Um dia
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Sophia de Mello Breyner - Um dia
Já publiquei este poema aqui no Outras Escritas, mas hoje justifica-se nova publicação. É o poema da Sophia de que mais gosto.
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A Sophia... uma fada das palavras!
ResponderEliminarTenho um post sobre ela, mas devo ter-me enganado a agendar a hora :-((( . Agora só quando chegar a casa!
Que pena.
ResponderEliminarVejo o Desvios à noite.
Eu acho-a extraordinária.
Sophia de Mello Breyner Andresen, para mim, é uma das melhores escritoras de sempre, tanto a nível de contos como a nível de poemas.
ResponderEliminarSinceramente conheço poucas obras de Sophia, mas não quer dizer que não goste da sua escrita nem da Senhora, antes pelo o contrário, as obras que eu li foram obras infantis, que li no 2.º ciclo. Gostei imenso da "Fada Oriana", do "Natal" e da " Menina do Mar".
São livros que jamais esquecerei. Tenho muito curiosidade para ler mais obras desta belissima escritora, principalmente poemas, pois manifesto aqui a minha paixão por poesia. Sou um adepto de poetas que tenham a ver comigo, e uma delas é esta belissima escritora.
Um abraço para si meu caro Alberto e obrigado por fazer referências a estes grandes escritores, como é um caso desta Grande Senhora que um dia Portugal conheceu.
Ricardo
Ricardo
ResponderEliminarVejo que tem "muito bom gosto" literários, dentro dos meus padrões, é claro...
Continue a ler A Sophia de Mello Breyner.