quinta-feira, 30 de abril de 2009

Notícia em Destaque - Companhias aéreas preparadas para a gripe suína

Lê-se no Económico:

As companhias aéreas mundiais estão preparadas para apertar as medidas de segurança por causa da gripe suína, avançou em comunicado a IATA, que representa cerca de 90% do transporte aéreo comercial.

A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) frisa que está preparada para seguir as indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS). A associação preparou material para o pessoal de cabine, funcionários da manutenção, pessoal de limpeza, agentes de viagens e pessoal dos serviços de assistência em terra a aviões.

"Estamos a seguir todas as indicações da OMS. As pessoas que entram num avião têm de ter a certeza de duas coisas: primeiro, que mesmo em circunstâncias normais as companhias aéreas estão equipadas para tornar o ambiente a bordo seguro. Por exemplo, os actuais aviões têm sistemas de ventilação semelhantes a hospitais e a desinfecção do ambiente é um procedimento normal. Depois, temos anos de planeamento devido à gripe das aves e, por isso, a indústria está preparada para lidar eficientemente com a situação, seguindo as recomendações da OMS", disse Giovanni Bisignani, CEO da IATA.

A OMS aconselha que não deve haver qualquer restrição às viagens ou encerramento de fronteiras mas é aconselhado a pessoas doentes que adiem viagens internacionais e as pessoas a desenvolver sintomas da doença após uma viagem internacional devem procurar um médico, em linha com as indicações das autoridades nacionais.

In Económico

Oliveira Martins

No dia 30 de Abril de 1845 nascia em Lisboa, Oliveira Martins.

Da Infopédia:

Autor de uma obra vasta e abrangente nas áreas da historiografia, teoria da história, economia, doutrinação política, antropologia, crítica e teorização literárias, Oliveira Martins emerge como um dos vultos mais fascinantes da Geração de 70 e uma figura ímpar da história da cultura portuguesa. Oriundo de uma família da pequena burguesia, por morte prematura do pai, oficial da Junta do Crédito Público, vê-se forçado a interromper os seus estudos no liceu e na Academia das Belas-Artes e a empregar-se como praticante de escritório. Terá desde então uma formação autodidacta, documentando-se muito sobre literatura, história, filosofia, política e outras ciências sociais. Teórico do socialismo, economista e prosador notável, defendeu durante a sua vida os ideais da justiça social e da modernização, representados pela doutrina republicana e socialista. Como primeiro produto dos seus esforços, surgem, em 1867, o romance histórico Febo Moniz e, em 1869, o opúsculo de crítica literária Teófilo Braga e o Cancioneiro e Romanceiro Geral Português . Por essa altura, inicia colaboração jornalística em A Revolução de Setembro e no Jornal do Comércio . A partir de 1870, relaciona-se com o grupo do Cenáculo, reunido em casa de Jaime Batalha Reis, tornando-se amigo íntimo de Antero de Quental e Eça de Queirós, com quem partilha a admiração por Proudhon. Pela mesma altura, participa, juntamente com Antero e Batalha Reis, na organização do movimento socialista em Portugal e na redacção dos jornais O Pensamento Social e A República . Parte para a Espanha em 1870, como administrador das Minas de Santa Eufémia, em Córdova. Publica em 1872 o ensaio Os Lusíadas - Ensaio sobre Camões e a sua Obra , que será refundido em 1891, onde afirma seguir "os grandes mestres da crítica moderna... Quinet, Taine, Renan, Michelet" e a filosofia da história alemã. Em 1874, muda-se para o Porto, onde assume o cargo de Director da Companhia dos Caminhos de Ferro do Porto (linha Porto-Póvoa). Prossegue a sua actividade jornalística, colaborando com importantes artigos de crítica e de teorização literárias na revista portuense Artes e Letras e na Revista Ocidental , que dirige, juntamente com Antero e Batalha Reis, em 1875. Durante as décadas de 70 e 80, no âmbito do projecto ambicioso de criação de uma "Biblioteca das Ciências Sociais" - que o levará a produzir uma vasta bibliografia nos domínios da economia, política, antropologia, psicologia social e história universal -, elabora uma visão filosófica da História de Portugal, que começa por atender à sua inserção ibérica no período de "constituição nacional" (História da Civilização Ibérica , 1879), para concentrar-se em seguida "no período em que o nosso povo representa um papel eminente e original", que vai da dinastia de Avis às Descobertas (História de Portugal , 1879), e termina no "movimento mais largo de decomposição geral da península", de meados do século XVII em diante (Portugal Contemporâneo , 1881). As biografias históricas Os Filhos de D. João I (1891), A Vida de Nun'Álvares (1893) e O Príncipe Perfeito (1896) completam esta visão, pondo em cena uma série de personagens exemplares, heróis que teriam incarnado individualmente a ideia da Nação. Em 1885, Oliveira Martins é eleito deputado pelo partido progressista, mas as intrigas dos seus inimigos políticos afastam-no dessas funções, em 1888. À medida que se adensa o seu pessimismo filosófico, eco também das leituras de Eduardo Hartmann, participa nas reuniões-jantantes dos Vencidos da Vida (designação da sua autoria), estreitando a sua amizade com Eça e colaborando na Revista de Portugal por este dirigida. Com a subida ao trono de D. Carlos e na sequência do Ultimato inglês de 1890, é convidado a tomar parte num governo de salvação nacional, mas é novamente vítima de intrigas políticas, demitindo-se meses depois. Doente e abalado psicologicamente, parte para Inglaterra, viagem de que resultarão as crónicas publicadas em A Inglaterra de Hoje (Cartas dum Viajante) (1893). De regresso a Portugal, assume o lugar de vice-presidente da Junta do Crédito Público. Entretanto a doença agrava-se e, depois de uma viagem pela Espanha para reunir documentação para a biografia O Príncipe Perfeito , que deixará incompleta, morre tuberculoso, aos 49 anos. A tese martiniana de que a vida nacional portuguesa teria acabado com a dinastia de Avis e de que toda a existência subsequente de Portugal não passaria de uma conveniência consentida pelas grandes potências europeias, a sua visão do sebastianismo e do "messianismo ingénito da alma portuguesa" influenciarão directamente a produção literária, repercutindo-se nas estéticas decadentista e saudosista finisseculares. No campo estritamente literário, ressalta também o seu estilo, que oscila, mesmo nas obras científicas, entre o rigor histórico e o sentido poético, pois, como afirmou, o "faro especial da intuição histórica" carece de ser aliado a "um estilo que traduza a animação própria das coisas vivas" (História de Portugal ), a fim de suscitar as "moderadas comoções com que é lícito acompanhar o estudo sem prejudicar a lucidez da vista" (Portugal Contemporâneo ). Bibliografia: Febo Moniz, 1867 (romance); Teófilo Braga e o Cancioneiro e Romanceiro Geral Português, 1869 (ensaio); História da Civilização Ibérica, 1879 (historiografia); História de Portugal, 2 vols., 1879 (historiografia); Portugal Contemporâneo, 1881 (historiografia); Portugal nos Mares, 2 vols., 1889 (historiografia); Os Filhos de D. João I, 1891 (historiografia); Camões, Os Lusíadas e a Renascença em Portugal, 1891 (ensaio); A Inglaterra de Hoje (Cartas dum Viajante), 1893 (crónicas de viagem); A Vida de Nun'Álvares, 1893 (historiografia); Cartas Peninsulares, 1895 (crónicas de viagem); O Príncipe Perfeito, 1896 (historiografia, edição póstuma); Correspondência, 1926 (correspondência, edição póstuma); Literatura e Filosofia, 1955 (ensaios, edição póstuma)

Oliveira Martins. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-30]

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Notícia em Destaque - Televisão Digital Terrestre está no ar

Do Jornal de Notícias:

Começa a ser distribuída em 10 a 12 localdidades, incluindo Açores e Madeira, e necessita de de equipamento próprio.

A PT começa a distribuir Televisão Digital Terrestre (TDT) em 10 a 12 localidades de Portugal, incluíndo Madeira e Açores, disponibilizando mais canais gratuitos e serviços interactivos, além de som e imagem com qualidade superior à actual.

Além dos canais RTP1, RTP2, SIC, TVI e RTP Madeira e RTP Açores (nas Regiões Autónomas), a TDT permite disponibilizar mais um canal nacional generalista, o quinto canal - ainda não atribuído - e entre 15 a 20 canais nacionais e 35 a 45 canais regionais, na sua versão por subscrição.

Além destes canais, a TDT disponibiliza ainda um canal em alta-definição (HD - High Definition) gratuito, cujos conteúdos serão partilhados pelos outros operadores e funcionalidades avançadas como guias electrónicos de programação e outros serviços interactivos.

A recepção do sinal digital de televisão necessita de equipamento próprio, seja um televisor capaz de receber sinal digital, seja um descodificador compatível com a tecnologia DVB-T e com a norma MPEG4/H.264.

Refira-se que, para quem já tem serviços e canais por subscrição como a televisão por cabo ou por satélite, a introdução da TDT não terá impacto.

A emissão de televisão em sinal digital será obrigatória em todos os países da União Europeia a partir de 2012.

In Jornal de Notícias

Jaime Cortesão

No dia 29 de Abril de 1884 nascia Jaime Cortesão.

Da Infopédia:

De seu nome completo Jaime Zuzarte Cortesão, nasceu em 1884 perto de Cantanhede, mas muito jovem a sua família se transferiu para próximo de Coimbra, onde iniciou os estudos. A sua vida de estudante universitário foi uma sucessão de experiências depressa abandonadas (passou por Grego, Direito e Belas-Artes) antes de se fixar em Medicina, que terminaria em Lisboa com uma tese que espelha já a sua multiplicidade de interesses (A Arte e a Medicina - Antero de Quental e Sousa Martins). A medicina não era, porém, a sua paixão; exerceu-a sem grande entusiasmo, e cedo se entregou a outras actividades, nomeadamente ao ensino (nos liceus e mais tarde nas Universidades Populares criadas durante a República), à literatura e à política. As suas tendências literárias e o seu interesse pela política, que sempre andaram a par, vincariam toda a sua vida de adulto em Portugal e no estrangeiro. Escritor (poeta, dramaturgo, contista, memorialista), colaborou na concretização de diversas publicações que marcaram a vida intelectual do primeiro quartel do nosso século (A Águia, Renascença, Seara Nova). As suas actividades políticas, iniciadas ainda durante a Monarquia, revestiram-se de grande riqueza e diversidade: participou activamente na conspiração republicana que iria conduzir ao 5 de Outubro de 1910, nas movimentações políticas conducentes à queda da ditadura de Pimenta de Castro em 1915, e opôs-se tanto ao sidonismo como ao salazarismo, o que lhe valeu por diversas vezes a prisão e finalmente o exílio; convidado para Ministro da Instrução, não aceitou o convite, mas foi deputado e, apesar da imunidade que essa qualidade lhe dava, ofereceu-se como voluntário para as forças expedicionárias na Primeira Guerra Mundial, assim dando consistência à sua posição política favorável à participação de Portugal no conflito; filiado na Maçonaria, acabou por se desvincular daquela organização ao cabo de vários anos de participação irregular nas suas actividades. Opositor do fascismo, combateu-o mesmo antes do 28 de Maio, procurando, pela propaganda, evitar o seu acesso ao poder, sendo forçado a exilar-se após o golpe que instituiu a Ditadura Militar. O exílio levá-lo-ia a França e a Espanha, onde simultaneamente conspirava e efectuava as investigações históricas que já então constituíam o cerne das suas preocupações intelectuais. A queda da República Espanhola (1939) força-o a abandonar o país vizinho, fixando-se em França, de onde escapa novamente, desta vez regressando a Portugal, quando aquele país sofre a invasão nazi. Preso novamente, novamente se exila, desta vez para o Brasil, onde foi docente, jornalista e conferencista, destacando-se ainda como investigador da História de Portugal e da sua expansão e da História da formação do Brasil. No desenvolvimento desta fértil actividade intelectual, produz um vasto conjunto de obras inovadoras de grande fôlego, que lhe granjeiam reconhecimento internacional, tanto pelo rigor da investigação e pela clareza da exposição como pela solidez das teses defendidas. No fim da sua vida, visitou regularmente Portugal, tendo regressado definitivamente apenas em 1957. A sua avançada idade não lhe permitiu aceitar a proposta da Oposição ao Estado Novo de se candidatar à Presidência da República, em 1958, mas não o impediu de continuar a lutar contra o regime, tendo sido um dos autores de um Programa para a Democratização da República que só viria a público alguns meses depois do seu falecimento em 1960. Bibliografia: Eça de Queirós e a Questão Social, Lisboa, 1949; A Fundação de São Paulo, Capital Geográfica do Brasil, Rio de Janeiro, 1955; Brasil, Barcelona, 1956; História do Brasil nos Velhos Mapas, Rio de Janeiro, 1965; O Humanismo Universalista dos Portugueses: a Síntese Histórica e Literária, Lisboa, 1965; A Política de Sigilo nos Descobrimentos: nos Tempos do Infante D. Henrique e de D. João II, Lisboa, 1960; Os Factores Democráticos na Formação da Nacionalidade, Lisboa, 1964; Expansão dos Portugueses no Período Henriquino, Lisboa, 1965; Os Descobrimentos Pré-Colombinos dos Portugueses, Lisboa, 1966; O Ultramar Português Depois da Restauração, Lisboa, 1971; História dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, 197-; Os Descobrimentos Portugueses, 3 vols., Lisboa, 1980; A Expansão dos Portugueses na História da Civilização, Lisboa, 1983; Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses e Outros Ensaios, Lisboa, 1984; Portugal, a Terra e o Homem, Lisboa, 1987; História da Expansão Portuguesa, Lisboa, 1993; A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil, Lisboa, 1994; Memórias da Grande Guerra: 1916-1919, Porto, 1919; Treze Cartas de Cativeiro e Exílio, Lisboa, 1987; Egas Moniz, Porto, 1918; O Infante de Sagres, drama épico, Porto, 1916; Adão e Eva, Lisboa, 1921; Divina Voluptuosidade, Poemas em Redondilhas, Lisboa, 1910; A Morte da Águia, Lisboa, 1910; Esta História é para os Anjos, Porto, 1912; Glória Humilde, Porto, 1914; A Sinfonia da Tarde, Porto, 1912; Daquem e Dalem Morte, Porto, 1913; Missa da Meia-Noite e Outros Poemas, Lisboa, 1940; Parábola Francisca, Lisboa, 1953; Poesias Escolhidas, Lisboa, 1960; Divina Voluptuosidade: Missa da Meia-Noite e Outros Poemas, Lisboa, 1968; Poesias, Lisboa, 1967-68; Romance das Ilhas Encantadas, Lisboa, 1979

Jaime Cortesão. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-29]

terça-feira, 28 de abril de 2009

O génio de Pessoa



Diz o provérbio que "Os homens não se medem aos palmos"

Fernando Pessoa vai mais além quando afirma:

Eu sou do tamanho do que vejo...
E não do tamanho da minha altura.

1000 "posts"

Este é o "post" número 1000 do Outras Escritas.

Tem valido muito a pena partilhar com os meu leitores as minha ideias, opiniões e os assuntos do dia a dia que considero mais importantes.

Obrigado a todos...

Notícia em Destaque - Presos de Auschwitz deixaram mensagem para o futuro

Lê-se no Público:

Trabalhadores de uma obra próxima do campo de extermínio nazi de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, encontraram uma mensagem oculta numa garrafa com a identidade de um grupo de prisioneiros, noticiou a BBC.

O testemunho, escrito a lápis, data do dia 9 de Setembro de 1944 e contém os nomes, os números usados no campo e os lugares de nascimento de sete jovens polacos e franceses, anunciaram fontes do museu local à estação britânica. Pelo menos dois sobreviveram.

A garrafa foi encontrada na parede de uma escola que os prisioneiros foram obrigados a reforçar. A instalação, a cerca de cem metros do campo de concentração, foi na altura usada pelos nazis como armazém.

Um porta-voz do museu afirmou que os autores da mensagem foram “jovens que tentaram deixar algum rasto da sua existência”.

Foram mortas em Auswchwitz, entre 1940 e 1945, 1,1 milhões de pessoas, na sua maior parte judeus e ciganos.


In Público

José Malhoa

No dia 28 de Abril de 1855 nascia nas Caldas da Rainha, José Malhoa.

Da Infopédia:

Pintor português, nascido em 1855, nas Caldas da Rainha, José Malhoa frequentou a Academia de Belas Artes, sendo discípulo de Lupi e Anunciação. Assumiu integralmente a pintura em 1881, após o sucesso do quadro Seara Invadida. Imprimiu uma certa crueza à tradição romântica de que fora herdeiro, pintando o quotidiano do homem do campo, impregnado de sentimentalismo cristão e de um pitoresco paganismo, ou ainda o meio popular dos fadistas. Os Bêbados (1907) e O Fado (1910) figuram entre as suas obras mais conhecidas. Por último, representou o Outono (1918) com uma sensibilidade já impressionista. O prestígio atingido ainda em vida valeu a José Malhoa numerosas consagrações e homenagens, assim como muitos discípulos e seguidores. Veio a falecer em Figueiró dos Vinhos em 1933.

José Malhoa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-28]

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Samuel Morse

Samuel Morse nasceu e morreu em Abril. No dia 2 de Abril assinalei aqui o aniversário da sua morte.

Hoje assinalo o aniversário do seu nascimento. Eu e o Google, que alterou o seu logótipo habitual.
Obrigado ao 3RRR pela chamada de atenção.

Notícia em Destaque - Gripe suína Pandemia é inevitável mas vírus perde virulência ao propagar-se pelos humanos

Lê-se no Sol

Uma pandemia de gripe suína é inevitável a nível planetário, mas a existência de um vírus do mesmo subtipo (H1N1) na população humana confere-lhe maior protecção e permitirá produzir uma vacina em poucos meses, defende um especialista.

Esta é a convicção de Pedro Simas, director da Unidade de Patogénese Viral do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

«Trata-se de um vírus de tipo A, cujo subtipo H1N1 saltou a barreira da espécie, passando do porco ao homem devido a uma alteração genética recente para a qual não há ainda explicação», disse hoje à Lusa o investigador.

«Isso faz com que tenham passado a existir nos humanos dois subtipos do vírus, um de estirpe humana e outro de estirpe suína», acrescentou.

A situação é diferente do que tem acontecido nos últimos anos com o H5N1 (da gripe aviária), um subtipo completamente diferente que não existe nos humanos e que, ao passar das aves para o homem, nunca se adaptou e nunca se propagou de homem para homem.

«Ao contrário disso temos agora um subtipo que já existe nos humanos mas é de estirpe diferente e que saltou para o homem e se adaptou, podendo por isso propagar-se de pessoa para pessoa», precisou

Por isso, «esta estirpe vai tornar-se pandémica e isso, na minha opinião, é incontornável», afirmou Pedro Simas. «Mais cedo ou mais tarde vai afectar toda a gente e vai espalhar-se a nível global».

No entanto, sendo o vírus do mesmo subtipo, o cientista considera que «não terá um impacto muito grande», em comparação com as pandemias anteriores, como a gripe de Hong Kong, que resultaram de subtipos novos que apareceram.

«Agora estamos antigenicamente melhor preparados porque já circula na população humana o subtipo H1N1 e estou mais optimista em relação ao impacto que poderá ter, porque, ao propagar-se nos humanos, o vírus adapta-se mais e perde virulência», insistiu.

Outro motivo de optimismo em relação aos danos que a gripe suína pode provocar na população humana, na perspectiva deste especialista em vírus, é o facto de estarmos no fim da época da gripe no hemisfério norte e se poder preparar melhor a próxima época do vírus, depois do Verão.

«Os vírus da gripe não desaparecem de repente», afirmou. «Uma vez entrado na população humana não vai desaparecer e se não causar muito perturbação agora, causará no próximo ano».

Pedro Simas não tem dúvidas de que será produzida uma vacina em poucos meses, embora «não em quantidade suficiente para imunizar toda a gente».

«Vai haver vacina, mais cedo ou mais tarde, porque é um subtipo com o qual podemos trabalhar bem, e vamos ter algum tempo para preparar a próxima época», afirmou.

Por outro lado, a tendência evolutiva não será o vírus sofrer mutações e tornar-se mais virulento, mas o contrário, já que à medida que for passando de pessoa a pessoa se tornará menos perigoso.

Pedro Simas insistiu em que o mau impacto que esta gripe pode ter não é tão grande como se fosse um vírus de um subtipo completamente diferente, em relação ao qual estaríamos completamente desprotegidos.

«Com um subtipo igual, mas com estirpe diferente, o prognóstico já não é tão mau», concluiu.

In Sol

Desabafo...

Já experimentaram dar opiniões sobre algo cuja decisão de viabilidade ou não, já está, à priori, tomada?

Experimentem e verifiquem como é inútil e condicionada a vossa opinião. Pura perda de tempo.

Mas atenção! Não esqueçam que algo pode correr mal... Nesse caso, "Quem se lixa é mesmo o mexilhão".

Serghei Prokofiev

No dia 27 de Abril de 1891 nascia na Ucrânia, Serghei Prokofiev.

Da Infopédia:

Compositor ucraniano, Serghei Sergheievich Prokofiev nasceu em 1891, em Sontsovka, na Ucrânia, e faleceu a 5 de Março de 1953. A sua mãe era uma pianista e o seu pai era um engenheiro agrícola relativamente bem sucedido. Desde cedo, o jovem Prokofiev revelou capacidades musicais pouco habituais e, em 1902, quando começou a receber lições privadas de composição, já tinha produzido algumas peças musicais. Ao fim de algum tempo, sentiu que precisaria de mudar-se para expandir os seus horizontes musicais. Apesar de os pais estarem um pouco renitentes em apostar numa carreira musical numa idade tão precoce, partiu para S. Petersburgo, concorrendo para a Academia de Música local. Passou os testes e começou a estudar composição, ainda nesse ano, sendo bastante mais novo do que os seus companheiros de classe. Era visto como um excêntrico arrogante e muitas vezes manifestou o seu desinteresse pelas aulas, classificando-as de aborrecidas. Nesse período, teve aulas com Nikolai Rimsky-Korsakov, estabelecendo relações de amizade com Boris Asafiev e Nikolai Myaskovsky. Na cena musical de São Petersburgo, apesar da imagem de enfant terrible, a sua música a solo no piano começava a ganhar notoriedade. Em 1909, completou os estudos de composição, com notas medianas. Continuou na Academia, concentrando-se exclusivamente no piano. O pai faleceu em 1910 e terminou o suporte financeiro dos seus estudos. Felizmente para ele, já tinha conseguido algum reconhecimento como compositor, apesar dos escândalos suscitados pelo vanguardismo da sua música. Por esta altura, compôs os dois primeiros concertos de piano. Deixou a Academia em 1914, com notas bem melhores no piano. Posteriormente, fez uma viagem a Londres, onde conheceu Serge Diaghilev e Igor Stravinsky. No decorrer da Primeira Grande Guerra, regressou à Academia com o intuito de estudar órgão. Escreveu uma ópera baseada em O Jogador, de Dostoievsky. Contudo, os ensaios enfrentaram diversos problemas e a estreia, prevista para 1917, foi cancelada pela Revolução de Fevereiro. No Verão desse ano, compôs a primeira sinfonia, The Classical. Com as convulsões políticas na Rússia, Prokofiev não encontra condições para o seu trabalho e emigra para os EUA. À chegada a S. Francisco foi imediatamente comparado a outros famosos russos "exilados" (como Rachmaninov). Começou com sucesso, numa actuação a solo em Nova Iorque, conseguindo vários compromissos para o futuro. Foi também contratada a produção da sua nova ópera The Love For Three Oranges, mas o falecimento do maestro adiou a estreia, sublinhando a pouca sorte do compositor nas óperas. O falhanço também lhe custou a carreira a solo, quando se viu a braços com dificuldades financeiras. Partiu para Paris, em 1920, desejando não ter que regressar à Rússia como um falhado. Em Paris conseguiu retomar o seu trabalho, nomeadamente algumas obras inacabadas. Em 1921, estreou em Chicago a ópera The Love For Three Oranges. A recepção foi fraca, levando-o a deixar de novo os EUA. Mudou-se com a mãe para os Alpes Bávaros. Começou a receber convites para retornar à Rússia, mas preferiu manter a aposta na carreira europeia. Em 1923, contraiu matrimónio com a cantora espanhola Lina Llubera, antes de regressar a Paris. Contudo, o acolhimento à sua obra voltou a não ser a esperada. Apenas em 1927 as coisas começaram a melhorar. Alguns concertos na Rússia e a exibição bem sucedida de The Love For Three Oranges, em Leninegrado, pareciam trazer-lhe novos ventos. Duas óperas mais antigas foram também exibidas na Europa. Em 1928, produziu a Terceira Sinfonia, baseada na ópera não-editada The Fiery Angel. Em 1929 teve um acidente de viação e lesou ligeiramente as mãos, inviabilizando algumas actuações em Moscovo. Quando recuperou voltou aos EUA, aproveitando a onda de sucesso na Europa. Teve êxito. No final dos anos 30, a sua obra era sucessivamente apresentada na Rússia, ao invés de Paris. Um exemplo disso mesmo foi a peça Lieutenant Kije, creditada como banda sonora de um filme russo. Um outro contrato, do Teatro Kirov, em Leninegrado, foi o bailado Romeu e Julieta, um dos seus trabalhos mais conhecidos. A mudança definitiva para a Rússia aconteceu em 1936. A atitude oficial do regime perante a música havia mudado: foi criada a União dos Compositores, destinada a seguir o trabalho dos artistas russos. Esta comissão estabeleceu as regras que classificavam as peças musicais como "aceitáveis". Estas regras contribuiram para o isolamento dos compositores russos, cortando-lhes as influências exteriores. Não sendo afectado por isto, Prokofiev voltou-se para as composições para crianças (Three Songs For Children, Pedro e o Lobo, entre outras) e a gigantesca Cantata For The Twentieth Anniversary Of The October Revolution (nunca exibida em público). De novo, teve problemas em estrear uma ópera; a peça Semjon Kotko foi adiada porque o produtor (Meyerhold) foi preso e executado. Em 1941, Prokofiev sofreu o seu primeiro ataque cardíaco. A degradação da sua saúde foi rápida. Por causa da Segunda Grande Guerra, foi várias vezes forçado a mudar-se, o que levou ao termo do seu casamento com Mira Mendelson (viria a ser presa por espionagem). A guerra acabaria por servir de inspiração a novo projecto de ópera, War And Peace, trabalho que o ocupou durante dois anos. Além disso, compôs a música do filme Ivan, O Terrível (de Sergei Eisenstein) e um segundo quarteto de cordas. A ópera foi censurada e revista e não chegou a ser exibida. Em 1944, mudou-se para fora de Moscovo para compôr a Quinta Sinfonia, que viria a ser a sua obra mais bem sucedida. A sua saúde degradava-se a cada dia e a sua produtividade diminuiu consideravelmente. Teve ainda tempo para escrever a Sexta Sinfonia e a sua nona (e última) sonata para piano. O regime começou a apertar-lhe o cerco, classificando a sua música como gravemente formal e potencialmente perigosa para o povo soviético. Os seus últimos projectos de ópera, no Teatro Kirov, foram rapidamente cancelados. Isto, aliado à condição da sua saúde, levou Prokofiev a retirar-se gradualmente. A sua última actuação coincidiu com a estreia da Sétima Sinfonia, em 1952. Acabaria por morrer ironicamente no mesmo dia em que morreu Estaline, vítima de uma hemorragia cerebral.

Serghei Prokofiev. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-27]

domingo, 26 de abril de 2009

Outros Blogues (XIX) - No fio das palavras

O destaque de hoje vai para o blogue No fio das palavras. "No fio das palavras" é o nome de um programa semanal da RTP Madeira com autoria e apresentação da Patrícia Lencastre e onde todas a semanas é apresentado um livro.

Para quem não pode acompanhar o programa, o blogue é uma óptima sugestão de leitura.

O programas podem ser vistos on-line, aqui.

Notícia em Destaque - Portugueses inventam transístor que muda a cor de qualquer superfície

No Expresso:

Quer mudar, sempre que lhe apetecer, a cor das paredes ou dos tectos da sua casa, dos vidros das janelas, dos electrodomésticos ou do seu carro? Num futuro próximo tudo isto será possível graças à última invenção de Elvira Fortunato e Rodrigo Martins: o transístor electrocrómico, que muda a cor a qualquer superfície contínua onde é implantado.

O casal de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) - que já tinha inventado o transístor e a memória (electrónica) de papel - registou a nova patente internacional deste dispositivo no início de Abril. Os transístores poderão ser aplicados em superfícies de papel, vidro, cerâmica (azulejo), metal ou qualquer polímero (plástico, borracha, poliuretano, poliestireno, etc.), tendo um grande potencial de aplicação em todo o tipo de mostradores (ecrãs) - computador, TV, telemóvel, PDA - bem como nos suportes da publicidade estática.

Electrónica produzida... por impressão a jacto de tinta

E podem ser produzidos por jacto de tinta através de uma vulgar impressora cujos tinteiros foram cheios com uma solução de cor amarelada que contém nanopartículas electrocrómicas - material que, por aplicação de uma tensão eléctrica, muda de estado de oxidação, isto é, muda de cor. Trata-se da tecnologia emergente da Electrónica Impressa, onde os grandes fabricantes mundiais estão a apostar.

Quando o material usado é uma folha de papel, esta é impressa com a solução electrocrómica, passando quinze vezes pela impressora. Depois constroem-se os transístores utilizando o papel como material isolante (que impede os curtos-circuitos) em vez do silício, colocando a porta - que controla o fluxo de energia - numa das faces, e os dois eléctrodos condutores na outra - a fonte, por onde entra a energia, e o dreno, por onde sai.

Para já, a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Faculdade de Ciências e Tecnologia liderada por Elvira Fortunato e Rodrigo Martins está a usar nas suas experiências pioneiras transístores de 0,3 a 0,4 milímetros, mas Rodrigo Martins adianta que "podem ser muitíssimo mais pequenos, com 1 mícron (uma milésima parte do milímetro), o que permitirá aumentar a definição da imagem dos mostradores".

O Expresso assistiu a uma experiência feita com uma página do jornal que continha a notícia dos transístores. Ao sair da impressora, a página impressa numa folha de papel (ver fotos) estava invisível, mas quando foi aplicada uma tensão eléctrica, a notícia surgiu com letras e foto a azul. E há cores alternativas. "Deste modo podemos construir mostradores em papel; para já são monocromáticos mas a seguir iremos combinar várias cores", prevê Elvira Fortunato.

Redução de custos

A grande vantagem desta nova tecnologia é a redução de custos de produção. A Samsung lançou em Fevereiro no mercado mundial um novo ecrã de TV com tecnologia dos óxidos semicondutores criada na Universidade Nova de Lisboa, que permitiu ganhos de 300% na funcionalidade dos dispositivos! Com os transístores electrocrómicos, a equipa da UNL espera uma nova redução de custos.

Actualmente, os mostradores ou ecrãs electrónicos funcionam com transístores vulgares e pixels (os elementos de informação mais pequenos numa imagem digital) feitos de cristais líquidos (LCD) ou baseados na tecnologia OLED (díodos emissores de luz). A inovação dos cientistas portugueses "é uma solução dois em um: o pixel é o próprio transístor, o que torna o seu processo de fabrico mais barato", explica Elvira Fortunato.

In Expresso

Obrigado



Obrigado ao Portal Meio Aéreo por seguir o Outras Escritas...

Mário de Sá-Carneiro

No dia 26 de Abril de1916 morria em Paris, Mário de Sá-Carneiro.

Da Infopédia:

Poeta e ficcionista, Mário de Sá-Carneiro constitui, tal como Fernando Pessoa e Almada-Negreiros, um dos principais representantes do Modernismo português. Nasceu em Lisboa, a 19 de Maio de 1890, e morreu precocemente a 26 de Abril de 1916, também em Lisboa. Iniciou os seus estudos em Direito na cidade de Coimbra, tendo partido depois para Paris, em 1912, para cursar também Direito, estudos que abandonaria pouco depois por se ter deixado seduzir por uma vida desregrada e de boémia. De temperamento instável e inadaptado, dedicou-se, na capital francesa, à produção de grande parte da sua obra poética. A figura de Mário de Sá-Carneiro assume uma importância basilar para a compreensão do modo como o Modernismo português se foi formando com caracteres próprios na recepção das correntes de vanguarda europeias, processo de que a correspondência que estabeleceu com Fernando Pessoa dá um testemunho documental precioso e que culminaria com a publicação de Orpheu, em 1915. Os poemas que edita no primeiro número de Orpheu, destinados a Indícios de Oiro, são, a este título, significativos da sua adesão às estéticas paúlica e sensacionista, que na correspondência entre os dois grandes poetas fora gerada, glosando, então, em moldes muito devedores do simbolismo-decandentismo, a abjecção de um eu em conflito com um outro, reverso da sua frustração e insatisfação ("Eu não sou eu nem o outro, / Sou qualquer coisa de intermédio: / Pilar da ponte de tédio / Que vai de mim para o Outro,..."), ao mesmo tempo que a publicação de "Manucure", no segundo número de Orpheu, revela uma incursão por uma forma poética mais próxima da escrita da vanguarda futurista, no que contém de autonomização do significante. Já antes de Orpheu, a colaboração de Mário de Sá-Carneiro na revista Renascença (1914) - onde Fernando Pessoa publica Impressões de Crepúsculo -, com a edição de Além (apresentado como uma tradução portuguesa de certo Petrus Ivanovitch Zagoriansky), instituíra a sua experiência poética na charneira entre a herança simbolista e as tentativas paúlicas e interseccionistas. Mário de Sá-Carneiro constitui ainda um paradigma da prosa modernista portuguesa pela publicação das narrativas Céu em Fogo e A Confissão de Lúcio, construídas frequentemente a partir do estranhamento de um narrador insolitamente introduzido em situações onde o erotismo, o onirismo e o fantástico se associam aos temas obsessivos do desdobramento e autodestruição do eu. O seu suicídio, com 26 anos (em 1916, Paris), parecendo vir selar aquele sentimento de inadaptação à vida, de permanente incompletude, de narcísico auto-aviltamento e, sobretudo, de consciência dolorosa da irremediável cisão do eu, consubstanciada na dramática tensão entre um eu, vil e prosaico, e um outro, seu duplo ideal, que alimentaram tematicamente a obra, nimbou-o para a posteridade de uma aura de poeta maldito, que deixaria um forte ascendente sobre a poesia contemporânea de gerações posteriores à sua. Com efeito, a mensagem poética do autor de Indícios de Oiro ecoa postumamente na literatura presencista da geração de 50 e até surrealista, passando por nomes absolutamente diversos como Sebastião da Gama, Mário de Cesariny ou Alexandre O'Neill. Bibliografia: Princípio: Novelas Originais, Lisboa, 1912; A Confissão de Lúcio, Lisboa, 1914; Céu em Fogo, Lisboa, 1915; Cartas a Fernando Pessoa, Lisboa, 1958-59; Dispersão: 12 Poesias, Lisboa, 1914; Indícios de Oiro, Porto, 1937; Poesias, 1946; Poemas Completos, Lisboa, 1996

Mário de Sá-Carneiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-26]

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Notícia em Destaque - Hoje há vidas portuguesas na maratona de documentários DIA D

Lê-se no Público:

Na véspera do aniversário do 25 de Abril e ao longo do dia da revolução, a RTP2 presta uma espécie de tributo aos documentários feitos na liberdade do pós-25 de Abril e, ao mesmo tempo, apresenta um aperitivo de grandes proporções para um Maio de estreias documentais. Hoje é Dia D - de documentário - na RTP2, com uma maratona de 27 filmes que começa às 22h40 e vai até à entrada do Jornal 2 de amanhã. Não são filmes sobre Abril, são filmes enquadrados na liberdade pós-revolucionária e sobre Portugal.

Oito destes filmes produzidos entre 2005 e 2009 são estreias - começam com Visita Guiada (de Tiago Hespanha/Terratreme), a história de Portugal a partir das vozes dos guias turísticos que espelha o que os estrangeiros levam de nós e a forma como o país se apresenta a quem vem de fora.

A paragem seguinte é outra estreia, O Adeus à Brisa, de Possidónio Cachapa e sobre Urbano Tavares Rodrigues e uma vida entrecruzada com a história contemporânea portuguesa. Segue-se O Segredo, de Edgar Feldman, as memórias de António Dias Lourenço, comunista que aos 94 anos recorda a prisão no Forte de Peniche e a evasão. Noite dentro, Bruno Almeida faz um retrato da Homeostética 6=0, sobre o movimento artístico dos anos 80.

A iniciativa da RTP2, "inédita" e sem paralelo nos canais europeus de sinal aberto, segundo Jorge Wemans, director de programas do canal, é "uma homenagem aos realizadores e produtores nacionais de documentário" independente, mas também uma forma de mostrar filmes "que transportam um olhar sobre o país".

De bonecas a hortas urbanas, da Cova da Moura ao vinil, nesta maratona só se sai de Portugal para dar um pulinho a Angola - e mesmo ela está próxima. Há também, já amanhã e a encerrar a maratona, o inédito Escrever, Escrever, Viver, de Solveig Nordlund sobre António Lobo Antunes, a guitarra de Carlos Paredes em Movimentos Perpétuos ou Livros Viajantes (outra estreia), sobre as Bibliotecas Itinerantes.

E em pleno dia de cravos, o tributo a Zeca Afonso, Não Me Obriguem a Vir Para a Rua Gritar. De permeio, até o espaço infantil matinal Zig Zag é marcado por programação especial de "linguagem documental", como descreve o subdirector de programas Hugo Andrade.

Os 27 documentários chegaram à RTP2 por encomenda directa, pela aquisição de direitos ou pelas parcerias e concursos que o canal tem desenvolvido nos últimos anos. "É nossa convicção que o documentário é um género da maior relevância, com impacto nas nossas vidas e na saúde da nossa democracia", diz Wemans.

Em 2008, a RTP2 investiu mais de dois milhões de euros (custos directos) em documentários nacionais de produção independente, tendo dedicado a esta programação mais de 320 horas de emissão.

O investimento é o triplo do feito na aquisição de títulos estrangeiros, como os da BBC ou National Geographic, e representou "quase um terço de todos os recursos investidos pelo canal na aquisição de programas" de outros géneros, revelou a direcção de programas.

Em Maio, a estação reitera a sua aposta na identidade "RTP2, estação dos documentários" com mais dez filmes inéditos nas noites de sábado e domingo às 21h00, além dos novos episódios da série documental Grandes Livros, às sextas.

Aos sábados passam documentários que espelham modos de vida, alguns dos quais títulos da Valentim de Carvalho Filmes vencedores do duplo concurso aberto em 2008 pela RTP2 - como A Catedral (dia 2), de Graça Castanheira, ou Sobre 4 Rodas (dia 9), o tuning pelos olhos de Bruno Cabral.

Aos domingos, são os documentários da Midas Filmes, entre outros, que foram escolhidos pelo canal na outra tranche do concurso, relacionado com rostos da cultura portuguesa. O primeiro estreia-se em televisão, mas já passou em Fevereiro na mostra Panorama, em Lisboa - António Campos - Falamos de Campos, de Catarina Alves Costa.

Há também Bartolomeu Cid dos Santos - Por Terras Devastadas, de Jorge Silva Melo (dia 10) e fora do concurso de 2008 entram na liça Fátima de A a Z (dia 24), de Margarida Gil (Ambar Filmes), versando sobre a escritora Maria Velho da Costa e suas encarnações pela actriz Lia Gama. Tudo isto é Portugal, cultura e vida.

Para o futuro, alguns dos títulos da maratona vão voltar a ser exibidos na rentrée e os restantes documentários vindos do concurso de 2008 passam até ao final do ano. A decisão sobre novo concurso do género será tomada após o balanço da iniciativa, que a direcção de programas considera já positiva mas que ainda tem de passar o crivo do julgamento maior - o do público.


In Público

Barbra Streisand

No dia 24 de Abril de 1942 nascia em Nova Iorque Barbra Streisand.

Da Infopédia:

Cantora e actriz americana nascida em 1942, em Brooklyn, Nova Iorque. É uma das vocalistas e comediantes mais populares dos anos 60. A sua participação no musical da Broadway Funny Girl (1964) transformou-a numa estrela. A carreira cinematográfica começou com a versão para filme de Funny Girl, em 1968, e passou ainda por películas como Hello Dolly (1969), On a Clear Day You Can See Forever (1970), The Owl and the Pussycat (1970), What's Up Doc? (1972), The Way We Were (1973), For Pete's Sake (1974) e A Star Is Born (1976). A artista estreou-se como realizadora em 1983, com o filme Yentl. Continua, entretanto, a gravar discos e a realizar concertos ao vivo e para televisão.

Barbra Streisand. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-24]

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro

Hoje, dia 23 de Abril é o dia mundial do livro.

Muitos e bons livros para todos o meus leitores...


Atenção!! O messenger da Microsoft transformou-se numa rede social

Entrei numa rede social sem saber e sem que tal me fosse comunicado.
Como?

Há já algum tempo que não uso o messenger da Microsft, mais conhecido por MSN. Não uso o programa em si, mas um outro que me permite usar a conta MSN (Pidgin).

Hoje fui alertado por um dos meus contactos para o facto de ter aparecido no MSN messenger dele uma mensagem a dizer que eu tinha mudado de fotografia. Fiquei surpreendido! Resolvi investigar e descobri que o MSN messenger, por outra, o Windows Live se tranformou numa rede social, tipo Hi5 ou Fecebook.

Considero esta situação grave e intrusiva porque, sem que me fosse dado conhecimento, me incluiram numa rede e partilharam informação sobre mim.

Entrei imediatamente no meu perfil Windows Live e alterei todas a permissões.

Face a esta situação, estou seriamente a pensar deixar de utilizar o MSN messenger (até porque é Microsoft) e passar a usar exclusivamente o Google Talk.

Que fique claro que não tenho quaisquer problemas em partilhar informação sobre mim na Internet, desde que partilhe o que quero, quando quero, como quero e onde quero...

Notícia em Destaque - Mercado de pastilhas elásticas ganha com crise

Curiosa esta notícia do IOL Portugal Diário:

Compras por impulso são oportunidade para sector, que cresceu 23% nas vendas entre 2006 e 2008

A crise é uma oportunidade para o mercado das pastilhas elásticas, que só tem a ganhar com as compras por impulso.

Entre 2006 e 2008, as vendas aumentaram em Portugal 23 por cento e o ritmo de crescimento desejado para este ano é novamente ao nível dos dois dígitos. Quem o diz é o director-geral da Cadbury Portugal, que detém as marcas Trident (que apresenta 72,2 por cento de quota total de mercado) e Chiclets (com 8,5%).

«Portugal é o mercado que está a crescer mais a nível europeu. Mesmo com o acentuar da crise queremos crescer pelo menos 5 a 6% nas vendas este ano», disse à Agência Financeira, Josep Arcas, à margem do seminário «Grandes Marcas Que Marcam», organizado pela Centromarca.

No entender do gestor, apesar de haver menos gastos nestes tempos de crise, as pessoas vão mais vezes ao supermercado. O aumento das compras por impulso também leva o mercado das pastilhas elásticas a encarar a tendência como uma oportunidade. «Estamos no leque de produtos abaixo de 1 euro e como o consumidor vai mais vezes às compras para gastar menos, há mais oportunidades», sustentou.

Cada português gasta 4 euros por ano

Em média anual, cada português gasta 4 euros em pastilhas elásticas. Um valor abaixo de outros países, como a Itália, que regista uma média de 12 euros por pessoa, ou o Reino Unido, com uma média de 9 euros por ano. Ou seja, o consumo total do mercado português ainda é baixo, mas muito alto no consumo particular das pastilhas infantis.

A indústria também está a repensar os seus valores de negócio com a crise, mas mantém a estratégia: fazer com que os portugueses comam mais pastilhas elásticas.

No caso da Cadbury, a resposta está na inovação, seja em novos sabores ou mudanças ao nível de pacotes. A inovação vale já 42% do total do mercado das pastilhas elásticas, quando em 2006 apenas 9% e, no ano seguinte, 25%.

«A inovação, mais do que nunca, representa revolucionar o merca. As marcas que crescem são as que inovam», sustenta Josep Arcas.

In IOL Portugal Diário

William Shakespeare

No dia 23 de Abril de 1564 nascia William Shakespeare.

Da Infopédia:

Poeta e dramaturgo inglês nascido em 1564, em Stratford-Upon-Avon, e falecido em 1616. O seu aniversário é comemorado a 23 de Abril e sabe-se que foi baptizado a 26 de Abril de 1564. Stratford-Upon-Avon era então uma próspera cidade mercantil, uma das mais importantes do condado de Warwickshire. O seu pai, John Shakespeare, era um comerciante bem sucedido e membro do conselho municipal. A mãe, Mary Arden, pertencia a uma das mais notáveis famílias de Warwickshire. Shakespeare frequentou o liceu de Stratford, onde os filhos dos comerciantes da região aprendiam Grego e Latim e recebiam uma educação apropriada à classe média a que pertenciam. São conhecidos poucos factos da vida de Shakespeare entre a altura em que deixou o liceu e o seu aparecimento em Londres como actor e dramaturgo por volta de 1599. Em 1582 casou com Anne Hathaway, oito anos mais velha do que ele, e o casal teve três filhos: Suzanna (nascida em 1583), e os gémeos Hamnet e Judith (nascidos em 1585). A primeira referência a Shakespeare como actor e dramaturgo encontra-se em A Groatsworth of Wit (1592), um folheto autobiográfico da autoria do dramaturgo londrino Robert Greene, onde o escritor é acusado de plágio. Nesta altura Shakespeare era já conhecido em Londres, embora não se saiba com exactidão a data do seu aparecimento na capital. Em virtude do encerramento dos teatros londrinos entre 1592-94, Shakespeare compôs nessa época dois poemas narrativos: Venus and Adonis (publicado em 1593) e The Rape of Lucrece (publicado em 1594). No Inverno de 1594 integrou a mais importante companhia de teatro isabelina, The Lord Chamberlain's Men, onde permaneceu até ao final da sua carreira. A companhia deveu à popularidade de Shakespeare o seu lugar privilegiado entre as restantes companhias de teatro até ao encerramento dos teatros pelo Parlamento inglês em 1642. Em 1598 foi inaugurado o Globe Theatre, o teatro da companhia a que Shakespeare se associara, construído pelo actor e empresário Richard Burbage no bairro de Southwark, na margem sul do Tamisa. Depois da ascensão ao trono de Jaime I (em 1603) a companhia The Lord Chamberlain's Men passou para a tutela real, e o seu nome foi alterado para The King's Men. A passagem de Shakespeare pelos palcos associa-se a breves desempenhos: Adam na peça As You Like It e o fantasma (Ghost) em Hamlet. Depois de ter comprado algumas propriedades em Strattford, Shakespeare retirou-se para a sua terra natal em 1610, mantendo todavia o contacto com Londres. O Globe Theatre foi destruído pelo fogo no dia 23 de Junho de 1613, durante uma representação da peça Henry VIII. Além de uma colecção de sonetos e de alguns poemas épicos, Shakespeare escreveu exclusivamente para o teatro. As suas 37 peças dividem-se geralmente em três categorias: comédias, dramas históricos e tragédias. Entre os dramas históricos, género que primeiro cultivou, destacam-se Richard III (Ricardo III), Richard II (Ricardo II) e Henry IV (Henrique IV). Entre as suas comédias contam-se Love's Labour's Lost, The Comedy of Errors, The Taming of the Shrew, a comédia de intenção séria The Merchant of Venice (O Mercador de Veneza), As You Like It (Como Quiserem) e A Midsummer Night's Dream (Um Sonho de Uma Noite de Verão). A tragédia não é uma forma que pertença exclusivamente a um determinado período na evolução da obra de Shakespeare. Sob influência de Marlowe, a forma de tragédia já se encontrava nas peças que dramatizavam episódios da História inglesa. Em Romeo and Juliet (Romeu e Julieta) e Julius Caesar (Júlio César) Shakespeare combinou a perspectiva histórica com uma interpretação trágica dos conflitos humanos. O período em que Shakespeare escreveu as suas grandes tragédias iniciou-se com Hamlet, escrita entre 1600-1602, a que se seguiram Othelo, Macbeth, King Lear, Anthony and Cleopatra e Coriolanus, todas elas compostas entre 1601 e 1608. Na última fase da carreira de Shakespeare situam-se as peças de tom mais ligeiro: Cymbeline, The Winter's Tale e The Thempest. Parte das obras de Shakespeare foram publicadas durante a vida do autor, por vezes em edições pirateadas, mas só em 1623 apareceu a edição "Fólio", compilada por John Heminges e Henry Condell, dois actores que tinham trabalhado com Shakespeare. No século XVIII as peças foram publicadas por Alexander Pope (em 1725 e 1728) e Samuel Johnson (em 1765), mas só com o Romantismo se compreendeu a profundidade e extensão do génio de Shakespeare. No século XX reforçou-se a tendência para considerar a obra de Shakespeare integrada nos contextos dramáticos que a suscitaram. Embora em muitos casos seja impossível datar precisamente as peças do autor, uma cronologia aproximada revela a evolução da sua obra: Antes de 1594: Henry VI; Richard III; Titus Andronicus; Love's Labour's Lost; The Two Gentlemen of Verona; The Comedy of Errors; The Taming of The Shrew. Entre 1594-1597: Romeo and Juliet; A Midsummer Night's Dream; Richard II; King John; The Merchant of Venice. Entre 1597-1600: Henry IV; Henry V; Much Ado About Nothing; Merry Wives of Windsor; As You Like It; Julius Caeser; Troilus and Cressida. Entre 1601-1608: Hamlet; Twelfth Night; Measure for Measure; Alls Well That Ends Well; Othello; King Lear; Macbeth; Timon of Athens; Anthony and Cleopatra; Coriolanus. Depois de 1608: Pericles; Cymbeline; The Winter's Tale; The Tempest; Henry VIII. Poemas (datas desconhecidas): Venus and Adonis; The Rape of Lucrece; Sonnets; The Phoenix and The Turtle.
William Shakespeare. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-23]

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Notícia em Destaque - Dia da Terra: A nossa vida tem de mudar

Editorial do Público:

Há 25 anos discutia-se em Portugal a construção de uma central nuclear. A aprovação do projecto esteve por um fio num épico Conselho de Ministros onde o então ministro da Qualidade de Vida, Francisco Sousa Tavares, levou a melhor sobre o ministro da Indústria, Veiga Simão. Dois titãs num executivo que ainda hoje é muito injustamente apreciado, o do Bloco Central.

O país discutiu na altura, com profundidade e grande repercussão na opinião pública, um Plano Energético que, numa época em que algumas das renováveis hoje operacionais eram apenas quimeras, já colocava o dedo na ferida: o país necessitava de apostar mais na conservação de energia, tinha de investir em energias mais limpas e, sobretudo, era preciso que a economia crescesse a um ritmo mais rápido do que o do consumo de energia.

Passados todos estes anos – uma geração – alguns destes problemas continuam em cima da mesa. Introduzimos o gás natural na última década do século passado, mas cometendo alguns erros. Atrasámo-nos demasiado na promoção das energias renováveis – sobretudo na exploração da energia eólica – já que, depois da passagem de Nuno Ribeiro da Silva pelo pelouro da Energia, só voltámos a ter alguém com categoria nesse lugar no final da era de Guterres, com Oliveira Fernandes.

Mas se hoje as renováveis são uma espécie de coqueluche do Governo, o único projecto sustentável e capaz de criar um cluster nacional é o eólico.

O aproveitamento da energia solar tem conhecido demasiadas hesitações e é duvidoso que a opção por mega-instalações seja a mais adequada. Esteve-se muito tempo sem construir novas barragens e pouco se desenvolveu a área das minihídricas.

Há bons projectos de co-geração mas pouco se avançou na micro-geração, para muitos técnicos uma das soluções com mais futuro.

O muito que se andou não evitou, contudo, que o ritmo de crescimento do consumo de energia tenha sido, neste período, muito superior ao ritmo de crescimento da riqueza nacional. Ainda hoje o ritmo de crescimento do consumo de energia é superior ao ritmo de crescimento do PIB quando, há 25 anos, a maior parte dos nossos parceiros europeus já tinham conseguido inverter essa tendência.

Isto que significa que continuamos a ser pouco eficientes na melhor utilização da energia, em boa parte porque o país depende em demasia do transporte automóvel, quer para as mercadorias, quer para as deslocações particulares, porque a qualidade de construção não melhorou, porque os hábitos de consumo dos portugueses levam-nos a consumir muito mais energia nos inúmeros aparelhos que hoje enchem as suas casas.

Tempos de crise como os que hoje atravessamos devem-nos levar a repensar muitos dos hábitos fáceis que adquirimos.

Não basta, por exemplo, trocar as lâmpadas normais por lâmpadas de baixo consumo: é necessário fazer como os nossos avós, que apagavam a luz quando saíam da sala. Não chega escolher um frigorífico mais eficaz ou uma televisão mais económica, é necessário aprender a utilizá-los de forma racional. E não se pode continuar a escolher um automóvel sem olhar para os níveis de emissão de CO2.

Tudo isto e muito mais tem de ser feito porque nem que colocássemos torres eólicas em todas as cristas das nossas serras e forrássemos o Alentejo de painéis solares produziríamos a energia suficiente para as nossas necessidades. As renováveis são boas, mas não resolvem todos os problemas se mantivermos os nossos actuais hábitos de consumo. É bom não ter ilusões.

In Público

As sobre-agudas da Devia

Como sabem, sou um apaixonado pela Ópera. Aprecio especialmente o período do Bel canto que teve o seu expoente máximo com Rossini, Donizetti e Bellini.

O Bel canto tem tudo a ver com a voz. A primazia da voz.

Aqui fica uma selecção de "Fás" sobre-agudos do Soprano Mariella Devia (excertos de árias de óperas de Donizetti, Mozart e Bellini).

Espero que apreciem.

Richard Nixon

No dia 22 de Abril de 1994 morria em Nova Iorque, Richard Nixon.

Da Infopédia:

Político norte-americano nascido em 1913, na Califórnia, e falecido em 1994, em Nova Iorque. Membro do Partido Republicano e trigésimo sétimo presidente dos Estados Unidos da América (1969-1974), foi igualmente vice-presidente (1953-1961) durante a presidência de Dwight D. Eisenhower. Foi, até hoje, o único presidente norte-americano a demitir-se do cargo, o que sucedeu em virtude do chamado caso Watergate, um escândalo político de grandes proporções.

Richard Nixon. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-22]

terça-feira, 21 de abril de 2009

IRS

Hoje foi dia de preencher e entregar a declaração de IRS.

Fiquei deprimido.

Volto amanhã...

Notícia em Destaque - Taxas Euribor voltam a subir

Será que o ciclo está a começar a inverter-se?

Lê-se no Jornal de Notícias:

Estabilizaram nos prazos a três e doze meses, segundo os dados da Federação Europeia dos Bancos.

Segundo o 'fixing' diário da Federação Europeia dos Bancos, a taxa Euribor a três meses, uma das indexantes do crédito à habitação em Portugal, manteve-se pelo segundo dia consecutivo nos 1,405 %. Tinha interrompido segunda-feira a série de descidas iniciada há seis meses.

A taxa a seis meses, principal indexante do crédito hipotecário, subiu 0,001 pontos percentuais para 1,60 %.

A taxa a 12 meses manteve-se nos 1,768 %.

Nos outros prazos a tendência foi de subida.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de bancos está disposto a emprestar dinheiro no mercado interbancário.

In Jornal de Notícias

Anthony Quinn

No dia 21 de Abril de 1915, nascia no México Anthony Quinn.

Da Infopédia:

Actor de cinema norte-americano, nascido a 21 de Abril de 1915, na cidade mexicana de Chihuahua, e falecido em Boston, a 3 de Junho de 2001. De seu nome verdadeiro António Rudolfo Quinn, emigrou com a sua família para os EUA, onde, na sua juventude, trabalhou como pugilista. Depois duma breve carreira como actor teatral, decidiu aventurar-se em Hollywood. Iniciou-se como figurante em The Milky Way (Via Láctea, 1936) de Leo McCarey. No ano seguinte, casou-se com a filha de Cecil B. DeMille, mas, nos anos seguintes, foi recrutado para interpretar personagens tipificadas, quase sempre gangsters, mexicanos ou índios. Entre 1937 e 1947, interpretou perto de meia centena de filmes de série B. Cansado de esperar por uma oportunidade, aventurou-se na Broadway e, entre 1948 e 1950, foi o protagonista da peça A Streetcar Named Desire (Um Eléctrico Chamado Desejo). Quando a peça foi levada ao cinema no ano seguinte, Elia Kazan preferiu chamar Marlon Brando para protagonista, por insistência dos produtores, que consideravam que Brando tinha mais sex-appeal. Contudo, Kazan reconheceu o talento de Quinn e convidou-o para integrar o elenco do filme Viva Zapata! (1952), interpretando a figura de Eufémio, irmão do revolucionário Emiliano Zapata. A sua enérgica interpretação valeu-lhe o Óscar para Melhor Actor secundário e abriu-lhe as portas de Hollywood para projectos mais credíveis. Contudo, Quinn preferiu ir trabalhar para Itália, tendo protagonizado Attila (Átila, 1954), ao lado de Sophia Loren, e La Strada (A Estrada, 1954), de Federico Fellini, onde apaixonou os cinéfilos com a sua interpretação do saltimbanco Zampanò. De volta a Hollywood, venceu novo Óscar na categoria de Melhor Actor Secundário pela sua representação de Paul Gauguin em Lust for Life (A Vida Apaixonada de van Gogh, 1956). Contudo, Quinn ansiava por papéis de protagonista e o seu desejo foi atendido por George Cukor que o convidou para encabeçar, ao lado de Anna Magnani, o elenco de Wild is the Wind (Selvagem É o Vento, 1957), filme pelo qual obteve a nomeação para o Óscar de Melhor Actor. Após presença em grandes produções como The Guns of Navarone (Os Canhões de Navarone, 1961), Barabbas (Barrabás, 1962) e Lawrence of Arabia (Lawrence da Arábia, 1962), Quinn voltou à Europa para produzir e protagonizar o título pelo qual ficará imortalizado na história do cinema: Zorba, the Greek (Zorba, o Grego, 1964) proporcionou-lhe uma magistral interpretação no papel de Alexis Zorba, um simples camponês grego com um desmesurado amor pela terra e pela vida. A prestação valeu-lhe a nomeação para o Óscar de Melhor Actor mas a Academia preferiu Rex Harrison, devido ao sucesso de My Fair Lady (Minha Linda Lady, 1964). Após ter encarnado a figura dum Papa do Leste em The Shoes of the Fisherman (As Sandálias do Pescador, 1968), Quinn procurou alternar os trabalhos cinematográficos com aparições em séries televisivas, como Jesus of Nazareth (Jesus da Nazaré, 1977), onde personificou o sumo-sacerdote Caifás, e Onassis (1988), onde deu corpo ao multi-milionário grego. Na década de 90, ainda surgiu em filmes como Jungle Fever (A Febre da Selva, 1991) e Last Action Hero (O Último Grande Herói, 1993). A sua última aparição foi Avenging Angelo (2002). Dias depois de concluir as filmagens, perdeu a batalha contra o cancro da laringe. É pai dos actores Aidan Quinn e Francesco Quinn. Anthony Quinn. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-04-21]