependesse só de ti, mas na verdade, fazes-me falta pai, fazes-me muita falta.

Um beijo do teu filho

Alberto

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A minha mãe é melhor que a vossa! Ah pois é!

Então não é que neste Natal fui surpreendido como uma criança? 

A responsável foi a mãe fantástica que tenho.

Obrigado Mãezita! És mesmo a melhor mãe do mundo...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Não se vendem bilhetes para o São Carlos?

Telefonema de familiar no dia de ontem, a perguntar se o Gato das Botas ou a Madame Butterfly seriam indicadas para uma incursão no mundo da ópera de um casal amigo.

Respondi imediatamente que, nem uma, nem outra!

Como "tem que ser no São Carlos", lá fui dar uma vista de olhos na temporada actual. Confirmei que O Gato das Botas de Xavier Montsalvatge está em cena no Teatro Camões, mas sendo uma ópera essencialmente para um público infantil/jovem, não seria nada indicada. Para além disso não conheço a obra, e não gosto de recomendar algo que não conheço.

A Madame Butterfly estará em cena em Março, mas é Puccini, e eu tenho sérios problemas com a maioria das obras deste compositor.

No entanto, em Janeiro, estará em cena a ópera Così fan tutte de Mozart, esta sim, uma excelente escolha para uma primeira abordagem a este mundo.

Telefonei, todo contente, com a minha recomendação, que foi imediatamente aceite. No entanto reparei mais tarde que a venda de bilhetes para todos os espectáculos do S. Carlos em 2012 está "temporariamente suspensa".

O que se passa? Algo me escapou...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Dê-me um Santinho"

Hoje é dia de Todos os Santos. No entanto, para muitas pessoas hoje é dia de ir a cemitério, sendo que o dia de finados é 2 de Novembro, e, para a grande maioria hoje é o dia das Bruxas, ou halloween, costume que importámos recentemente dos países anglo-saxónicos ao qual não acho a menor graça. Passámos a ter o dia de Todos os Santos celebrado como se fosse um Carnaval macabro onde adultos se mascaram durante a noite de véspera e crianças durante o próprio dia e, supostamente, assustam tudo quando é gente. Como diria o meu pai, "mais uma americanice".

Havia no Alentejo quando eu era pequeno, uma tradição mais saudável e menos comercial e que se enquadrava bem mais no espírito deste dia.

A pequenada juntava-se e ia em bando bater à porta das pessoas a "pedir santos". Ao abrir-se a porta todos gritávamos, "Dê-me um santinho", ao que o dono ou dona da casa muitas vezes respondia, "Vão à igreja que há lá muitos". Claro que depois nos punha nas bolsas de pão (uns sacos de pano) que todos transportávamos, os mais variados tipos de alimentos: maçãs, marmelos, romãs, nozes, ovos, etc. Havia também quem nos desse umas moedinhas.
No final do dia, já com as bolsas bem aviadas, a festa terminava com um pequeno banquete. A comida era a que estava nas bolsas e os refrescos compravam-se com as moedinhas.

Era um dia bem passado!