quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Que saudades do meu cão...

Tinha um cão que se chama Boris e do qual tenho muitas saudades. O Boris não morreu e tenho a certeza que está muito bem. Deixou simplesmente de ser meu.

Ultimamente tenho-me lembrado dele porque, por razões diversas, tenho-me deparado com situações impensáveis e incompreensíveis em grupos de pessoas adultas. É incrivelmente deplorável o comportamento de certas pessoas pertencentes a grupos que, mesmo com objectivos supostamente comuns, tentam a todo o custo desestabilizar ou dividir.

Eis alguns exemplos comportamentais típicos destas situações:

1 - O líder que afirma não querer sê-lo, mas que, no fundo está agarrado ao poder;

2 - O detentor de informação útil ao grupo, que teima em não partilhá-la, porque pensa que informação é poder;

3 - O chefe de grupo que, sendo ou não líder, partilha informação apenas com um grupo de "amigos" do interior do grupo, como forma de os cativar e depois transformá-los em seus discípulos fieis;

4 - O bobo, que é muito divertido, que gosta de tudo e todos, mas que quando chega a hora de trabalhar, fica incontactável;

5 - O tolo, que trabalha quando é preciso, mas que depois não é tido nem achado na tomada de decisões importantes;

6 - O falso visionário, que tem ideias excelentes e pensa que tudo é possível, que a vida é bela e que somos todos muito amigos uns dos outros e que, mesmo com as sapatadas que leva, não aprende a dar um murro na mesa e a bater com a porta;

7 - O preguiçoso, que não faz nada e tenta impedir a todo o custo que os outros façam alguma coisa;

8 - O vaidoso, que adora o resultado daquilo que faz e que geralmente só coloca defeitos no trabalho dos outros;

9 - O maldoso, que faz tudo para que o trabalho de outros seja mal sucedido;

10 - O falso modesto, que é bom naquilo que faz, mas fica sempre à espera de rasgados elogios;

11 - O maledicente compulsivo, que diz mal de tudo e todos, e;

12 - O intriguista, que diz uma coisa a uns e outra a outros e depois se retira de cena.

Ficam doze situações. Esqueci-me certamente de muitas mais, mas estas já ilustram suficientemente o meu ponto de vista.

Não devem pensar com isto que eu estou acima de qualquer defeito. Quem me conhece, vai incluir-me certamente em uma ou duas situações identificadas. Devo dizer, no entanto, que vou tentar corrigir-me. Nem que para isso tenha que fechar algumas portas.

Entendem agora porque me tenho lembrado tanto do Boris? A dedicação de um cão ao seu dono é incondicional... Já a dedicação das pessoas ao seu próximo...

Já agora, o Boris é muito famoso. Está nas embalagens de comida para cão da marca PARA do Continente.

2 comentários:

  1. Pois, um cão não tem destas coisas.
    E lembrei-me de um, que apesar de ser o conjunto de alguns mencionados, merece destaque: o manipulador (intriguista, maldicente e mentiroso, até!)
    Mas pronto é o que podemos esperar de um animal dito racional e que se acha superior a todos os outro, o bicho Homem, como diz a minha mãe.

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  2. Caro Alberto, concordo com o que diz a Reflexos... o simples animal vale por 1000 pessoas, os animais são carinhosos, gentis, meigos... ao contrário do homem...vamos lá saber porquê?

    Enfim, homens são homens e há deles maus que nem cobras.

    Gostei muito deste seu post... Parabéns.

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