![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwp2R4TzQQ8Hd3H2mvHzOSQd_OdSO1NHoN-BzGkybATusC9dHCE4PhawgCuU8s1iw4bZfVbhfWpEoENnNC06uVhTTL5EB5dntybTseh7yFwzPXT8Bx2CzWexAlknbsuuVNeKSNSbL6cHU/s320/florbela_espanca@.jpg)
Tarde de mais...
Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...
Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!
Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!
E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...
Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...
Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!
Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!
E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...
Florbela Espanca
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comente o Outras Escritas