Portugal tem apenas 2% da sua electricidade liberalizadaPara o administrador da Unión Fenosa para Portugal, Luis Lopez, o mercado ibérico liberalizado de energia (Mibel) é um fracasso porque não se concretizou até agora. Ainda assim, assume que neste momento começa a ganhar novos contornos.
«O resultado do Mibel é um fracasso porque, neste momento, a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha não permite que se liberalize o mercado, e era esse o seu objectivo», afirmou, adiantando que 70% da energia de Espanha está no mercado liberalizado, mas em Portugal apenas 2%.
«Não se pode atribuir a culpa a outra coisa senão às tarifas», realçou o responsável, que falava na conferência de imprensa para apresentação do índice de eficiência energética de 2008.
No entanto, para o mesmo, a revisão pelo regulador português (ERSE) do preço da energia de 50 para 70 euros por MegaWatt, prevista nas tarifas de luz para o próximo ano vem dar um «passo importante». «Neste momento, há condições muito boas» para o Mibel avançar», afirmou.
Além disso, considera que outros factores que vão contribuir para que em 2009 haja melhores condições é sobrecapacidade de energia de Espanha e ainda o desenvolvimento da geração em Portugal. «Só falta a terceira que é a questão regulatória das tarifas. O grande problema que temos, neste momento, é o défice tarifário».
Por seu lado, o director de tarifas e preços do regulador português ERSE, Pedro Verdelho, assinalou que, a partir de 2009, «todos os comercializadores de último recurso estarão em condições iguais, o que vai permitir uma abertura do mercado». «As tarifas no próximo ano não geram défice, o que é favorável à concorrência», rematou.
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