sábado, 6 de dezembro de 2008

Ao Lado da Música (XXI) - Barítonos e Baixos

Numa rubrica dedicada à vozes masculinas mais graves, os Barítonos e os Baixos, duas óperas de Verdi: Nabucco e Attila.

Nabucco para voz de Barítono interpretado por Renato Brusson e Attila para voz de Baixo interpretado por Samuel Ramey.

Uma das ópera mais importantes para a voz de barítono é a ópera Nabucco de Giuseppe Verdi.

Lançado em 1999 este duplo CD contém uma gravação realizada ao vivo em Tóquio no final dos anos 80.

Antecedentes e Sinopse

Milão, 1841-42. A temporada de ópera iniciara-se da forma mais auspiciosa com a estreia duma nova ópera de Donizetti, então no auge da sua carreira, Maria Padilla interpretada pelo famoso soprano alemão Sophie Loewe e pelo famosíssimo barítono Giorgio Ronconi, uma presença privilegiada no Scala. Maria Padilla de Donizetti teve 23 representações.

Seguiu-se Saffo de Paccini, ópera que tivera a sua estreia em Nápoles havia um ano.

A terceira ópera da temporada no entanto foi um fiasco. Tratava-se de Odalisa de Alessandro Nisi, um compositor que acabaria por abandonar a carreira para ocupar um modesto lugar de mestre de capela numa aldeia remota da península italiana.

A temporada do Scala prosseguiu com uma outra ópera de Donizetti, Belisario, escrita havia 5 anos, e cantada também por Ronconi e pelo célebre soprano Giuseppina Strepponi.

Ronconi e Strepponi que iriam estar presentes na última ópera da temporada, uma ópera que não fora sequer anunciada no cartellone (um calendário dos espectáculos que o Scala publicava todos os anos antes do início da temporada). Essa ópera fora escrita propositadamente para o Scala por um jovem compositor de 28 anos que, três anos antes, obtivera algum sucesso com a apresentação da sua primeira ópera naquele teatro, à qual se seguira uma segunda de carácter jocoso, recebida com bastante frieza.

Foi pois com um sentimento misto de expectativa e de temor que os frequentadores do Scala se dirigiram para o teatro naquela remota noite de Carnaval de 1842, dia 9 de Março.
Seguiria aquele jovem compositor o destino brilhante de Donizetti? ou iria tornar-se um mero fornecedor de óperas ao gosto da época como Paccini? ou seria que o esperava o fiasco? o futuro de mestre de capela numa remota aldeia da província como iria acontecer com Alessandro Nisi?
A verdade é que aquela noite iria ser decisiva, e o autor da ópera apresentada pela primeira vez no Scala no Carnaval de 1842, dia 9 de Março, iria tornar-se um verdadeiro ídolo do povo italiano, e seria considerado universalmente como o maior compositor de óperas da Itália.

Passados 60 anos sobre essa estreia memorável toda a população de Milão saiu para a rua para acompanhar o cortejo que levaria os restos mortais desse compositor para a sua última morada. Durante esse cortejo impressionante, no qual se incorporaram o coro e a orquestra do Scala, a multidão entoaria um trecho dessa ópera estreada nesse longínquo Carnaval de 1842, e cujas palavras pareciam ganhar uma nova carga simbólica. Estamos a falar do famoso coro dos escravos, e a ópera estreada no Scala há quase 160 anos era o Nabucco. O seu autor? Giuseppe Verdi.

Regressando a Nabucco recordamos que a sua estreia em Milão em 1842 ultrapassou todas as expectativas. O elenco era excelente com Ronconi no papel de Nabucco e com Giuseppina Streppone no de Abigaïl. À parte isso o teatro não tivera grandes preocupações com os cenários ou o guarda roupa que reciclara dum bailado sobre o mesmo tema. Mas o sucesso da ópera foi tão grande que não teria apenas as 8 representações previstas para essa temporada, entre o Carnaval e a Páscoa, mas regressaria no Outono acabando por bater todos os recordes do Scala com um total de 67 representações. É durante esse período que a ópera adquire o seu título definitivo abreviado, Nabucco, oficializado em 1844, já que o título original era "Nabuccodonosor".

Contrariamente ao habitual Nabucco não está dividida em actos mas em partes, cada uma sob um título específico, e apresentando determinada situação: Jerusalém, O Ímpio, A Profecia e O Ídolo Quebrado.

A acção desenrola-se durante o reinado de Nabuccodonosor II, Rei da Babilónia que subiu ao poder 605 anos antes de Cristo, e que foi o responsável pela reconstrução da cidade considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo. Cerca de 20 anos depois de ter sido coroado, Nabuccodonosor parte à conquista das terras de Judá destruindo o Templo de Salomão e fazendo numerosos prisioneiros que leva consigo para a Babilónia na condição de escravos.
A 1ª parte da ópera relata precisamente a invasão de Jerusalém e a destruição do Templo de Salomão – lugar onde a acção se desenrola.

Durante a sua estadia na Babilónia, onde fora embaixador, Ismael, filho do Rei dos Hebreus, apaixonara-se por Fenena, filha de Nabuccodonosor. Fenena tem uma irmã, Abigaïl, que também ama Ismael sem ser correspondida.

Quando a acção se inicia as tropas babilónicas já estão às portas da cidade. Os primeiros a chegar ao Templo são um grupo de Soldados disfarçados de hebreus e comandados por Abigaïl que, ao desejo de conquista junta o desejo de vingança. Ao ver Ismael lança-lhe um desafio dizendo que poupará o povo de Judá se ele aceitar o seu amor. Ismael recusa reafirmando o seu amor por Fenena. Nabuccodonosor entra a cavalo no Templo, e, ao vê-lo, o Sumo Sacerdote Zacarias ameaça matar Fenena, filha do Rei da Babilónia, se ele não desistir dos seus intentos. Nabuccodonosor desce do cavalo numa atitude aparentemente conciliatória, mas acaba por ordenar a destruição do Templo.

A 2ª parte da ópera tem o título de O Ímpio que simboliza a intenção blasfema de Nabuccodonosor se auto-proclamar Deus.

A acção desenrola-se na Babilónia para onde numerosos hebreus foram levados na condição de escravos. Nabuccodonosor deixou a cidade entregando o governo à sua filha Fenena. Ruída de inveja Abigaïl põe a saque o palácio acabando por descobrir um documento que prova que ela não é filha do Rei mas sim uma escrava que ele adoptara. O Sumo Sacerdote de Baal vem procurá-la para a informar que Fenena começou a libertar os escravos hebreus. Com o apoio do Sumo Sacerdote, Abigaïl planeia então tomar o poder.

Durante a noite Zacarias, Sumo Sacerdote Hebreu, procura Fenena nos seus aposentos para a converter ao judaísmo. No palácio reúnem-se os levitas na mesma altura em que Ismael se apresenta em busca de perdão: fora ele que impedira Zacarias de matar Fenena quando da invasão do Templo. Zacarias surge com a sua irmã Anna e com Fenena anunciando a conversão da princesa na mesma altura em que chega um mensageiro com a notícia da morte de Nabuccodonosor dizendo que o povo apoia Abigaïl como sua sucessora. Só que a morte do soberano é falsa, e Nabuccodonosor aparece no momento em que Abigaïl se preparava para assumir o Poder. Então o Rei anuncia renunciar ao deus Baal proclamando a sua própria condição divina. Quando Nabuccodonosor ordena que todos se inclinem para o adorar ouve-se um trovão terrível que lhe arranca misteriosamente a coroa. Zacarias exclama que os céus puniram o blasfemo, e diz que o Rei está louco. Aproveitando a confusão Abigaïl apodera-se da coroa dizendo que o povo de Baal não irá perder a sua grandeza.

A terceira parte da ópera denominada A Profecia decorre nos Jardins Suspensos da Babilónia. Abigail é proclamada regente e é instigada a condenar à morte os judeus, mas, antes disso, Nabucco entra atordoado. Abigail explica que está na função de regente porque o rei está impedido de reinar, e entrega-lhe a ordem de execução dos judeus, esperando que ele decrete a morte de Fenena, agora, convertida ao judaísmo. Nabucco assina, mas pergunta sobre o que vai acontecer a Fenena, e Abigail avisa que ela também vai morrer, juntamente com os outros judeus. Nabucco tenta mostrar o documento a Abigail dizendo que ela é uma impostora, mas ela já o tem em mãos e rasga-o em pedaços. Nabucco chama os guardas, mas não é atendido. Sem saída, roga clemencia a Abigail, que permanece irredutível. Enquanto isso, os hebreus descansam do trabalho escravo, diante das margens do Eufrates, e relembram sua pátria perdida. Zacarias anuncia que estarão livres do cativeiro em breve, e que Javé os ajudará a derrotar a Babilónia.

A quarta e última parte designa-se O Ídolo Destruído. Nabucco está nos seus aposentos e ouve gritar por Fenena. Ao olhar para a janela, vê que Fenena está a ser executada. Ao tentar abrir a porta, dá-se conta de que é prisioneiro. Neste momento, Nabucco implora perdão a Javé, rogando-lhe conversão, juntamente com seu povo. Nabucco recupra a razão, entra Abdalo que se certifica de que o rei é novamente ele próprio, e já está com todas as suas faculdades recuperadas.

Os carrascos preparam a execução de Zacarias e de seu povo. Fenena é aclamada como mártir, e na sua última prece, roga a Javé que a receba no céu. Nabucco acaba com a escravidão dos Hebreus e anuncia que ele próprio é um deles. A estátua de Baal é destruída e Abigail suicida-se, implorando a Ismael que se una novamente a Fenena. O povo reconhece o milagre, e direcciona louvores a Javé.


A gravação proposta foi captado ao vivo no Suntory Hall em Tóquio.

Fazem parte do elenco:

Nabucco - Renato Bruson
Ismaele - Fabio Armilato
Zaccaria - Ferruccio Furlanetto
Abigaille - Maria Guleghina
Fenene - Elena Zaremba
Gran Sacerdote - Carlo Striuli
Abdallo - Masatoshi Uehara
Anna - Taemi Kohama

Tokyo Opera Singers e a Tokyo Symphony Orchestra são dirigidos pelo maestro Daniel Oren.

Renato Bruson no papel de barítono tem uma prestação excelente e é um bom exemplo da importância da voz de Barítono na ópera verdiana.

Lançado pela editora Opus Arte em 2004, este DVD contém um récita da ópera Attila de Giuseppe Verdi ocorrida no Teatro alla Scala de Milão em 1991.

O papel principal, Attila, foi escrito por Verdi para a voz de baixo.

Antecedentes e Sinopse

Foi em 1844, o mesmo ano da estreia de Ernani, que Verdi terá conhecido um drama romântico de Zacharias Werner, Attila, Rei dos Hunos, pelo qual se interessou e sobre o qual pensou escrever uma nova ópera. O libretista escolhido foi Solera, que com ele já colaborara em Oberto, Nabucco, I Lombardi e Giovanna d’Arco. Isto passava-se, como dissemos, em 1844. Mas, contrariamente ao habitual, a elaboração da ópera iria levar cerca de 2 anos. Entre outras menores contrariedades, o compositor adoeceu gravemente, e o libretista foi viver para Madrid antes de terminar o libreto. Então Verdi decidiu optar por Piave – que com ele trabalhara em Ernani, precisamente na sua primeira ópera destinada a Veneza. Enquanto Solera já possuía o seu próprio esquema para os seus libretos, Piave era mais flexível, mais aberto e atento às vontades do compositor. Solera já deixara o libreto quase pronto faltando apenas o 3º acto do qual deixara apenas um esboço. Verdi aconselhou Piave a ignorar esse esboço, o que Solera reprovaria.

Attila estreia no Teatro Fenice de Veneza no dia 17 de Março de 1846.

A acção situa-se no ano 452 da Era Cristã, e a ópera inicia-se quando Attila, o flagelo divino, invadiu a Itália e saqueou Aquília. Entre as ruínas fumegantes da cidade os Hunos e os Ostrogodos saqueiam e cantam louvores a Votan e ao rei.

No prólogo, Attila chega triunfante e felicita-os sendo aclamado como o enviado e o profeta de Votan. Desobedecendo a uma ordem de Attila para que não dessem quartel, Uldino, um escravo bretão, poupou a vida a um grupo de mulheres que tinham participado na batalha, e vem oferecê-las ao rei como presas de guerra. Quem lidera essas mulheres é Odabella, filha do Senhor de Aquília, morto às mãos do invasor. Attila manifesta a sua admiração pela coragem com que elas o enfrentaram, ao que Odabella responde dizendo que as mulheres da Itália estão sempre prontas a defender a sua pátria. Impressionado Attila dispõe-se a conceder-lhe o que ela pedir. E Odabella pede-lhe uma espada. Attila entrega-lhe então a sua própria arma que a mulher aceita com entusiasmo fazendo sobre ela de imediato um voto: o de usá-la na sua vingança.

Depois da saída das mulheres Attila manda chamar o enviado de Roma, o general Ezio, a quem respeita como adversário e como soldado. Ezio pede que a audiência seja privada. Diz que o Imperador de Constantinopla está velho e enfraquecido. Valentiniano, que reina a Ocidente, é ainda um adolescente. É por isso que propõe um acordo secreto: Attila poderá conquistar o mundo inteiro desde que ele, Ezio, possa conservar a Itália. Attila recusa essa proposta desleal: um povo tão cobarde precisa ser castigado pelo representante de Votan. Ezio ainda tenta recuar para o seu papel de mensageiro de Roma, mas Attila diz que a cidade será arrasada, ao que Ezio responde desafiando-o.

De madrugada, sobre uma praia deserta do Adriático, desencadeia-se uma tempestade. Quando a tempestade se acalma os ermitas saem das suas cabanas e começam a rezar diante dum altar feito de pedras. O céu torna-se mais claro, e começam a chegar embarcações com refugiados da Aquília conduzidos por Foresto, saudado como o salvador. Mas Foresto está inquieto com o destino de Odabella, a sua noiva, dizendo preferir que ela tivesse morrido do que caído nas mãos dos Hunos. O sol começa a brilhar, e os fugitivos pedem a Foresto que interprete este sinal como uma promessa de esperança. Como resposta Foresto pede aos seus companheiros de infortúnio que construam uma nova cidade naquele preciso local, uma cidade renascida das cinzas, como Fénix.

O 1º acto inicia-se num bosque próximo do acampamento que Attila montou junto de Roma. Odabella chora o seu pai que julga ver nos desenhos das nuvens. Em seguida recorda Foresto, que também pensa ter morrido. Mas Foresto aparece diante da jovem disfarçado de Huno. Louca de alegria Odabella vai lançar-se nos seus braços, no que, para sua surpresa, é repelida. Foresto acusa-a de traição. Ele atravessou perigos inimagináveis para chegar até ela e vê-la sorridente diante do assassino do seu pai. Então Odabella recorda-lhe a história bíblica de Judite e de Holoferne, convencendo-o da sua inocência e da sua determinação em se vingar. Foresto pede-lhe perdão e os dois caem nos braços um do outro.

Próximo dali Attila acorda na sua tenda e conta ao escravo Uldino o sonho aterrador que tivera. Ele vira, diante das portas de Roma, um velho enorme que lhe barrava o caminho gritando: "Até agora a tua missão era castigar os mortais. Retira-te! Este solo é Reino dos Deuses!" Recuperando a calma, e envergonhado dos seus medos, Attila ordena a imediata reunião dos exércitos, e, ao som de trombetas, avançam sobre Roma entoando cantos de louvor a Votan.

Esses cantos acabam por se misturar com outros cantos muito diferentes: é uma procissão cristã, jovens e crianças vestidas de branco que transportam ramos, guiadas pelo Bispo Romano Leone que Attila reconhece como o velho do seu sonho. Aterrado o Rei dos Hunos julga ver diante de si São Pedro e São Paulo empunhando espadas de fogo, e cai prostrado no chão. Os soldados olham-no estupefactos, e os cristãos saúdam o Poder do Deus Eterno.

O 2º acto começa no acampamento romano onde Ezio lê uma ordem do Imperador que o informa de que foi estabelecida uma trégua com os Hunos, e que deve regressar a Roma. Humilhado por ser tratado assim por uma criança mais assustada pelas próprias tropas do que pelos exércitos dos Hunos, Ezio medita amargamente sobre o contraste que existe entre a glória passada e a actual decadência de Roma. Chegam uns escravos de Attila que o vêm convidar para um banquete onde deverão também estar presentes os seus capitães. Um deles, Foresto, deixa-se ficar para trás e pede a Ezio que os seus homens estejam a postos para atacar os Hunos durante a festa mal virem brilhar uma luz sobre as montanhas. Esta notícia deixa Ezio empolgado perante a perspectiva de poder vingar a pátria. Talvez morra durante a batalha mas pelo menos o seu nome ficará para a posteridade como o último dos Romanos.

Segue-se a cena do banquete no acampamento de Attila onde os Hunos aclamam o seu rei. Ouvem-se as trompas que anunciam a chegada dos convidados, e Attila levanta-se para os receber. É então que os druidas lhe segredam que Votan os advertiu para que não se sente à mesma mesa com os seus antigos inimigos. Mas Attila afasta-os com impaciência, e ordena às sacerdotisas que cantem e dancem. Mal elas terminam os seus cantos uma violenta rajada de vento apaga a maior parte dos archotes que iluminavam a mesa do banquete. Na confusão que se segue Ezio volta a apresentar a Attila a sua proposta que é novamente recusada pelo Huno com desprezo.

Foresto revela a Odabella que Uldino irá em breve oferecer a Attila uma taça de vinho envenenado. Isso roubará a Odabella a sua vingança. Assim, quando as tochas voltam a brilhar, e que Attila se prepara para beber em honra de Votan, a jovem interrompe-o avisando-o de que o vinho está envenenado. Furioso Attila quer saber o nome do responsável. Foresto aproxima-se rindo das ameaças de morte, e Odabella pede como recompensa de ter salvo a vida ao rei, que lhe seja entregue a ela o poder sobre a vida de Foresto. Attila aceita, e, como testemunho da sua gratidão, compromete-se a tornar Odabella a sua rainha. Odabella diz a Foresto que fuja, e Foresto jura vingar-se daquele gesto da jovem que interpretou como traição. O acto termina com os Hunos pedindo a Attila que retome o combate contra os pérfidos romanos.

O último acto começa num bosque, de madrugada. Foresto está só à espera que Uldino lhe traga notícia da hora em que terá lugar o casamento de Attila com Odabella. É informado de que o cortejo está já muito próximo, e revolta-se com a ideia de que uma jovem tão bela e tão pura o tenha traído daquela forma. Chega então Ezio dizendo que os seus homens esperam apenas um sinal para atacar os Hunos. Ao longe ouve-se o hino nupcial. Odabella aparece, lavada em lágrimas, implorando ao pai que lhe perdoe por ir casar-se com o seu assassino. Foresto diz-lhe que é tarde de mais para se arrepender, ao que Odabella responde dizendo que foi sempre a ele que ela amou.
Aparece então Attila em busca da sua futura esposa, que encontra com Ezio e Foresto, acusando os três de ingratidão e de traição. Enquanto se ouve o clamor dos romanos no seu ataque aos Hunos, Odabella apunhala Attila. "Até tu, Odabella?" – diz ele. Mas estas últimas palavras do rei são apagadas pelos gritos de triunfo dos romanos que encontraram finalmente a vingança.


Fazem parte do elenco desta gravação:

Attila - Samuel Ramey
Ezio - Giorgio Zancanaro
Odabella - Cheryl Studer
Foresto - Kaludi Kaludov
Uldino - Erneto Gavazzi
Leone - Mario Luperi

A orquestra e coro do Teatro alla Scala de Milão são dirigidos pelo maestro Riccardo Muti.


Publicado no Ao Lado da Música a 17/6/2008

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