Da Infopédia:
Estadista israelita, Golda Meir nasceu a 3 de Maio de 1898, em Kiev, na Ucrânia. Proveniente de uma humilde família judaica, em 1906, emigra com a família para Milwaukee, nos Estados Unidos da América. Após a conclusão dos seus estudos, Golda foi, durante algum tempo, professora primária em Milwaukee e delegada da secção americana do Congresso Judaico Mundial. Em 1917, casou com Morris Myerson, tendo emigrado em 1921 para a Palestina. Golda Meir tornou-se então membro do Kibbutz de Marnavia e, três anos mais tarde, aderiu ao Histadruth (Confederação Geral do Trabalho), passando entre 1932 e 1934 a ser a sua representante no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos da América. Nos anos que antecederam e durante a Segunda Grande Guerra Mundial, Golda Meir ocupou lugares fulcrais na hierarquia política, foi chefe do departamento político da Agência Judaica (a maior autoridade na Palestina, sob administração britânica) e da Organização Mundial Sionista. Após a proclamação da independência do Estado de Israel em 1948, Golda Meir foi nomeada pelo primeiro-ministro, David Ben Gurion, para o cargo de embaixadora de Israel em Moscovo, por quatro anos. Posteriormente à nomeação, entre 1949 e 1956, Golda exerceu a função de ministra do Trabalho e, na década seguinte (1956-1966), foi ministra dos Negócios Estrangeiros, bem como representante máxima da delegação israelita enviada aos Estados Unidos da América. Foi secretária-geral do movimento socialista entre 1966 e 1968. Desde a sua fundação, o novo Estado dotou-se de instituições democráticas, tinha uma câmara única - o Knessel - e foram fundados vários partidos políticos. O partido mais representativo de todos era o Mapai (movimento socialista). Sob o impulso de Golda Meir, o Mapai, o Ahduth Haavoda (União do Trabalho) e o Rafi (Movimento de Esquerda) fundiram-se em Julho de 1968, com o objectivo de formarem o Partido Trabalhista. No ano seguinte, esse novo partido uniu-se ao Mapam (Partido Operário Unificado) constituindo uma aliança eleitoral - a Maarakh (Frente Operária). Em 1969, após a morte do Presidente Levi Eshkol, Golda Meir forma Governo sendo primeira-ministra de Israel por cinco anos (1969-1974). Durante esse período ignorou as resoluções da Organização das Nações Unidas, que invalidavam a anexação israelita de Jerusalém oriental e que ordenavam a retirada de Israel dos territórios palestinianos ocupados. Golda Meir rejeitou, igualmente, acordos de paz com os regimes árabes e aplicou uma política de medidas extremas contra a organização de libertação da Palestina e contra os países que acolhessem os seus membros refugiados. Como resultado da intransigência israelita e mormente da primeira-ministra, a 6 de Outubro de 1973 deu-se a quarta guerra Israelo-árabe, chamada "Guerra do Kippur" (os israelitas celebravam nesse dia a grande festa religiosa do Yom Kippur, daí o nome atribuído à guerra). No início do conflito, os israelitas foram completamente apanhados de surpresa pelos ataques desencadeados pelo Egipto e pela Síria. Graças à mediação americana, nomeadamente do seu Secretário de Estado, Henry Kissinger, Egipcíos e Israelitas subscrevem a 25 de Outubro de 1973 um acordo definitivo de cessar-fogo. Nesse ano, Golda Meir faz uma visita de Estado ao Vaticano, tendo sida recebida pelo Papa Paulo VI, mas da audiência não resultou qualquer acordo sobre a situação de Jerusalém. Em Abril de 1974, Golda Meir apresenta a sua demissão dadas as violentas críticas à sua actuação e à do seu Ministro da Defesa, Mosh Dayan, na Guerra do Kippur, e pelos baixos resultados alcançados nas eleições pelo Partido Trabalhista. Meir foi substituída pelo General Yitzhak Rabin. A 5 de Março de 1976, Golda Meir regressou ainda à cena política como dirigente do seu Partido, em virtude da demissão de Meir Zarmi de Secretário-Geral, tendo publicado nesse mesmo ano um livro de carácter autobiográfico: A minha vida. Golda Meir morreu a 8 de Dezembro de 1978, em Israel.
Golda Meir. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-05-03]
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