No dia 30 de Dezembro de 2006 era executada a pena de morte de Sadam Hussein.
Da Infopédia:
Político iraquinano nascido a 28 de Abril de 1937, na localidade de Tikrit, no Iraque. Nos anos 60, depois de ter participado num golpe de estado falhado, esteve preso e exilado durante vários anos. Com um volte-face do regime, veio depois a ocupar cargos partidários e governamentais de grande importância.
Tornou-se o líder máximo do Iraque em 1979. Governou o país de forma despótica, entregando quase todos os cargos de responsabilidade a pessoas da sua família, numa lógica de gestão do poder político que verdadeiramente assegurava a sua concentração. Fez uso da polícia secreta para suprimir impiedosamente a oposição interna, e impôs ao povo, através de uma máquina de propaganda poderosa, o culto da sua personalidade.
No domínio da política externa, envolveu-se em conflitos sucessivos com os países vizinhos, na ânsia de conquistar a supremacia entre as nações do Médio Oriente e de ter acesso às grandes reservas de petróleo da região. Em 1980 lançou um ataque aos campos petrolíferos do Irão que degenerou numa guerra que se arrastou até 1988. Mais tarde, em Agosto de 1990, Saddam ocupou o Koweit, desencadeando aquela que ficaria conhecida como a Guerra do Golfo, mais uma vez na tentativa de tomar as reservas petrolíferas da região. O acto mereceu a condenação das Nações Unidas, que, através do Conselho de Segurança, decretaram um embargo comercial ao Iraque. Hussein ignorou os apelos e permaneceu com as suas forças no Koweit. A guerra teve início a 16 de Janeiro de 1991 e, em pouco tempo, Saddam saiu mais uma vez derrotado.
Em 1996, alguns familiares próximos de Saddam, com altas responsabilidades na governação no Iraque, procuraram afastá-lo do poder, contando para isso com a colaboração de certos países vizinhos. No entanto, Saddam acabou por anular a oposição, mandando mesmo aniquilá-los.
Em 2001, o seu filho Qusay Hussein tornou-se líder do partido Baath, indicando ser o escolhido para vir a suceder a Saddam.
Na sequência dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 aos EUA, o regime iraquiano foi considerado perigoso para a segurança dos norte-americanos e seus aliados. Pressionado, Saddam aceitou as inspecções às instalações militares iraquianas, supervisionadas pela ONU, com o fim de confirmar a não existência de armas nucleares e biológicas de destruição maciça. A sua deficiente colaboração com os inspectores conduziu, em Março de 2003, a novo conflito entre o Iraque e uma coligação ocidental liderada pelos Estados Unidos e o Reino Unido. Na sequência desta guerra, o seu regime foi deposto e Saddam foi dado como desaparecido. A 13 de Dezembro de 2003 soldados norte-americanos capturaram Saddam Hussein numa casa perto de Tikrit, a sua cidade natal. Três anos depois, a 5 de Novembro de 2006, Saddam Hussein foi condenado à morte por enforcamento por crimes contra a Humanidade. A sentença que lhe foi proferida tem por base apenas uma das acusações que lhe foram feitas, a morte de 148 xiitas na localidade de Dujail, em 1982. A 30 de Dezembro de 2006 foi executada a condenação.
Para além da política, Saddam Hussein dedicou-se também à literatura: o primeiro romance, Zabibah e o Rei (2001), foi um sucesso de vendas tendo sido transposto para um musical no Iraque. Editou, mais tarde, A Fortaleza Inexpugnável.
Em 2003 foi publicada a biografia política de Saddam Hussein intitulada Saddam Hussein: A Political Biography, escrita por Efraim Karsh e Inari Rautsi.
Saddam Hussein. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-30]
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