O mezzo-soprano Joyce DiDonato, aborda neste seu último trabalho discográfico, as óperas que Rossini escreveu especificamente para sua amante, Isabella Colbran.
Isabella Colbran diz-se ter tido uma voz que se poderia classificar como a de um soprano dramático de coloratura ou de um mezzo-soprano ágil com um registo agudo vigoroso. Rossini escreveu um conjunto de óperas sérias cuja personagem principal, foi criada (a nível vocal) a pensar na voz de Colban. Incluem-se neste grupo, óperas como Semiramide, Armida, La Dona del Lago, Elisabetta regini d'Ingliterra, Ermione e Otello, entre outras.
DiDonato apresenta no seu Colbran the Muse, árias das ópera Armida, La donna del lago, Maometto II, Elisabetta regina d'Ingliterra, Semiramide e Otello.
Numa apreciação geral devo confessar que me desiludiu a prestação da cantora neste tipo de repertório. Usualmente são sopranos dramáticos de coloratura que interpretam a maioria dos papeis destas óperas umas vez que as suas propriedades vocais lhes permitem usar em plenitude toda a extensão vocal necessária (Joan Sutherland e June Anderson por exemplo).
DiDonato é um mezzo-soprano e, por isso, o registo agudo é naturalmente colocado em esforço. As notas mais agudas são atacadas sem vibrato e como uma aparente falta de segurança.
A insegurança que denoto no registo agudo e porventura o desconforto vocal, traduzem-se numa interpretação demasiadamente técnica e muito pouco emotiva, mesmo em árias que se adaptam mais ás características vocais de DiDonato como Giusto Ciel (Maometto II).
Obrigado, Alberto. Ainda não ouvi este disco da Joyce, e fico com fracas expectativas. Creio que a Joyce tem feito uma bela carreira, desde que começou no barroco, e a voz dela tem espaço para amadurecer bem. Foi o que aconteceu com a Gruberova, não foi? Conto que o melhor da Joyce ainda esteja para vir. O melhor da Bartoli é que já passou...o último disco dos castrati é um barrete comercialão.
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