Dolora Zajick tem uma voz extraordinária e é, na minha opinião, o melhor mezzo-soprano verdiano dos dias de hoje (de outros tempos, tenho como referência a grande Fiorenza Cossotto que tantas vezes cantou no S. Carlos).
O timbre é escuro, a voz é potente e no registo grave muitíssimo sustentada. Para os mais puristas, o único senão poderá surgir a nível da dicção.
Zajick acabou de interpretar Azucena numa série de récitas da ópera Il Trovatore de Verdi no MET de Nova Iorque ao lado de Hvorostovsky, Radvanovsky e Álvarez.
Aqui ficam três vídeos com a cantora numa dessa récitas (coloraturafan no YouTube).
Caro Alberto,
ResponderEliminarConcordo inteiramente e subscrevo! Assisti em directo à récita de 30 de Abril na Fundação Gulbenkian a partir do MET. Abençoada HDLive!! Foi maravilhosa!
Eu idolatro esta senhora!
A sua Amnéris tb é brilhante!
1 abraço
Caro Alberto,
ResponderEliminarDe facto a Dolora Zajick é um dos grandes mezzos verdianos da actualidade. Obrigado por nos proporcionar estas suas grandes intervenções no recente Trovador de NY que tive a sorte de assistir ao vivo.
Mas a sua referência é também a minha - Fiorenza Cossoto. Vi-a duas vezes como Azucena e penso que foi a melhor de sempre neste papel.
Concordo em absoluto com o comentário do Bruno. A Amnéris de Zajick, que tive a sorte de ver em Barcelona há 2 ou 3 anos, é absolutamente única!
@ Bruno
ResponderEliminarAinda bem que concordamos! Infelizmente eu não vivo em Lisboa e, por isso, HD Live é para mim uma ilusão. Reconheço que é uma excelente forma de levar os espectáculos do MET até um publico muito mais vasto.
Concordo também com a Amnéris. Infelizmente nunca tive oportunidade de ouvir a cantora ao vivo.
@ FanaticoUm
Já sabe que o invejo por ter assistido ao Trovador no MET (risos). Quanto à Cossotto, acho-a imbatível. Eu tive a oportunidade de a ver nos ensaios do Trovador de Estremoz há uns anos. Já estava com setenta anos, mas a voz e o timbre ainda estavam lá. Nos ensaios evitou sempre as notas de registo agudo, mas os graves estiveram todos lá. Maravilhosos. Infelizmente cancelou a única apresentação prevista. De qualquer forma, foi uma honra para mim poder-lhe dizer no final de um dos ensaios que ela era a melhor Azucena de sempre.
Mas que grande casting! Alvarez é um excelente tenor, mas tenho de admitir que a sua voz no papel de Manrico não encaixa totalmente, faltando-lhe o tal tom heróico necessário a este personagem. Mas repito, é um grande tenor. A Dolora Zajick é uma das enormes mezzo contemporâneas, dona de uma voz dramática, profunda e com largo registo vocal. Sendo eu um apaixonado pela ópera verdiana, é uma maravilha ouvir tal qualidade. Curiosamente Cossotto é também para mim uma das lendas da ópera, mas ouso pôr a brilhante Shirley Verrett ao mesmo nível.
ResponderEliminarCaro Anónimo
ResponderEliminarConcordo consigo no que respeita a Álvarez, falta-lhe ali qualquer coisa, e isso é bem visível na ária Di quella pira que é um tour de force para Manrico no Trovador (no MET o tenor cantou meio tom abaixo e mesmo assim poupou-se bastante para terminar no suposto Dó de peito que no caso foi um Si natural). De qualquer forma é um excelente tenor e um dos melhores Manricos da actualidade.
Também concordo consigo quanto à Verrett, não como Azucena, mas com Lady Macbeth, por exemplo. A carreira da Verrett é extraordinária, começa como mezzo (veja-se o que ela fez na ópera L'assedio di Corinto com a Sills no MET em 75 http://www.youtube.com/watch?v=Rze0_OuEHyE) e depois "passa" a soprano (Lady Macbeth http://youtu.be/SsvqSDg4als )
Enfim há, tantos e tantos exemplos...
Obrigado pelo comentário