Do IOL Portugal Diário:
Com a barragem desaparecerá uma das paisagens mais belas do país.
A REFER assumiu, pela primeira vez, que o futuro da linha do Tua está dependente da barragem de Foz Tua, anunciando que a circulação continuará suspensa até uma decisão relativa à construção do empreendimento hidroeléctrico, noticia a Lusa.
Num comunicado divulgado terça-feira, a empresa proprietária da linha refere que a circulação entre o Cachão e a Foz do Tua «será condicionada à decisão que vier a ser tomada relativamente à construção da Barragem de Foz do Tua».
A circulação está suspensa há mais de meio ano neste troço da linha, desde o último acidente a 22 de Agosto, que provocou uma vítima mortal.
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Até agora, a REFER nunca se tinha pronunciado sobre as implicações da barragem, apesar de todos os estudos apontarem para a submersão de parte da linha, independentemente da cota da albufeira.
O início da construção da barragem de Foz Tua aguarda pela Declaração de Impacte Ambiental que, caso seja favorável, implicará a desactivação imediata dos últimos quatro quilómetros da linha.
A EDP necessita deste troço para os trabalhos de prospecção da barragem, que depois deverá inundar mais alguns quilómetros da ferrovia com o enchimento da albufeira, cortando a ligação à linha do Douro e ao Litoral.
Com a barragem desaparecerá também a paisagem que é considerada o principal atractivo para os passageiros desta linha, considerada das vias estreitas mais belas do mundo.
«Erro trágico»
Numa reacção ao anúncio da REFER, a Liga dos Amigos Douro Património Mundial (LADPM) «não se conforma com a situação» e lança um alerta a todas as entidades públicas contra a «descaracterização e desvirtuamento».
A Liga entende que «o afogamento da linha do Tua será um erro trágico que pode lesar o conceito de Património Mundial» do Douro Vinhateiro, já que se encontra na sua área de influência.
Num documento enviado aos membros do Governo, a LADPM alega não ser «contra o represamento da água dos rios, com fins energéticos, apoiando, de forma inequívoca, investimentos com sustentabilidade social, económica e ambiental».
«Porém, devem ser ponderados, desde logo nos estudos prévios, todos benefícios e custos, isto é, os impactos - positivos e negativos - que resultem da implantação de novos projectos que possam alterar significativamente, quer a paisagem, quer a destruição de património edificado, com valor social, intergeracional e económico, que a simples aplicação de técnicas financeiras não consegue captar, nem valorar adequadamente», acrescenta.
A Liga de Amigos do Douro entende que o Estudo do Impacto Ambiental (EIA) da barragem de Foz Tua «não valorizou a Linha do Vale do Tua».
Refere ainda não ter «quaisquer dúvidas de que a Linha do Tua constitui um bem cultural que a geração actual tem obrigação de preservar e transferir como legado para gerações futuras». Para a LADPM, «não está em causa o valor comercial actual» da linha, que admite ser reduzido, mas é «incalculável o seu valor patrimonial e cultural».In IOL Portugal Diário
Fotografia: http://www.linhadotua.net/
Olá meu amigo! Desculpe vir sem ser convidada. Vinha ver o seu texto para a fábrica das histórias e entreti-me a ler com atenção. Uma viagem pela lkinha do Tua é um momento mágico e absorvente. Só indo lá e aconselho-o a ir ñ se vai arrepender. Gostei mto de vir aqui. Desculpe a invasão. Um bj de amizade.
ResponderEliminarOlá Sindarin.
ResponderEliminarNão precisa de convite para vir ao Outras Escritas.
Eu até já tinha passado no seu blogue para ler a sua história desta semana.
Obrigado pela dica sobre o Tua. Já está nos meus planos há algum tempo.
Ainda bem que gostou do Outras Escritas. Sinta-se em casa... e volte sempre.
bj