quinta-feira, 31 de julho de 2008
Os atrasos da TAP (II)
Claro que não houve qualquer resposta, somente repostas automáticas nas quais referem que entrarão em contacto comigo brevemente.
Hoje, porém, a resposta automática foi outra. Mandaram-me preencher um formulário no "site", com a justificação de que a reposta seria mais rápida.
Lá perdi mais um tempo a preencher o dito formulário, mas, no campo "breve descrição da reclamação" não coube todo o conteúdo do e-mail que lhes tinha enviado. Conclusão, tive que encurtar o meu texto.
Fiquei todo "contente" porque logo a seguir recebi uma resposta automática com um número de processo.
Quando responderem digo qualquer coisa.
Franz Liszt
Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas do período romântico e mesmo de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento.
Ainda sobre os preços dos combústiveis
O Governo Regional vai tornar hoje pública uma portaria em que assume que passa a tabelar o preço dos combustíveis na Madeira. A iniciativa partiu da Direcção Regional do Comércio, Indústria e Energia que na sequência da monitorização que vem fazendo, do preço em vigor nas diferentes bombas de gasolina da Região, chegou à conclusão que a prática usual era de subir o preço quando a Galp, Repsol e BP subiam no continente, mas nunca baixavam quando as gasolineiras nacionais o faziam.
Do que foi possível apurar, embora sem confirmação oficial, a decisão de pôr termo à liberalização do mercado de combustíveis na Madeira terá resultado de uma 'démarche' que a Região efectuou junto da Galp, pedindo explicações sobre as razões por que a baixa dos preços a nível nacional não era acompanhada na Região, tendo a gasolineira revelado que não fazia tensões de baixar o preço, com a justificação de que tinha muito combustível em stock, adquirido a um preço distinto daquele que estava a ser comercializado no continente.
Confrontada com o facto de que os aumentos nunca tiveram em atenção, também, a variação do preço do barril de petróleo nos últimos meses, ou seja, de que o combustível em stock tinha sido adquirido a um preço inferior que não legitimava a subida, a Galp remeteu-se ao silêncio.
Terá sido esta troca de informação que irritou o Governo Regional, que estranha que sendo o Estado português accionista da Galp não faça nada, para mais quando se verifica que apenas numa parcela do território nacional a Galp se dá ao luxo de não baixar os seus preços.
Surpreendida com a informação recolhida pelo jornalista, a directora regional do Comércio, Indústria e Energia, Isabel Rodrigues, procurou evitar confirmar a notícia, admitindo, contudo, que ao longo do dia de hoje haverá novidades na matéria.
Para esta decisão radical terá contribuído, ainda, o facto de o Centro Logístico de Combustíveis da Madeira ter uma autonomia de abastecimento da Região superior a um mês.
A circunstância de ao longo de um mês o preço variar - sempre para cima - mais do que uma vez, embora o stock de combustível seja eventualmente adquirido a um preço inferior, é outra das fundamentações que o Governo da Madeira deverá evocar para pôr fim à liberalização.
O adiar do anúncio para hoje desta medida deve-se ao facto de Cunha e Silva estar ausente do Funchal, já que lhe compete assinar a portaria. Naturalmente que o DIÁRIO não sabe as razões evocadas pelo Governo da Madeira para uma posição tão radical e que nunca advogou até à data, mas não andaremos longe da verdade se considerarmos que os elevados custos sociais, para os madeirenses e todos os operadores, bem como a clara ineficácia do funcionamento do mercado e a instabilidade do mercado do petróleo, legitimam esta intervenção do governo.
Tal como consta da lei, pode o Estado - neste caso a Região - impor um regime de preço máximo, ou especial, recorrendo para o efeito de uma fórmula que considera diferentes variáveis, como seja os preços do barril de petróleo, a tributação em vigor (ISP), os sobrecustos com os transportes, entre outros.
Tudo indica que a baixa do preço do combustível na Madeira poderá ocorrer já no dia 1 de Agosto, sexta-feira, sendo expectável que a gasolina baixe 5 a 6 cêntimos, mantendo-se a um preço inferior - tal como já acontece - ao praticado no continente português, pois a Região tem uma taxa de ISP inferior à aplicada em Portugal.
Nos termos da lei, passa o Governo da Madeira a fixar, quinzenalmente, o preço do combustível na Madeira, podendo voltar a liberalizar o mercado quando estiverem reunidas outras condições.
'STOCK' PARA UM MÊS
O Centro Logístico de Combustíveis da Madeira pode armazenar 56.000 m3 de diferentes tipos de combustível;
Os depósitos de fuel podem receber 16.000 m3, os de gasolina 20 mil e os de gasóleo 10 mil; no Caniçal podem ser armazenados 11.000 m3 de jet para aviões;
Os tanques de gás recebem 1.500 toneladas de gás propano e 1.200 de butano;
De 15 em 15 dias o CLCM é abastecido por navios-tanque, embora os navios não transportem em todas as viagens todos os tipos de combustível.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
The Star Tracking versus Hi5 e Facebook
Mais de 800 portugueses com experiência de vida e de trabalho no estrangeiro vão estar reunidos quinta-feira no Campo Pequeno, em Lisboa, para mostrarem o empreendedorismo, a iniciativa e o "talento global português" que existe fora de Portugal.
Organizado pela Odisseia de Talento The Star Tracking, o evento vai contar com a presença do chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Nascido de uma iniciativa privada, o The Star Tracking pretende identificar o talento global português e incentivar a partilha de experiências e informações dessa comunidade com o objectivo de criar valor para o país.
Com a filosofia de que "o que é nacional é bom" e que tem de se valorizar o "ser português", o The Star Tracking proíbe que os seus mais de 15 mil membros falem mal de Portugal.
Iniciativa louvável. Afinal o talento dos portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro deve ser reconhecido e valorizado. O conceito de que os emigrantes portugueses apenas realizam trabalhos "menores" (sem desprestígio para qualquer tido de trabalho) começa a estar ultrapassado. Não nos esqueçamos que, nos idos anos 60 e 70, do século passado, os portugueses procuravam um trabalho no estrangeiro apenas com o objectivo de ter uma vida melhor do ponto de vista financeiro. As qualificações académicas eram diminutas.
Hoje em dia a situação está a alterar-se. No estrangeiro existem muitos jovens portugueses com qualificação superior que procuram evoluir na sua carreira.
Mas, perguntar-me-ão, qual a razão do título deste "post"? O que tem esta iniciativa a ver com o Hi5 ou com o Facebook?
É que o Star Tracking tem também uma rede de contactos na Internet, ou seja, uma rede social, onde os inscritos partilham as suas experiências de vida no estrangeiro.
Continua a notícia da RTP:
Questionado pela Lusa sobre a adesão dos portugueses a este projecto, Tiago Forjaz admitiu que "as expectativas de angariação estão satisfeitas"
"Perspectivámos 18 mil membros no primeiro ano. A rede nasceu em Novembro e está bastante bem encaminhada para isso", afirmou.
No entanto, o responsável lamentou que haja "pouca informação sobre redes sociais".
"Confundem com o Hi5 e Facebook. Há desinformação sobre o que é uma rede social e isso é o nosso maior obstáculo e o nosso maior desafio", concluiu.
Ou seja, o facto de se confundir este tipo de redes sociais com redes como o Hi5 e o Facebook, é um obstáculo ao seu desenvolvimento. Se bem que Tiago Forjaz diz, e muito bem, que é também o maior desafio.
Infelizmente a maioria dos jovens (e menos jovens) vive quase dependente deste tipo de sites cuja utilidade é duvidosa.
"Animalidades" (II)
Ainda há histórias com final feliz...
Eunice Muñoz
Com origens numa família de actores, Eunice Muñoz estreou-se em 1941, na peça Vendaval, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II.
Depois de uma longa carreira dedicada ao teatro, em 1991, celebraram-se os seus 50 anos de carreira, com uma exposição no Museu Nacional do Teatro, sendo Eunice condecorada, em cena aberta, no palco do Teatro Nacional, pelo Presidente da República,Mário Soares.
A Maçon (1997), escrito por Lídia Jorge propositadamente para a actriz e A Casa do Lago (2001), de Ernest Thompson, encenada por La Féria são duas das suas mais recentes participações nos palcos. Em 2006 representou pela primeira vez na casa a que deu nome, o Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, na peça Miss Daisy, encenada por Celso Cleto. Em 2007 co-protagoniza com Diogo Infante, Dúvida de John Patrick Shanley, sob a direcção de Ana Luísa Guimarães no Teatro Maria Matos. Em Maio de 2008 é agraciada com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência.
terça-feira, 29 de julho de 2008
O Jornal das 9 na SIC Notícias
As notícias são as essenciais ou, se quiserem, as que considero realmente notícias. Não há historiazinhas de "faca e alguidar" como na SIC generalista e na TVi, e há pouco ou nenhum desporto. Futebol, entenda-se.
A segunda parte é preenchida por um debate de nome Frente a Frente, com a presença de dois comentadores de áreas políticas diferentes.
O Jornal termina sempre de forma original, com o Mário Crespo a apresentar um acontecimento histórico ou uma pequena biografia de alguém que tenha nascido ou morrido no dia em questão. Tudo isto enquanto é apresentada graficamente a previsão meteorológica.
Curiosamente, há dias em que há coincidência entre o acontecimento do dia escolhido pelo Mário Crespo e o que é apresentado aqui no Outras Escritas (etiqueta: faz anos hoje).
Finalmente... Uma boa notícia
No Jornal de Notícias de hoje:
Combustível pode baixar ainda mais - O preço dos combustíveis em Portugal registou uma redução, na sequência da descida do preço do petróleo, que baixou mais de 20 dólares nas últimas semanas. Os produtores admitem que o crude pode descer ainda mais.
A Galp foi a primeira petrolífera a alterar o preço dos combustíveis, baixando o custo por litro da gasolina sem chumbo 95 em quatro cêntimos e do gasóleo em três cêntimos. Desde a meia-noite, o custo da gasolina sem chumbo 95, na Galp, passou para os 1,473 euros por litro e o gasóleo ficou nos 1,393. Outras companhias, como a BP e a Repsol admitem a acompanhar esta alteração nos preços, prevendo acertos nos próximos dias.
A descida anunciada pela Galp ocorre na sequência de vários dias do preço do crude a descer, mas num dia em que o petróleo subiu. A cotação do barril de Brent, de referência em Portugal, para entrega em Setembro, abriu a 126,15 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,61 dólares do que no encerramento de segunda-feira.
Preço pode baixar para menos de 80 dólares
O presidente da Organização dos Países Exportadores de petróleo (OPEP), considera que os actuais preços do barril acima dos 120 dólares “anormais” e admitiu a possibilidade da sua redução para menos de 80 dólares numa conjuntura favorável.
"Se o dólar continuar a reforçar-se e se melhorar a situação política (relacionada com o Irão), então o preço a longo prazo descerá provavelmente para 78 dólares", referiu Chakib Kheli aos jornalistas, tendência que o presidente da OPEP já tinha admitido no sábado em caso do reforço do dólar e a baixa das tensões geopolíticas.
No caso dos preços continuarem a baixar, Chakib Kheli afasta a hipótese dos países da OPEP reduzirem a produção. "Por que razão reduziriam a produção?", questionou o presidente, acrescentando que os países “continuam a querer garantir uma boa oferta e uma boa procura e responder à procura".
Em menos de duas semanas, o preço do petróleo baixou quase 25 dólares em Londres e Nova Iorque.
Previsões da EasyJet
A Directora de Marketing da companhia para Portugal e Espanha, Beatriz Fernandez, acredita que a taxa de ocupação dos seus aparelhos vá se situar entre os 80 e 85%.
No último trimestre do ano, a easyJet prevê que 25 mil passageiros prefiram os seus serviços entre Lisboa e Funchal.
“O nosso principal objectivo nesta fase é democratizar o transporte do Continente para a Madeira, se a isso se juntar um sucesso igual ao que obtivemos nos aeroportos de Lisboa e Faro, ficaríamos naturalmente muito contentes”, refere a Directora de Marketing da easyJet para Portugal e Espanha, Beatriz Fernandez."
As expectativas quanto à entrada da EasyJet continuam a crescer. Continuo à espera de Outubro para ver o que acontece. Mas, confesso-me optimista.
Detesto...
Mete cartão, tira cartão, volta a meter cartão e volta a tirar...
Irra!! Que é falta de consideração pelo próximo...
Vincent van Gogh
A pintura de van Gogh insere-se num estilo pós-impressionista sendo o pintor considerado um dos maiores de todos os tempo.
A sua vida foi marcada por malogros. Não constituiu família e nunca teve meios de subsistência. Aos 37 anos o pintor suicida-se.
O pintor nunca foi apreciado enquanto vivo, a sua fama póstuma surgiu após a exibição de 71 das suas telas em Paris no início do século XX.
A influência de Van Gogh no expressionismo e no abstraccionismo foi notória durante todo século XX.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
"Making of an opera"
Aqui fica um "post" que publiquei há uns dias no Bel canto Opera:
Encontrei no YouTube, este quatro vídeos captados nos bastidores e durante os vários ensaios da ópera de Rossini "Le Comte Ory" apresentada no Teatro Regio di Torino em 1999.
Fazem parte do elenco, entre outros:
Rockwell Blake
Alexadrina Pendatchanska
Michele Pertusi
Alessandro Corbelli
O maestro é Bruno Campanella
Curiosa é a comparação com a ópera Il Viaggio à Reims (Samuel Ramey, Ruggero Raimondi).
Aqui ficam os "links" para os vídeos
http://www.youtube.com/watch?v=N1V99NyVz1o
http://www.youtube.com/watch?v=CiOjSy6ZHQM
http://www.youtube.com/watch?v=VSSDA37shBQ
http://www.youtube.com/watch?v=EeQJ4SnPpl0
Câmara Clara - Funchal 500 anos
Paula Moura Pinheiro entrevista José Manuel Melin Mendes no museu de Arte Sacra do Funchal. Falam de livros, de escritores, de espaços culturais e da realidade Madeirense de hoje e do passado.
O programa contou ainda, com reportagens sobre a Casa das Mudas e o Museu de Arte Sacra do Funchal.
O programa está disponível em camaraclara.rtp.pt.
Johann Sebastian Bach
Bach é tido como o maior compositor do período Barroco e, por muitos, o maior compositor da história da música, ainda que pouco reconhecido na altura em que viveu. Muitas de suas obras reflectem uma grande profundidade intelectual, uma expressão emocional profunda e, sobretudo, um grande domínio técnico.
Obras como o Cravo Bem Temperado são consideradas como o "Antigo Testamento" da música.
domingo, 27 de julho de 2008
Os Contemporâneos
Que pena que actores como a Maria Rueff e o Nuno Lopes tenham que "alinhar" em programas com esta falta de qualidade.
A participação do Bruno Nogueira é simplesmente patética. Aliás o Bruno Nogueira nunca me convenceu como comediante.
Não volto a tentar ver o programa.
Outros Blogues (III) - Ler Devagar
Com um carácter generalista, o blogue da Lenca e da Catarina "fala no feminino" mas, a avaliar pelos comentários, atrai muito "público masculino".
Frases curtas, vivências quotidianas, livros, filmes e às vezes apenas uma fotografia, levam-nos a pensar em situações do dia a dia que muitas vezes ignoramos.
Na blogosfera desde Março de 2006, o Ler Devagar é um blogue de referência. Está nos Blogues dos Amigos do Outras Escritas.
"Gosto de sapatos. Bem sei que é moda agora, gostar de sapatos. Mas eu gosto especialmente de sapatos. Sou incapaz de gastar muito dinheiro numas calças, numa camisa, num vestido ou num top da moda, mas quando vejo uns sapatos assim, perco a cabeça e o cartão sai-me da carteira em modo automático. Gosto do conceito vintage e tenho herdado da minha mãe vestidos, colares, braceletes com qualquer coisa como a minha idade, que são verdadeiras peças de colecção. E eu sempre comprei sapatos a achar que um dia seriam usados pela minha filha. Sim, porque os sapatos pelos quais perco a cabeça são invariavelmente sapatos que não se usam no dia a dia mas numa festa, num jantar ou numa saída especial. Só no outro dia, cerca de 50 pares de sapatos depois, pensei que mesmo que eu venha a ter uma filha, nada me garante que ela calce 37! E tudo deixou, repentinamente, de fazer sentido." - Lenca 17/12/2007.
António de Oliveira Salazar
Instituidor do Estado Novo (1933-1974) e da sua organização política de suporte, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal, como Presidente do Conselho de Ministros, entre 1932 e 1968.
Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orienta-se para um corporativismo de Estado autoritário, com uma linha de acção económica nacionalista. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo e isolamento de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grande impacto sobretudo até aos anos sessenta.
sábado, 26 de julho de 2008
A vida feliz do jovem Esteban
De leitura fácil, o livro, narrado na primeira pessoa, retrata a vida de um jovem, num período temporal que vai desde a sua infância na Colômbia até à altura em que termina os seus estudos universitários em Madrid.
Durante este período, Esteban Hinestroza passa por cinco cidades diferentes: Medellín, Bogotá, Roma, Madrid e Paris. Com um número substancial de personagens secundárias que aparecem e desaparecem na sua vida, o jovem relata o seu quotidiano, os seus amores e desamores e o relacionamento com os seus grandes amigos. A sua paixão pelos livros e o desejo de ser escritor são uma constante ao longo da narrativa.
Uma leitura pela biografia de Santiago Gamboa, leva-nos facilmente a concluir que o livro tem muito de si próprio. Gamboa viveu em todas estas cidades.
Dia dos Avós
Eu tive o privilégio de conhecer todos os meus avós e ainda dois bisavós.
A minha avó materna ainda é viva. Um grande beijinho para ela.
Ao Lado da Música (II) - Miles Davis - Uma Lenda do Jazz
Começamos, assim, no Lado a Lado com a Música a nossa deambulação pelo mundo do Jazz.
Miles Davis nasceu nos Estado Unidos da América em Alton - Illinois em 26 de Maio de 1926. Cedo começou o seu interesse pela música. A mãe pretendia que estudasse piano, mas uma trompete oferecida pelo pai despertou mais interesse a Miles. Era o início.
Depois de concluir os seus estudos de iniciação musical e de ter pertencido a algumas bandas no Illinois, Miles muda-se para Nova Iorque aos 19 anos, com uma bolsa de estudo na Juilliard Scholl of Music. Cedo abandona os estudos e passa a pertencer ao quinteto liderado por Charlie Parker. Surguem a primeiras gravações integradas no estilo bebop.
Em 1948 surgem os primeiros contactos entre Miles Davis e o pianista Gil Evans, que nos seus arranjos utilizava instrumentos que na altura não faziam parte das bandas de jazz como a tuba e o corne francês. Surge assim, o que na altura foi considerando, um insólito noneto (tuba, corne francês, trombone, trompete, sax contralto e sax barítono, piano, contrabaixo e bateria), liderado por Miles e que permite novas e mais leves sonoridades afastando-se, assim, do bebop. A esta nova corrente chamou-se cool jazz. O noneto designado por "Tuba Band" é considerado por muitos críticos umas das mais fascinantes bandas de jazz de todos os tempos.
Após uma fase obscura e de repensamento, Miles funda em 1955 um quinteto destinado a entrar na história do jazz. O Miles Davis Quintet formado para além do próprio Miles Davis como trompetista, por John Coltrane no sax tenor, Red Garland no baixo, Paul Chambers no contrabaixo e Philly Jo Jones na bateria, adopta um estilo próximo do bebop, mas com uma influência do blues e do gospel (hard bop), introduzida principalmente pela presença do saxofone. O quinteto é dissolvido em 1957, uma vez que Miles se opunha ao consumo de droga por parte de alguns dos seus participantes.
Em 1957 grava, improvisando, a banda sonora do filme Fim de Semana no Ascensor de Louis Malle, obra que contém antecipações para a viragem de Miles para a modalidade.
Para dar voz a este conceito derivado da música antiga grega e da eclesiástica medieval, reúne de novo em 1958 Red Garland, Paul Chambers Philly Jo Jones e John Coltrane a quem junta no sax alto Julian "Cannonball" Adderley e no piano Bill Evans. Grava nesta altura Kind of Blue considerado por muitos o melhor disco de Miles Davis e um dos álbuns mais belos e importantes de toda a história do jazz.
Em 1963 Miles forma um novo quinteto mas abandonado em parte pelo público ligou-se ao rock e introduziu instrumentos eléctricos no conjunto (1969). Reune Wayne Shorter (sax soprano), Cick Corea e Herbie Hancock (pianos eléctricos) Joe Zawinul (órgão), John McLaughlin (guitarra), Dave Holland (contrabaixo) e Tony Williams(bateria). Esta ligação ao rock foi criticada por muitos apreciadores de jazz.
Até ao inicio dos anos 90 Miles continua a gravar e a viajar por todo o mundo em inúmeros concertos, mudando várias vezes de editora e continuando a ser criticado por muitos por se afastar do jazz. No entanto, mesmo nesta fase, a sonoridade característica da trompete de Miles foi sempre mantida.
A 28 de Setembro de 1991, Miles morre, deixando um legado enorme de gravações em disco e vídeo.
O álbum Kind of Blue, editado pela Columbia em 1959 e reeditado inúmeras vezes é, talvez, o trabalho mais significativo de Miles Davis.
Com uma linha melódica invejável num estilo próximo do jazz modal, este álbum faz, certamente parte da colecção discográfica de qualquer apreciador de jazz. Para os menos aficionados ou para os que são ainda apenas curiosos, esta é uma boa obra para iniciação.
Kind of Blue surge depois de Miles ter dissolvido o famoso Miles Davis Quintet que se celebrizou entre 1955 e 1957.
No entanto, em 1959 Miles volta a reunir alguns elementos do quinteto, nomeadamente no caso do álbum Kind of Blue, Paul Chambers e Jonh Coltrane, a quem junta Julian "Cannonball" Adderley, James Cobb e Wynton Kelly e Bill Evens (pianista branco).
Assim, Kind of Blue conta com as interpretações de:
Miles Davis - Trompete;
Julian "Cannonball" Adderley - Sax Alto
John Coltrane - Sax Tenor
Wynton Kelly - Piano (Faixa 2)
Bill Evans - Piano
Paul Chambers - Contrabaixo
Jimmy Cobb - Bateria
Fazem parte do álbuns os seguinte temas, todos compostos por Miles Davis:
So What
Freddie Freeloader
Blue in Green
Al Blues
Flamengo Sketches
Kind of Blue é um dos álbuns de jazz mais vendidos de sempre, se não o mais vendido. Reúne nos 5 temas apresentados toda a magia e arte de Males Davis.
A Legacy lançou em 2001 o DVD intitulado "The Miles Davis Story". O DVD baseia-se num documentário produzido e realizado por Mike Dibb para a "Channel 4 television".
Para os interessados na vida e obra de Miles Davis, este documentário é essencial. As várias fases da vida e da carreira de Miles são aqui retratadas de forma pormenorizada, como base em entrevistas feitas as familiares, amigos, produtores e grandes interpretes do jazz que conheceram e tocaram com Miles.
Conjuntamente com as as entrevistas são apresentados pequenos excertos em vídeo de gravações em estúdio e de concertos. Infelizmente os excertos apresentados são de muito curta duração e frequentemente interrompidos pelas entrevistas. Este facto, pode não ser importante para os grandes apreciadores de jazz e de Miles, que certamente possuem gravações em disco ou DVD dos concertos ou gravações de estúdio apresentados, mas para os menos conhecedores seria certamente mais interessante haver excertos de maior duração.
Do documentário fazem parte, entre outros, entrevistas com:
Miles Davis
Jimmy Cobb - Baterista
Shirley Horne - Cantora
Frances Miles - 1ª mulher
Ian Carr - Biografo de Miles Davis
Gil Evans
Bob Weinstock - Prestige Records
George Avakian - Columbia Records
Miles Davis - So What foi lançado pela editora Salt Peanuts e faz parte de uma colecção designada por "Modern Jazz on DVD".
O DVD contem dois conjuntos de temas.
O primeiro conjunto, gravado a 2 de Abril de 1959 inclui:
So What - (Miles Davis)
The Duke - (Dave Burbeck)
Blues for Pablo (Gil Evans)
New Rhumba (Ahmad Jamal)
Miles é neste caso acompanhado por:
John Coltrane - sax tenor
Wynton Kelly - piano
Paul Chambers - contrabaixo
Jimmy Cobb - Bateria
Gil Evans Orquestra
De notar que esta gravação foi feita exactamente no mesmo ano em que foi gravado o álbum Kind of Blue, na altura em que Miles volta a reunir alguns dos membros do famoso Miles Davis Quintet, desfeito uns anos antes.
O segundo conjunto de temas, gravado em Novembro de 1967, mostra Miles já noutra fase da sua carreira, mas ainda antes da sua ligação ao rock. Acompanham Miles Davis:
Wayne Shorter - sax tenor
Herbie Hancock - piano
Ron Carter - contrabaixo
Tommy Williams - Bateria
São interpretados os seguintes temas:
Footprints (Wayne Shorter)
Walkin' (Richard Carpenter)
Gingerbread Boy (Jimmy Health)
A captação de imagem foi feita a preto e branco. A qualidade do som e da imagem é bastante aceitável, tendo sido a captação de som feita em mono.
Publicado no Ao Lado da Música a 8/1/2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
António Lobo Antunes
Numa pequena entrevista, Lobo Antunes refere já ter ganho vários prémios internacionais este ano.
Ontem não te vi em Babilónia, será a minha próxima leitura de Lobo Antunes.
Batalha de Ourique
A Batalha de Ourique desenrolou-se muito provavelmente nos campos de Ourique, no actual Baixo Alentejo. Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques, e as muçulmanas, em número bastante superior.
Apesar da inferioridade numérica, os cristãos venceram. A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques resolveu proclamar-se Rei de Portugal (ou foi aclamado pelas suas tropas ainda no campo de batalha).
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Nana Mouskouri
Aos 73 anos Nana Mouskouri despede-se do público em Atenas, no fantástico cenário do Teatro de Herodes Ático.
Até sempre Nana...
Omnia
O Samsung Omnia, aparentemente, não tem os "defeitos" do gadget da Apple.
Luz no túnel
Nem todos os túneis são em linha recta. É preciso ter forças para vencer as curvas...
Outras músicas...
Quem me conhece sabe que sou muito "purista" no que à música diz respeito. Oiço essencialmente ópera e algum jazz.
Mas, às vezes, não consigo ficar indiferente a outros géneros musicais.
Aqui fica o anúncio (desculpem a publicidade) e o tele-disco (espero que ainda seja assim que se diz).
O nome da cantora é Brandi Carlile e o tema chama-se The Story e foi também utilizado na série televisiva Anatomia de Grey.
Aproveito para agradecer ao amigo que me deu a conhecer este vídeos do YouTube.
http://www.youtube.com/watch?v=kZMid-ukbHs
http://www.youtube.com/watch?v=xq-ZmAYLeB8
Alexandre Dumas, pai
Alexandre Dumas pseudónimo de Dumas Davy de la Pailleterie, é autor entre outros, de: O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros.
"Toda generalização é perigosa, inclusive esta."
quarta-feira, 23 de julho de 2008
EasyJet
EasyJet já tem 5 mil reservas de voo «low-cost» para Funchal.
Segundo um comunicado da companhia, uma semana após o lançamento da rota foram já registadas mais de 5 mil reservas.
O preço está fixado a partir de 25,99 euros por trajecto com taxas incluídas.
A easyJet começa a voar para o Funchal a 27 de Outubro com dois voos diários desde o aeroporto da Portela em Lisboa.
Óptimas notícias. A entrada da EasyJet na linha Lisboa-Funchal parece estar a ser um sucesso. Já se vai falando em aumentar as frequências diárias de 2 para 3 voos.
Há cada uma...
Caso para perguntar quem estará a ganhar com isto tudo...
Domenico Scarlatti
Scarlatti nasceu em Nápoles a 26 de Outubro de 1685 e consagrou-se como compositor do estilo barroco. Radicado na corte portuguesa de D. João V, foi compositor real e mestre dos príncipes seus filhos. Transferiu-se para a corte espanhola aquando do casamento da Princesa Maria Bárbara de Bragança com Fernando VI de Espanha.
Scarlatti passou a maior parte de sua vida em Portugal e na Espanha. Através de seu estilo individual, teve uma enorme influência no desenvolvimento do período clássico da música embora ele tenha vivido a maior parte de sua vida no período barroco.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Os ciganos
Passo a explicar. Nasci e cresci numa pequena aldeia perdida no interior alentejano. Os ciganos foram sempre uma presença constante na aldeia e cedo me habituei a conviver com eles. Admirava a sua liberdade e o facto de serem nómadas. Montavam as tendas nos campos próximos da aldeia, ficavam alguns meses e depois partiam. Mas voltavam sempre!
Naquele tempo, e não foi há muito tempo, as crianças podiam andar na rua à vontade. Havia menos carros, toda a gente conhecia toda a gente e todos estávamos em segurança. Depois da escola era-nos permitido estar fora de casa até que a iluminação pública se ligasse. As mães eram responsáveis por impor esta regra. Eu não saia todos os dias, era um pouco "caseiro". Quando o fazia, adorava as brincadeiras da "rapaziada" que se estendiam toda a aldeia.
Claro que, havendo acampamento de ciganos, sempre nos encaminhávamos para lá. Achávamos curiosa aquela forma tão diferente de estar na vida. As nossas casas tinham paredes e eram abrigadas. As deles eram tendas sem qualquer conforto. Pensávamos nós...
Lembro-me sempre de o meu pai dizer que não era bem assim. Que tinha pena dos ciganos nas noites frias ou chuvosas de Inverno, mas que os invejava nas noites quentes do Verão.
Quando eu estava na segunda classe, ainda se chamavam classes, juntou-se à minha turma o Fernando. O Fernando era cigano e é claro que passou a ser conhecido por Fernando Cigano. Hoje em dia tal seria considerado racista. Naquele tempo não. Pelo menos nós não sentíamos isso. Nem o Fernando.
Eu gostava muito do Fernando Cigano, aliás, todos gostavam. Era inteligente e bom colega.
Terminada a quarta classe, deixámos de o ver. Às vezes ele ainda aparecia na aldeia, mas agora estávamos mais crescidos, tínhamos que estudar mais e não havia tantas brincadeiras na rua. Fiquei a saber nessa altura que o Fernando tinha deixado de estudar. Uma pena! Era bom aluno e teria tido outras oportunidades se tivesse continuado os estudos. O facto de não estudar afastou-o da "rapaziada".
Passaram mais de vinte anos. E o Fernando? Que é feito dele? Formou família, mas "anda na droga". É traficante. Está preso.
Mas, serão todos os ciganos Fernandos? E de quem é a culpa?
A culpa é minha, é nossa, é dos ciganos e é do Fernando.
Curiosamente no Natal de 2007, um grupo de ciganos estava temporariamente numa casa da aldeia. Gostei de ver que este grupo estava perfeitamente integrado. A alegria transbordava e a música era uma presença constante. Sem drogas, sem roubos e sem problemas.
Tal levou-me a pensar que ainda há esperança, mas as notícias actuais não são nada animadoras.
Ainda estou a ler
A leitura está quase concluída. Prometo que durante o fim-de-semana próximo darei a minha modesta opinião sobre o livro.
É que manter o Outras Escritas dá algum de trabalho, o que faz diminuir um pouco o meu tempo diário de leitura
Holocausto
A palavra holocausto (em grego antigo: ὁλόκαυστον, ὁλον [todo] + καυστον [queimado]) tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade em que animais (por vezes até seres humanos) eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante a noite para que ninguém visse. Neste caso holocausto quer dizer cremação dos corpos.
A partir do século XIX, a palavra holocausto passou a designar grandes catástrofes e massacres, até que, após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto (com inicial maiúscula) passou a ser utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de judeus e outros grupos considerados indesejados pelo regime nazi de Adolf Hitler. A maior parte dos exterminados eram judeus, mas também havia militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, activistas políticos, testemunhas de Jeová, sacerdotes católicos, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum.
Estima-se que tenham sido mortas entre nove e 11 milhões de pessoas.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Presidente da República promulga acordo ortográfico
Vamos todos começar a escrever em "Brasileiro"... Não tarda, obrigam-nos também a falar "Brasileiro".
Sou contra o acordo. Ponto final.
Já agora, quem estiver interessado na opinião do Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, pode ver uma gravação do Câmara Clara de ontem.
Achei curioso o Ministro referir que o Governo resolveu trazer o acordo para ratificar neste momento, porque metade dos dos países da CPLP já ratificou. Isto é, ratificaram três, ratificou Portugal agora e falam as rectificações de outros três.
O Ministro refere ainda que será muito difícil para nós ler um texto escrito no século XIX. Gostaria de perguntar ao Senhor Ministro se não vai ser difícil ler um texto escrito à luz do novo acordo.
"Animalidades"
É pena que ainda aconteçam estas coisas em Portugal. Costumo dizer, que há uma relação directa entre o grau de civismo de um povo e a forma como este trata os outros animais (outros quer dizer não racionais, estenda-se).
Gosto de, ao visitar algumas cidades do centro e norte da Europa, verificar que os animais domésticos podem acompanhar os seus donos nos transportes públicos e que os acessos a edifícios públicos são muito menos limitados que em Portugal.
Diferentes mentalidades...
Ernest Hemingway
Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola e esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Depois da Segunda Guerra Mundial passou a viver em Cuba.
Em 1954 recebe o Prémio Nobel da Literatura.
"Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente. A maioria das pessoas jamais ouve".
domingo, 20 de julho de 2008
Outros Blogues (II) - Só Pão o Brog
O blogue em causa é o Só Pão, o Brog.
Lê-se na mensagem de apresentação que: O principal objectivo do Sá Pão, o brog, é o de reunir receitas e dicas sobre a utilização de máquinas de fazer pão. Outros temas ligados à culinária e ao lazer poderão ser abordados, tais como dicas sobre férias, restaurantes, etc. A privacidade dos utilizadores será preservada. Referência a pessoas nunca será de forma directa. Também não serão publicadas fotos em que seja possível identificar pessoas.
Muito útil para quem tem máquina de fazer pão ou para que está a pensar adquirir uma. Alias, recentemente ouvi na rádio uma reportagem que comentava o facto do número de máquinas de fazer pão domésticas estar a aumentar significativamente em Portugal.
Curiosa é a capacidade inventiva dos autores do blogue, com a publicação regular de novas receitas, inventadas pelos próprios. Acompanha cada uma das receitas uma fotografia do resultado final, que nos deixa com "água na boca".
Um blogue muito útil. Está nos "Blogues dos Amigos" do Outras Escritas.
Odisseia Lunar
"Este é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigante para a humanidade".
- Armstrong, minutos depois de já ter pisado no solo da Lua
sábado, 19 de julho de 2008
Aristides de Sousa Mendes
Diplomata português em Antuérpia e Bordéus, recusou-se a seguir as ordens do governo de Salazar e concedeu vistos a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940, ano da invasão deste país pela Alemanha Nazi na Seugunda Guerra Mundial.
Aristides de Sousa Mendes salvou dezenas de milhares de pessoas do holocausto. Foi o "Oskar Schindler portugues"(salvou, no entanto um número muito suprerior de pessoas quando comparado com Schindler).
Ao Lado da Música (I) - Rossini - Il Barbiere di Siviglia
O Barbeiro de Sevilha, baseado na comédia de Baeumarchais "Le Barbier de Séville", com música de Gioacchino Rossini e libretto de Cesare Sterbini, é uma das ópera deste compositor mais apresentadas nos teatros líricos europeus e americanos.
Estreada em 1816 e incluída no estilo operático denominado de Bel Canto, onde se destacam para além de Rossini, compositores como Bellini e Donizetti, esta ópera cómica (buffa) prima pelos momentos jocosos que geralmente provocam risos na plateia (desiludam-se os que pensam que as óperas representam sempre grandes tragédias).
A trama tem como base o romance atribulado entre Rosina e o Conde de Almaviva. A acção decorre em Sevilha onde Rosina vive em casa do seu tutor, Doutor Bartolo.
O Conde de Almaviva, que viu Rosina em Madrid, chega a Sevilha com intenção de a conquistar. Fica a saber, porém, que o Doutor Bartolo planeia casar com a sua pupila.
Fígaro, o barbeiro, arquitecta um plano para ajudar o Conde a conquistar Rosina. Isto a troco de uma quantia em dinheiro.
Pelo meio aparece ainda Dom Basílio, amigo de Doutor Bartolo que tudo fará para atrapalhar o romance.
Depois de uma série de contratempos, confusões, disfarces e mal-entendidos, vence o amor entre o Conde de Almaviva e Rosina e todos ficam razoavelmente satisfeitos.
Do elenco desta récita fazem parte alguns dos maiores nomes da cena lírica internacional actual:
Conde de Almaviva - Juan Diego Flórez
Bartolo - Bruno Praticò
Rosina - Maria Bayo
Figaro - Pietro Spagnoli
Basílio - Ruggero Raimondi
Maestro - Gianluigi Gelmetti
Encenação - Emilio Sagi
Aplaudido mundialmente pela crítica, Juan Diego Flórez é, sem dúvida, a estrela da récita arrebatando os maiores aplausos. Reconhecido como um dos maiores tenores da actualidade e destacando-se nos papeis de Bel Canto, Floréz triunfa na aria "Cessa di più resistere". Pelo seu grau de dificuldade esta ária é muitas vezes omitida nas récitas do Barbeiro.
A encenação, a cargo de Emilio Sagi prima pela originalidade e por fugir ao tradicional. Leva-nos do preto e branco inicial (cenários e figurinos) a uma explosão de cor no final. Curiosamente esta encenação foi também utilizada no Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa nas récitas do Barbeiro ocorridas na temporada lírica de 2005/2006.
Publicado no Ao Lado da Música a 4 de Dezembro de 2007
Novidades no Outras Escritas
Sábados: Artigos sobre música
Trata-se de uma série de artigos que já publiquei no blogue Ao Lado da Música (actualmente de férias) que serviu de apoio a uma rubrica televisiva de minha autoria, que apresentei na RTP Madeira entre Dezembro de 2007 e Junho de 2008. São abordados vários tipos musicais, com especial ênfase para a música erudita e para o jazz.
Domingos: Artigos sobre Outros Blogues
Referência a outros blogues que leio regularmente.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Nelson Rolihlahla Mandela
Nelson Rolihlahla Mandela nasceu a 18 de Julho de 1918. Foi prémio Nobel da Paz em 1993.
Comprar? E porque não alugar?
O Zé, português típico, sempre sonhou ter uma casa.
Depois de ter um rendimento estável, o Zé decide realizar o seu sonho. A prestação era um pouco elevada, indexada à Euribor, o "bicho papão" de hoje, mas que na altura ainda se mantinha em valores razoáveis.
O Zé ficou contente, finalmente tinha algo de seu. Ou talvez não...
Com os anos, as prestações foram subindo, subindo. A Euribor foi crescendo e transformou-se num fantasma que teimava em perseguir o Zé. Ele, que até tinha pensado que com o tempo o peso da prestação da casa iria sendo cada vez menor no seu orçamento mensal, via-se agora confrontado com valores a pagar, muito acima do que tinha previsto.
O preço do petróleo dispara. O Zé começa a ficar aflito para pagar a prestação da casa, a prestação do carro a gasolina e as compras no supermercado.
Algumas prestações começam a não ser pagas... O Zé já não tem dinheiro que chegue. Chegou à conclusão que se endividou de mais. Mas, tinha sido tudo tão fácil no início. O banco deu-lhe todas as facilidades e nunca o avisou de que tal poderia acontecer. Aliás, ele nunca soube muito bem o que era a Euribor.
A hipoteca foi executada e hoje o Zé vive num apartamento alugado. Foi difícil encontrar um apartamento "jeitoso" porque o mercado de aluguer praticamente não existe em Portugal.
Mesmo assim, o Zé vive hoje melhor. O aluguer está dentro do valor que pode pagar. Aumentos? Só no início do ano e correspondentes ao valor da inflação e, se se aborrecer do apartamento onde vive agora, começa a procurar outro. Pode ser difícil encontrar o que pretende, mas, pelo menos as questões financeiras não são, agora, tão problemáticas.
O apartamento não é seu. É verdade. Mas a casa que comprou também nunca foi.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Os fortes e os fracos
Caso para dizer que não conhecem David e Golias.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Energia Nuclear faz sentido em Portugal?
Depois das afirmações de ontem de Vitor Constâncio, Governador de Portugal, o debate sobre o nuclear parece estar a ressurgir.
Acabei de ver um debate na SIC Notícias com 4 especialistas, que, embora interessante, não foi muito esclarecedor.
Eis algumas das afirmações que foram feitas durante o debate:
"Construir uma central nuclear custaria 4 mil milhões de euros"
"Actualmente, demora 4 anos a construir"
"A prioridade das prioridades é a eficiência energética"
"O nuclear permite criar riqueza"
"A França produz 80% da energia que consome nas centrais nucleares"
"Especialistas garantem que a aposta nas renováveis não é suficiente"
"O nuclear não é uma solução milagrosa não resolve o problema energético"
"O urânio utilizado actualmente é um recurso muito escasso"
"O nuclear baseado nos neutrões rápidos usa outro tipo de urânio, com menores problemas de resíduos. Esta tecnologia será implementável de 10 a 15 anos"
"Quase um terço da energia produzida na Europa tem origem nuclear"
"Ambientalistas dizem que Portugal é pequeno para uma central nuclear"
"Desmantelar uma central nuclear é muito mais caro que construí-la"
"A Espanha e a Alemanha estão a reduzir o nuclear"
Obesidade Infantil
Uma das mulheres, supostamente uma das mães, ausentou-se por uns momentos para comprar os almoços. Os bebés ficaram a brincar com uns pratos de papel coloridos (do McDonalds, penso eu). Qual não é o meu espanto quando chega a mãe com o que, supostamente, deveria ser o almoço dos bebés. Dois "Happy Meals" do McDonalds.
Claro que crianças tão pequenas não comem hamburgers, pensei. Pois é, não comem "hamburgers", mas comem batatas fritas, constatei.
Os pratos coloridos eram para as batatas. Os "hamburgers" para as mães.
Lembrei-me na altura de ter lido na imprensa, que a Comissão Europeia tinha elaborado uma proposta para aprovação no Parlamento que prevê a criação de um programa de distribuição gratuita de fruta e legumes nas escolas dos 27 estados.
Fiz uma pequena pesquisa pelos "sites" de notícias e pelos blogues que costumo acompanhar e verifiquei que o tema da obesidade infantil está na ordem do dia.
Deparei-me com títulos como estes:
Crianças nos Estados Unidos da América, Malta e Portugal são as que revelam maior excesso de peso
Obesidade infantil vai fazer diaparar diabetes
Obesidade infantil quase imbatível após os 11 anos
Obesidade Infantil: Especialistas estão contra a realização de dietas em idade pediátrica
Portugueses desconhecem iniciativas de prevenção contra obesidade
Obesidade infantil aumenta nas férias do Verão
Plataforma Contra a Obesidade congratula-se com a proposta de distrubuir fruta e legumes nas escolas
Ao ler estas notícias, constato que realidade portuguesa no que diz respeito à obesidade infantil, ou mesmo à obesidade em geral, é preocupante.
A iniciativa da Comissão Europeia é de louvar, mas o problema não está na escola. O problema está em casa. Está na forma como os pais educam os filhos no que diz respeito à alimentação. Claro que uma criança vai preferir almoçar batatas fritas em vez de sopa de legumes ou peixe. Mas, porque se dá a provar batatas fritas a uma criança com um ano? Porque se deixa que as crianças comam somente o que lhes apetece, quando lhes apetece e na quantidade que lhes apetece?
Dá que pensar...