No dia 26 de Março de 1925 nasceu Pierre Boulez.
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Compositor, maestro e professor francês nascido a 26 de Março de 1925, em Montbrison, na região do Rhône-Alpes, França. Desde cedo começou a estudar piano e, entre 1942 e 1945, frequentou o Conservatório de Paris, onde foi aluno do compositor Olivier Messiaen. Em 1948, tornou-se director de música da Companhia Reanud-Barrault, no Teatro Marigny, em Paris. No fim da década de 40 e no início da década de 50, compôs várias peças baseadas no novo sistema do dodecafonismo. Influenciado fundamentalmente por Stravinsky, Messiaen, Shönberg e Weber, foi deste último que adquiriu a ideia de um sistema serial generalizado sobre as alturas, durações, intensidades e timbres. Empenhado em difundir a música contemporânea, Pierre Boulez criou, em 1954, os concertos do Domaine Musical, que dirigiu até 1967, o Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique (1976, IRCARM), com sede no Centro George Pompidou, e do qual foi director até 1991, e o Ensemble Intercontemporain (1976). Em 1988, realizou uma série de 6 programas televisivos, Boulez XXe siècle, e esteve associado a importantes projectos de difusão da música, como a criação da Ópera da Bastilha e da Cité de la Musique, na Villettte, em Paris. Como docente, leccionou, entre 1955 e 1960, o curso de Análise Musical em Darmstadt, na Alemanha, de 1960 a 1966, foi docente de Análise Musical, Composição e Direcção de Orquestra, na Academia de Música de Basileia, na Suíça, e foi ainda professor do Collège de France, em Paris, entre 1972 e 1995. Ao mesmo tempo, lançou a sua carreira, a nível internacional, como chefe de orquestra, sendo nomeado, em 1971, maestro titular da Orquestra Sinfónica da BBC e director musical da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque (1971-1977). Foi convidado a participar nos grandes festivais de Salzburgo, Lucerna, Aix-en-Provence, Edimburgo e foi maestro de importantes orquestras mundiais, como a de Cleveland, Chicago, Londres, Berlim, Viena, Los Angeles, entre outras. As suas obras fundamentais - A Face Nupcial, para coro e orquestra (1946-50); O Sol das Águas, para violino e orquestra (1948); Polifonia X, para 18 instrumentos (1951); Estruturas, para dois pianos (1951-1952), O Martelo sem Mestre, para alto e seis instrumentos (1955); Figuras, Duplos, Prismas (1964), Ritual, para orquestra (1975) - são marcos importantes da música contemporânea, que percorrem o dodecafonismo, passando pela música concreta e electrónica, e que reflectem sobretudo o desenvolvimento de importantes investigações rítmicas. Publicou também vários escritos que se encontram reunidos em volumes, como Penser la Musique Aujourd'hui (1964), Relevés d'Apprentis (1966), Par Volonté (1975), La Musique en Projet (1975) e Points de Repère (1981). Pierre Boulez recebeu várias prémios, como o Prémio da Fundação Siemens, Prémio Imperial do Japão, Prémio de Musica Polar, Prémio Leonie Sonning, Prémio Grawemeyer pela composição Incises e Prémio Grammy pela obra Répons, na categoria de Melhor Composição Contemporânea. Recebeu os doutoramentos Honoris Causa das Universidade de Leeds, Cambridge, Basel e Oxford. Foi distinguido com o título de Comendador do Império Britânico, de Cavaleiro da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha e, em Janeiro de 2001, recebeu do Presidente da República portuguesa, Jorge Sampaio, a Grã-Cruz da Ordem de Santiago.
Pierre Boulez. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-03-26]
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