quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Notícia em Destaque - Japão não vai caçar baleias-de-bossa este ano na Antárctica


Lê-se esta notícia no Público:

O Japão não vai caçar baleias-de-bossa (Megaptera novaeangliae) durante a sua campanha anual na Antárctica, anunciou hoje a agência de pescas nipónica. No entanto mantém o seu objectivo de matar mil cetáceos.

A frota baleeira vai sair do arquipélago até ao final de Novembro para caçar, como nos outros anos, baleias nos mares do Sul. Esta é uma campanha que suscita críticas de vários países, como os Estados Unidos e a Austrália, e de várias organizações ecologistas, como a Greenpeace.

No ano passado, Tóquio anunciou que a sua frota contava matar 50 baleias-de-bossa, uma espécie protegida por uma moratória decretada em 1966, depois de anos de captura intensiva. Mas sob a pressão internacional, o Governo renunciou às suas intenções, uma decisão inédita nos últimos 40 anos.

“Suspendemos a caça à baleia-de-bossa porque a Comissão Baleeira Internacional nos pediu para favorecer uma normalização das discussões no seu âmbito”, explicou Hideaki Okada, responsável da agência de pescas japonesa, organismo público responsável pela caça à baleia.

Constituída por 80 países membros, a Comissão Baleeira Internacional (CBI) regulamenta a caça e a conservação das baleias mas tem vindo a tornar-se terreno para confrontos entre pescadores (Japão, Noruega, Islândia) e protectores destes cetáceos.

Em 1986, a CBI proibiu a captura comercial à baleia mas autoriza a caça dita “científica”, com quotas precisas, uma tolerância utilizada pelo Japão para justificar as suas campanhas.


In Publico

5 comentários:

  1. Graças a Deus. esperemos que a Noruega também vá trás.

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  2. Faltou o resto...

    No entanto é mau continuar com a ideia de caçar baleias para, como costumam justificar, "fins científicos".
    Recordo sempre a frase da Greenpeace: "Quando o último peixe for pescado, o último animal caçado e a última árvore derrubada, eles vão aprender que o dinheiro não se come".
    Fico triste, serem países com grande influência ao nível dos G8 (Japão, Canadá, Noruega, e outros) que insistem nestes crimes e no entanto continuamos a assobiar para o lado. Se fosse, por exemplo, o Irão, aí já haveriam frotas militares para impedir os pesqueiros de caçar baleias e delegações diplomáticas para demover os infractores. George Orwell é que viu tudo há muito tempo: somos todos iguais, mas alguns são mais iguais do que outros...

    Um abraço
    Henrique

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  3. Olá Henrique

    Neste, como em outros (muitos) casos, tudo se resume a uma questão: dinheiro (poder?). Repare que os países que mencionou são os ditos "civilizados" (endinheirados?).

    As baleias são só um grão de areia, os tubarões mortos em massa para a famosa sopa de barbatana são outro grão.

    Gostei que tivesse mencionado o "Triunfo dos Porcos" do Orwell. Realmente há sempre uns que são mais iguais que outros. Agora, na conjuntura actual, penso que o triunfo deixará de ser do Porcos a que estamos acostumados e passará a ser de um Dragão (Asiático entenda-se).

    Mas porcos e dragões são todos iguais. A questão é ver quais são "mais iguais"...:)

    Abraço

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  4. Lembrei-me de um livro que li sobre esta questão: "O Mundo do Fim do Mundo" de Luis Sepúlveda. Até menciona um navio-fábrica (Nishin Maru) que vi por acaso ancorado no porto de Lisboa.

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  5. Pois é Henrique. Já li esse livro há uns bons anos. O tema continua actual. Infelizmente...

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