Ainda sobre o tema do voluntariado, destaco esta notícia da edição on-line do Diário de Notícias da Madeira:
O coração, a afectividade que o voluntário coloca na sua missão faz a diferença, dá o passo para a felicidade, pois ninguém é feliz sozinho, sem os outros. A opinião é de Adérito Barbosa, professor da Universidade Católica, que ontem, no Dia Internacional do Voluntário, lançou um livro e deu uma palestra sobre a felicidade no auditório da Reitoria da Universidade da Madeira. O tema da felicidade vem a propósito do que sentem, do que é ser voluntário nos dias que correm. Uma parte importante dos que dedicam o seu tempo aos outros não recebem dinheiro por isso. Prescindem do seu tempo para dá-lo aos outros, mas o professor da Católica entende que Portugal terá que repensar a questão da gratuidade do voluntariado. Embora a dedicação aos outros seja uma importante compensação, a verdade é que as pessoas não vivem do ar como lembrou Pedro Telhado Pereira, reitor da Universidade da Madeira, responsável pela apresentação do livro e do seminário. Como economista, o reitor lembrou que estas pessoas contribuem para o desenvolvimento social e económico, fazem pela felicidade dos outros e não recebem por isso. O trabalho gratuito dos voluntários explica em parte a pouca quantidade de voluntários em Portugal, a média abaixo nacional é inferior à europeia e muito aquém do que se passa nos países nórdicos. Adérito Barbosa alerta para o facto de, ao não atribuir meios de subsistência aos voluntários, a tarefa ficar confinada ao universo os consagrados, aos reformados, aos ricos, aos que têm bens. Além da palestra e do livro, as celebrações do dia - a cargo da Casa do Voluntário - o Workshop sobre a importância do voluntariado incluiu intervenções de responsáveis da Cruz Vermelha e do testemunho de Sónia Barbosa, voluntária em Moçambique.
In Diário de Notícias da Madeira
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