sexta-feira, 20 de março de 2009

Notícia em Destaque - Dados do Governo apontam aumento de 7,3 por cento nos acidentes mortais em 2008

Lê-se no Público:

A Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) considera que o número de mortes nas estradas é superior ao que hoje é anunciado pelo Governo e culpa as autarquias por deixarem os carros andar a velocidade excessiva nas localidades. O relatório anual de sinistralidade rodoviária que é hoje apresentado indica que a maioria dos acidentes rodoviários registados no ano passado ocorreu dentro das localidades, tendo o número de mortos aumentado 7,3 por cento (mais 25 vítimas mortais) face a 2007 nestes acidentes. Segundo o documento, 71 por cento dos acidentes e 62 por cento dos feridos graves ocorreram dentro das localidades em 2008, enquanto o número de vítimas mortais foi superior fora das localidades (53 por cento). Para a ACA-M, o número de vítimas apontado no relatório oficial fica aquém da realidade. "O número de mortes a 30 dias, que o Governo não contabiliza, tem vindo a aumentar e tem vindo a aumentar precisamente nos centros urbanos", disse à Lusa Manuel João Ramos. Manuel João Ramos destaca que "é sobretudo nos centros urbanos que a chegada do socorro e às urgências é mais rápida". "As pessoas não morrem no local, mas morrem 15 dias ou 30 dias depois", sublinha. Manuel João Ramos, presidente da ACA-M, culpa as câmaras por permitirem que os automóveis circulem a uma velocidade excessiva em meio urbano. "Há uma falta de adaptação dos meios urbanos à velocidade automóvel. Se um automóvel andar a 70 ou 80 quilómetros/hora no centro de uma cidade, há pouca probabilidade de sobrevivência do peão, em caso de atropelamento", realçou. Este responsável destaca que o Instituto de medicina legal aponta para mais 40 por cento de mortos em termos de números globais no país em relação aos registos e considera que há omissões nas estatísticas, porque muitas vezes os números das polícias não correspondem aos números da Autoridade para a segurança rodoviária". "Por exemplo, tenho a certeza de que o acidente de 2006, em que foi atropelada uma menina na Avenida de Ceuta (Lisboa) não consta das estatísticas, nem sequer como ferido grave. Não compreendo. E este é um caso que foi muito mediatizado e era fácil de verificar", disse. Manuel João Ramos destacou que a ACA-M já se queixou ao Conselho Europeu de Segurança Rodoviária - que recentemente atribuiu a Portugal um prémio pela prevenção rodoviária - por considerar que o Governo sabe que as estatísticas não estão correctas. "Se as coisas estão tão bem, se o Governo faz tudo tão bem, por que é que as mortes não diminuem?", questiona. A Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-2015, que envolve vários ministérios, prevê a revisão do Código da Estrada com base nas alterações que vão ser introduzidas até 2015, entre elas a contabilização dos mortos até 30 dias após sofrerem um acidente de viação.

In Público

1 comentário:

  1. Talvez o maior problema seja a falta de civismo tanto do automobilistas como dos motociclistas e dos peões e não o excesso de velocidade como por aí se apregoa. Eu faço muitos milhares de quilómetros por ano e já cheguei a essa conclusão. Se bem que de Setembro a Dezembro ultimos fui apanhado 2 vezes com excesso de velocidade por aquelas máquinas irritantes denominadas "MULTANOVA" e que são cuidadosamente escondidas em locais estratégicos pelos não menos irritantes agentes da autoridade. Quero esclarecer, para não me acusarem a mim de falta de civismo que da 1º vez circulava a 82 KM/H quando o limite era 70 KM/H e da 2ª vez circulava a 120KM/H na IP2 numa recta de traço descontínuo mais ou menos com 6Km´s onde o limite é 90 KM/H. Concluindo talvez tenha uma pequena falta de civismo visto circular acima do limite de velocidade permitido por lei, mas como são contra ordenações leves não têem punição para além do pagamento de 60€. Então porque diabo me multam nessas caças à multa desenfreadas... cambada de Ladrões, as nossas autoridades.
    Menino

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