sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mais uma vez, o nosso tenor Paulo Ferreira / Again the portuguese tenor Paulo Ferreira

Mais uma vez o tenor Paulo Ferreira deslumbra o publico alemão com a sua interpretação de Cavaradossi. Aqui fica uma crítica à sua actuação em Bayreuth (no original em alemão e com tradução para inglês).



© Nordbayerischer Kurier
Über Scarpia brennt die Luft
„Tosca“ in der Bayreuther Stadthalle: Begierden im Terrorstaat
BAYREUTH
Von Frank Piontek
Diese „Tosca“ ist exzellent besetzt; auch wenn der phänomenal aussingende Portugiese Paolo Ferreira als Cavaradossi nicht sonderlich beweglich ist. Im dritten Akt aber „passt“ es plötzlich: Als der Mann, der weiß, dass er gleich sterben wird, wie in Schockstarre erstarrt, nachdem die traumatisierte Tosca ein irres, theatralisches, verlogenes Rot aufgelegt hat. Stimmlich ist Ferreira über jeden Zweifel erhaben. Mit Domingo und seinen Kollegen aus Spanien und Portugal hat er den verhauchten, leicht rauchigen Stimmansatz und das heldenhaft lyrische Timbre gemein.



This "Tosca" is excellently casted; even if the phenomenally full-voice-singing Portuguese Paulo Ferreira is not particularly agile *. But in the 3rd Act suddenly this fits perfectly: When the man who knows that he will die in a moment freezes like in a state of shock, after traumatized Tosca has put on a crazy, theatrical, false red. Vocally Ferreira stands above any doubt. With Domingo and his colleagues from Spain and Portugal he has in common an aspirated, slightly fumy placing of the voice and the heroically lyrical timbre.

* "beweglich" in this sense means "to move a lot" (physically).

6 comentários:

  1. Mais uma vez parabéns ao Paulo Ferreira!
    E, mais uma vez, um português a brilhar fora, enquanto é "esquecido" em Portugal.
    Resta saber quando o poderemos ouvir por cá.
    Um abraço para si Alberto.

    ResponderEliminar
  2. Parabéns mais uma vez ao Paulo Ferreira.

    ResponderEliminar
  3. Esquecido pelo Teatro Nacional de S. Carlos e pela Casa da Música. Nunca foi esquecido pelo CPO que sempre o contratou não só para ópera, como para concertos e, foi connosco que ele fez o seu 1º grande papel principal "D. José". O CPO existe na cidade do Porto (que por acaso ainda é Portugal). Injusto meter todos os produtores "no mesmo saco" ou será a eterna e famosa "falta de memória dos portugueses? Já agora seria bom traduzir para português. Ai Eça de Queirós, que falta fazes!...

    ResponderEliminar
  4. Quanto ao comentário do Anónimo, duas coisas:
    1º - Qualquer apreciador de ópera português tem respeito e valoriza o Círculo Portuense de Ópera. No entanto, reconheço que, independentemente de "meter ou não os produtores todos no mesmo saco", um cantor de ópera tem muito poucas hipóteses de fazer uma carreira a sério em Portugal;
    2º -Este blogue é escrito em português, se a crítica não está traduzida foi por falta de tempo e por querer divulgá-la assim que tive dela conhecimento. Não me revejo, por isso, no seu comentário irónico ao escritor Eça de Querós.

    ResponderEliminar
  5. Se não tivessem injustamente e inexplicavelmente "cortado as pernas" ao CPO todos os cantores portugueses teriam oportunidade de cantar em produções de nível internacional (o CPO fez excelentes co-produções com o Teatro alla Scala, Teatro Comunale di Bologna", Teatro delle Muse di Ancona) e onde o Paulo Ferreira brilhou. A Elisabete Matos estreou-se aos 18 anos como Frasquita numa aclamada produção e, depois foi "Tosca" quando já era internacionalmente famosa.
    Ao defender o CPO estou só a alertar as consciências dos amantes da ópera para este escândalo nacional de que ninguém fala ou escreve (mesmo nos blogues). Os cantores portugueses (e felizmente temos muitos e alguns deles de nível internacional)precisam de cantar não só em Lisboa como no Porto, obviamente em espectáculos de qualidade e, não no que se tem visto ultimamente (penso que sabe ao que me estou a referir). Conheço e sou amiga do Paulo ainda ele era um estudante de canto, tenho.lhe dado toda a força porque sempre soube que ele ia longe e tal como o senhor reclamo que o reconheçam e valorizem em Portugal.

    ResponderEliminar
  6. Cara Anónima

    Estamos completamente de acordo!
    Há situações inexplicáveis na cultura (e não só) neste país.

    Volte sempre a este espaço.
    Cumprimentos

    ResponderEliminar

Comente o Outras Escritas