sexta-feira, 12 de agosto de 2011

I Puritani de Bellini - Gruberova

Extraordinária interpretação do soprano Edita Gruberova na ópera I Puritani de Vincenzo Bellini, acompanhada por uns não menos extraordinários, tenor Salvatore Fisichella e barítono Giorgio Zancanaro (récita de 1985 em Bregenz).

Infelizmente Gruberova não interpretou a cabaletta final "Ah! sento, o mio bel angelo" cuja partitura foi descoberta por Richard Bonynge e que era sempre interpretada por Joan Sutherland.





Maestro Gian-Franco Masini
Orquestra - Wiener Symphoniker
Coro - Wiener Volksoper
Elvira - Edita Gruberova
Arturo Talbot - Salvatore Fisichella
Sir Riccardo Forth - Giorgio Zancanaro
Sir Giorgio - Dimitri Kavrakos
Enrichetta di Francia - Mariana Cioromila
Sir Bruno Robertson - Yordy Ramiro
Lord Gualtiero Valton - Carlo Del Bosco

7 comentários:

  1. Também merece uma menção o fabuloso barítono Giorgio Zancanaro, uma das melhores vozes do século XX.
    Esta é a minha ópera preferida de Bellini. O final é apoteótico.

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  2. Merece, sim senhor, caro Anónimo.

    Quanto ao final, não sei porque se corta tanta vez a cabaletta "Ah! sento, o mio bel angelo", como acontece neste caso.

    Sutherland, cujo marido e maestro Bonynge descobriu a partitura da cabaletta, incluia-a sempre nas suas récitas.

    Vou corrigir o post.

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  3. Muito, mas mesmo muito, o tenor Pavarotti deve a esse casal.
    - A Richard Bonynge por ter visto nele um diamante em bruto, tê-lo "apadrinhado" logo no inicio de carreira e tê-lo posto no caminho mais adequado para a sua voz (de onde nunca devia ter saído), que eram os reportórios de Bel Canto e a ópera para tenor lírico.
    À diva Joan, tem a agradecer o coaching que ela lhe concedeu, ensinando-o técnicas de respiração e de legato.

    Mas voltando ao assunto:
    Geralmente essas decisões são tomadas nos ensaios. Depende do tenor e do maestro. Há tenores/maestros que preferem fazer a cabaletta deixando o tenor decidir se arrisca ou não o agudo, não se importando que o tenor dê uma nota mais grave. Outros preferem só fazer a cabaletta na íntegra, caso contrário cortam-na.
    Curioso, o mesmo acontece em Rigoletto, onde geralmente a cabaletta "Possente Amor mi chiama" é muitas vezes cortada.

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  4. Caro Anónimo
    Estou a ver que conhece muito bem a "história" do casal Sutherland Bonynge e da sua contribuição para o reavivar de óperas de bel canto, trabalho já iniciado por Callas.

    Quanto às cablettas, acho sempre pena quando são omitidas. "Possente amor me chiama" interpretada por Kraus é um primor (por Pavaritti também).

    Outro caso muito comum é omissão da ária "Cessa de piu resistere" do Barbeiro devido ao grau de dificuldade. Para mim cortar esta ária é quase o mesmo que cortar "Una voce poco fà" a Rosina.

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  5. Caro Alberto,
    De facto, interpretações fantásticas, fabulosas mesmo.
    Também concordo consigo em relação à omissão das cabalettas. A do Barbeiro "Cessa de piu resistere" só ouvi ao vivo, pela primeira vez, há 3 anos e, a partir daí, Barbeiro sem ela é, como diz, equivalente a Barbeiro sem "Una voce poco fà" da Rosina. Quem me deu o prazer incumensurável de ouvir essa cabaletta ao vivo foi o Juan Diego Flórez (outro dos fabulosos da actualidade)!

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  6. Caro FanaticoUm
    Lembro-me sempre de um Barbeiro que fui ver ao S. Carlos e de ter perguntado por e-mail ai Jorge Rodrigues que fazia o Ritornello na Antena 2 e que canta no coro do S. Carlos se o tenor de quem agora não me lembro o nome, iria cantar a ária "Cessa de piu resistere". A resposta foi negativa. Lá agradeci ao Jorge Rodrigues, o facto de ter respondido, já fui para a récita sem esperar pela ária.
    Ouvi o Flórez interpretá-la magnificamente no seu único concerto no S. Carlos.

    Cumprimentos

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  7. Caro Alberto,
    Também assisti a esse concerto memorável do Florez em São Carlos. Penso que nos dias de hoje ele não voltaria a repetir o que fez. Penso que nunca no São Carlos, numa só noite, se ouviram tantos dós de peito em tão pouco tempo (e com aquela qualidade). Como se recorda, para além de ter cantado o "Ah mes amis" da Filha do Regimento, repetiu duas vezes nos encores!
    Depois dessa noite inesquecível para mim, ouvi o Florez interpretar A Filha do Regimento ao vivo penso que 5 vezes, em duas delas repetiu, mas como o concerto do São Carlos, nunca mais ouvi nada assim.
    É mais um dos muito poucos que me faz deslocar-me milhares de quilómetros, quando possível.

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