Caros leitores, tentem fazer este exercício: ao verem os telejornais, nomeadamente as notícias que relatam conflitos mundiais, verifiquem quantas vidas se poderiam poupar e quantas bocas se poderiam alimentar e se, pura e simplesmente, as religiões não existissem.
E as vidas que as instituições missionárias salvam e alimentam por esse mundo fora? E as bocas que as instituições religiosas alimentam mesmo no nosso país?
ResponderEliminarNem 8 nem 80.
Pois é, Alberto, a humanidade libertou-se de muita escuridão, barbárie e crendice, mas não vejo jeitos de se libertar dessa praga arrebanhadora. Às vezes há um sobressalto, como agora entre os povos islãmicos, no sentido ao menos da laicização, mas logo se retrocede.
ResponderEliminarE é difícil, mesmo para gente culta e sábia, ultrapassar milénios de arte sublime que são em parte legado das religiões. É inegável que a crença foi/é forte fonte de inspiração para o bem como para o mal, enquanto o ateísmo continua muito mal visto, quase criminalizado. Será a natureza humana intrinsecamente mística?
E depois, as religiões protegem-se com os paliativos, como referiu o anónimo - disfarçam a sua matriz conflituosa, dogmática e alienante com a caridadezinha. As missões, a sopa dos pobres, a cruz vermelha, a obra social. Acabam por se tornar imprescindíveis para atenuar os males de que frequentemente são causadoras!
Tanto dinheiro, tanto esforço, tanta dedicação gastos "humanitariamente" em nome da maior hipocrisia de sempre.
@Anónimo: Permitam-me que discorde. Em primeiro lugar, fazer o bem e amar o próximo não tem nada, mas mesmo nada a ver, com crendice ou religião, logo, as instituições de que fala, teriam o mesmo mérito se não estivessem ligadas a confissão religiosa alguma. Em segundo lugar, o facto de exitirem essas intituições que "praticam o bem", não anula aquilo que a confissão religiosa que seguem faz de mal. Seria como se eu deixasse uma criança quase a morrer à fome e depois fosse alimentá-la para me redimir do mal que lhe fiz.
ResponderEliminar@Mário: Palavra duras, mas sábias Mário. Obrigado
Não discuto que muitos crimes se cometeram em nome da religião, mas não admitir que em nome da religião também foram e são praticadas boas obras é um erro. Pessoas diferentes fazem coisas diferentes, tendo por vezes em mente a mesma ideia. Mas será a culpa da ideia ou da pessoa que a põe em prática?
ResponderEliminarPegando na sua analogia, acabaríamos por estar a criticar não só quem deixa a criança morrer à fome, como também qualquer outra pessoa que, sem ter nada que ver com o assunto, lhe for dar de comer. E, em última instância, acabaríamos, como no vosso caso, por criticar a Comida, ela própria, por existir. Se não existisse, não haveria nem bons nem maus.
Caro R Duarte Ferreira. Obrigado por partilhar a sua opinião.
ResponderEliminarPermita-me apenas que corrija o tempo verbal da sua primeira frase: ...muitos crimes se cometem em nome da religião. Se fosse passado eu não tinha escrito este "post". Quanto à minha anologia, é certamente discutível. De qualquer forma mantenho a minha afirmação: Fazer o bem, não tem nada, mas mesmo nada a ver com religião, eu sei disso, por experiência própria.
Cumprimentos
Caro Alberto,
ResponderEliminarEstes temas são sempre interessantes porque trazem à discussão pontos de vista distintos, embora, na essência, não sejam tão diferentes como isso.
Eu estou totalmente de acrodo consigo quando diz que fazer o bem ao próximo ou ao do lado é uma questão de opção individual, totalmente independente das religiões, por muito grande que seja o respeito que algumas pretendem ter ou, mesmo, merecem. A coisa é do foro pessoal de cada um de nós e não da instituição religiosa.
Obrigado por este "post" interessante
Infelizmente o blogger apagou os comentários que vários leitores aqui deixaram. Como ainda tenho alguns guardados em e-mail, aqui ficam:
ResponderEliminarR Duarte Ferreira deixou um novo comentário na sua mensagem "Religiões":
Não discuto que muitos crimes se cometeram em nome da religião, mas não admitir que em nome da religião também foram e são praticadas boas obras é um erro. Pessoas diferentes fazem coisas diferentes, tendo por vezes em mente a mesma ideia. Mas será a culpa da ideia ou da pessoa que a põe em prática?
Pegando na sua analogia, acabaríamos por estar a criticar não só quem deixa a criança morrer à fome, como também qualquer outra pessoa que, sem ter nada que ver com o assunto, lhe for dar de comer. E, em última instância, acabaríamos, como no vosso caso, por criticar a Comida, ela própria, por existir. Se não existisse, não haveria nem bons nem maus.
FanaticoUm deixou um novo comentário na sua mensagem "Religiões":
Caro Alberto,
Estes temas são sempre interessantes porque trazem à discussão pontos de vista distintos, embora, na essência, não sejam tão diferentes como isso.
Eu estou totalmente de acrodo consigo quando diz que fazer o bem ao próximo ou ao do lado é uma questão de opção individual, totalmente independente das religiões, por muito grande que seja o respeito que algumas pretendem ter ou, mesmo, merecem. A coisa é do foro pessoal de cada um de nós e não da instituição religiosa.
Obrigado por este "post" interessante
Já agora a analogia que eu tinha feito e a que o R Duarte Ferreira faz referência era a de deixar uma criança quase morrer à fome e depois alimentá-la como para me redimir do mal que lhe tinha feito.
ResponderEliminarReferi também que as boas acções e o amor ao próximo não têm nada a ver com religiões.