quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Steven Spielberg

No dia 18 de Dezembro de1947 nascia no Estados Unidos da América, o realizador Steven Spielberg.

Da Infopédia:

Produtor e realizador norte-americano, nascido a 18 de Dezembro de 1947 em Cincinnatti, é dos cineastas mais consagrados e visionários de Hollywood, muito devido ao seu poder de criatividade. Já em criança demonstrava tendências cinematográficas graças à câmara de 8mm oferecida por seu pai, com a qual fazia curtas-metragens. Aos 16 anos, mudou-se para a Califórnia onde filmou as curtas-metragens Firelight (1963) e Amblin (1969). Esta foi do agrado de Rod Serling que o convidou para dirigir Joan Crawford num dos episódios da série televisiva Night Gallery (1970). Recrutado pela Universal, dirigiu episódios de séries televisivas como Columbo e Marcus Welby, antes de ter tido a possibilidade de rodar um telefilme Duel (Um Assassino Pelas Costas, 1971). Este thriller - protagonizado por Dennis Weaver, que relata a história de um executivo que é perseguido na auto-estrada, sem motivo aparente, por um camião -, teve elevados índices de audiência, o que motivou os seus produtores a lançarem uma versão cinematográfica do mesmo. Tal facto abriu as portas cinematográficas a Spielberg. Iniciou este percurso com um pequeno filme: The Sugarland Express (Asfalto Quente, 1974), um road-movie sobre um jovem casal do Texas perseguido pela polícia. O filme, protagonizado por Goldie Hawn, foi exibido no Festival de Cannes, tendo vencido o Prémio para Melhor Argumento. Seguiu-se o seu primeiro mega-êxito de bilheteira: Jaws (Tubarão, 1975), um filme de terror marítimo protagonizado por Richard Dreyfuss, Robert Shaw e Roy Scheider, foi o primeiro filme a ultrapassar a barreira dos 100 milhões de dólares de receitas. Seguiu-se a magnífica fábula urbana de ficção científica Close Encounters of the Third Kind (Encontros Imediatos do Terceiro Grau, 1977) que lhe granjeou novo êxito de público e uma nomeação para o Óscar de Melhor Realizador. O seu rumo ascensório foi barrado, em 1979, com o colossal fracasso da comédia 1941 (Ano Louco em Hollywood). O realizador não esmoreceu: baseou-se num argumento de Lawrence Kasdan e criou a figura imortal de Indiana Jones, o arqueólogo aventureiro. Jones surgiu primeiro em Raiders of the Lost Ark (Os Salteadores da Arca Perdida, 1981), depois em Indiana Jones and the Temple of Doom (Indiana Jones e o Templo Perdido, 1984) e finalmente em Indiana Jones and the Last Cruzade (Indiana Jones e a Grande Cruzada, 1989). Pelo meio, Spielberg fez chorar multidões em E.T. (E.T. o Extraterrestre, 1982), tentou realizar um grande épico só com actores negros em The Color Purple (A Cor Púrpura, 1985), filmou a sobrevivência de uma criança inglesa num campo de concentração japonesa em Empire of the Sun (O Império do Sol, 1987) e trilhou o género do melodrama com Always (Sempre, 1989). Dois anos depois, teve um novo fracasso comercial: Hook (1991), uma adaptação da história de Peter Pan com a ligeira nuance de este ser agora um homem adulto e não se recordar das suas aventuras. Em 1993, venceu finalmente o Óscar para Melhor Realizador por aquela que é considerada como a obra-prima do realizador: Schindler's List (A Lista de Schindler), baseado na história verídica de um industrial alemão que salvou uma centena dos Judeus das mãos dos nazis. Depois, produziu e realizou um dos maiores blockbusters do cinema: Jurassic Park (Parque Jurássico, 1993) e a sua continuação Lost World (Parque Jurássico 2, 1997). Ainda na senda dos filmes históricos, realizou Amistad (1997), um filme sob uma revolta de escravos num navio espanhol em 1839. Foi agraciado novamente com o Óscar para Melhor Realizador por Saving Private Ryan (O Resgate do Soldado Ryan, 1998), um relato de um episódio ocorrido na Segunda Guerra Mundial sobre um pequeno pelotão norte-americano com a missão de encontrar um soldado compatriota que perdera os seus irmãos na guerra. Os dois filmes seguintes de Spielberg enquadraram-se no género da ficção científica: concretizou o projecto inacabado de Stanley Kubrick A.I. (Inteligência Artificial, 2001) e concebeu uma América futurista em Minority Report (Relatório Minoritário, 2002). Em seguida, filmou uma comédia, Catch Me if You Can (Apanha-me Se Puderes, 2002) protagonizada por Leonardo DiCaprio e Tom Hanks; o romance The Terminal (Terminal de Aeroporto, 2004), com Tom Hanks e Catherine Zeta-Jones; a aventura The Legend of Zorro (A Lenda de Zorro, 2005), com Antonio Banderas; produziu Memoirs of a Geisha (Memórias de uma Gueixa, 2005) e realizou ainda o thriller, baseado em factos verídicos, Munich (Munique, 2005), que foi nomeado para cinco Óscares. Juntamente com Jeffrey Katzenberg e David Geffen, é fundador da produtora Dreamworks.

Steven Spielberg. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-17]

3 comentários:

  1. O mais marcante, e para mim de longe o melhor de todos os que realizou, A Lista de Schindler. No entanto aprecio mais o trabalho de Coppola e Scorcese.

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  2. Spielberg foi sempre mais estimulante enquanto cineasta quando filmava como um rapazinho a quem lhe tinham dado uma câmera como presente. É o Spielberg de olhar esbugalhado, por exemplo em "ET - O Extraterrestre" ou em "Encontros Imediatos do 3º Grau" que melhor filmou. Ou o Spielberg de Indiana Jones, a saga dos anos oitenta, claro. Mas depois Spielberg cresceu, como todos nós. E tornou-se um cineasta sério, admirado pela academia e por alguma crítica especializada. Mas o Speilberg adulto, é cinematograficamente mais pobre. "A Cor Púrpura" é uma adaptação falhada do romance epistolar de Alice Walker. "Schindler's List" não consegue evitar o puxar de lágrima habitual em holywood, etc, etc. Do Spielberg adulto resta-nos as suas incursões pela ficção científica em "Relatório Minoritário" (mas também com material de Phillip K. Dick, era difícil falhar) que é um filme interessante. E finalmente o último grande Spielberg foi "AI - Artificial Intelligence", onde o realizador volta à inocência, reescrevendo e revendo o conto Pinóquio, trazendo esta fábula intemporal à era da clonagem e da manipulação genética.
    Spielberg ficará na história do cinema, na minha opinião, como o cineasta de "ET" e de "Encontros Imediatos do 3º Grau", duas obras primas tout court. É também inegável o seu papel na reinvenção do cinema de aventuras a lá Errol Flynn, com o inesquecível herói arqueólogo. "Tubarão" também marcou uma era e fez escola.
    Mas Scrocese, Woodie Allen, Coppolla (dos anos setenta e início dos anos oitenta) e David Lynch estão artisticamente a anos-luz do menino que uma dia se deslumbrou com as possibilidades do cinema.

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  3. Caros

    Acho que já referi aqui no Outras Escritas que não sou muito cinéfilo. Gosto de um filme porque sim ou porque não.

    Não me interessa se é americano ou outra coisa qualquer. Vi um filme Iraniano no Festival de Cinema do Funchal e até o achei bastante interessante. Se me perguntarem porque? Correm o risco de eu vos responder - "porque sim" (risos).

    Quanto a filmes do Spielberg, a Lista de Schindler foi o que mais me encheu as medidas e que mais me marcou, mesmo que fosse para "puxar a lágrima em Hollywood" como refere o Ernesto.

    Não sou muito "exigente" com o cinema. Com outras formas de arte já não é bem assim... Mas isso fica para outros "posts"...

    Cumprimentos aos dois.

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