sábado, 25 de outubro de 2008

Ao Lado da Música (XV) - Diana Krall

Diana Jean Krall nasceu em Nanaimo, no Canadá a 16 de Novembro de 1964, no seio de uma família de músicos.

Iniciou os seu estudos musicais de piano aos 4 anos e o jazz começou desde cedo a ser uma referência na sua vida, em parte devido à grande colecção de álbuns a que tinha acesso no ambiente familiar.

Com cerca de 15 anos, Diana Krall actuava regularmente ao piano em bares e restaurantes da sua terra natal.

Aos 17 ganha uma bolsa de estudo para o Berklee College of Music em Boston (EUA) e passado algum tempo muda-se para Los Angeles onde passa a estudar com Jimmy Rowles. Foi nesta altura que Krall se inicia no canto.

Em 1990 passa a viver em Nova Iorque e é nesta altura que começa a gravar com regularidade conquistando públicos dentro e fora do meio do jazz um pouco por todo o mundo.

Em 1993, Krall lançou seu primeiro albúm “Stepping Out” juntamente com John Clayton e Jeff Hamilton. O sucesso obtido com este álbum chamou a atenção Tommy LiPuma, que produziu seu segundo álbum “Only Trust Your Heart” (1995).

Seguem-se álbuns como "All for you - Dedication to Nat King Cole Trio" (nomeado para os Grammy's, "Love Scenes" (em trio com Russel Malone e Christian McBride).

Em 1999 com "When I Look in Your Eyes", Diana Krall ganha o Grammy de Melhor músico de Jazz do ano.

Em 2001 a cantora, cujo sucesso se tinha estendido a praticamente todo o mundo, faz uma digressão mundial (com passagem por Portugal) e grava num dos seus concertos em Paris o seu primeiro álbum ao vivo - "Diana Krall - Live in Paris". É com este álbum que recebe, em 2002, mais um Grammy, desta vez de Melhor Álbum de Jazz Vocal (este album incluiu dois famosos covers: “Just The Way You Are” – Billy Joel e “A Case Of You” – Joni Mitchell)

Mais tarde, casa com o músico Elvis Costello e lança-se na composição, o que resultou no lançamento do álbum “The Girl In The Other Room” (2004).

Em 2006, Krall lançou o álbum “From This Moment On” onde interpreta nomes famosos do jazz, como Irving Berlin, Cole Porter, Richard Rodgers, Lorenz Hart, entre outros, destacando-se também o tema "Insensatez" de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, com letra em inglês de Norman Gimbel.

No final de 2007 Diana Krall lança “The Very Best of Diana Krall”, uma edição de luxo, contém um CD e um DVD e reuni os maiores sucessos.

Criticada negativamente por se ter afastado dos circuitos do jazz tradicional, Diana Krall não pode deixar de ser considerada como um ícone deste meio.


Lançado pela Verve Records no final de 2007, esta colectânea reúne um conjunto CD+DVD com uma selecção dos melhores temas interpretados por Diana Krall ao longo de toda a sua carreira e já lançados noutros CD's ou DVD's.

Para além dos maiores êxitos de Krall, o CD contém três temas nunca antes editados.

O DVD contém alguns temas que foram lançados como "teledisco", e temas de concertos.

Fazem parte do CD, os seguintes temas:

'S Wonderful - George e Ira Gershwin - álbum The Look of Love
Peel me a Grape - David Frishberg - do álbum Love Scenes
Pick Youself Up - Jerome Kern e Dorothy Fields - do álbum Whem I Look in Your Eyes
Frim Fram Souce - Joe Ricardell e Redd Evans - do álbum All for You
You Go to My Hed - J. Fred Coots e Haven Gillespie - inédito
Let's Fall in Love - Ted Koechler e Harold Arlen - do álbum The Look of Love
East of the Sun (and west of the Moon) - Brooks Bowman - do álbum Live in Paris
I've Got You Under My Skin - Cole Porter - do álbum When I Look in Your Eyes
All or Nothing at all - Lack Lawrence e Arthur Altman - do álbum Love Scenes
Only the Lonely - Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn - inédito
Let's Face the Music and Dance - Irving Berlin - do álbum When I look In Your Eyes
The Heart of Saturday Night - Tom Waits - inédito
Litle Girl Blue - Richard Rodgers e Lorenz Hart - do álbum From This Moment On
Fly Me to The Moon - Bart Howard - do álbum Live In Paris

Do DVD, fazem parte os temas:

Narrow Dayliht - Elvis Costello e Diana Krall - teledisco
Let's Face the Music and Dance - Irving Berlin - teledisco
The Look of Love - Burt Bacharach e Hal David - teledisco
Temptation - Elvis Costello - ao vivo (concerto)
Almost Blue - Elvis Costello - teledisco
Abandoned Masquerade - Elvis Costello e Diana Krall - ao vivo (concerto)
Fly Me to The Moon - Bart Howard - ao vivo (concerto)
What Are You Doing New year's Eve - Frank Loesser - ao vivo (estúdio)



Publicado no Ao Lado da Música em 15/4/2008

3 comentários:

  1. Aqui está um casal que deve ser uma boa companhia: Krall e Costelo. Um café nesta companhia deve ser algo memorável...

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  2. Já fui um incondicional de Diana Krall, hoje sou um fã renitente.
    De Diana digo que é melhor ouvir do que ver, a sua voz é aveludada, a sua figura a cantar é gelo puro.
    É inegável o que a cantora canadiana trouxe ao jazz, tornou-o acessível, num espectáculo de massas. Dizem os puristas que desvirtuando o original. Mas de puristas está o inferno cheio...ou devia estar. Gosto do que Diana Krall acrescenta aos originais....não acerta sempre, mas muitas vezes acerta. Veja-se o que fez com aquela que é talvez uma das maiores canções de sempre: A Case of You. E logo eu que sou um incondicional de Joni Mitchell (já agora....há espaço para a DIVA Joni Mitchell neste blogue?). No mítico Live in Paris parece que Diana recebeu inspiração divina para cantar esta música. Se alguma canção alguma vez saiu daquele coração aparentemente empedernido, então foi A Case of You.
    E já que falamos de originais e não de cópias, mas sim de variações, que tal falar das suas influências? Joni Mitchell, claro, uma cantautora intocável no panorama musical. Sim, intocável. Já está naquele panteão reservado a uns "lucky few". Compositora, poetisa, pintora ... o melhor é não começar....afinal o comentário é sobre Diana Krall. Reservo as minhas palavras para o dia em que reparar que este blogue reparou em Joni... E também Shirley Horn, cuja forma sussurrada de cantar Diana segue muitas vezes.
    Sim, é sempre preferível o original à imitação. Sem dúvida. Mas Diana Krall não imita. À boa maneira pós modernista, a cantora reinventa, recria material já trabalhado anteriormente. Apropria-se de uma herança que é de todos e dá-lhes novas cores, novas roupagens. Mas também tem originais e por sinal muito bons.
    Aguardamos pelo próximo. Mas a maternidade deve ser a prioridade do momento....

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  3. Caro Ernesto

    Obrigado pelo seu comentário.

    É interessante ver a paixão (entusiasmo) com que fala da Joni Mitchell. Também a mim me acontece muitas vezes estar a comentar um trabalho de um cantor e acabar por falar mais de um outro que me diz mais (Joan Sutherland por exemplo).

    Claro que a Mitchell tem "lugar" no Outras Escritas. Aliás, já fiz referência ao álbum que o Herbie Hancock dedicou à cantora/compositora (http://outrasescritas.blogspot.com/2008/09/ao-lado-da-msica-ix-herbie-hancock.html)

    Cumprimentos

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