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Em cada 100 pessoas apenas 25 não entram em pânico. Histeria colectiva «é muito difícil de gerir»
Saber lidar com o risco e adoptar medidas de auto-protecção é essencial para minimizar os efeitos de uma catástrofe, afirmou um especialista em protecção civil, salientando que quem está no local pode vir a ser o primeiro socorrista. Mas não é fácil manter a calma em situações extremas. De acordo com o site do Instituto de Meteorologia, em cada 100 pessoas apenas 25 não entram em pânico durante uma emergência e conseguem tomar decisões e ajudar os outros.
Entre 22 e 24 ficam paralisadas e precisam de ser ajudadas, 50 ficam apáticas e necessitam de ordens e uma a três ficam completamente descontroladas e podem adoptar comportamentos perigosos.
Artur Gomes, coordenador da licenciatura de Protecção Civil do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e ex-responsável do Serviço Nacional de Protecção Civil admite que pânico colectivo «é muito difícil de gerir», mas há formas de o fazer. Adoptar uma postura firme pode ajudar.
Quem não entra em pânico é o primeiro socorrista
«Há pessoas que ficam apáticas e que estão, no fundo, a precisar de alguém que as oriente e que lhes dê algumas instruções. Quando os serviços de protecção civil fazem o planeamento das operações devem contar sempre com esse grupo de pessoas que não entram em pânico, que não ficam apáticas e que ajudam».
Até porque, acrescentou, muitas vezes os primeiros socorristas a chegar ao local de um sismo são precisamente as pessoas que lá estavam e não morreram nem ficaram gravemente feridas.
Para Artur Gomes, a actuação destes cidadãos é determinante antes da chegada das autoridades, mas prolonga-se para além disto. «Muitas vezes ajudam a procurar os vizinhos, os amigos e os familiares. São um auxílio importante para as forças de intervenção: mostram os locais e explicam quem lá morava, dizem quem é quem e ajudam a perceber se está alguém desaparecido», exemplificou.
Os simulacros também podem ajudar a sobreviver a uma catástrofe. «São importantes porque consciencializam as pessoas para a necessidade de lidarem com estes riscos, sobretudo quando vivem em zonas sísmicas, como a área metropolitana de Lisboa», opinou o antigo presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil.
Medidas simples de auto-protecção
Adoptar medidas de auto-protecção contribui igualmente para minimizar os efeitos de uma catástrofe e reduzir o número de vítimas. «A participação dos cidadãos mede-se também pela adopção destas medidas. É isso que se pede nas actividades de protecção civil que são transversais a toda a sociedade».
Quem mora numa zona de risco pode adoptar algumas medidas simples, como prender bem os móveis, prateleiras, quadros e «tudo o que for susceptível de cair com um abanão» e ter sempre à mão um «kit» de sobrevivência que inclui água, alimentos enlatados, estojo de primeiros socorros, lanterna e um rádio portátil com pilhas. «Isto faz a diferença», sublinhou o especialista.
«Se houver um sismo que provoque uma grande falha de corrente, o rádio serve para que as pessoas possam receber instruções por parte das autoridades. É importante acatar todas as instruções durante um evento desta natureza».
25 pessoas em 100 não entrarem empânico, acho muito optiismo!
ResponderEliminarTambém achei optimista a percentagem...
ResponderEliminarMas não deixa de ser interessante que às vezes com um pequeno processo de aprendizagem, possamos salvar a nossa vida e a de outros em caso de catástrofe.
É muito bonito o que esta nesta noticia, mas fazer isso num caso de uma catástrofe eu sinceramente entrava em pânico, não conseguiria estar impávido e sereno, antes pelo o contrário. :)
ResponderEliminarCaro Ricardo
ResponderEliminarCom essa atitude não vai a lado nenhum. Se antes de acontecer algo já está a prever entrar em pânico, quando acontecer entra mesmo.