sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Notícia em Destaque - Taxas Euribor continuam a descer

Boas notícias para quem tem crédito à habitação.

Lê-se no Público:

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada no crédito à habitação, fixou-se ontem nos 4,651 por cento, menos quase 0,8 pontos percentuais que o valor atingido a 10 de Outubro - máximo histórico nos 5,448 por cento. As taxas Euribor estão em queda há 20 sessões consecutivas, o que as atira para valores de Março. As taxas, nos seus diferentes prazos, estão a corrigir dos máximos atingidos por causa da crise financeira, que criou uma profunda desconfiança no mercado interbancário, onde os bancos realizam empréstimos entre si, mas também porque o mercado esteve a antecipar o corte da taxa directora do BCE, ontem confirmado. A descida foi de 50 pontos base, o que atira a taxa que serve de base aos empréstimos realizados directamente pelo BCE aos bancos da Zona Euro para 3,25 por cento. O presidente do BCE admitiu ontem que chegou a ser ponderado um corte de 0,75 por cento, e admitiu que na próxima reunião de Dezembro poderá haver nova descida. Estes dois dados, aliados ao facto de as taxas do mercado interbancário apresentarem um diferencial excessivo face à taxa directora - 4,651 (Euribor a seis meses) para 3,25 por cento (taxa do BCE) - tornam expectável que as taxas no mercado monetário continuem a descer, o que representará uma boa notícia para quem tem empréstimos à habitação. A queda das taxas Euribor tem sido registada em todos os prazos. No crédito à habitação das famílias portugueses há um outro prazo muito utilizado, especialmente nos contratos realizados nos últimos anos. Trata-se da Euribor a três meses, que se fixou ontem nos 4,592 por cento, o que corresponde ao nível mais baixo desde 10 de Março. O prazo de doze meses, que praticamente não é utilizado em Portugal, está agora nos 4,701 por cento. Estes dois prazos também estão em queda há 20 sessões consecutivas, e caem respectivamente 0,8 e 0,85 por cento face aos máximos históricos atingidos no início do mês de Outubro. As decidas das taxas Euribor não têm um impacto imediato nos empréstimos, porque a revisão só ocorre a cada três meses [contratos mais recentes] ou a cada seis meses [maioria dos empréstimos à habitação em Portugal]. Quem tiver um contrato indexado à Euribor a seis meses, que seja revisto em Dezembro vai, com forte probabilidade, sentir um pequena diminuição da prestação. Isto porque vai utilizar a média da taxa do corrente mês de Novembro, que deverá situar-se abaixo da média de Junho (5,09 por cento), que serviu de base à última revisão. Um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, utilizando a Euribor a seis meses de ontem, mais um spread (margem do banco) de 0,7 por cento, implicava uma prestação mensal de 837,71 euros. Se em vez da taxa de ontem fosse utilizada a média mensal de Outubro, a prestação era superior, de 891,63 euros. Utilizando a média de Junho (5,09 por cento), que teria servido de base à última revisão do contrato, a prestação era de 879,17 euros. Em Junho de 2007, o mesmo empréstimo correspondia a uma prestação mais baixa, de 787 euros, e em Janeiro de 2006 era ainda mais baixa, de 656,93 euros.Entre Janeiro de 2006 e o valor de ontem, que não corresponde ao máximo, a diferença na prestação ascende a 180 euros.

In Público

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