sexta-feira, 31 de julho de 2009
Faz anos hoje - Geraldine Chaplin
Da Infopédia:
Actriz norte-americana, de nome completo Geraldine Leigh Chaplin, filha do lendário Charles Chaplin e neta do dramaturgo Eugene O'Neill, nasceu a 31 de Julho de 1944, em Santa Mónica, Califórnia. Os seus primeiros passos no cinema deu-os ao lado de seu pai em Limelight (Luzes da Ribalta), em 1952, mas foi o realizador David Lean que a "descobriu" nos seus tempos de juventude quando frequentava o Royal Ballet Academy, em Londres. O épico Doctor Zhivago (Doutor Jivago, 1965) foi o seu primeiro filme na idade adulta, a que se seguiram muitos outros, entre os quais, The Four Musketeers (Os Quatro Mosqueteiros, 1974), Cria Cuervos (1976), Roseland (1977), Remember my Name (1978), Nashville (1975), The Wedding (O Casamento, 1978), estes dois últimos de Robert Altman, Les Uns Ou Les Autres (Uns e Outros, 1981), Chaplin (1992), em que personificou a sua própria avó, e The Age of Innocence (Idade da Inocência, 1993). De aspecto frágil e sensível, tem assumido papéis muito particulares, marcados por características especiais ou excêntricas. No seu currículo, conta-se também a autoria do argumento para o filme La Madriguera (1969). Mãe de dois filhos, Shane e Oona, é conhecido o seu longo relacionamento com o realizador espanhol Carlos Saura. Geraldine Chaplin teve até hoje várias nomeações para prémios dos Globos de Ouro (1993, 1976 e 1966) com Chaplin (1992), Nashville (1975) na categoria de Melhor Actriz Secundária, e Doctor Zhivago (Doutor Jivago, 1965), na categoria de Melhor Jovem Actriz Promissora, e também uma nomeação como Melhor Actriz Secundária em Wellcome to L.A (1977), para os prémios da Academia Britânica.
Geraldine Chaplin. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-31]
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Presente - Jesusalém (Mia Couto)
Obrigado amicíssima...
Millennium - Stieg Larsson
Ao que parece, este conjunto de três livros está a ter um sucesso enorme à escala mundial e a leitura é de tal forma entusiasmante que se torna difícil parar de ler.
Uma amiga e colega de trabalho que estava presente no jantar, comprou os livros, leu-os de fio a pavio e empreitou-me agora o primeiro, com a promessa de empréstimo dos dois seguintes.
Como me estava a ser um pouco difícil encontrar a concentração necessária para ler o Joel Costa, resolvi parar temporariamente com o seu "Aquela Madrugada no Ritz" para começar com "Os Homens que Odeiam as Mulheres", o primeiro volume da trilogia Millennium de Stieg Larsson.
Mais uma vez os cafés - Martinho da Arcada (II)
Regresso das tertúlias
O proprietário do Café Martinho da Arcada vai retomar em Setembro as tertúlias naquele espaço histórico de Lisboa, para tentar evitar a morte anunciada.
O anúncio do regresso das tertúlias foi feito ontem em conferência de imprensa realizada no café, onde o proprietário, António Sousa, reafirmou que o movo modelo de trânsito imposto pela Câmara, designadamente o corredor de transportes públicos, está a afastar os clientes do "Martinho", que pode fechar a partir de Dezembro.
Parece, assim, ainda haver alguma esperança para o Martinho.
Faz anos hoje - Nicolau Breyner
Da Infopédia:
Nicolau Breyner nasceu a 30 de Julho de 1940 em Serpa. Depois de passar a infância em plena planície alentejana, instalou-se em Lisboa onde começou a estudar Canto na Juventude Musical. Em 1957, aos 17 anos, ganhou uma bolsa de estudo e passou dois meses em Itália. Quando regressou, optou por frequentar o curso de Direito e matriculou-se também no Conservatório. Em 1959, o actor Ribeirinho, um dos seus professores no Conservatório, convidou-o, juntamente com a actriz Florbela Queirós, para o elenco da peça Leonor Teles. O pequeno papel de Breyner não passou despercebido aos principais produtores teatrais e brevemente o actor tornou-se cabeça de cartaz nos teatros de revista do Parque Mayer, dividindo as atenções com Laura Alves, Raul Solnado e Eugénio Salvador. Ao mesmo tempo, dedicou-se ao teatro radiofónico na Emissora Nacional e participou em filmes como Pão, Amor e... Totobola (1964), O Diabo Era Outro (1969) e Malteses, Burgueses e às Vezes... (1974). Contudo, Breyner só se torna um fenómeno de popularidade após a Revolução dos Cravos com o programa televisivo Nicolau no País das Maravilhas (1975), onde, juntamente com Herman José, celebrizou a rábula O Senhor Feliz e o Senhor Contente, em que satirizavam, de uma forma lúdica, a situação política e económica vigente. Depois do sucesso do programa humorístico Eu Show Nico (1980), Breyner apareceu associado ao projecto da primeira telenovela portuguesa: Vila Faia (1982). Juntamente com Thilo Krassman e Francisco Nicholson, foi autor e director de actores, tendo também encarnado a personagem de João Godunha, um camionista ligado a uma empresa de produção vinícola. Com um elenco onde também pontificavam nomes como os de Ruy de Carvalho, Mariana Rey Monteiro e Varela Silva, a telenovela foi um êxito a nível nacional. Participou também na série humorística Gente Fina é Outra Coisa (1983), que marcou a última aparição televisiva da actriz Amélia Rey Colaço, entrou como actor na telenovela Origens (1983) e fez uma derradeira incursão no teatro musical com a peça Annie (1984). Nessa fase, fundou a produtora NBP e figurou em séries como a segunda versão de Eu Show Nico (1987) e Os Homens da Segurança (1988). Na década de 90, Breyner dedicou-se exclusivamente à televisão com Euronico (1990), Nico de Obra (1993), Cinzas (1993) e Reformado e Mal Pago (1996), não deixando de fazer incursões no cinema em Jaime (1999) de António Pedro Vasconcelos, Inferno (1999) de Joaquim Leitão, Os Imortais (2003) de António Pedro Vasconcelos e O Milagre Segundo Salomé (2004) de Mário Barroso.
Nicolau Breyner. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-30]
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Mais uma vez os cafés - Martinho da Arcada
É triste, ver os centros das nossas cidades ficarem vazios à noite e aos fins de semana e estes cafés emblemáticos ficarem sem clientela.
Morte anunciada para Martinho da Arcada aos 227 anos?
O "Café Martinho da Arcada", que ameaça encerrar as portas devido à escassez de clientela motivada pelas obras e recentes alterações ao trânsito no Terreiro do Paço, foi inaugurado há 227 anos e é actualmente o mais antigo de Lisboa.
Inaugurado a 07 de Janeiro de 1782 pelo Marquês de Pombal, o Café Martinho da Arcada teve como seu cliente mais conhecido o escritor e poeta Fernando Pessoa, a par das muitas individualidades lisboetas que atravessaram as suas muitas décadas de vida.
Rezam as crónicas que três dias antes de morrer, Pessoa tomou ali café, acompanhado pelo também poeta e pintor José de Almada Negreiros. O autor de "A Mensagem" adoptou o "Martinho" depois de ter sido um dos famosos frequentadores de "A Brasileira", no Chiado.
Em 1782, o estabelecimento abriu as suas portas como "Casa das Neves", devido aos sorvetes que vendia, e teve vários nomes, como "Café do Comércio" ou "Casa do Café Italiano", até ser adquirido por Martinho Bartolomeu Rodrigues, em 1845, que o rebaptizou como "Café Martinho da Arcada".
Além de Pessoa, que ali gostava de fazer as suas refeições e passar horas a escrever, passaram pelas suas cadeiras ilustres personalidades da história portuguesa, entre eles Afonso Costa, Manuel de Arriaga, Bernardino Machado, França Borges, Cesário Verde, António Botto, Augusto Ferreira Gomes, António Ferro, Almada Negreiros, Eça de Queirós, Columbano Bordalo Pinheiro, Bocage Gago Coutinho ou Duarte Pacheco.
Foi igualmente local de tertúlia de ministros, arquitectos e escritores que em comum tinham ideias liberais e revela a história que foi ali que os intelectuais da época se regozijaram quando em 1828 foi criada a Carta Constitucional e onde os homens "iluminados" fizeram juramento do documento, que representava um compromisso entre a doutrina da soberania nacional e o desejo de preservar os direitos régios.
Há dois anos, o 225º. aniversário do Café Martinho da Arcada, foi assinalado numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
In Ionline
Faz anos hoje - Benito Mussolini
Da Infopédia:
Político italiano, nascido em 1883, Mussolini começou por se assumir como militante socialista para, depois da Primeira Guerra Mundial, se converter a teses de extrema-direita e criar o Partido Fascista Italiano (1921), portador de uma ideologia autoritária e anti-parlamentar. O seu discurso, em que predominava o elogio da violência como forma de actuação decisiva e privilegiada na política, teve tradução concreta na actividade da sua milícia própria (os fasci di combattimento, que dão aliás origem ao nome do partido). É efectivamente no seguimento de uma política agressiva e à margem dos princípios e métodos parlamentares que alcança o poder, depois de uma Marcha sobre Roma (1922) que leva o rei a encarregá-lo de formar governo. Dirige o país durante algum tempo em difícil convivência com o Parlamento, mas assume plenos poderes logo em 1922 e proclama a ditadura três anos mais tarde. O regime que a partir desse momento implanta e fortalece é uma ditadura de partido único, apoiada em fortes milícias próprias, onde o poder parlamentar é substituído por um Conselho Fascista com atribuições meramente consultivas, os sindicatos são dominados por um regime corporativo e os partidos políticos são proibidos. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e demagógico e a imposição da "ordem nas ruas", dá-lhe uma certa estabilidade, apesar das dificuldades económicas e sociais que o país experimenta. Na política externa, após uma campanha de conquista contra a Abissínia, pela qual tenta reconstituir um império africano, alinha com a Alemanha hitleriana e o Japão imperial, apesar de saber que a Itália não se encontra em condições de suportar novo conflito; vê-se arrastado, como parceiro menor, para a Guerra Mundial (a segunda do nosso século) que estala em 1939 e que irá pôr a ferro e fogo a Europa, a África e a Ásia, terminando com a derrota. Quando esta se aproxima, em plena contra-ofensiva aliada, os militares lançam um golpe de estado que depõe Mussolini, que é encarcerado e algum tempo depois libertado por pára-quedistas alemães. Enquanto os militares colocam a Itália ao lado dos aliados e os alemães ocupam larga extensão da península italiana, Mussolini tenta manter no norte da Itália uma República Social (a República de Saló, do nome do local onde se instalou), que se aguenta algum tempo artificialmente, de acordo com as exigências da política de guerra da Alemanha. Mussolini não tem aí qualquer poder efectivo, acabando por se ver forçado a tentar a fuga, em condições desesperadas, perante o avanço dos aliados e dos movimentos de resistência. Serão precisamente resistentes italianos que, em Maio de 1945, pouco antes do suicídio do seu aliado Adolf Hitler, o irão capturar e fuzilar sumariamente, vindo o seu cadáver a ser exposto publicamente e a ser alvo da ira popular.
Benito Mussolini. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-29]
terça-feira, 28 de julho de 2009
No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
O autor define esta "No meu deserto" como um "Quase romance" e esta expressão, além de original, encaixa perfeitamente na obra e no tipo de escrita.
Que se desenganem os leitores que esperam desta obra a grandeza e densidade do "Equador" ou mesmo, em menor escala, do "Rio das Flores". "No meu deserto" relata uma pequena história de amor, contada a duas vozes. Uma história de amor efémera que acontece durante uma expedição ao deserto e que termina logo após, porque só fez sentido no deserto.
Lê-se em pouco mais de uma hora ou, para os que gostam de saborear as palavras, numa tarde de verão...
“Esta história que vos vou contar passou-se há vinte anos. Passou-se comigo há vinte anos e muitas vezes pensei nela, sem nunca a contar a ninguém, guardando-a para mim, para nós que a vivemos. Talvez tivesse medo de estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para melhor expor as coisas, essa fina camada de pó onde repousa, apenas adormecida, a memória dos dias felizes.” «Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.» «Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.» «Parecia-me que já tínhamos vivido um bocado de vida imenso e tão forte que era só nosso e nós mesmos não falávamos disso, mas sentíamo-lo em silêncio: era como se o segredo que guardávamos fosse a própria partilha dessa sensação. E que qualquer frase, qualquer palavra, se arriscaria a quebrar esse sortilégio.» «Eu sei que ela se lembra, sei que foi feliz então, como eu fui. Mas deve achar que eu me esqueci, que me fechei no meu silêncio, que me zanguei com o seu último desaparecimento, que vivo amuado com ela, desde então. Não é verdade, Cláudia. Vê como eu me lembro, vê se não foram assim, passo por passo, aqueles quatro dias que demorámos até chegar juntos ao deserto.»
Faz anos hoje - Jacqueline (Kennedy) Onassis
Da Infopédia:
Figura pública norte-americana, enquanto Primeira Dama dos Estados Unidos da América (1961-1963) esteve sempre na ribalta da vida americana e mundial, graças à sua beleza, postura e graciosidade, o que fez com que conquistasse a exigente e difícil opinião pública americana, que carinhosamente a tratava por "Jackie". Jacqueline Lee Bouvier, seu nome de origem, nasceu no dia 28 de Julho de 1929, no estado americano de Nova Iorque, na cidade de Southampton. De família abastada e com pergaminhos na sociedade americana, Jacqueline foi esmeradamente educada em ambientes cultos e ricos, tranquilos, principalmente em Nova Iorque, Rhode Island e Virgínia, tendo desde criança evidenciado grande destreza na prática de equitação. Estudou no Vassar College e depois na Sorbonne, tendo acabado por se licenciar na Universidade de George Washington em 1951. Era uma figura talhada para grandes voos e acontecimentos notáveis. Assim, em 1952, quando trabalhava como repórter fotográfica para o jornal Washington Times Herald, entrevistou o senador John Fitzgerald Kennedy, de Massachusetts. Cerca de um ano depois, ambos se casariam, a 12 de Setembro. Tiveram três filhos do seu casamento: Caroline (1957), John (1960) e Patrick (1963, vivendo porém apenas dois dias). Jacqueline Kennedy foi uma Primeira Dama activa e empenhada em deixar marcas da sua passagem pela Casa Branca, capitalizando a sua simpatia e apreço nacional em proveito das actividades que patrocinava ou mesmo idealizava. Uma das suas grandes metas era a de transformar Washington, capital dos EUA, num local de culto dos americanos e de orgulho para todo o povo, tirando-a do marasmo cultural em que sempre esteve mergulhada, à sombra de Nova Iorque ou de outras metrópoles da Costa Leste (Boston, Filadélfia, Baltimore, entre outras). Washington tinha que ser um centro cultural atractivo, não apenas uma capital política habitada por políticos, militares, embaixadores e funcionários. Neste âmbito, empreendeu igualmente uma remodelação decorativa da Casa Branca, símbolo do poder americano, promovendo paralelamente a preservação e requalificação da área urbana e paisagística envolvente. Outra das suas ideias foi a criação de um centro cultural nacional, que mais tarde veio a chamar-se de John F. Kennedy Center for the Performing Arts . No dia 22 de Novembro de 1963, Jacqueline Kennedy estava sentada ao lado de seu marido no fatídico momento em que foi alvejado mortalmente durante uma deslocação a Dallas, no Texas. Acompanhou depois o féretro até Washington e a seu lado esteve até ao cemitério. Entretanto, Washington tornava-se um local incómodo e difícil para viver e criar os seus filhos, quer devido à pressão mediática e política, quer devido a um sem número de recordações que avivavam a memória de John. Procurando tranquilidade e independência familiar, Jacqueline rumou com os dois pequenos para a cidade de Nova Iorque. Aqui, cinco anos mais tarde, em 1968, decide tomar um novo rumo na sua vida. Desposa então o milionário grego Aristóteles Onassis, um grande armador de navios, ligado ao petróleo e à finança, senhor de um império e de uma fortuna incalculáveis. Como alguns navios de Onassis, o casamento não demorou a afundar-se, embora nunca se tenha efectuado o divórcio. Onassis acabou por falecer em 1975. Novamente viúva, Jacqueline Onassis começou uma carreira editorial, tendo chegado a ser editor senior da Doubleday . A sua especialidade editorial relacionava-se com a publicação de trabalhos relacionados com artes cénicas e arte e literatura Egípcias. Faleceu em Nova Iorque a 19 de Maio de 1994.
Jacqueline (Kennedy) Onassis. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-28]
segunda-feira, 27 de julho de 2009
De novo em casa...
Hoje vou descansar e tentar recuperar algumas forças.
Volto ao Outras Escritas amanhã...
Faz anos hoje - Alexandre Dumas (filho)
Da Infopédia:
Escritor francês, nascido em 1824 e falecido em 1895, filho de Alexandre Dumas (pai), tornou-se célebre com o romance A Dama das Camélias (1848). As suas peças teatrais são um libelo contra os preconceitos da época, que afectavam nomeadamente a mulher e a criança: La Question d'argent (Questão de Dinheiro, 1857) e Le Fils naturel (O Bastardo, 1858).
Alexandre Dumas (filho). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-27]
domingo, 26 de julho de 2009
Blogue da Semana (XXV) - Sent & Received
Para os amantes da filatelia, este blogue está a tornar-se, sem dúvida uma referência pela quantidade de correspondência que o autor recebe dos mais diversos ponto do globo.
Eu próprio já contribui para o blogue com o envio de correspondência de Lulea, no norte da Suécia.
Vale a pena uma visita, mesmo para os que, como eu, não são uns filatelistas convictos.
Faz anos hoje - George Bernard Shaw
Da Infopédia:
Escritor e crítico literário irlandês, nascido a 26 de Julho de 1856, em Dublin, e falecido a 2 de Novembro de 1950, foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1925. Oriundo de uma família de poucas posses, nunca frequentou a universidade. Em 1876 mudou-se para Londres e trabalhou como jornalista, embora o seu sonho fosse ser escritor. Nunca deixou de escrever apesar do insucesso dos seus primeiros trabalhos. Tornou-se crítico de teatro, de arte e de música em várias publicações como Saturday Review , Our Corner , The Pall Mall Gazette , The Wordl e The Star . Como membro da Social Democratic Federation , teve a oportunidade de conhecer a obra de Karl Marx. Desde então tornou-se socialista activo, membro do Fabian Society , deu palestras e distribuiu panfletos, alguns da sua autoria como The Fabian Manifesto (1884) e Socialism for Millionaires (1901). Participou em várias acções que mais tarde levaram ao aparecimento do Partido Trabalhista (Labour Party ). Entretanto escreveu várias peças de carácter político como Arms and the Man (1894), Devil's Disciple (1897), Man and Superman (1902), Major Barbara (1905) e Pygmalion (Pigmalião , 1913). Como socialista convicto, foi um dos opositores à Primeira Guerra Mundial. Após a guerra, escreveu diversas peças de sucesso, como Heartbreak House (1919), Back to Methuselah (1921), St. Joan (1923), The Apple Cart (1929) e Too True to be Good (1932), que lhe proporcionaram o prémio Nobel.
George Bernard Shaw. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-26]
sábado, 25 de julho de 2009
Faz anos hoje - Carlos da Mota Pinto
Da Infopédia:
Político, académico e jurisconsulto português nascido em 1936 e falecido em 1985. Foi professor catedrático da Universidade de Coimbra. Filiando-se no Partido Social-Democrata (PSD), que liderou entre 1983 e 1985, desempenhou diversos cargos governativos, entre os quais o de primeiro-ministro em 1978-1979 e o de vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa (no chamado Bloco Central) a partir de 1983.
Carlos da Mota Pinto. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-25]
sexta-feira, 24 de julho de 2009
O Café Imperial do Porto
Falo do café Imperial na Praça da Liberdade, mesmo ao fundo da Avenida dos Aliados.
Gostava muito de passar por lá, embora no início dos anos 1990 o interior estivesse a ficar um pouco degradado, o ambiente era muito agradável e a sala enorme e belíssima continuava a causar impacto. Os vitrais eram (são) magníficos e um excelente exemplo de Art Déco.
Tenho óptimas lembranças deste café onde parava sempre a caminho da Estação de S. Bento no início dos períodos de férias no Alentejo.
Ao fazer uma pesquisa na Internet sobre o Café Imperial encontrei este documento de autoria de Maria Teresa Castro Cunha intitulado "Os cafés do Porto" que faz uma análise da evolução dos cafés nessa cidade desde o início do século XIX.
Mais cafés de Lisboa (II)
Situada num local estratégico da baixa lisboeta, a Suíça orgulha-se de ter duas esplanadas, uma no Rossio e outra na Praça da Figueira.
Pessoalmente prefiro a esplanada da Praça da Figueira, que embora não tenha a grandiosidade do Rossio, prima pela calma e pelo aconchego. Foi aí que estive, durante boa parte da manhã, a tomar o meu café.
Encontrei na Internet o "site" da Suíça do qual retirei o texto que se segue e que conta um pouco da história um dos cafés (pastelarias) mais emblemáticos do país.
Este estabelecimento foi fundado por Isidro Lopes e Raul de Moura em 18 de Março de 1922, com um capital social de 300 mil escudos, para exercer a actividade de “pastelaria, leitaria e seus derivados”, tendo adoptado a designação de “Casa Suissa, Lda.” O Rossio ladeado pelos inúmeros cafés e esplanadas no lado poente, permitiu que a Pastelaria Suiça, banhada pelo esplendoroso sol, acolhesse e fosse preferida pelas gentes fugitivas da Europa Central. |
Com o início da 2ª Guerra Mundial, Lisboa tornou-se ponto de cruzamento dos vários interesses no conflito, o que permitiu, dada a sua excepcional localização e inteligente receptividade da jovem gerência, tornar-se no local de encontro e lazer de alguns dos milhares de refugiados que procuravam ou aguardavam os mais diversos destinos. |
O local é mencionado em inúmeras reportagens daquela época, ocupando capítulos de algumas obras literárias. Nos anos 50, lá foram filmadas cenas de um filme de espionagem, tendo Lisboa por palco. Cadeias de televisão da Holanda, Alemanha, Escandinávia e Japão têm utilizado a Pastelaria Suiça para relembrar hoje, como promoção turística, alguns dos momentos históricos d épocas passadas. Foi galardoada com o Diploma de Honra e Medalha de Ouro na Primeira Exposição Nacional de Confeitaria e Pastelaria, no ano de 1956, e distinguida com a Menção Honrosa no Concurso 2Bolo Henriquino”, em Abril de1961. | |
Acompanhando a evolução dos hábitos alimentares, já no decurso dos anos oitenta, foi feita remodelação total, conquistando mais espaço e apostando em outros segmentos de mercado, tais como snack-bar, geladaria e cafetaria em “auto-serviço”. A caminho do século XXI, tem a prestação social de marcado relevo. E, aberta a universo humano sem restrições continuará a ser lugar privilegiado de encontro. |
Faz anos hoje - Amelia Earhart
Da Infopedia:
Aviadora norte-americana, nasceu a 24 de Julho de 1898, no Kansas, Estados Unidos da América, e faleceu em 1937. Fez os seus estudos na Universidade de Columbia e na Harvard Summer School. Teve as primeiras lições de voo a 3 de Janeiro de 1921, e seis meses mais tarde comprou o primeiro avião: um Kinner Airster, em segunda-mão, pintado de amarelo, a que deu o nome "Canary" (Canário). Foi com este avião que bateu o primeiro recorde, atingindo uma altitude de 14 mil pés. Em 1928, tornou-se a primeira mulher a fazer uma travessia transatlântica, como passageira, quando dois pilotos americanos, Wilmer Stultz e Louis Gordon, a convidaram para voar com eles. Em 1931, foi a primeira mulher a fazer a travessia aérea do oceano Atlântico sozinha, tendo estabelecido um novo recorde ao completar a viagem em treze horas e meia. Quatro anos mais tarde atravessou o Pacífico, partindo do Havai e chegando à Califórnia. Ainda em 1935, bateu um recorde único de velocidade ao cumprir o trajecto Cidade do México - Nova Iorque em catorze horas e dezanove minutos. Em Junho de 1937, acompanhada pelo navegador Frederick Noonan, iniciou a travessia do globo (para Este) a partir de Miami. No dia 2 de Julho o avião desapareceu enquanto cumpria a rota de Lae, Nova Guiné, para as ilhas Howland. O marido de Amelia Earhart, George Putman, depois do desaparecimento da aviadora, publicou o livro Last Flight (1937), que teve como base de elaboração os relatos da viagem transmitidos nas várias paragens que Amelia efectuou, até ao fatídico dia 2 de Julho.
Amelia Earhart. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-24]
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ainda a Mexicana...
A Mexicana foi fundada em 1946 por um grupo de 4 sócios, 3 dos quais ligados à família Vicente, oriunda de Tomar. Os terrenos onde hoje se situa a Praça de Londres foram adquiridos na primeira metade do século XX por Tomarenses que [os] lotearam e venderam a outros Tomarenses para construção. Uma parte considerável do terreno onde se encontra a Igreja de S. João de Deus era desta família Vicente e da família Alcobia Neves. Ainda hoje, os principais sócios da Mexicana são descendentes do fundador José Vicente que terá dado sociedade, em comandita, a um sobrinho de nome Manuel Penteado que explorou aqui, no início, uma leitaria que mais tarde evoluiu para aquela que é hoje uma das mais afamadas pastelarias do País.
Actualização do "Menino" (em comentário a este "post"): "A Mexicana" é a porta que tem o toldo no canto inferior esquerdo de ambas as fotos... só para que conste.
Mais cafés de Lisboa - A Mexicana
É muito curioso verificar como os ambientes são diferentes e variam com a localização dos cafés. Na baixa há mais turistas e jovens, enquanto aqui na Mexicana da Guerra Junqueiro, a esplanada enche-se de pessoas de mais idade que certamente habitam nas Avenidas Novas. Não faltam também, um grupinho professoras barulhentas e alguns casais mais jovens com ar de artistas que devem ter o privilégio de morar por aqui.
Faz anos hoje - Raymond Chandler
Da Infopédia:
Escritor norte-americano, Raymond Thornton Chandler nasceu em 1888, em Chicago, e faleceu em 1959. Iniciou-se na escrita em 1933, e foi repórter no Daily Express e na Western Gazette . Criador da famosa personagem Philip Marlowe, é considerado um dos melhores autores do romance policial, tendo recebido diversos prémios, entre os quais o Prémio Edgar Allan Poe, em 1946 por The Blue Dahlia e em 1954 por The Long Goodbye. Da sua vasta obra, destacam-se também The Big Sleep (1939), Trouble is My Business (1951) e Killer in the Rain (1963).
Raymond Chandler. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-23]
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Faz anos hoje - Gustav Hertz
Da Infopédia:
Físico alemão, nascido em 1887 e falecido em 1975, recebeu o Prémio Nobel da Física em 1925, juntamente com James Franck. A sua colaboração com Franck permitiu a formulação das leis que regem o impacto dos electrões sobre os átomos e que provaram a teoria quântica.
Gustav Hertz. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-22]
terça-feira, 21 de julho de 2009
Coisas boas, coisas menos boas...
De qualquer forma acontecem sempre algumas coisas que merecem ser aqui referidas. Uma delas foi uma conversa que tive com um amigo meu que por obra do acaso, conseguiu salvar a vida de alguém. Como a questão da luta pela vida tem estado muito presente nos meus últimos dias, o facto de saber que uma vida foi salva e que alguém teve uma segunda oportunidade, soube-me bem. Espero que haja mais segundas oportunidades por estes dias.
Também durante o dia de hoje, fiquei a saber que tenho mais um leitor do Ervedal (Alentejo), que descobriu o Outras Escritas por acaso. Obrigado ao Manuel Bento pelo comentário que aqui deixou e pela divulgação que fez do blogue por outros amigos da minha terra. Como já aqui referi, todos os leitores do Ervedal são muito bem-vindos.
Faz anos hoje - Diogo Freitas do Amaral
Da Infopédia:
Político e professor universitário português, nasceu em 1941 na Póvoa de Varzim. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1963, e nela se doutorou quatro anos depois. Leccionou Direito Administrativo na mesma universidade e, em 1977, tornou-se também professor da Universidade Católica Portuguesa. Foi um dos fundadores do Centro Democrático Social (CDS), em 19 de Julho de 1974, actualmente designado Partido Popular (PP). Em 1977-1978 foi o responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros e, entre 1981 e 1983, presidiu à Federação Europeia das Democracias Cristãs. De Janeiro de 1980 a Janeiro de 1983 desempenhou cargos de ministro da Defesa Nacional e de vice-primeiro-ministro nos três governos da Aliança Democrática (AD). Em 1986 foi candidato à Presidência da República, apoiado pelo seu partido e pelo PSD, acabando por ser derrotado tangencialmente por Mário Soares na segunda volta das eleições. Veio depois a ocupar o mais alto cargo internacional desempenhado por um cidadão português. Entre 1995 e 1996 foi presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas. No entanto, não pôde realizar alguns dos seus projectos devido à crise político-financeira atravessada pela organização. Entre outros estudos na sua área de especialidade, escreveu O Caso do Tamariz (1965), A Utilização do Domínio Público pelos Particulares (1965), A Execução das Sentenças pelos Tribunais Administrativos (1967), A Responsabilidade da Administração no Direito Português (1973), Comentário à Lei dos Terrenos do Domínio Hídrico (1978), Conceito e Natureza do Recurso Hierárquico (1981), Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas (1983) e Política Externa e Política de Defesa (1985). Freitas do Amaral lança também Do 11 de Setembro à Crise do Iraque (2002) onde critica os atropelos da Administração de George W. Bush ao Direito Internacional. Aspectos jurídicos da empreitada de obras públicas (2002) é outra das suas obras que publicou juntamente com Fausto de Quadros e José Carlos Vieira de Andrade. A 12 de Março de 2005 ingressou no XVII Governo Constitucional, de maioria socialista, como ministro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros.
Diogo Freitas do Amaral. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-21]
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Bel Canto - Elina Garanca
Há já algum tempo que esta voz me desperta interesse. Hoje fui presenteado com aquele que é considerado como um dos seu melhores trabalhos.
Espero ter tempo nos próximos dias para ouvi-la com atenção.
Exaustão...
Exaustão...
Faz anos hoje - Homem na Lua
Da Infopédia:
A Lua é o único satélite natural da Terra e o astro mais próximo do nosso planeta. Descreve uma órbita elíptica em volta da Terra com uma excentricidade média e = 0,0549, em 27 dias 7h 43min 11,6s. A distância média a que se encontra da Terra é de 384 400 km. O plano definido pela órbita faz um ângulo de 5o 8´ 43´´ com a eclíptica. O seu diâmetro médio é de 3476 km, correspondendo a um diâmetro aparente médio de 31´ 26´´. A sua massa é de 7,344x1022 kg, ou seja, 1/81,301 da massa da Terra. A sua densidade média é de 3,34, pouco mais de metade da da Terra. Possui um movimento de rotação com uma particularidade notável: tem exactamente a mesma duração que a revolução em torno da Terra, o que faz com que a Lua volte sempre a mesma face para a Terra. Este sincronismo parece ser devido à atracção terrestre, a qual teria feito com que, num passado longínquo, as elevadas forças de maré, produzidas pela Terra, provocassem uma lenta diminuição da velocidade de rotação da Lua, até igualar o valor da sua revolução. Rigorosamente, a rotação da Lua não é constante. Devido a vários fenómenos de atracção gravitacional por parte da Terra, do Sol e dos restantes planetas, uma vez que a Lua não é perfeitamente esférica, observam-se ligeiras oscilações do globo lunar em torno da posição média, a que se dá o nome de liberações. Tendo em conta todos os fenómenos de liberação, um observador terrestre vê no seu conjunto cerca de 59% da superfície da Lua; os restantes 41% nunca são vistos da Terra. A atracção gravitacional à superfície da Lua é de cerca de 1/6 da da Terra, facto que permitiu aos astronautas do programa Apollo poderem deslocar-se sobre o solo lunar sem muitas dificuldades, apesar do enorme e pesado escafandro e das importantes reservas de oxigénio que transportavam às costas. A sua superfície é constituída por terrenos sombrios, bastante planos, a que foi dado o nome de mares, embora não tenham uma única gota de água. Existem também, em maior quantidade, terrenos mais claros e montanhosos, os continentes. Mares e continentes estão crivados de depressões circulares chamadas crateras ou circos, rodeados de montanhas que por vezes chegam aos 8200 m de altura. Essas crateras deverão ter sido formadas pelo impacto de corpos que chocaram com a superfície lunar. Devido à quase completa ausência de atmosfera na Lua, há uma amplitude térmica considerável entre a parte iluminada e a não iluminada. Na primeira o valor da temperatura é de +117 oC, enquanto que na segunda é de -171 oC, o que corresponde a uma amplitude térmica de quase 300 oC. Adicionando o facto da não existência de água à superfície da Lua, é fácil perceber a inexistência de erosão. A actividade sísmica da Lua é pouco significativa. Foram registados sinais dessa actividade, mas com focos a profundidades na ordem dos 700 a 1000 km, contrariamente ao que acontece na Terra. Das amostras lunares trazidas e analisadas na Terra, foram detectados apenas dois minerais desconhecidos; todos os outros eram já familiares. A Lua, após a sua individualização como astro, completada há cerca de 4500 milhões de anos, sofreu uma fusão das camadas exteriores até à profundidade de pelo menos 400 km, devido à acreção de matéria e à radioactividade. Posteriormente arrefeceu e cristalizou. Os elementos mais densos ocuparam os lugares mais profundos, enquanto os mais leves (essencialmente feldspatos) flutuaram à superfície e formaram a crusta. A origem da Lua é até hoje um enigma. Várias teorias foram já formuladas, mas todas elas contêm pontos fracos para serem bem aceites. Apesar dos numerosos progressos alcançados durante os últimos 30 anos, muito há ainda a fazer para um melhor conhecimento do nosso satélite. Fases da Lua: A cada uma das sucessivas modificações que pode apresentar qualquer corpo celeste - especialmente a cada uma das aparências que nos é apresentada pela Lua - em função de como é alumiado pelo Sol, chama-se fase. Os diferentes aspectos em que a Lua pode ser vista da Terra explicam-se pelas variações de uma posição relativa, quer face à Terra quer face ao Sol. As fases da lua nova, quarto crescente, lua cheia e quarto minguante decorrem ao longo de um ciclo de lunação que dura 29 dias, 12 horas e quarenta e quatro minutos.
Lua. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-20]
domingo, 19 de julho de 2009
Blogue da Semana (XXIV) - Yankeediva
Para além da sua voz, a cantora conquista o público operático com a sua espontaneidade e a sua forma de ser muito terra-a-terra.
Neste momento Joyce DeDonato está a fazer furor no Covent Garden (Londres) onde há uns dias, na primeira récita do Barbeiro de Sevilha, sofreu uma queda e partiu uma perna. Apesar das dores, a cantora terminou essa récita e não cancelou a seguintes. Passou a representar Rosina em cadeira de rodas.
Uma mulher de armas esta Joyce DiDonato.
Faz anos hoje - Edgar Degas
Da Infopédia:
Pintor francês, nascido em 1834 e falecido em 1917, ligado à geração do Impressionismo, mas que dificilmente pode ser considerado um verdadeiro impressionista. Assimilou a lição das obras dos velhos mestres, nas viagens por Itália, e conservou a admiração por Ingres, no traço e no estilo linear. Degas apreciava tudo o que era fora do comum. Chocava por uma paleta discordante, nos dizeres do público da época, em que era capaz de colocar lado a lado um violeta intenso e um verde ácido. A escolha dos temas era frequentemente pouco convencional. Influenciado pela estética naturalista, retratou a vida parisiense, nos seus vícios, como em O Absinto (1876-77), e costumes. A frequência da vida nocturna de Paris, e principalmente da Ópera, levou-o a multiplicar os ângulos de visão e os enquadramentos insólitos, que mais tarde o cinema e a fotografia iriam banalizar. Em A Bailarina (1876), Degas exprime a beleza fugidia da dança, e neste aspecto pode considerar-se que está a ser "impressionista". Embora a bailarina se encontre completamente à direita, a composição é assimetricamente equilibrada pela mancha escura do que será o chefe do corpo de baile. Tradicionalmente, a arte ocidental respeita a unidade de composição. As formas surgem ligadas a outras formas, criando um movimento ou um conjunto de linhas no espaço. A arte oriental, pelo contrário, baseia essa relação no acentuar de certos grafismos ou cores e levando em linha de conta o espaço "entre", o vazio. Degas não deixou de tomar conhecimento da exposição de gravuras japonesas realizada em Paris em 1860, assimilando o delicado traço das composições. Os objectos deixam de ser olhados como objectos em si, a retratar fielmente, mas são representados pelas qualidades pictóricas que podem emprestar ao conjunto do quadro. Nas numerosas versões de Depois do Banho, é desenvolvido o tema de mulheres fazendo a toilette. O pintor experimenta vários processos técnicos: a aguarela, o pastel, a água-forte, a litografia, o monotipo. Nos últimos anos, devido às dificuldades de visão, trabalhou quase exclusivamente com cera, pastel e barro. A sua paleta ganhou mais força e luminosidade, enquanto as formas se simplificaram.
Edgar Degas. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-19]
sábado, 18 de julho de 2009
Hoje tive um presente
O meu bom momento de hoje foi este:
A fotografia é da Reflexos e os livros que nela constam (Jesusalém) foram autografados hoje pelo Mia Couto. Se repararem bem, um deles tem o meu nome.
Ou seja, a Reflexos hoje presenteou-me com um livro autografado pelo Mia Couto. Querem amigos melhores que estes?
Uma luz ao fundo do túnel...
Ás vezes parece que as forças nos vão faltar, mas depois surge sempre uma pequena luz no fundo do túnel e a esperança renasce.
No meio de toda esta situação, não me posso esquecer que a vida continua e que há sempre outros problemas para resolver.
É duro, mas aguenta-se... Afinal, hoje é um dia em que estamos com esperanças redobradas.
Faz anos hoje - Sequeira Costa
Da Infopédia:
Pianista português, José Carlos Sequeira Costa nasceu em 1929, em Vilarouco, concelho de S. João da Pesqueira, Trás-os-Montes. Desde muito cedo, começou a estudar música e teve como professor José Viana da Mota. Depois, aperfeiçoou os seus conhecimentos com Mark Hamburg, Edwin Fischer, Marguerite Long e Jacques Fevrier. Em 1946, ganhou o Grande Prémio da Cidade de Paris no Concurso Internacional de Piano Marguerite Long. Com 27 anos, criou o Concurso Internacional de Música Viana da Mota e, em 1958, foi convidado por Dimitri Shostakovich para júri do 1.º Concurso Internacional de Tchaikovsky, em Moscovo, sendo, na altura, o mais jovem membro do júri da história da competição. Posteriormente, foi júri de prestigiados concursos internacionais e professor em master classes em todo o mundo. Amigo pessoal de Sviatoslav Richter, Sequeira Costa conseguiu trazer este pianista a Portugal, em 1969, e fez parte do júri do 1.º Concurso Internacional Sviatoslav Richter, em 2005. A partir de 1976, ocupou o lugar de Cordelia Brown Murphy Distinguished Professor of Piano, na Universidade de Kansas, nos Estados Unidos da América. Sequeira Costa realiza concertos e digressões, actuando em importantes palcos internacionais, como Carnegie Hall (Nova Iorque), Kennedy Center (Washington), Vienna Musikverein (Viena), Suntori Hall (Tóquio). No seu reportório discográfico, o pianista interpreta sobretudo Ravel, Chopin, Schuman, Viana da Mota, Rachamaninov e Beethoven.
Sequeira Costa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-18]
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Faz anos hoje - Angela Merkel
Da Infopédia:
Governante e política alemã, Angela Dorothea Merkel nasceu a 17 de Julho de 1954, em Hamburgo, na República Federal da Alemanha. O apelido Merkel surgiu aquando do casamento com o físico Ulrich Merkel, de quem posteriormente se divorciou. Apesar de ter nascido na Alemanha Ocidental acabou por se mudar, com poucos meses de vida, para a República Democrática Alemã quando ao pai, pastor luterano, foi atribuída a paróquia de Templin. Angela Merkel doutorou-se em Física na Universidade de Leipzig, em 1978, e depois foi trabalhar como química em Berlim Oriental. Em 1989, ligou-se a movimentos pró-democracia na Alemanha de Leste e, em Abril de 1990, iniciou a sua carreira política como porta-voz do único governo democraticamente eleito no seu país, antes da reunificação. Merkel resolveu, entretanto, ir viver para o sector ocidental de Berlim e ingressou na União Democrata Cristã (CDU), liderada por Helmut Kohl, que a convidou para ministra da Mulher e da Juventude logo em 1990, imediatamente a seguir à reunificação alemã. Posteriormente, em 1994, passou a desempenhar o cargo de ministra do Ambiente e permaneceu no governo até 1998. A CDU/CSU foi derrotada nas eleições de 1998 e Angela Merkel chegou a líder do partido em Abril de 2000, depois de uma crise interna associada a um escândalo de corrupção. Mesmo assim, nas eleições legislativas de 2002, não foi a candidata do partido à liderança do governo. A opção recaiu em Edmund Stoiber, líder da União Social Cristã (CSU), partido bávaro associado à CDU. Três anos mais tarde, a 18 de Setembro de 2005, o seu partido venceu tangencialmente as eleições legislativas antecipadas, à frente do SPD, de Gerhard Schröder, até então chanceler, ou seja chefe de governo. Contudo, os votos da CDU não foram suficientes para assegurar a maioria absoluta, impedindo o partido de formar governo. Após longas e intensas negociações, a CDU e o SPD, o segundo partido mais votado, acordaram a 11 de Novembro em formar uma coligação. Merkel assumiu a chefia do governo a 22 de Novembro de 2005, tendo sido a primeira alemã a chegar ao posto de chanceler, assim como o primeiro político oriundo da Alemanha de Leste.
Angela Merkel. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-17
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Ainda os cafés do Chiado
Éramos todos muito novos e aquelas eram das primeiras férias que fazíamos sem a companhia de pessoas mais velhas. Os planos foram todos traçados com a devida antecedência e com algum pormenor. O objectivo era chegar a Vila Nova de Milfontes, de mochila às costas e usando transporte públicos, uma vez que o dinheiro não abundava e, por isso, era fundamental conter despesas.
Depois de analisar as várias alternativas, concluímos que a melhor forma de fazer a viagem a partir da terra dos meus pais no Alentejo, seria tomar um autocarro para Lisboa, e depois um outro para Milfontes. O facto de estarmos umas horas em Lisboa, pareceu-nos desde logo muito atractivo uma vez que, naquela altura, nenhum de nós visitava a cidade com regularidade.
Chegámos ao fim da manhã e, depois de deixarmos as pesadas mochilas no depósito de bagagens da estação de camionagem, rumámos à baixa. Passeio para aqui, passeio para ali... e sei que acabámos por nos sentar na esplanada do Benard do Chiado para tomar café. Pedimos um café para cada um e ficámos ali um belo bocado à conversa, planeando ansiosamente os dias de férias que tínhamos pela frente. Correu tudo muito bem até pedirmos a conta. Os cafés foram caríssimos (720$00) e rapidamente concluímos que, para quem queria fazer umas férias com pouco dinheiro, não estávamos a começar nada bem.
Depois de pagarmos, acabámos por nos rir da situação, afinal não tínhamos começado bem, mas ao menos tínhamos começado em grande...
As férias que se seguiram foram daquelas que nunca se esquecem. Até fizemos um diário que a Reflexos publicou no Desvios.
PS: Desculpem a fotografia ser da Brasileira.
Povo enganado...
Para comprovar que a expressão faz algum sentido, aqui fica uma fotografia tirada ontem num hipermercado da região de Lisboa.
Atenção: a comparação de preços deve ser feita relativamente ao mesmo tipo de superfície comercial (hipermercado) e não a preços de produtor.
Faz anos hoje - Ginger Rogers
Da Infopédia:
Actriz e dançarina norte-americana, de seu nome verdadeiro Virginia McMath, nasceu a 16 de Julho de 1911, no Missouri, e morreu a 25 de Abril de 1995, na Califórnia. Foi celebrizada por ter dançado com Fred Astaire em vários musicais, tendo com ele formado um dos pares mais famosos da história do cinema. Filha da escritora Lela McMath, viveu em diversas cidades americanas até aos 6 anos, altura em que a mãe foi trabalhar para Hollywood como argumentista. Com apenas 13 anos, venceu um concurso de charleston, o que a encorajou a tornar-se uma profissional da dança. Participou em diversos musicais de vaudeville e chegou à Broadway onde adoptou o seu nome artístico. Tentou também uma carreira de cantora e foi nessa condição que se estreou cinematograficamente com a curta-metragem Campus Sweethearts (1929). Gradualmente, começou a singrar na Broadway, especialmente na peça musical Girl Crazy (1931) onde trabalhou ao lado de Ethel Merman. Impressionados pelo seu talento, os produtores da RKO propuseram-lhe um contrato para trabalhar em Flying Down to Rio (Voando Para o Rio de Janeiro, 1933). Apesar do papel secundário, Ginger foi uma das figuras proeminentes do filme muito devido ao número de dança que protagonizou com Fred Astaire. Convencidos de que estavam na presença duma dupla imbatível, a RKO voltou a apostar em Astaire e Ginger para The Gay Divorcee (A Alegre Divorciada, 1934) que se traduziu num sucesso absoluto. O par ainda fez mais uma dezena de filmes juntos, destacando-se Top Hat (Chapéu Alto, 1935), Follow the Fleet (Siga a Marinha, 1936) e Shall We Dance? (Vamos Dançar?, 1936). Paralelamente, Ginger ia almejando prosseguir uma carreira de actriz dramática e conseguiu convencer Sam Wood de que era a actriz perfeita para encarnar Kitty Foyle (Kitty, a Rapariga da Gola Branca, 1940), uma jovem humilde que se enamora dum homem rico mas que vem a descobrir que o dinheiro não traz felicidade. A sua prestação plena de versatilidade neste filme surpreendeu os membros da Academia que não hesitaram em atribuir-lhe o Óscar para Melhor Actriz, suplantando intérpretes mais categorizadas como Katherine Hepburn e Bette Davis. Foi uma das actrizes mais requisitadas da década de 40, entrando em clássicos como The Major and the Minor (A Incrível Susana, 1942), Once Upon a Honeymoon (Lua Sem Mel, 1942) e Heartbeat (Um Coração em Perigo, 1946). A partir daí, a qualidade dos seus filmes decresceu bastante, obrigando-a a voltar ao teatro, onde foi primeira estrela da Broadway, em Hello Dolly! (1965), e na West End de Londres, com Mame (1969). Permaneceu activa até 1980, ano em que fez o seu último espectáculo na Radio City Music Hall, onde, com o contributo de outros músicos e dançarinos, recriou os melhores momentos da sua carreira.
Ginger Rogers. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-16]
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Viver cada minuto... (II)
Faz anos hoje - Aníbal Cavaco Silva
Da Infopédia:
Economista, professor universitário e político português, Aníbal António Cavaco Silva nasceu em 1939, em Boliqueime. Licenciou-se em 1964 e doutorou-se em 1973, na Universidade de York, em Inglaterra. Foi professor de diversas instituições de ensino superior e dirigiu, a partir de 1977, o Gabinete de Estudos do Banco de Portugal. Tornando-se militante do Partido Social Democrata (PSD) após a revolução do 25 de Abril de 1974, fez parte do VI Governo Constitucional, em 1980, constituído sob a chefia de Francisco Sá Carneiro. Ocupou então a pasta da Economia e Finanças, mas saiu do Governo em virtude de divergências políticas. Tendo entretanto desempenhado diversos cargos no partido, em 1984 foi eleito presidente do PSD, no XII Congresso Nacional, realizado na Figueira da Foz. Entrou em ruptura com o Partido Socialista (PS), com o qual o PSD estava coligado no Governo do chamado Bloco Central, e passou, em 1985, a chefiar um Executivo minoritário. Com a realização de novas eleições legislativas em 1987, o PSD alcançou a maioria absoluta no Parlamento, que renovaria ainda quatro anos depois. Desta forma, Cavaco Silva liderou tanto o XI como o XII Governos Constitucionais. A sua governação ficou marcada por uma política de desenvolvimento de infra-estruturas, por tensões com o presidente da República, Mário Soares, e por uma atitude de entusiasmo perante o projecto da União Europeia. Neste âmbito, pode referir-se que foi Cavaco Silva o primeiro-ministro português que assinou o Tratado de Maastricht. Em 1995 decidiu não se recandidatar à liderança do PSD, vindo a suceder-lhe no cargo Fernando Nogueira. Na chefia do Governo sucedeu-lhe o líder socialista António Guterres. No ano seguinte apresentou a sua candidatura à Presidência da República, mas foi derrotado por Jorge Sampaio. Desde aí, manteve-se afastado da vida política activa, continuando a sua actividade de docente no Instituto Superior de Economia, até que, em 2005, decidiu regressar à política candidatando-se novamente à Presidência da República. Concorreu juntamente com mais cinco candidatos: Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Garcia Pereira. Venceu as eleições realizadas a 22 de Janeiro de 2006 com a maioria absoluta de 50,59% dos votos, tornando-se o novo Presidente da República, em substituição de Jorge Sampaio. É autor de vários livros sobre finanças e economia como Crónicas de Uma Crise Anunciada, União Monetária Europeia. Funcionamento e Implicações e Portugal e a Moeda Única. Mais tarde publica a sua autobiografia intitulada Aníbal Cavaco Silva. Autobiografia I (2002) e Aníbal Cavaco Silva. Autobiografia II (2004). Cavaco Silva é fundador da Global Leadership Foundation que nasceu em 2004 liderada por ex-governantes com o objectivo de aconselhar os actuais líderes políticos nas questões relacionadas principalmente com os países em desenvolvimento. Os presidentes honorários da Fundação são os ex-presidentes da República Nelson Mandela da África do Sul, Lech Walesa da Polónia e George Bush dos Estados Unidos da América.
Aníbal Cavaco Silva. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-07-15]