terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Notícia em Destaque - Telemóveis vão ser o principal meio de acesso à Internet em 2020

Lê-se no "site" do Público:

Esqueçam os “enormes” computadores pessoais em casa, esqueçam mesmo os mais leves portáteis. Daqui a 12 anos, será pelo telemóvel que faremos a maior parte dos nossos acessos à Internet. Pelo menos é essa uma das conclusões do estudo “O Futuro da Internet III” da Pew Internet & American Life Project. O estudo parte de algumas previsões para o futuro da Internet e confronta-as com a opinião de activistas e analistas. Uma larga maioria destes especialistas (77 por cento), considera que, apesar de iniciativas como “um computador por criança” virem a ser bem-sucedidas, o aumento da capacidade de processamento dos telemóveis, a sua portabilidade e preço mais baixo, farão deles a principal ferramenta de acesso à informação em todo o mundo. Em 2020 será também comum a utilização da voz e do toque como interface tecnológico. Fazer ditados para o computador passará a pertencer ao nosso dia-a-dia e, quando não quisermos que toda a gente ouça o que estamos a ditar, será possível projectar um teclado em qualquer superfície lisa. Porém, nem tudo são rosas no futuro da Internet. Se é verdade que a maioria dos especialistas concorda que haverá uma maior transparência por parte das pessoas e organizações, isso não equivalerá a um aumento da tolerância social. Para comprovar esta previsão basta fazer uma visita aos comentários do YouTube, onde vemos como a Internet também pode ser um meio intolerante e preconceituoso. Copyright vs “Crackers” Um das questões mais problemáticas e mais discutidas relativamente à Internet é o conceito de propriedade intelectual. Os downloads multiplicam-se, a partilha optimiza-se e, a cada nova estratégia proteccionista, surge uma nova forma de a contornar. O estudo da Pew aponta para a continuação desta guerra durante mais alguns anos, de um lado procura-se endurecer as leis de propriedade intelectual e, do outro, continuará a encontrar-se formas de copiar e partilhar conteúdos gratuitamente. A previsão actual é que estes últimos, os “crackers”, continuem alguns passos à frente, ao mesmo tempo que os legisladores não conseguirão chegar a acordo sobre propriedade intelectual. Outra das conclusões do estudo é que as divisões entre vida pessoal e profissional e realidade física e virtual estarão esbatidas em 2020 para quem está online. Como se começa desde já a adivinhar, os mundos virtuais serão formatos cada vez mais populares, principalmente devido à evolução dos interfaces tecnológicos. Para se estar verdadeiramente integrado na Web 2.0 (ou qualquer que seja o número em que vamos em 2020) será necessário pertencer a um destes universos. Além disso, as fronteiras da era industrial entre trabalho e vida pessoal irão diluir-se. Jogar e trabalhar ficarão misturados sempre que se desempenharmos alguma delas, seja em nossa casa, no ginásio, no centro comercial ou no local de trabalho, que o estudo prevê poder existir numa nova plataforma virtual. Os especialistas concordam ainda que a arquitectura da Internet não será substituída, mas antes melhorada com progressivos updates. Em 2020, cá estaremos para confirmar estas previsões.

In Público

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