quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Notícia em Destaque - Fogo-de-artifício perigoso para os animais

Parece que os fogos de artifício não divertem todos.

No Diário de Notícias da Madeira:
São os cães que mais se assustam com o 'barulho' dos espectáculos pirotécnicos

Os acidentes com animais domésticos são comuns na noite de fim de ano, porque o barulho das 'explosões' do fogo-de-artifício é motivo para pânico. Fugas, auto-mutilação, distúrbios digestivos, ferimentos vários, são apenas algumas das situações habituais na época. Porém, a médica veterinária Raquel Estudante explica ao DIÁRIO que nem todos os animais domésticos se assustam com o fogo-de-artifício. São sobretudo os cães, embora nem todos. "Tem muito a ver com o próprio animal", diz. Segundo refere, alguns cães sofrem vários perigos durante e depois dos espectáculos pirotécnicos (vide destaque ao lado) e têm mesmo a tendência para fugir a qualquer custo. É sobretudo com estes animais que as pessoas devem ter um maior cuidado e reforçar a segurança na noite do fim de ano. As recomendações são várias. Raquel Estudante diz que, se os animais vão ficar em casa sozinhos, deverão ser colocados na área da casa com maior isolamento de som. "Por exemplo, se as pessoas tiverem uma garagem nas traseiras, ou uma casa de banho pequena que fique debaixo de umas escadas, os animais devem ficar lá com todos os confortos, como água, comida e um cobertor onde se aconchegar", aconselha. Quando os animais ficam em casa sozinhos, os donos devem também deixar uma luz acesa, porque não só o barulho mas também as luzes fortes aumentam o pânico. No caso dos donos estarem por perto, a médica veterinária refere que há animais que preferem ficar ao lado dos donos, por se sentirem mais protegidos. Noutras situações, há também a possibilidade de administrar um calmante, mas isso nunca deve ser feito sem a orientação do médico veterinário assistente. Raquel Estudante explica que há um calmante específico para uso animal, mas as doses são determinadas pelo veterinário após avaliação do animal. A dose é decidida com base no peso do animal, acrescenta. Outra opção possível é a de colocar tampões de algodão nos ouvidos dos cães, mas também essa deve ser feita de acordo com as indicações do veterinário pois há sempre o perigo dos tímpanos dos animais serem perfurados. Apesar de todas as recomendações, no primeiro dia do ano é já habitual chegar aos consultórios e clínicas veterinários animais acidentados ou feridos por bombas. "O ideal é sempre colocar os animais resguardados em espaços fechados e cobertos, até porque nos espaços abertos, além de ficarem mais assustados, os animais ficam mais sujeitos aos perigos dos foguetes e outro material pirotécnico". Raquel Estudante admite porém que, de ano para ano, o número de animais feridos no fim de ano tem vindo a diminuir e espera que, no dia 1 de Janeiro de 2009, ainda sejam menos os animais acidentados. Alguns perigos Fugas: os animais perdem-se, podem ser atropelados, provocar acidentes, entre outras situações. Mortes: os animais podem enforcar-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir, atirando-se de janelas, atravessando portas de vidro, batendo com a cabeça nas paredes, grades, etc. Graves ferimentos: quando são atingidos por foguetes, ou, sem saberem, quando abocanham um foguete por acharem que é um brinquedo. Traumas: podem provocar mudanças de temperamento, nomeadamente para pânico e/ou agressividade. Ataques: investidas contra outros animais e contra seres humanos, mesmo que estes sejam seus conhecidos. Mutilações: no desespero para fugir podem mutilar-se ao tentar atravessar grades e portões. Convulsões (ataques epileptiformes). Afogamento em piscinas, tanques e poços. Quedas de andares ou de alturas superiores; Aprisionamentos indesejados em locais de difícil acesso. Paragens cardio-respiratórias. Problemas de saúde 'a posteriori' como tremores, diarreias, falta de apetite, etc.

In Diário de Notícias da Madeira

1 comentário:

  1. Pois é, os cães, principalmente entram em pânico. Os meus choram que se fartam...
    O pior é que eles associam ao momento as acções que estão a ter quando rebenta o fogo e, no futuro perante uma situação identica entram em pânico, mesmo sem os foguetes!

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