Não coloquei no Outras Escritas nenhuma fotografia sobre a tragédia que se abateu sobre a Ilha da Madeira, afectando especialmente o centro da cidade do Funchal. Não era necessário e seria redundante fazê-lo, uma vez que fotografias e vídeos circulam abundantemente na Internet.
Para falar verdade, estou no Funchal desde Domingo, mas só hoje de manhã fui à baixa da cidade.
Tomei o pequeno almoço no Golden Gate, como gosto de fazer aos sábados de manhã. Estar no Golden Gate hoje teve um "sabor" diferente...Na cidade há pouca gente as ruas estão cortadas ao trânsito. Há muita lama, muita água e muita pedra.
Mas o Funchal está em pé e a reerguer-se rapidamente!
RECONSTRUÇÃO é a palavra de ordem...
Alberto,
ResponderEliminarNão consigo imaginar o que será viver uma situação dessas. Mas parece que há uma reacção positiva, muita gente não se deixou abater e mete mãos à obra. Só posso desejar a melhor sorte e sucesso na empreitada.
E a viagem a Itália, correu bem?
Olá Mário
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário. A consternação é geral, mas a vontade de reconstruir e seguir em frente é grande.
De Itália falarei depois de passarem estes dias de luto Nacional.
Um abraço
Alberto
Bom exemplo, o que este povo no está a dar...
ResponderEliminarBom exemplo, o que este povo no está a dar...
ResponderEliminarCaro Alberto, quero aqui partilhar o que vivi nesse dia "Negro" que é o Dia 20 de Fevereiro, jamais esquecerei...
ResponderEliminarPois eu vivi em 2010 um autêntico 1993 ou ainda pior, tinha eu cinco anos de idade, quando acordei com todos na minha casa acreditar por estar toda ela inundada, nessa altura a Ribeira de São João, fez muitos estragos, na minha casa e na casa das minhas vizinhas, era madrugada... quando a água furiosa transbordou da ribeira penetrando-se nas ruas e nas casas de outros, com ela levou toda a minha roupa e não só minha como a dos meus familiares, frigoríficos, máquina de lavar, ficamos pelo menos 2 dias sem água potável entre outras coisas. Em 2010, a 20 de Fevereiro, por volta das 11h00 da manhã tive de sair de casa, pois a ribeira de São João transbordou-se e o mesmo sucedido aconteceu, mas com pequenas diferenças era de manhã, estávamos acordados e trabalhamos em conjunto para impedir que a agua inunda-se algumas casas, evitamos que isso acontecesse para algumas mas para outras a água penetrou-se na casa das outras pessoas, impedido que umas abrisse as portas, tiveram que saltar a janela, mas não houve muitos danos materiais comparando a de 1993.
Felizmente na minha casa não entrou mas faltou muito pouco, aquilo que pensava que já tinha passado hoje voltou, se o que aconteceu na manhã do dia 20 fosse na madrugada, hoje poderia não estar aqui para contar o que vivi.
O medo, o pânico ainda vive em mim, o receio de começar outra vez do zero, como aconteceu há muitos madeirenses que hoje não têm nada, não estou indiferente, a dor que eles sentem eu também senti e torno a sentir. Choro a mesma dor, contudo rezo e espero que o tempo melhor e que volte tudo à normalidade o quanto antes. Os 17 anos depois acontece a mesma tragédia pior do que 1993. Um grande bem Haja assim e a todos que contribuíram e colaboraram com o Povo da Madeira.
Um muito obrigado.