Juan Diego Flórez, tenor, nasceu em Lima no Peru a 13 de Janeiro de 1973. Filho do cantor e guitarrista peruano Rubén Flórez, o cantor teve contacto com a música e o canto muito cedo na sua vida. A sua mãe era gerente de um "pub" em Lima e Juan Diego foi, durante a sua juventude, cantor substituto nesse mesmo local, cantando sempre que um outro cantor desistisse da sua apresentação.
Numa entrevista, Juan Diego Flórez comenta que esta experiência foi muito enriquecedora, mesmo que o seu reportório na altura não fosse clássico ou lírico (interpretava temas populares).
Tendo em vista seguir uma carreira na música popular, entra no Conservatório Nacional de Música de Lima com 17 anos. Nos seus estudos de canto, a sua voz lírica salientou-se de imediato. Um pouco mais tarde integra o Coro Nacional do Peru onde interpretou como solista algumas obras de Mozart e de Rossini.
Seguem-se as primeiras apresentações no Covent Garden (Londres), na Ópera de Viena e no Metropolitan de Nova Iorque.
Desde o início da década de 2000, Juan Diego Flórez é presença constante nos mais importantes palcos operáticos do mundo. O seu reportório inclui quase exclusivamente óperas do período designado por Bel canto, nomeadamente dos compositores Rossini, Bellini e Donizetti.
No que respeita aos aspectos técnicos da sua voz, Juan Diego Flórez pode ser considerado um tenor Lírico Ligeiro (do italiano Tenor Lirico Leggero), isto é, a sua voz tem um registo agudo de grande qualidade, com agudos cristalinos, vibrantes e de potência considerável. Um registo médio de volume inferior a um tenor Lírico, mas com mais agilidade, e um registo grave medianamente desenvolvido e com volume inferior ao do registo médio.
Com estas características vocais pode-se dizer que o tenor tem escolhido o seu reportório de forma bastante inteligente, apresentado-se em papeis aos quais a sua voz está mais adaptada.
Juan Diego Flórez esteve em Portugal apenas uma vez num recital realizado a 16 de Abril de 2003 no Teatro Nacional de S. Carlos. Acompanhado pela Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de S. Carlos e pelo coro do mesmo, o Tenor, dirigido pelo Maestro Riccardo Frizza arrebatou o público português com a sua capacidade vocal.
Numa entrevista, Juan Diego Flórez comenta que esta experiência foi muito enriquecedora, mesmo que o seu reportório na altura não fosse clássico ou lírico (interpretava temas populares).
Tendo em vista seguir uma carreira na música popular, entra no Conservatório Nacional de Música de Lima com 17 anos. Nos seus estudos de canto, a sua voz lírica salientou-se de imediato. Um pouco mais tarde integra o Coro Nacional do Peru onde interpretou como solista algumas obras de Mozart e de Rossini.
Em 1993 parte para Filadélfia com uma bolsa de estudo para o Curtis Institute, onde permaneceu até 1996. Foi nesta altura que começou a interpretar o reportório Belcantista que mantém até hoje, nomeadamente óperas de Rossini, Bellini e Donizetti. Durante este período estudou também com o Mezzo Soprano Marilyn Horne, um dos grande nomes de sempre do Bel canto, na Music Academy of the West (Santa Barbara).
Em 1994 é convidado pelo pelo tenor peruano Ernesto Palacio para integrar o elenco de uma gravação da ópera Il Tutore Burlato de Vicente Matín y Soler. Ernesto Palacio passou a ser professor e "manager" de Juan Diego Flórez e foi talvez a pessoa que mais o influenciou na sua carreira.
Como acontece muitas vezes no mundo da ópera, os novos cantores são descobertos pelo público quando têm que substituir outros, devido a imprevistos de última hora. Tal facto aconteceu a Flórez em 1996 quando foi chamado a substituir Bruce Ford numa récita da ópera de Rossini Matilde di Shabran no Festival Rossini de Pesaro. O sucesso foi de tal forma que ainda no mesmo ano, o tenor debutou num dos maiores palcos operáticos do mundo, o Teatro alla Scala de Milão.Seguem-se as primeiras apresentações no Covent Garden (Londres), na Ópera de Viena e no Metropolitan de Nova Iorque.
Desde o início da década de 2000, Juan Diego Flórez é presença constante nos mais importantes palcos operáticos do mundo. O seu reportório inclui quase exclusivamente óperas do período designado por Bel canto, nomeadamente dos compositores Rossini, Bellini e Donizetti.
No que respeita aos aspectos técnicos da sua voz, Juan Diego Flórez pode ser considerado um tenor Lírico Ligeiro (do italiano Tenor Lirico Leggero), isto é, a sua voz tem um registo agudo de grande qualidade, com agudos cristalinos, vibrantes e de potência considerável. Um registo médio de volume inferior a um tenor Lírico, mas com mais agilidade, e um registo grave medianamente desenvolvido e com volume inferior ao do registo médio.
Com estas características vocais pode-se dizer que o tenor tem escolhido o seu reportório de forma bastante inteligente, apresentado-se em papeis aos quais a sua voz está mais adaptada.
Juan Diego Flórez esteve em Portugal apenas uma vez num recital realizado a 16 de Abril de 2003 no Teatro Nacional de S. Carlos. Acompanhado pela Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de S. Carlos e pelo coro do mesmo, o Tenor, dirigido pelo Maestro Riccardo Frizza arrebatou o público português com a sua capacidade vocal.
"Arias for Rubini" é o trabalho mais recente do tenor Juan Diego Flórez no que respeita a gravações de estúdio editadas em CD.
Lançado pela editora Decca em Setembro de 2007, "Arias for Rubini" é um tributo de Juan Diego Flórez a um dos maiores tenores de sempre, Giovanni Battista Rubini.
Rubini nasceu em Bergamo (Itália) em 1794. Notabilizou-se pela sua capacidade vocal no registo agudo, o que levou vários compositores do século IXX a escreverem papéis nas suas óperas especialmente para a sua voz. Tais papeis, por incluírem passagens de extrema agilidade num registo muitíssimo agudo, sempre foram muito difíceis de interpretar. De entre os compositores que escreveram para Rubini, salientam-se Rossini e Bellini. Na sua ópera I Puritani, Bellini inclui na ária de tenor um fá sobre-agudo que ainda hoje é evitado pela maioria dos intérpretes. Para se fazer uma ideia do grau de dificuldade em atingir esta nota, basta referir que a nota aguda de referência para tenor é um dó (o famoso dó de peito).
Viajando por vários países da Europa, Rubini terá sido o primeiro cantor lírico a tornar-se uma "estrela" dentro e foram dos palcos de ópera. Juan Diego Flórez em entrevista afirma mesmo que Rubini foi a primeira "opera pop star".
Neste trabalho, o tenor interpreta as mais famosas árias interpretadas ou escritas para Rubini de autoria dos compositores Rossini, Bellini e Donizetti.
O Cd incluí árias das seguintes óperas:
Il Pirata - Bellini
Elisabetta, regina d'Inghilterra - Rossini
Marino Faliero - Donizetti
Il Turco in Italia - Rossini
Bianca e Fernando - Bellini
La Donna del Lago - Rossini
Guglielmo Tell - Rossini
Acompanham o tenor a Orquestra e o Coro dell'Academia Nazionale di Santa Cecilia sob a direcção do Maestro Roberto Abbado.
Com uma voz de características idênticas à de Rubini, o trabalho de Juan Diego Flórez não pode ser considerado abaixo de excelente. A sua técnica de alto nível permite-lhe interpretar este reportório de forma extremamente segura e com uma vivacidade e precisão inigualáveis nos dias que correm.
Para os apreciadores de vozes agudas e do reportório de Bel canto mais arrojado, este CD deverá ser uma obra de referência.
Como curiosidade fica a referência a que a nota mais aguda incluída no CD é um mi bemol na ária "All'udir del padre afflitto" da ópera Bianca e Fernando de Bellini. Ficamos ainda a aguardar pelo fá da ária da ópera I Puritani de Bellini.
Lançado pela editora Decca em Setembro de 2007, "Arias for Rubini" é um tributo de Juan Diego Flórez a um dos maiores tenores de sempre, Giovanni Battista Rubini.
Rubini nasceu em Bergamo (Itália) em 1794. Notabilizou-se pela sua capacidade vocal no registo agudo, o que levou vários compositores do século IXX a escreverem papéis nas suas óperas especialmente para a sua voz. Tais papeis, por incluírem passagens de extrema agilidade num registo muitíssimo agudo, sempre foram muito difíceis de interpretar. De entre os compositores que escreveram para Rubini, salientam-se Rossini e Bellini. Na sua ópera I Puritani, Bellini inclui na ária de tenor um fá sobre-agudo que ainda hoje é evitado pela maioria dos intérpretes. Para se fazer uma ideia do grau de dificuldade em atingir esta nota, basta referir que a nota aguda de referência para tenor é um dó (o famoso dó de peito).
Viajando por vários países da Europa, Rubini terá sido o primeiro cantor lírico a tornar-se uma "estrela" dentro e foram dos palcos de ópera. Juan Diego Flórez em entrevista afirma mesmo que Rubini foi a primeira "opera pop star".
Neste trabalho, o tenor interpreta as mais famosas árias interpretadas ou escritas para Rubini de autoria dos compositores Rossini, Bellini e Donizetti.
O Cd incluí árias das seguintes óperas:
Il Pirata - Bellini
Elisabetta, regina d'Inghilterra - Rossini
Marino Faliero - Donizetti
Il Turco in Italia - Rossini
Bianca e Fernando - Bellini
La Donna del Lago - Rossini
Guglielmo Tell - Rossini
Acompanham o tenor a Orquestra e o Coro dell'Academia Nazionale di Santa Cecilia sob a direcção do Maestro Roberto Abbado.
Com uma voz de características idênticas à de Rubini, o trabalho de Juan Diego Flórez não pode ser considerado abaixo de excelente. A sua técnica de alto nível permite-lhe interpretar este reportório de forma extremamente segura e com uma vivacidade e precisão inigualáveis nos dias que correm.
Para os apreciadores de vozes agudas e do reportório de Bel canto mais arrojado, este CD deverá ser uma obra de referência.
Como curiosidade fica a referência a que a nota mais aguda incluída no CD é um mi bemol na ária "All'udir del padre afflitto" da ópera Bianca e Fernando de Bellini. Ficamos ainda a aguardar pelo fá da ária da ópera I Puritani de Bellini.
A Decca lançou em 2006 este DVD com uma récita da ópera La Fille du Regiment de Gaetano Donizetti, ocorrida nesse mesmo ano no Teatro Carlo Felice de Génova.
La Fille du Regiment é uma ópera cómica em dois actos, cuja primeira apresentação pública ocorreu em Paris em 1840, altura em que o compositor italiano vivia nesta cidade. O libretto francês (há também uma versão italiana, mas que é menos apresentada) é de Georges Henry Vernoy de Saint-Georges e Jean-Francois Bayard.
A acção decorre na Áustria no período das invasões Napoleónicas, onde o exército francês combate as tropas inimigas. Criada pelo 21º regimento das tropas francesas, Marie vive feliz, apesar das vicissitudes da guerra. Um dia encontra Tonio, um jovem tirolês por quem se apaixona.
Considerando-se filha de todo o regimento, uma vez que nunca conheceu os país, Marie e Tonio conseguem o consentimento de todos o soldados para namorarem e virem mesmo a casar. Para tal Tonio tem mesmo que se alistar nas tropas francesas.
No entanto, algo corre mal neste romance. A Marquesa de Berkenfield apresenta-se ao regimento como tia de Marie e insiste em leva-lá para o seu castelo onde poderá dar-lhe uma educação adequada ao seu estatuto social. Marie teima em não acompanhar a suposta tia, mas acaba por ceder por falta de argumentos.
Já no Castelo de Berkenfield, Marie vive infeliz e sente-se só. As aulas de canto e boas-maneiras são um aborrecimento. Para complicar ainda mais a situação, a tia arranja um noivo para Marie, o Duque de Krakenthorp.
Na festa de noivado, Tonio consegue falar com a Marquesa e implora-lhe que o deixe casar com Marie. A Marquesa revela-se inflexível. No entanto, o Sargento Sulpice (que comanda o 21º regimento) vem desde há algum tempo a encantar o coração da Duquesa. Num ataque de fraqueza, esta conta-lhe que não é tia mas sim mãe de Marie e que pretende ver a sua filha feliz.
No final, a festa de noivado é interrompida e Marie pode concretizar o seu amor por Tonio.
De argumento muito simples, La Fille du Regiment não deixa de ser uma ópera com todos os condimentos para que os cantores possam demonstrar todas as suas capacidades vocais e de interpretação.
Momentos altos na ópera, são a ária para tenor "Ah mes amis que jour de fête", onde o interprete tem que executar nove "dós de peito", e a lição de canto, onde a soprano, além de ter que executar trechos de extrema dificuldade técnica, com passagens muito agudas, tem ainda que fazer o público rir, visto ser esta uma das partes mais cómicas de toda a ópera.
A récita apresentada neste DVD tem como elenco principal:
Marie - Patrizia Ciofi
Tonio - Juan Diego Flórez
La Marquise de Berkenfield - Francesca Franci
Hortensius - Dario Benini
Sulpice - Nicola Ulivieri
A Orquestra e o Coro do Teatro Carlo Felice são dirigidos pelo Maestro Riccardo Frizza e a encenação esteva a cargo de Emílio Sagi
De entre todos os intérpretes destaca-se, sem dúvida, Juan Diego Flórez no papel de Tonio. O tenor tem vindo já há alguns anos a destacar-se na interpretação desta ópera, nomeadamente na ária "Ah mes amis que jour de fête". Nesta récita, a ária é interpretada de forma soberba, com uma voz segura, um timbre apropriado e um registo agudo perfeito. Os nove "dós de peito" arrebatam os maiores aplausos do público a quem o tenor oferece um "encore". Ou seja, Juan Diego Flórez interpreta dezoito "dós de peito" em apenas alguns minutos.
A soprano Patrizia Ciofi tem uma boa prestação na récita. Com uma técnica bastante aceitável e um registo agudo agradável e sem esforço. Talvez lhe falte um pouco de imaginação e graça na cena da lição de canto.
A encenação de Emilio Sagi, deixa um pouco a desejar, pela sua sua sobriedade e falta de cor, que reduzem um pouco o carácter cómico da ópera.
Como curiosidade, Juan Digo Flórez ao interpretar Tonio no Teatro La Scala de Milão, quebrou uma tradição de 74 anos sem "encores". O tenor repetiu a ária "Ah mes amis que jour de fête".
Publicado no Ao Lado da Música a 11/3/2008
La Fille du Regiment é uma ópera cómica em dois actos, cuja primeira apresentação pública ocorreu em Paris em 1840, altura em que o compositor italiano vivia nesta cidade. O libretto francês (há também uma versão italiana, mas que é menos apresentada) é de Georges Henry Vernoy de Saint-Georges e Jean-Francois Bayard.
A acção decorre na Áustria no período das invasões Napoleónicas, onde o exército francês combate as tropas inimigas. Criada pelo 21º regimento das tropas francesas, Marie vive feliz, apesar das vicissitudes da guerra. Um dia encontra Tonio, um jovem tirolês por quem se apaixona.
Considerando-se filha de todo o regimento, uma vez que nunca conheceu os país, Marie e Tonio conseguem o consentimento de todos o soldados para namorarem e virem mesmo a casar. Para tal Tonio tem mesmo que se alistar nas tropas francesas.
No entanto, algo corre mal neste romance. A Marquesa de Berkenfield apresenta-se ao regimento como tia de Marie e insiste em leva-lá para o seu castelo onde poderá dar-lhe uma educação adequada ao seu estatuto social. Marie teima em não acompanhar a suposta tia, mas acaba por ceder por falta de argumentos.
Já no Castelo de Berkenfield, Marie vive infeliz e sente-se só. As aulas de canto e boas-maneiras são um aborrecimento. Para complicar ainda mais a situação, a tia arranja um noivo para Marie, o Duque de Krakenthorp.
Na festa de noivado, Tonio consegue falar com a Marquesa e implora-lhe que o deixe casar com Marie. A Marquesa revela-se inflexível. No entanto, o Sargento Sulpice (que comanda o 21º regimento) vem desde há algum tempo a encantar o coração da Duquesa. Num ataque de fraqueza, esta conta-lhe que não é tia mas sim mãe de Marie e que pretende ver a sua filha feliz.
No final, a festa de noivado é interrompida e Marie pode concretizar o seu amor por Tonio.
De argumento muito simples, La Fille du Regiment não deixa de ser uma ópera com todos os condimentos para que os cantores possam demonstrar todas as suas capacidades vocais e de interpretação.
Momentos altos na ópera, são a ária para tenor "Ah mes amis que jour de fête", onde o interprete tem que executar nove "dós de peito", e a lição de canto, onde a soprano, além de ter que executar trechos de extrema dificuldade técnica, com passagens muito agudas, tem ainda que fazer o público rir, visto ser esta uma das partes mais cómicas de toda a ópera.
A récita apresentada neste DVD tem como elenco principal:
Marie - Patrizia Ciofi
Tonio - Juan Diego Flórez
La Marquise de Berkenfield - Francesca Franci
Hortensius - Dario Benini
Sulpice - Nicola Ulivieri
A Orquestra e o Coro do Teatro Carlo Felice são dirigidos pelo Maestro Riccardo Frizza e a encenação esteva a cargo de Emílio Sagi
De entre todos os intérpretes destaca-se, sem dúvida, Juan Diego Flórez no papel de Tonio. O tenor tem vindo já há alguns anos a destacar-se na interpretação desta ópera, nomeadamente na ária "Ah mes amis que jour de fête". Nesta récita, a ária é interpretada de forma soberba, com uma voz segura, um timbre apropriado e um registo agudo perfeito. Os nove "dós de peito" arrebatam os maiores aplausos do público a quem o tenor oferece um "encore". Ou seja, Juan Diego Flórez interpreta dezoito "dós de peito" em apenas alguns minutos.
A soprano Patrizia Ciofi tem uma boa prestação na récita. Com uma técnica bastante aceitável e um registo agudo agradável e sem esforço. Talvez lhe falte um pouco de imaginação e graça na cena da lição de canto.
A encenação de Emilio Sagi, deixa um pouco a desejar, pela sua sua sobriedade e falta de cor, que reduzem um pouco o carácter cómico da ópera.
Como curiosidade, Juan Digo Flórez ao interpretar Tonio no Teatro La Scala de Milão, quebrou uma tradição de 74 anos sem "encores". O tenor repetiu a ária "Ah mes amis que jour de fête".
Publicado no Ao Lado da Música a 11/3/2008
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