quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Bom Ano Novo
Lembro-me que havia uma professora que sempre dizia: "Ano Novo Vida Nova". Mas eu não notava diferença nenhuma. Para mim, tudo continuava a ser igual. Nem a professora mudava...
Até à idade adulta as passagens de ano sempre foram mais ou menos iguais. Até quando estava na Faculdade, a passagem de ano significava o final da minha estadia no Alentejo e a partida para o Porto (local onde não me sentia bem, por razões que não vêm agora aqui ao caso).
Desde há uns anos, as minhas passagens de ano são na Madeira. Por aqui tudo é muito bonito, com os fogos, as festas, a confusão e tudo o mais. Mesmo assim, nunca me diverti muito. O ritual é sempre o mesmo. Ver o fogo com familiares e depois ir para a confusão do trânsito para chegar ao local duma festa.
No ano passado foi diferente. Troquei os familiares por amigos, afinal, a passagem de ano não é uma festa de família, vi os fogos em casa de uma amiga e cheguei à festa à hora que a maior parte das pessoas já estava de saída.
Foi bom!
A novidade deste ano é que posso assistir aos fogos na minha casa, com a minha família directa. Depois vou dormir, porque os últimos dias têm sido intensos. Vai ser bom, certamente!
Quanto a desejos e objectivos. Bem, este assunto também não me diz absolutamente nada nesta altura do ano.
Balanço do ano que acaba? Tomar decisões?
Não! Os balanços fazem-se quando quisermos e as decisões tomam-se em qualquer altura do ano.
Vou esta noite decidir o quê? Amanhã até é feriado!
Bom Ano Novo para todos os meus leitores...
P.S. Lembrou-me, e bem, a minha amiga Reflexos, de uma passagem em que ela e o L. estiveram aqui na Madeira e que foi a primeira que eu próprio passei por aqui. Foi divertido, sim, senhor! Vimos os fogos na areia preta em frente ao Funchal.
Aproveito para relembrar uma outra passagem de ano, no Porto, em casa dos pais da Reflexos que aconteceu um ano antes e que foi também inesquecível.
Notícia em Destaque - Fogo-de-artifício perigoso para os animais
No Diário de Notícias da Madeira:
São os cães que mais se assustam com o 'barulho' dos espectáculos pirotécnicos
Os acidentes com animais domésticos são comuns na noite de fim de ano, porque o barulho das 'explosões' do fogo-de-artifício é motivo para pânico. Fugas, auto-mutilação, distúrbios digestivos, ferimentos vários, são apenas algumas das situações habituais na época. Porém, a médica veterinária Raquel Estudante explica ao DIÁRIO que nem todos os animais domésticos se assustam com o fogo-de-artifício. São sobretudo os cães, embora nem todos. "Tem muito a ver com o próprio animal", diz. Segundo refere, alguns cães sofrem vários perigos durante e depois dos espectáculos pirotécnicos (vide destaque ao lado) e têm mesmo a tendência para fugir a qualquer custo. É sobretudo com estes animais que as pessoas devem ter um maior cuidado e reforçar a segurança na noite do fim de ano. As recomendações são várias. Raquel Estudante diz que, se os animais vão ficar em casa sozinhos, deverão ser colocados na área da casa com maior isolamento de som. "Por exemplo, se as pessoas tiverem uma garagem nas traseiras, ou uma casa de banho pequena que fique debaixo de umas escadas, os animais devem ficar lá com todos os confortos, como água, comida e um cobertor onde se aconchegar", aconselha. Quando os animais ficam em casa sozinhos, os donos devem também deixar uma luz acesa, porque não só o barulho mas também as luzes fortes aumentam o pânico. No caso dos donos estarem por perto, a médica veterinária refere que há animais que preferem ficar ao lado dos donos, por se sentirem mais protegidos. Noutras situações, há também a possibilidade de administrar um calmante, mas isso nunca deve ser feito sem a orientação do médico veterinário assistente. Raquel Estudante explica que há um calmante específico para uso animal, mas as doses são determinadas pelo veterinário após avaliação do animal. A dose é decidida com base no peso do animal, acrescenta. Outra opção possível é a de colocar tampões de algodão nos ouvidos dos cães, mas também essa deve ser feita de acordo com as indicações do veterinário pois há sempre o perigo dos tímpanos dos animais serem perfurados. Apesar de todas as recomendações, no primeiro dia do ano é já habitual chegar aos consultórios e clínicas veterinários animais acidentados ou feridos por bombas. "O ideal é sempre colocar os animais resguardados em espaços fechados e cobertos, até porque nos espaços abertos, além de ficarem mais assustados, os animais ficam mais sujeitos aos perigos dos foguetes e outro material pirotécnico". Raquel Estudante admite porém que, de ano para ano, o número de animais feridos no fim de ano tem vindo a diminuir e espera que, no dia 1 de Janeiro de 2009, ainda sejam menos os animais acidentados. Alguns perigos Fugas: os animais perdem-se, podem ser atropelados, provocar acidentes, entre outras situações. Mortes: os animais podem enforcar-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir, atirando-se de janelas, atravessando portas de vidro, batendo com a cabeça nas paredes, grades, etc. Graves ferimentos: quando são atingidos por foguetes, ou, sem saberem, quando abocanham um foguete por acharem que é um brinquedo. Traumas: podem provocar mudanças de temperamento, nomeadamente para pânico e/ou agressividade. Ataques: investidas contra outros animais e contra seres humanos, mesmo que estes sejam seus conhecidos. Mutilações: no desespero para fugir podem mutilar-se ao tentar atravessar grades e portões. Convulsões (ataques epileptiformes). Afogamento em piscinas, tanques e poços. Quedas de andares ou de alturas superiores; Aprisionamentos indesejados em locais de difícil acesso. Paragens cardio-respiratórias. Problemas de saúde 'a posteriori' como tremores, diarreias, falta de apetite, etc.
In Diário de Notícias da Madeira
Anthony Hopkins
Da Infopédia:
Actor de teatro e de cinema britânico nascido a 31 de Dezembro de 1937, na aldeia de Port Talbot, no País de Gales, filho único dum casal de padeiros. Quando acabou os estudos liceais, trabalhou como mineiro para poder sustentar o sonho de ser actor. Aos 20 anos, matriculou-se na Royal Academy of Dramatic Art de Londres, tendo feito a sua estreia teatral em 1960, integrando o elenco da peça The Quare Fellow. Lentamente, continuou a sua ascensão e estreou-se cinematograficamente no obscuro The White Bus (1967) que teve uma discreta exibição comercial. Contudo, Peter O' Toole reparou no seu talento e convidou-o para desempenhar o papel de Ricardo Coração de Leão em The Lion in Winter (Um Leão no Inverno, 1968). Nas décadas de 70 e 80, dedicou-se quase em exclusivo à televisão e ao teatro, tendo alcançado um retumbante êxito na Broadway com a peça Equus (1974), tendo no entanto sido preterido a favor de Richard Burton, aquando da adaptação cinematográfica da mesma peça. David Lynch confiou nas suas capacidades para protagonizar The Elephant Man (O Homem Elefante, 1980) e, no ano seguinte, venceu um Emmy pela sua personificação de Adolf Hitler em The Bunker (1981). Mas a consagração só chegaria na década seguinte com a interpretação do assassino em série Hannibal Lecter, em The Silence of the Lambs (O Silêncio dos Inocentes, 1991). O carisma da personagem, aliada a uma portentosa interpretação plena de versatilidade, foi justamente recompensado com o Óscar para Melhor Actor. O acolhimento de Lecter junto do público foi tão grande que Hopkins voltou a interpretá-lo por mais duas ocasiões: em Hannibal (2001) e Red Dragon (Dragão Vermelho, 2002). Hopkins interpretou também dois projectos bem sucedidos de James Ivory: Howards End (Regresso a Howards End, 1992) e The Remains of the Day (Os Despojos do Dia, 1993). Pela prestação no último, recebeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Actor, nomeação essa que veio a repetir pelo seu brilhante desempenho do atormentado Presidente dos E.U.A., Richard Nixon, em Nixon (1995). Desde então, Hopkins marcou presença nas grandes produções de Hollywood, acumulando sucessos como Legends of the Fall (Lendas de Paixão, 1995); Amistad (1997); The Mask of Zorro (A Máscara de Zorro, 1998); Hearts in Atlantis (Corações na Atlântida, 2001); Bad Company (Más Companhias, 2002); The Human Stain (Culpa Humana, 2003); Alexander (Alexandre, O Grande, 2004); Proof (Proof - Entre o Génio e a Loucura, 2005); e The World's Fastest Indian (2005). Na cerimónia de entrega dos Globos de Ouro de 2005, Anthony Hopkins recebeu, pela sua carreira, o prémio Cecil B. DeMille.
Anthony Hopkins. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-31]
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Notícia em Destaque - Açores quer roubar escalas ao Porto do Funchal
Lê-se no Diário de Notícias da Madeira:
AGENTES ASSUMEM POLÍTICA AGRESSIVA QUE SEDUZA OS ARMADORES A MUDAR DE PORTO.
Ponta Delgada está apostado em se tornar um importante porto de paquetes no Atlântico. Executado que foi o investimento mais emblemático da cidade (50 milhões de euros), que dotou o porto de infra-estruturas modelares, quer na área de paquetes, como de turismo e comércio, a aposta na promoção é agora a prioridade das entidades e das empresas ligadas ao sector.
Nas Portas do Mar atracou este mês o 'Queen Victoria'. O paquete chegou num dia quase impossível de operar em Ponta Delgada, em pleno Inverno, mas num dia de sol. Era o 48.º navio de cruzeiro a operar nas Portas do Mar.
Das 48 escalas - transportando à volta de 50 mil passageiros - realizadas, catorze ocorreram desde Agosto último, o que permitiu o desembarque de cerca de 18 mil passageiros.
No final deste ano, em consequência da crise internacional, três navios cancelaram escala em Ponta Delgada. Não navegaram para as Caraíbas e optaram por ficar no Mediterrâneo. Em contrapartida, um paquete pediu escala, à última hora, trocando o Funchal pelas Portas do Mar.
Dos 48 navios cruzeiro que operaram em 2008, 50% estiveram agenciados à Bensaúde Agentes de Navegação e 93% tiveram as excursões em terra organizadas pela Agência Açoriana de Viagens.
Joaquim Bensaúde, administrador do Grupo Bensaúde estava naturalmente satisfeito. E não se coibiu de assumir publicamente: "Precisamos de escalas.
Temos de ganhar escalas ao Funchal"
A expectativa é que ocorram cerca de 50 escalas no próximo ano, praticamente as mesmas deste ano. Adalberto Silva, vogal da administração da Portos de Ponta Delgada e presidente do concelho de administração da Portos dos Açores, não verga às dificuldades acrescidas da forte concorrência do Funchal e da grande contenção de custos motivada pela crise internacional nos países de origem dos turistas. Enaltece o trabalho de promoção que a Região tem vindo a realizar e não tem dúvidas de que 2010 será um ano de crescimento e que 2011 deverá representar o boom no fluxo de navios de turismo para os Açores.
Os açorianos mostram-se, aliás, orgulhosos pelo terceiro lugar entre os melhores portos do ano, no mundo, alcançado pelas Portas do Mar na Convenção de Turismo de Cruzeiros na Europa (Seatrade Med-Cruise, Ferry and Superyach Convention), em Veneza.
A nomeação e atribuição do certificado deveu-se às boas condições técnicas, concepção arquitectónica e integração na cidade, bem como devido à limpeza e facilidades que proporciona em termos de mobilidade, conforto e segurança para os passageiros lê-se numa nota de Imprensa da Portos dos Açores SGPS . O segundo melhor porto do ano é o de Tyne, no Reino Unido e, como porto do ano, foi designado o terminal de passageiros de Veneza.
In Diário de Notícias da Madeira
Sadam Hussein
Da Infopédia:
Político iraquinano nascido a 28 de Abril de 1937, na localidade de Tikrit, no Iraque. Nos anos 60, depois de ter participado num golpe de estado falhado, esteve preso e exilado durante vários anos. Com um volte-face do regime, veio depois a ocupar cargos partidários e governamentais de grande importância.
Tornou-se o líder máximo do Iraque em 1979. Governou o país de forma despótica, entregando quase todos os cargos de responsabilidade a pessoas da sua família, numa lógica de gestão do poder político que verdadeiramente assegurava a sua concentração. Fez uso da polícia secreta para suprimir impiedosamente a oposição interna, e impôs ao povo, através de uma máquina de propaganda poderosa, o culto da sua personalidade.
No domínio da política externa, envolveu-se em conflitos sucessivos com os países vizinhos, na ânsia de conquistar a supremacia entre as nações do Médio Oriente e de ter acesso às grandes reservas de petróleo da região. Em 1980 lançou um ataque aos campos petrolíferos do Irão que degenerou numa guerra que se arrastou até 1988. Mais tarde, em Agosto de 1990, Saddam ocupou o Koweit, desencadeando aquela que ficaria conhecida como a Guerra do Golfo, mais uma vez na tentativa de tomar as reservas petrolíferas da região. O acto mereceu a condenação das Nações Unidas, que, através do Conselho de Segurança, decretaram um embargo comercial ao Iraque. Hussein ignorou os apelos e permaneceu com as suas forças no Koweit. A guerra teve início a 16 de Janeiro de 1991 e, em pouco tempo, Saddam saiu mais uma vez derrotado.
Em 1996, alguns familiares próximos de Saddam, com altas responsabilidades na governação no Iraque, procuraram afastá-lo do poder, contando para isso com a colaboração de certos países vizinhos. No entanto, Saddam acabou por anular a oposição, mandando mesmo aniquilá-los.
Em 2001, o seu filho Qusay Hussein tornou-se líder do partido Baath, indicando ser o escolhido para vir a suceder a Saddam.
Na sequência dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 aos EUA, o regime iraquiano foi considerado perigoso para a segurança dos norte-americanos e seus aliados. Pressionado, Saddam aceitou as inspecções às instalações militares iraquianas, supervisionadas pela ONU, com o fim de confirmar a não existência de armas nucleares e biológicas de destruição maciça. A sua deficiente colaboração com os inspectores conduziu, em Março de 2003, a novo conflito entre o Iraque e uma coligação ocidental liderada pelos Estados Unidos e o Reino Unido. Na sequência desta guerra, o seu regime foi deposto e Saddam foi dado como desaparecido. A 13 de Dezembro de 2003 soldados norte-americanos capturaram Saddam Hussein numa casa perto de Tikrit, a sua cidade natal. Três anos depois, a 5 de Novembro de 2006, Saddam Hussein foi condenado à morte por enforcamento por crimes contra a Humanidade. A sentença que lhe foi proferida tem por base apenas uma das acusações que lhe foram feitas, a morte de 148 xiitas na localidade de Dujail, em 1982. A 30 de Dezembro de 2006 foi executada a condenação.
Para além da política, Saddam Hussein dedicou-se também à literatura: o primeiro romance, Zabibah e o Rei (2001), foi um sucesso de vendas tendo sido transposto para um musical no Iraque. Editou, mais tarde, A Fortaleza Inexpugnável.
Em 2003 foi publicada a biografia política de Saddam Hussein intitulada Saddam Hussein: A Political Biography, escrita por Efraim Karsh e Inari Rautsi.
Saddam Hussein. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-30]
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
As mais belas canções de Natal (XIX) - White Christmas
Notícia em Destaque - Central solar da Amareleja custou 261 ME e começou hoje a produzir electricidade
A maior central fotovoltaica do mundo, situada na Amareleja, entrou hoje em funcionamento após um investimento total de 261 milhões de euros, anunciou a Acciona Energia em comunicado.
A central fotovoltaica, com uma capacidade instalada de 46 megawatts (MW), vai produzir 93 milhões de kilowatts/hora (kWh) por ano, o equivalente ao consumo de mais de 30 mil famílias, evitando a emissão de 89.383 toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2).
A central, que levou 13 meses a construir, ocupa uma área de 250 hectares e é composta por 2.520 seguidores solares, com 262.080 módulos fotovoltaicos.
Os primeiros três MW foram instalados em finais de 2007, com ligação provisória em Março de 2008. Durante o ano de 2008 foi feita a instalação do restante campo solar e, paralelamente, a construção da linha de evacuação de electricidade, concluída a semana passada com a ligação da central à rede.
Com este projecto, a Acciona, que detém a central a 100 por cento, reforça a sua liderança internacional em energia solar, refere o comunicado da empresa.
A empresa espanhola comprou a central solar da Amareleja, em Janeiro de 2007, à Câmara Municipal de Moura (88 por cento), à Comoiprel (dois por cento) e à consultora Renatura Networks (10 por cento).
Charles Goodyear
Da Infopédia:
Inventor norte-americano, nascido em 1800 e falecido em 1860, conhecido por ter descoberto a vulcanização da borracha. A pedido do gerente do Roxburgh India Rubber , começou a estudar a forma de a borracha resistir a variações de temperatura. Após várias tentativas sem sucesso, conseguiu, utilizando um método em que misturava enxofre com borracha, obter borracha vulcanizada. Foi-lhe atribuída a Grande Médaille d'Honneur 1855 e Croix de la Légion d'Honneur 1855.
Charles Goodyear. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-28]
domingo, 28 de dezembro de 2008
Notícia em Destaque - Crise financeira cria dificuldades, mas também abre oportunidades
A vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Ana Teresa Lehmann, defendeu hoje, em Genebra, que a actual crise económica internacional, além das dificuldades que cria, também abre oportunidades.
"Por um lado, torna o crédito mais difícil, o que faz com que o mercado fique menos dinâmico, mas, por outro cria oportunidades porque a maior parte do investimento é para aquisições e, nesta altura, há muitas empresas a preços de saldo", afirmou a especialista, em declarações à Lusa.
A vice-presidente da CCDRN, especialista em processos e estratégias de internacionalização, proferiu hoje, em Genebra, Suiça, uma conferência no Graduate Institute of International and Development Studies, um dos centros mundiais de referência nesta área.
Ana Teresa Lehmann, que foi um dos 12 oradores convidados para este encontro internacional, abordou a evolução das estratégias dos grupos internacionais no contexto de incerteza gerado pela actual crise económica mundial.
"As estratégias das empresas variam em função dos recursos e das competências locais, ou seja, que o mundo tem forma, não é plano", afirmou Lehmann, numa alusão ao livro de Thomas Friedman, intitulado 'O Mundo é Plano', em que faz uma análise da globalização.
Para a vice-presidente da CCDRN, "apesar da globalização, a maior parte das empresas internacionais não tem uma estratégia global".
"Por mais que consigam atingir os seus objectivos globais, o que têm é, na melhor das hipóteses, soluções regionais, ao nível da Europa ou da América Latina, por exemplo", defendeu.
Ana Teresa Lehamnn salientou ainda que a atracção de investimentos é "uma corrida em que estão envolvidos todos os estados", considerando que, em Portugal, "apesar de haver muitas empresas a fechar e a deslocalizar-se, as mais interessantes ainda estão no país".
Na perspectiva de Teresa Lehmann, o problema nestes casos não se coloca em termos de concorrência com empresas portuguesas, mas com filiais do mesmo grupo instaladas noutros países.
"A fábrica da Opel na Azambuja não concorre com a AutoEuropa, mas com a fábrica que a Opel tem em Espanha", frisou a especialista.
In SIC on-line
Mariana Rey Monteiro
Da Infopédia:
Actriz portuguesa, nascida em 1922, em Lisboa, filha de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro. Desde cedo se sentiu atraída pelo teatro. Depois de alguns recitais de poesia feitos em Sevilha e em Lisboa, estreou-se no Teatro Nacional, em 1946, na peça Antígona, de Sófocles. Veio a representar papéis de destaque em inúmeras peças, merecendo grandes aplausos do público e elogiosas referências da crítica. Em 1962, pela sua prestação no filme Um Dia de Vida, recebeu o Óscar da Imprensa. Tem também feito trabalho para televisão, nomeadamente em séries como Gente Fina é Outra Coisa (1983), onde trabalhou ao lado da mãe e em telenovelas como Vila Faia (1983), onde desempenhou a personagem de Dona Ifigénia, Cinzas (1993), Vidas de Sal (1996) e Roseira Brava (1996). Em 1996, foi agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada.
Mariana Rey Monteiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-28]
sábado, 27 de dezembro de 2008
As mais belas canções de Natal (XVIII) - Carol Of The Drum
Notícia em Destaque - Festival de Natal até dia 30 na Igreja do Colégio
O Evento cultural começa hoje à noite. a iniciativa do Orfeão reúne seis grupos corais
O 'XI Festival Natal - Natal no Funchal' realiza-se hoje, amanhã e dia 30 de Dezembro, pelas 21h30, na Igreja do Colégio.
A iniciativa conta com a participação de seis coros. O festival abre este sábado à noite com o Grupo Coral da Boaventura que interpretará quatro temas. Segue-se o Grupo Coral da Casa do Povo de Santa Cruz e o Grupo Coral da Casa do Povo de São Roque do Faial.
Conforme explicou Guida Ferreira, responsável pelo evento, o Orfeão Madeirense não actua no dia da abertura pois irá solenizar a missa em honra de São João Evangelista, padroeiro da Igreja do Colégio, que será celebrada pelas 17 horas.
Amanhã, o espectáculo começa com a actuação do Grupo Coral da Lousã. 'We Wish You a Merry Cristmas', 'Cheira a Natal', 'Dorme Deus Menino', 'Adeste Fideles', 'Deus Menino Dorme Dorme', Natal na Madeira' e 'Eu Fui ao Presépio' são as peças que serão interpretadas pelo Grupo Coral do Arco da Calheta, acompanhadas ao órgão pelo maestro João Victor Costa.
No dia 30, terça-feira, o festival contará com a actuação dos seis grupos participantes. A canção tradicional madeirense 'Pensação ao Menino' abrirá o evento. Será interpretada pelo Grupo Coral da Boaventura que cantará outros temas. O Grupo Coral do Arco da Calheta interpretará quatro peças, com acompanhamento ao órgão de João Victor Costa. Em seguida, poderemos ouvir o Grupo Coral da Casa do Povo de São Roque do Faial, o Grupo Coral da Lousã e o Grupo Coral da Casa do Povo de Santa Cruz.
O festival encerra com a participação do Orfeão Madeirense, que cantará 'Noite Sagrada', do compositor Charles Adams, 'Non, Non', de Mozart, 'Harpas de Ouro', do compositor e regente de orquestra alemão Mendellssohn.
O XI Festival de Natal é uma iniciativa do Orfeão Madeirense integrada nas Festas de Fim do Ano. Conta com apoio da Direcção Regional de Turismo e da Secretaria do Turismo e Transportes.
In Diário de Notícias da Madeira
Gustave Eiffel
Da Infopédia:
Engenheiro francês nascido em 1832, em Dijon, e falecido em 1923. Depois de diplomado, começou a fazer grandes construções metálicas, como a ponte de Bordéus. Em 1867, fundou grandes estabelecimentos fabris, que deram um impulso extraordinário às obras de engenharia de ferro. Entre os seus trabalhos mais importantes contam-se os viadutos de Sinole, Viana do Castelo, Garabit e Tardes, a Ponte de D. Maria Pia e a estação de Budapeste. No entanto, a obra que lhe trouxe maior popularidade foi a célebre torre de ferro com mais de 300 metros de altura levantada em Paris aquando da Exposição Universal de 1899, a Torre Eiffel.
Gustave Eiffel. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-26]
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
XI Festival de Coros "Natal no Funchal"
O festival é composto por três concertos que se realizam nos dias 27, 28 e 30 de Dezembro pelas 21.30 na Igreja do Colégio (Funchal).
Participam nesta edição os seguinte coros:
Grupo Coral da Boaventura
Grupo Coral da Casa do Povo de Santa Cruz
Grupo Coral da Casa do Povo de São Roque do Faial
Coro Misto da Sociedade Filarmónica Lousanense
Grupo Coral do Arco da Calheta
Orfeão Madeirense.
A entrada é livre.
Finalmente... (Nespresso)
Henry Miller
Da Infopédia:
Escritor norte-americano, nasceu a 26 de Dezembro de 1891, em Nova Iorque, e faleceu a 7 de Junho de 1980, na Califórnia. Foi educado em Brooklyn, denotando desde cedo o espírito rebelde e individualista que o levaria a rejeitar a universidade em prol de aventuras intelectuais, sexuais e literárias. Partiu para a Europa em 1930 e o romance autobiográfico, Tropic of Cancer , foi publicado em Paris em 1934, sendo, contudo, banido durante décadas nos Estados Unidos da América e Inglaterra. Seguiram-se trabalhos como Tropic of Capricorn , The Colossus of Maroussi , The Air-Conditioned Nightmare e a sequência Sexus , Plexus e Nexus conhecida como The Rosy Crucifixion , nos quais funde especulação metafísica com cenas de sexo explícito, passagens surreais e cenas de comédia grotesca. Em 1944 instalou-se na Califórnia e, apesar de pronunciamentos críticos negativos, veio a ser aceite como uma figura central na luta pela liberdade pessoal e literária tendo influenciado consideravelmente a denominada "Beat Generation".
Henry Miller. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-26]
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
É Natal?
É mesmo Natal? É Natal para quem? É Natal para quê?
É Natal quando há fome? É Natal quando há guerra?
É Natal quando uns podem ser felizes mas optam por não sê-lo, e outros que, sabendo o caminho da sua felicidade, se vêem confrontados com barreiras intransponíveis?
O Natal, meus caros, não é só as prendas, as missas do galo, os pais-natal e os meninos Jesus nos presépios. O Natal não é as luzes e os fogos de artifício. Não é o olhar feliz da criança consumista que recebeu exactamente os presentes que queria para dois dias depois arrumar no armário.
O Natal é também isto:
Para esta linda senhora e para este menino, não há Natal... O meu pensamento, nesta noite, está com eles...
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
As mais belas canções de Natal (XVII) - Ave Maria - Mascagni
As mais belas canções de Natal (XVI) - If We Hold On Together
Notícia em Destaque - Concerto de Natal hoje à noite na Igreja do Colégio
O 'Auto de Natal' é às 23h15. Caberá também ao Orfeão a solenização da Missa do Galo
O Orfeão Madeirense dará um concerto de Natal, hoje à noite, na Igreja do Colégio. O programa tem início pelas 23h15 com o 'Auto de Natal'.
"O grupo entrará na Igreja, em direcção ao altar, entoando dois temas: 'Vamos a Belém' e 'Correi, Correi Pastorinhos", revela a responsável Guida Ferreira. Segue-se o concerto de Natal intitulado 'O Natal no Evangelho' - O Evangelho de Natal Celebrado em Cânticos Natalícios'. "Contará com a presença de um narrador que destacará vários episódios relativos ao Nascimento de Cristo, seguindo-se canções alusivas, interpretadas pelo Orfeão", explica Guida Ferreira. Poderemos ouvir as canções: 'Virgem Mãe de Deus', 'Pequena Cidade de Belém', 'Uma Virgem Conceberá', 'Nascido em Belém', Brilhou no Céu um Clarão', 'De Nazaré para Belém', 'Linda Noite de Natal', 'Cântico dos Pastores' e 'Harpas de Ouro'.
O objectivo "é apresentar algo de diferente e levar a uma maior participação das pessoas. Na noite de Natal, a Igreja abre às 23 horas e até às 24 horas há um tempo de espera. O concerto é uma forma de compensar quem vai mais cedo", acrescenta.
Esta noite, cabe ainda ao Orfeão Madeirense a solenização da Missa do Galo, que começa às 24 horas. Amanhã, pelas 20 horas, este grupo coral dará um concerto de Natal no Hotel Savoy. A participação do Orfeão Madeirense acontecerá também no dia 27. Irá solenizar a missa ao padroeiro da Igreja do Colégio, São João Evangelista, que será celebrada às 17 horas.
Durante este mês, o grupo tem dado concertos de solidariedade em várias instituições, nomeadamente em casas de saúde e lares.
In Diário de Notícias da Madeira
Vasco da Gama
Da Infopédia:
Navegador português, nasceu em Sines, por volta de 1468, filho ilegítimo de Estêvão da Gama, que esteve ao serviço de D. João II como marinheiro. Vasco da Gama era também um experimentado navegador que já executara várias missões ao serviço de D. João II. D. Manuel I nomeia-o comandante da frota que vai descobrir o caminho marítimo para a Índia. Faziam parte desta expedição três naus e um navio de mantimentos. A frota parte de Lisboa a 8 de Julho de 1497 e chega a Moçambique a 2 de Março de 1498. Segue depois para Melinde, onde obtém a ajuda de um piloto mouro, acabando por aportar a Calecute, na Índia, em 17 de Maio de 1498. Apesar do aparente bom acolhimento, aparecem as intrigas dos comerciantes árabes, que põem em perigo a estadia da frota portuguesa. Em Outubro de 1498 tem início a viagem de regresso, dando-se a chegada a Lisboa em Agosto de 1499. Estava descoberto o caminho marítimo para a Índia há tanto tempo procurado, e era o culminar de tantos anos de esforços. Face aos problemas que entretanto surgem na Índia, Vasco da Gama volta lá em 1502 com uma armada de 20 navios, submetendo Quíloa e fazendo alianças com os reis de Cochim e Cananor, com o que deixa assegurado o domínio português no Oceano Índico. Regressa carregado de especiarias em 1504. Em 1524 D. João III nomeia-o vice-rei da Índia, onde chega em Setembro, para lutar contra os abusos existentes que punham em causa a presença portuguesa na região. Vasco da Gama começa a actuar rigidamente e consegue impor a ordem, mas vem a morrer em Dezembro desse mesmo ano, sendo os seus restos mortais trazidos para Portugal.
Vasco da Gama. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-23]
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
As mais belas canções de Natal (XV) - Kum Ba Yah, My Lord
Stresse Natalício...
Por enquanto vou tentar manter apenas as rubricas "Faz anos hoje" e " As mais belas canções de Natal"...
Edita Gruberovà
Edita Gruberovà é a que considero das melhores vozes do meio operático actual. Já tive a oportunidade de assistir a três récitas com esta senhora e cada uma delas constituiu um momento único.
Não encontrei uma biografia de Gruberovà em português, mas os interessados na sua carreira podem consultar este "site".
Deixo aqui três vídeos com as récitas de que falei. Os primeiro e último são mesmo das récitas a que assisti em Munique (2005) e Barcelona (2008). O segundo vídeo é de um récita em Madrid em que não estive presente. Estive sim em Barcelona (2006).
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
As mais belas canções de Natal (XIV) - When a Child is Born
Notícia em Destaque - Diferença de preços da gasolina entre Portugal e Espanha aumentou
A diferença de preços da gasolina entre Portugal e Espanha aumentou nos últimos oito anos, tendo atingido os 29 cêntimos no primeiro semestre de 2008, segundo um estudo dos Institutos Nacionais de Estatística português e espanhol.
A publicação "Península Ibérica em Números" hoje divulgada, mostra que o preço da gasolina sem chumbo 95 entre Portugal e Espanha "tem vindo a subir desde 2000", com Portugal a apresentar sempre um preço médio mais elevado.
No final do primeiro semestre, esse diferencial era de 29 cêntimos por litro.
Os dados dos dois institutos de estatística mostram ainda que a produção de energia eléctrica com recursos a fontes renováveis é de 29,4 por cento do total da energia consumida, valor que desce para 17,2 por cento em Espanha e de 14,5 por cento na média da União Europeia.
Giacomo Puccini
Da Infopédia:
Compositor italiano, Giacomo Antonio Domenico Puccini nasceu em 1858, em Lucca, na Toscana, em Itália, e morreu em 1924, em Bruxelas, na Bélgica. É um dos maiores expoentes da ópera realista. Frequentou o Conservatório de Milão, tendo como professores Antonio Bazzini, um famoso violinista e compositor de música de câmara, e Amilcare Ponchielli, o compositor da ópera La Gioconda. Influenciado pelo trabalho de Richard Wagner, compôs a ópera Le Villi (1884), que revelou o seu poder dramático e a sua melodia. A acção nas suas óperas é tão marcante que, mesmo que as palavras não sejam entendidas, a história é facilmente compreendida. Esse facto surge, especialmente, nas suas óperas mais conhecidas, que incluem La Bohème (1896), Tosca (1900), Madama Butterfly (1904), La Fanciulla del West (1910) e Turandot, incompleta. A concepção de melodia diatónica de Puccini, composta por tons e por semitons, encontra-se enraizada na tradição da ópera italiana do século XIX. Contudo, o seu estilo harmónico e orquestral indica que conhecia a tendência contemporânea, especialmente o trabalho dos impressionistas e de Stravinsky.
Giacomo Puccini. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-22]
domingo, 21 de dezembro de 2008
Notícia em Destaque - Idosos abandonados no Hospital durante o natal
Mas infelizmente há notícias destas que nos fazem pensar que, nem no Natal, o espírito solidário de algumas pessoas se eleva. É triste, mas é real.
Lê-se no Diário de Notícias da Madeira:
São às dezenas os idosos deixados no Serviço de Urgência durante o Natal, sem outro motivo que não o comodismo dos familiares, que querem passar a 'quadra' sem muitos trabalhos
Dezenas de idosos são todos os anos deixados no Serviço de Urgência do Hospital Central do Funchal (HCF) na época de Natal. Por razões que nada têm a ver com doenças, mas sim por mero comodismo dos familiares. Não são altas problemáticas - um drama com que o Serviço Regional de Saúde (SRS) se debate durante todo o ano -, mas abandonos temporários que, à medida que o Natal se aproxima, "agudizam-se" à porta das urgências, onde chegam dezenas de idosos nestas circunstâncias.
"Nesta fase [de Natal], esta espécie de alta problemática é mais aguda, e acaba, na maioria, por ficar resolvida em Janeiro, quando os familiares vão buscar os idosos", explicou o director clínico do HCF, Miguel Ferreira. O perfil destes idosos varia, desde pessoas que, mesmo sendo acompanhadas por familiares, vivem sozinhas, a outras, acamadas, que obrigam a cuidados continuados. "Não quero estar aqui a fazer juízos de valor, mas penso que estas situações acontecem porque os familiares querem ter mais disponibilidade para o Natal, e o hospital acaba por ser um escape", acrescenta Miguel Ferreira, lembrando que o SRS está a apostar no aumento da resposta da Rede Regional de Cuidados Continuados e Integrados (RRCCI). O responsável por esta Rede, França Gomes, conhece de perto esta realidade. Sarcástico, diz que isto acontece devido ao "espírito natalício" e que o mal não é exclusivamente madeirense, mas sim português.
"As pessoas ficam 'imbuídas' do espírito natalício e querem livrar-se dos pesos que estão em casa, para poderem ir jantar fora à-vontade", critica o ex-presidente da Ordem dos Médicos na Madeira. França Gomes diz que podemos falar em "dezenas" de idosos nesta situação, para não falarmos numa "centena", enquanto Miguel Ferreira reconhece que o SRS tem poucos mecanismos para contrariar esta situação. "O que nós fazemos em relação às altas problemáticas é contactar a assistência social, para que possam ser encontrados os familiares destes idosos, mas, nestes casos, normalmente esperamos até Janeiro, já que a maioria regressa a casa após o Natal", diz o director clínico do HCF. Até lá, o Serviço de Urgência é a 'porta de entrada' para estes idosos, e muitas vezes também a sala de espera. Segunda-feira, por exemplo, perto de duas dezenas de idosos dormiu nas urgências, a aguardar vaga no Hospital dos Marmeleiros. "A nossa capacidade é naturalmente limitada, e por isso vamos distribuindo as pessoas pelos serviços onde há vaga", diz Miguel Ferreira, acrescentando que existem também muitos internamentos motivados por casos clínicos.
"O Inverno é sempre um problema para os idosos, que são mais frágeis à descida de temperatura", frisa Pedro Ramos, um dos responsáveis pelo Serviço de Urgência. Já a RRCCI, lembra França Gomes, não é a resposta para estes casos. "A Rede foi criada para acolher idosos em fase intermédia de recuperação, não para estas altas problemáticas natalícias". Mesmo assim, a RRCCI vai aumentar a capacidade. Em Abril deverão estar disponíveis mais 30 camas no concelho do Funchal, e o objectivo é estender a Rede para concelhos que ainda não estão abrangidos, como Câmara de Lobos, Machico, Santa Cruz e Porto Santo. Os dois primeiros, segundo França Gomes, são prioritários, e já no próximo ano, o concelho de Machico, com a inauguração do novo Centro de Saúde do Porto da Cruz, deverá contar com seis camas.
In Diário de Notícias da Madeira
As mais belas canções de Natal (XIII) - Ave Maria - Bach/Gounod
Ao Lado da Música (XXII) - Billie Holiday
Sem qualquer tipo de formação musical, Billie Holiday "aprendeu" jazz recorrendo a gravações de Louis Armstrong e Bessie Smith.
Após três anos a cantar em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, que lhe possibilita a gravação do seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Pode-se afirmar que foi nesta altura que a sua verdadeira carreira teve início. A cantora começou a apresentar-se nas casas nocturnas mais importantes do Harlem (Nova Iorque).
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie, tendo sido uma das primeiras cantoras negras a cantar com uma banda de brancos (Artie Shaw), numa época de segregação racial nos Estados Unidos da América (anos 30).
A sua carreira consagra-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Ted Wilson e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, o seu fraseado e a sensualidade expressando uma incrível profundidade de emoção, aproximaram-na do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Foi Lester Young que a apelidou de Lady Day.
Em 1944 grava o trágico Strange Fruit (Fruta Estranha) que suscitou o escândalo pelo tema da segregação racial que abordava. Os "estranhos frutos" eram uma alusão aos cadáveres dos negros pendurados nas árvores.
Viciada no álcool e nos estupefacientes, foi presa e internada durante um ano (1947-48). O estupro sofrido enquanto criança marcou sempre a sua vida. Uma vida que a droga levou ao fim. A voz, dolorosamente trémula, torna-se áspera e o seu canto sensível torna-se amargo e artificial.
Embora não sendo um cantora preferencialmente de Blues, foi por muita crítica jazzística aproximada a Bessie Smith, enquanto herdeira da música do gueto negro e devido à sua existência penosa e atormentada.
Pouco antes de sua morte, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Billie Holiday morre em Nova Iorque a 17 de Julho de 1959.
Com um design de capa bastante original de autoria do caricaturista francês Jean Cabut ou Cabu, cada uma das antologias é composta por dois CD disponíveis a um preço muito apelativo.
No que respeita a Billie Holiday, a antologia cobre o período 1947/1956, isto é, um período em que a voz e a carreira da cantora já tinham atingido a plena maturidade. Nas últimas gravações até é possível notar já alguma decadência a nível vocal.
Faz parte deste trabalho um conjunto de 42 temas, salientando-se as baladas e os swings que tanto caracterizaram a cantora.
Uma vez que cobre um período de nove anos, várias são as bandas e orquestras que acompanham Billie Holiday. Destacam-se:
A orquestra de Bob Haggart O trio de Bobby Tucker A orquestra de Buster Harding A orquestra de Sy Oliver A orquestra de Gordon Jenkins O sexteto de Tiny Grimmes A orquestra de Count Basie A orquestra de Tony Scott
Vários temas são ainda interpretados pela cantora acompanhada pela sua própria banda ou pela sua orquestra.
Louis Armstrong participa em dois temas, You Can't Loose a Broeken Heart e My Sweet Hunk O'Trash.
Destaque ainda para os temas Billie's Blues (I Love My Man) da autoria da cantora e I Cried For You, interpretados ao vivo no famoso concerto do Carnegie Hall (Nova Iorque) a 10 de Novembro de 1956.
Contém gravações de 1950, 1956, 1957, 1958 e 1959.
Como será de esperar, a qualidade da imagem não é a melhor, mas no entanto, o DVD consegue transmitir um pouco do que foi a voz e a carreira desta grande interprete.
Curiosamente a gravação com melhor qualidade de imagem é a de 1950.
Fazem parte do DVD os seguintes temas:
God Bless the Child (Herzog-Holiday) 1950
Now Baby, or Never (Holiday - Lewis) 1950
My Man (Charles-Pollack-Yvain) - 1956
Please Don't Talk About Me When I'm Gone (Clare-Palmer-Stept) 1956
Billies's Blues (Billie Holiday) 1956
Easy To Remember (Rodgers - Hart) 1958
What a Little Moonlight Can Do (Woods) 1958
Foolin' Myself (Lawrence - Tinturin) 1958
I Only Have Eyes For You (Dabin - Warren) 1958
Travelin' Light (Mercer - Young) 1958
Strange Fruit (Alan - Marks) 1959
I Loves you Porgy (George & Ira Gershwin) 1959
Fine and Mellow (Billie Holiday) 1957
Publicado no Ao Lado da Música a 24 de Junho de 2008
Jane Fonda
Da Infopédia:
Actriz norte-americana, de nome completo Jane Seymour Fonda, nascida a 21 de Dezembro de 1937, em Nova Iorque, filha de Henry Fonda. Foi por vontade de seu pai que começou uma carreira de actriz, tendo contracenado com ele na peça The Country Girl em 1954. Pouco entusiasmada com este seu início de carreira, foi estudar Arte para a Europa. Em 1957, regressou aos Estados Unidos para trabalhar como modelo, tendo chegado a ser capa da prestigiada revista Vogue. Em 1958, entrou para o Actor's Studio, onde foi aluna de Lee Strasberg. Considerada como uma actriz promissora, protagonizou a sua peça de estreia na Broadway em 1959 e fez a sua estreia fílmica na adaptação cinematográfica da mesma, Tall Story (Adeus, Inocência, 1960), onde desempenhava uma estudante ninfomaníaca. Após uma série de filmes que passaram despercebidos comercialmente, chocou a América puritana ao aparecer nua no filme La Ronde (1964), de Roger Vadim, seu primeiro marido. Devido ao facto, Henry Fonda cortou relações com a filha, mas Jane gradualmente conquistava o seu estatuto de sex-symbol. De novo sob a orientação de Vadim, foi Barbarella (1968), uma adaptação duma heroína de BD de ficção científica, onde ficou célebre o strip-tease que fez durante o genérico inicial. Na altura da estreia americana do filme, Jane causou polémica pela sua posição pública em relação à Guerra do Vietname, tomando uma violenta posição crítica contra as entidades governamentais americanas, classificando-os como criminosos de guerra, tendo-se até deslocado propositadamente a Hanói. Em 1969, já separada de Vadim, instalou-se definitivamente no seu país natal, tendo imediatamente recebido inúmeras propostas de contratos cinematográficos. Aceitou ser dirigida por Sydney Pollack em They Shoot Horses, Don't They? (Os Cavalos Também Se Abatem, 1969), desempenhando o papel duma mulher em rumo de auto-destruição que, durante uma maratona de dança, se envolve afectivamente. A sua versatilidade dramática impressionou favoravelmente os membros da Academia que a nomearam para o Óscar de Melhor Actriz. Vencê-lo-ia dois anos depois pelo seu retrato de prostituta nova-iorquina em Klute (1971). Após ter vencido o Óscar, afastou-se momentaneamente do cinema para se dedicar às suas actividades pacifistas com o seu marido, o político liberal Tom Hayden. Regressou para filmar Julia (1977), onde personificou a escritora Lilian Hellman e protagonizou Coming Home (O Regresso dos Heróis, 1978), o primeiro filme a tratar abertamente as sequelas do conflito do Vietname, onde Jane desempenha o papel duma mulher adúltera que se apaixona por um soldado paraplégico (interpretado por Jon Voight). Venceu o seu segundo Óscar para Melhor Actriz, mas, no ano seguinte, voltou a ser nomeada pelo seu papel de jornalista no thriller político The China Syndrome (O Síndroma da China, 1979). Em 1981, reconciliou-se com Henry Fonda e, como agradecimento, produziu um pequeno melodrama familiar protagonizado pelo seu pai e onde ela própria desempenhou um papel secundário: On Golden Pond (A Casa do Lago, 1981). Henry Fonda venceu o Óscar para Melhor Actor, mas devido à sua batalha contra a doença que o acabaria por vitimar, foi a sua filha que recebeu o prémio, ela própria nomeada pelo mesmo filme, na categoria de Melhor Actriz Secundária. Cinco anos depois, veio a sua sétima nomeação pela sua prestação em The Morning After (A Manhã Seguinte, 1986), no papel de actriz alcoólica. Stanley & Iris (Para Íris Com Amor, 1990) foi o seu último filme, onde personificou uma professora que ensina um trabalhador analfabeto (Robert De Niro) a ler. Em 1991, casou-se com o multimilionário Ted Turner e anunciou a sua retirada das lides artísticas.
Jane Fonda. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-21]
sábado, 20 de dezembro de 2008
John Steinbeck
Da Infopédia:
Romancista norte-americano, nasceu em 1902 em Salinas, no estado da Califórnia, filho de um político influente, tesoureiro público de origens germânicas, e de uma professora irlandesa. Tendo terminado os seus estudos secundários na sua terra natal, Steinbeck ingressou na Universidade de Stanford com o estatuto de aluno especial. Aí permaneceu entre 1920 e 1926, estudando Biologia Marinha, ciência que influenciaria grandemente a sua obra e a sua percepção do mundo, sem ter, no entanto, chegado a obter o diploma de curso.
Durante estes anos de vida académica, Steinbeck estreou-se como escritor, contribuindo com alguns dos seus contos e dos seus poemas em publicações universitárias. Prosseguiu para o periódico The American, de Nova Iorque, trabalhando primeiro como assalariado até chegar ao posto de repórter, acabando depois por regressar à Califórnia.
Empenhado no esforço da escrita, John Steinbeck optou, em busca de experiência, por levar uma vida de deambulação, sujeitando-se sem pejo aos trabalhos braçais e sazonais mais variados. Assim, para além de ter sido farmacêutico, foi também servente na construção civil, aprendiz de pintor, jornaleiro, caseiro e vigilante. Enquanto tomava conta de uma propriedade em High Sierra, isolada do mundo pela neve durante oito meses por ano, Steinbeck encontrou o tempo e a disposição para escrever o seu primeiro livro, Cup of Gold (1929) que, como os dois romances seguintes, The Pastures of Heaven(1932) e To a God Unknown (1933), passaria despercebido.
No início da década de 1930, Steinbeck havia travado conhecimento com o biólogo marinho Edward Ricketts e, desse encontro, nasceu não só uma grande amizade, como um novo horizonte para o escritor. Ricketts propagava a ideia de que todos os seres vivos agem em interdependência. Steinbeck tomaria então contacto com a obra do mitólogo Joseph Campell, que combinava este pensamento com conceitos do psicólogo Carl Jung e, utilizando os seus arquétipos, fez nascer To a God Unknown (1933). Na obra, de um paganismo ambíguo, o agricultor Joseph Wayne recebe uma benção de seu pai pioneiro, John Wayne, e decide fundar uma nova quinta num vale distante. Aí desenvolve as suas próprias crenças sobre a vida e a morte, Sobretudo quando tem de lidar com uma terrível seca que se abate sobre as suas terras.
Em 1935 publicou a obra que lhe garantiria a atenção do público, Tortilla Flat, um cândido retrato das gentes de raiz mexicana nos Estados Unidos da América, e cuja alegoria à constituição da Távola Redonda do Rei Artur não chegaria a ser apercebida pela crítica. A popularidade do romance permitiu finalmente a John Steinbeck consagrar-se em exclusivo à actividade da escrita.
Seguiu-se-lhe In Dubious Battle (1936), em que Steinbeck recria a revolta de novecentos trabalhadores rurais migratórios. Liderado por Jim Nolan, o movimento é suprimido, e Jim encontra a morte. Uma das personagens, o observador imparcial Doc Burton, é grandemente inspirado no amigo de Steinbeck, Edward Ricketts, que viria também a servir de modelo em algumas das suas obras posteriores mais conhecidas.
Em 1937 seria a vez de Of Mice and Men, o primeiro grande sucesso do autor, e The Red Pony, adaptado para o cinema em 1949. Obteria o reconhecimento do público em 1939, ao ser galardoado com o Pulitzer e com o National Book Award pela obra The Grapes of Wrath. Fruto de uma viagem pelos acampamentos dos trabalhadores migratórios empreendida durante o ano de 1936, o romance foi atacado pelas autoridades de Oklahoma e descrito como "uma mentira, uma criação negra e infernal de uma mente distorcida e perversa". Aquando da atribuição do Prémio Nobel, em 1962, a Academia Real Sueca considerou a obra como sendo apenas uma crónica épica.
A popularidade da obra assumiu proporções tais que, especialmente após a estreia da versão cinematográfica, em 1940, John Steinbeck optou por se exilar no México, onde filmou o documentário da obra Forgotten Village (1941).
Durante a Segunda Guerra Mundial foi correspondente na Grã-Bretanha e Mediterrâneo para o New York Herald Tribune, e dedicou-se à propaganda, da qual The Moon is Down (1942) é um exemplo. Regressou em 1943 a Nova Iorque, casando, nesse mesmo ano, com a cantora Gwyndolyn Conger, de quem teve dois filhos, acabando contudo por se divorciar em 1949. Tendo publicado Cannery Row em 1945, The Wayward Bus e The Pearl em 1947, e A Russian Journal no ano seguinte, o autor encontrou no consumo excessivo de álcool um lenitivo para a frustração da separação e da vida na cidade, longe das montanhas de Monterrey e dos vales férteis da sua Salinas natal.
Em 1950 contraiu matrimónio com Elaine Scott e dois anos depois apareceria East of Eden, obra que reflecte a sua visão da história da formação dos Estados Unidos. Durante grande parte do ano de 1959 Steinbeck refugiou-se numa propriedade rural inglesa estudando a Morte d'Arthur de Malory e, de regresso, publicou o seu último grande romance, The Winter of Our Discontent (1961) e decidiu empreender, com quase sessenta anos de idade, uma viagem de autocaravana ao longo do seu país, acompanhado do seu cão Charley. Publicou portanto, em 1962, Travels With Charley in Search of America.
Veio a falecer em Nova Iorque a 20 de Dezembro de 1968, vítima de um ataque cardíaco.
John Steinbeck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-12-20]